Associac;ao Nacional dos Usuarios do Transporte de Carga



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Transcrição:

Associac;ao Nacional dos Usuarios do Transporte de Carga Rio de Janeiro, 29 de outubro de 2009. Ref.: 323/09 Ao: Sr. Bernardo Figueiredo Diretor Geral da ANTAQ Assunto: Audiencia Publica 011.2009 Senhor Diretor Geral, Transmito a Vossa Senhoria, em anexo, as Considera<;oes e Sugestoes desta Associa<;ao it Resolu<;ao no 1.499-ANTAQ, que objetiva estabelecer NORMA PARA DISCIPLINAR 0 AFRETAMENTO DE EMBARCAC;AO par EMPRESA BRASILEIRA DE NAVEGAC;AO NA NAVEGAC;AO DE CABOTAGEM, Audiencia Publica no 11/2009. A7::a m.ente,

ASSOCIA(:AO NACIONAL DOS USUARIOS DO TRANSPORTE DE CARGA COMENTARIOS E SUGESTOES SOBRE A RESOLUCAO N 1499-ANTAQ I-INTRODU(:AO A ANUT nao e contraria a reserva de bandeira na cabotagem nacional, pelo contrario, desde que nasceu vem sendo defensora intransigente desse instrumento adotado na grande maioria dos parses marrtimos, mas dentro de um modelo que permita atingir dois propositos: a -fortalecer a empresa brasileira de navega<;ao; e b -possibilitar ao usuario da cabotagem a oferta de transporte de qualidade adequada e pre<;o competitivo. Decorridos 12 (doze) anos da promulgac;ao da lei 9.432/97, tornou-se mais do que evidente que as normas que vem sendo editadas a titulo de sua regulac;ao vem trazendo serios prejulzos ads interesses das empresas da industria e do agroneg6cio cuja competitividade depende fortemente do transporte maritima de cabotagem, e ao mesmo tempo, par incrlvel que parec;a, cerceando a dinamizac;ao das operac;5es das pr6prias empresas de navegac;ao. De um lado, essa regulamenta<;ao concede as empresas brasileiras de navega<;ao total liberdade para negar-se a atender, ou colocar obstaculos ao atendimento das solicita<;oes de transporte dos usuarios, deixando-os sem a op<;ao de eles mesmos recorrerem, excepcionalmente, ads servi<;os de armadores estrangeiros e tendo que utilizar, com prejulzo, modais mends indicados para 0 seu caso particular. a arcabou<;o regulatorio em vigor, em nenhum momenta, cog ita de impor as empresas de navega<;ao brasileiras qualquer compromisso de atender ou de serem razoaveis no atendimento das solicita<;5es de transporte de cabotagem, 0 que seria mais do que justo, como contrapartida a reserva de bandeira que Ihes foi outorgada e que ate a presente data nao apresentou os frutos esperados. Par Dutro lado, como veremos a seguir, 0 peso das restric;oes impostas ao afretamento de navios de bandeira estrangeira engessa a atividade comercial das empresas brasileiras de navegac;ao, impedindo-as de oferecer ads usuarios os navios de porte e desempenho adequado a prec;os competitivos. A secular historia maritima mundial parece confirmar que a empresa de navegac;ao tern e que crescer e enriquecer, para poder fazer construir navios onde for mais vantajoso: em prec;o qualidade e compatibilidade com as rotas a serem exploradas. E para isso ela tern que comerciar, vender frete, gerar receita. Nao pode ter seus destinos atrelados, de forma petrea, ads da construc;ao naval patria, erro fatal que estamos cometendo desde a decada de 1960, par ocasiao da concepc;ao do modelo maritima que, infelizmente perdura ate hoje, e que vemos consagrado em mais uma versao das normas sabre afretamento de navios para a cabotagem. II -COMENTARIOS SUGESTOES Comentario A

!~;. 0 inciso II do Art. 40 da Resolu<;ao dispoe: Associac;ao Nacional dos Usuarios do Transporte de Carga ~~J:]I]]:] "Art. 40 II -de embarcar;ao estrangeira a casco nu, com suspensao de bandeira, neste caso limitado ao dobra da tonelagem de porte bruto das embarcar;oes de tipo semelhante, encomendadas, pela interessada no afretamento, a estaleiro brasileiro instalado no Pais, com contrato de construr;ao em eficacia, adicionado de metade da tonelagem de porte bruto das embarcar;oes brasileiras de sua propriedade, ressalvado 0 afretamento de pelo mends uma embarcar;ao de porte equivalente. " Esta disposi<;ao, que visa maximizar 0 atrelamento das empresas de navega<;ao ads estaleiros, contribui para reduzir a oferta de transporte para 0 usuario e tria obstaculo ao crescimento das empresas de navega<;ao quando exige que a TPB dos navios encomendados a estaleiro brasileiro diga respeito a navio de tipo semelhante ao(s) que pretende afretar, diferentemente do que e exigido da tonelagem propria, que pode ser de qualquer tipo; e ressalva que deve ser afretado pelo mends uma embarca<;ao de porte equivalente ao encomendado. Num momenta em que 0 armador esta comprometido com 0 pesado encargo de construir um ou mais navios, 0 que ele precisa e faturar, vender 0 frete que 0 mercado desejar no momenta e nao aquele previsto para daqui a dais anos ou mais. Suaestao Alterar a redac;ao para: "Art. 40 I II -de embarcac;ao estrangeira a casco nu, com suspensao de bandeira, neste caso limitado ao dobra da tonelagem de porte bruto das embarcac;oes d@ ::.';:;s ~@.-::@1.':8.-:~@, encomendadas, pela interessada no afretamento, a estaleiro brasileiro instalado no Pais, com contrato de construc;ao em eficacia, adicionado de metade da tonelagem de porte bruto das embarcac;oes brasileiras de sua propriedade,.-::;~~8.'.;8ds s 8~-@:::;.-::@.-:~s d@ ~@./S.-;~@.-;S~.-::8 @.-::B8.-~8~8S d@ ~s.-::@ @~~';.;81@.-:~@. " Comentario B 0 inciso I, allneas a e b, do Art. 50 assim dispoe "Art. 50 A empresa brasileira de navegat;ao de cabotagem podera obter autorizat;ao para afretar embarcat;ao estrangeira: 1- par viagem, no todo ou em parte, ou par tempo para uma unica viagem: a) quando constatada a inexistencia ou a indisponibilidade de embarcac;ao de bandeira brasileira, do tipo e porte adequados para 0 transporte pretendido; b) quando verificado que as ofertas para 0 transporte pretendido nao atendem ads prazos consultados ou que as condi~oes da taxa de afretamento nao SaD com 0 mercado;" ~ /"

.-? a arts. 80 e 90 da Lei no 9.432 de 08 de janeiro de 1997, que "Dispoe sobre a ordenac;ao do transporte aquaviario e da outras providencias", assim dispoem: "Art. 80 A empresa brasileira de navegac;ao podera afretar embarcac;oes brasileiras e estrangeiras par viagem, par tempo e a casco nu. Art. 90 0 afretamento de embarca~ao estrangeira par viagem ou par tempo, para operar na navega~ao de interior de percurso nacional ou no transporte e mercadorias na navega~ao de cabotagem ou nas navega~oes de apoio portuario e maritima, bem como a casco nu na navega~ao de apoio portuario, depende de autorizar;ao do 6rgao competente e 56 podera ocorrer nos seguintes casas: I -quando verificada inexistencia ou indisponibilidade de embarcac;ao de bandeira brasileira do tipo e porte adequados para 0 transporte ou apoio pretendido; III - Torna-se flagrante que a Resolu<;ao, procurando maximizar 0 atrelamento da navega<;ao aos estaleiros, continua inovando, extrapolando os limites da lei que Ihe deu origem, restringindo a uma unica viagem 0 arrendamento de navios de bandeira estrangeira, par tempo, "quando verificada a inexistencia ou indisponibilidade de embarca<;ao de bandeira brasileira do tipo e porte adequados para 0 transporte ou apoio pretendido". Trata-se de regra basilar: nao pode, a norma administrativa, restringir, de forma geral, 0 que a lei permite. Ao proceder dessa maneira, 0 Orgao Regulador continua prejudicando diretamente os interesses do usuario, reduzindo-ihe as chances de obter navio de tipo e porte adequado ao transporte pretendido e, consequentemente, for<;ando-o a utilizar navio e ate modal de transporte mends indicado ao seu caso. E restringe tambem as chances de faturamento do proprio armador conforme acima explicado. E importante compreender 0 alcance do esprrito do legislador, expresso claramente no texto dos dispositivos da Lei 9432 em comento: de um lado, procurou proteger a empresa de navega<;ao nadonal, concedendo-ihe 0 monopolio do transporte, mas de Dutro, defendeu 0 interesse do usuario, ao permitir a busca, no estrangeiro, de navio de tipo e porte adequado ao transporte pretendido. A norma administrativa nao pode ferir tal espirito. Par Dutro lado, este importantissimo inciso nao corrigiu a distor<;ao de que 0 arcabou<;o juridico em vigor em nenhum momenta cog ita de impor as empresas de navega<;ao brasileiras qualquer compromisso de atender ou serem razoaveis no atendimento das solicita<;oes de transporte de cabotagem. E nem poderia, pais a Lei prevalece ao impor que somente aquelas empresas pod em afretar navios estrangeiros. Mas pode, a Resolu<;ao, pelo menos minorar os efeitos do tratamento injusto dado ao usuario, adotando 3 (tres) medidas, que a lei permite, mas que 0 poder publico, ate 0 presente momenta, nao tern revelado interesse em divulgar e incentivar: a -deixar claro, no corpo da Resoluc;ao, que e facultado a empresa brasileira de navegac;ao 0 afretamento de espac;o em navio estrangeiro, em viagens de longo curso, para transporte de carga entre portos nacionais; e que nenhuma solicitac;ao de (] transporte podera ser negada pela empresa brasileira de navegac;ao sem que esta tenha," "o,~.."" 11- }:J-

~ Associac;ao Nacional dos Usuarios do Transporte de Carga circularizado a consulta tambem as empresas estrangeiras que operam em Ion go curso no Pais; b -fazer constar, no corpo da Resolu<;ao, que e facultado as empresas brasileiras de navega<;ao 0 estabelecimento de acordos previos com empresas estrangeiras de navega<;ao para aproveitamento de reserva de espa<;o nos navios destas ultimas para oferecimento ads usuarios do transporte de cabotagem; e c -introduzir a disposi<;ao de que 0 usuario que tiver negada a sua solicita<;ao de transporte de cabotagem ou considerar que os pre<;os e condi<;oes impostas estao abusivos, podera recorrer a ANTAQ, solicitando que esta conduza novo processo de consulta, agora envolvendo todas as empresas brasileiras de navega<;ao. Suaestao: Alterar a reda<;ao do inciso I para: "Art. 50 A empresa brasileira de navegac;ao de cabotagem podera obter autorizac;ao para afretar embarcac;ao estrangeira: 1- por viagem, no todo ou em parte, ou por tempo.;s8.-':':",-:-:-8 i'.-:.:~8 '...:8~@.-:-:-: a) quando constatada a inexistencia ou a indisponibilidade de embarcar;ao de bandeira brasileira, do tipo e porte adequados para 0 transporte pretendido; b) quando verificado que as ofertas para 0 transporte pretendido nao atendem ads prazos consultados ou que as condic;oes da taxa de afretamento nao SaD compatfveis com 0 mercado.", E adicionar novos paragrafos 1, 2, 3 e 4 ao presente Art., renumerando os ja existentes, assim: " 1 0 E facuftado a empresa brasifeira de navegar;ao 0 afretamento de espar;o em navio estrangeiro, em viagens de fango curso, para transporte de carga entre portos nacionais. 20 Nenhuma soficitaf;ao de transporte podera ser negada pefa empresa brasifeira de navegaf;ao sem que esta tenha circufarizado a consufta tambem as empresas estrangeiras que operam em fango curso no Pais." 30 E facultado as empresas brasileiras de navegac;ao 0 estabelecimento de acordos previos com empresas estrangeiras de navegac;ao para reserva de espac;o nos navios destas ultimas para oferecimento ads usuarios do transporte de cabotagem." 40 0 usuario que tiver negada solicitac;ao de transporte de cabotagem ou considerar que os prer;os e condic;oes impostas estao abusivos, podera recorrer a A NTA Q, solicitando que esta conduza novo processo de consulta, agora envolvendo todas as empresas brasileiras de navegac;ao e as estrangeiras operando na costa brasileira em viagem de fango curso. "