UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Departamento de Economia Doméstica Programa de Educação Tutorial em Economia Doméstica ANAIS

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Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Departamento de Economia Doméstica Programa de Educação Tutorial em Economia Doméstica ANAIS IV Simpósio do Programa de Educação Tutorial em Economia Doméstica: EXTENSÃO RURAL E URBANA: UMA BREVE DISCUSSÃO

COMISSÃO ORGANIZADORA Alessandra Vieira de Almeida Angélica Ribeiro Daniela do Carmo de Lara Dyjane dos Passos Edna Miranda Lopes Eliziana Roberta dos Santos Lopes Janaína Soares Vilela Leilane Rigoni Bossatto Leiliane Cristina Gomes da Silva Lima Nathalí Amaral de Souza Natália Calais Vaz de Melo Patrícia Ferraz do Nascimento Regiani Teixeira Capistrano Simone Caldas Tavares Mafra Sharinna Venturim Zanuncio Vanessa Aparecida Moreira de Barros COMISSÃO TÉCNICO-CIENTÍFICO Ângela Maria Sores Ferreira Elza Maria Vidigal Guimarães Maria das Dores Saraiva de Loreto

ÍNDICE Editorial...6 ARTIGOS: 1- O UNIFORME DAS PROFISSIONAIS DE BELEZA DO SALÃO CARISMA: UM ESTUDO ERGONÔMICO----------------------------------------------------------------8 2- PLANEJAMENTO DE INTERIORES PARA DIFERENTES ESPAÇOS FÍSICOS NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA-MG ------------------------------------------------13 3- FAMÍLA EM CRISE: PRINCIPAIS PROBLEMAS DO PONTO DE VISTA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO E DO SABER POPULAR--------------------------18 4-OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ÂMBITO ESCOLAR: ----21 5-A APLICAÇÃO DO MÉTODO COACHING PEDAGÓGICO NO PROCESSO DE VALORIZAÇÃO E RESSOCIALIZAÇÃO DOS RECUPERANDOS DA APAC-VIÇOSA/MG:----------------------------------------------------------------------------25 6- O USO DE METODOLOGIAS PARTICIPATIVAS NA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA:-------------------------------------------------------------------------------29 7- PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO EM COZINHA INSTITUCIONAL COMO FORMA DE PROPORCIONAR SATISFAÇÃO E PRODUÇÃO: UM ESTUDO DE CASO:--------------------------------------------------34 8- A VIOLÊNCIA URBANA NAS PÁGINAS POLÍCIAIS DE VIÇOSA:------------40 9- PROGRAMA DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL PAA - PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS- SÃO MIGUEL DO ANTA MG:-------------------------------------------------------------------------------------------------46 10- MULHER, DONA DE CASA E TRABALHADORA: UM ESTUDO DE CASO COMPARATIVO ENTRE FAMÍLIAS DE SÃO PAULO E MINAS GERAIS LIDERADAS POR MULHERES: -----------------------------------------------------------51 11-CONDIÇÕES SOCIOECÔNOMICAS DAS FAMÍLIAS PARTICIPANTES DO PROJETO VIVA JUVENTUDE: -----------------------------------------------------------56 12- PREPARAÇÃO DE TRÊS QUALIDADES DE ARROZ POR DIFERENTES TÉCNICAS DE COCÇÃO: -------------------------------------------------------------------61 13- O PROFISSIONAL DE ECONOMIA DOMÉSTICA E SUA ATUAÇÃO NO SERVIÇO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA: ------------------------------------------------66 14- OS IMPACTOS DO ECOTURISMO NO PARQUE ESTADUAL SERRA DO BRIGADEIRO, MUNICÍPIO DE ARAPONGA-MG:-------------------------------------72

15-IDENTIFICAÇÃO DOS FATORES DE RISCOS: O CASO DE UMA UNIDADE DE PROCESSAMENTO DE ROUPAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE UM MUNICÍPIO DA ZONA DA MATA MINEIRA:----------------------------------77 16- A FERRAMENTA MAPA TÁTIL COMO AUXÍLIO AO DEFICIENTE VISUAL: -------------------------------------------------------------------------------------------------------83 17-PERFIL HISTÓRICO DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DA UFV, VIÇOSA, MG:-------------------------------------------------------------------------------------------------89 18-GERANDO RENDA E RESGATANDO A CULTURA: A SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA ATRAVÉS DO TRABALHO COLETIVO: -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------95 19-ANÁLISE DA ADMINISTRAÇÃO DA RENDA, UM DOS RECURSOS DA FAMÍLIA: ----------------------------------------------------------------------------------------101 20- PREVENÇÃO DE ACIDENTES EM UNIDADES DE PROCESSAMENTO DE ROUPAS: CASO DE SEGURANÇA NO TRABALHO: ------------------------106 21- A PRESENÇA DOS CORTIÇOS NA FORMAÇÃO DO ESPAÇO URBANO NO BRASIL: -----------------------------------------------------------------------------------110 22- A ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO E ASSISTÊNCIA AOS CONDENADOS (APAC) COMO UMA ALTERNATIVA DE EXECUÇÃO PENAL: -----------------115 23- A MODA FEMININA NO CONTEXTO SÓCIO, HISTÓRICO E CULTURAL: UMA BREVE REFLEXÃO: -----------------------------------------------------------------119 24- AVALIAÇÃO DO AMBIENTE FÍSICO ESTRUTURAL DE UMA LAVANDERIA DE INDÚSTRIA DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL: UM ESTUDO DE CASO: ------------------------------------------------------------------------126 25- ÉTICA PARA AS PROFISSIONAIS DE ECONOMIA DOMÉSTICA DA CIDADE DE VIÇOSA-MG: -----------------------------------------------------------------131 26- ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS NA FAMÍLIA E OS CICLOS DE VIDA FAMILIAR: -------------------------------------------------------------------------------------137 27- HIGIENE SOCIAL: EDUCAÇÃO NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS: -----------------------------------------------------143 28-A BUSCA PELA ECONOMIA DOMÉSTICA NO EVENTO A GRADUAÇÃO NA UFV : ---------------------------------------------------------------------------------------149 29- BREVE HISTÓRICO DO PLANEJAMENTO FAMILIAR NO BRASIL: ----153

30- PROCESSAMENTO DE ROUPAS HOSPITALARES: MUDANÇA NA TERMINOLOGIA ADMINISTRAÇÃO PARA GESTÃO UM ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE VIÇOSA MG: ------------------------------------------------159 31- PADRÕES DE CONSUMO E SUSTENTABILIDADE: UM ESTUDO DE CASO: -------------------------------------------------------------------------------------------165 32- PROSTITUIÇÃO: UM ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE VIÇOSA-MG: -- -----------------------------------------------------------------------------------------------------171 33- A FERRAMENTA ERGOSHOW NA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS QUANTO ÀS QUESTÕES DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO: ----------------176 34-COOPERAR: A COOPERAÇÃO COMO FORMA DE INCLUSÃO SOCIAL:--- ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 182 35-O DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO COMO FERRAMENTA DE GESTÃO NA COOPERATIVA AGROPECUÁRIA VALE DO RIO DOCE: ------------------186 36- CRISES FAMÍLIARES E SUAS IMPLICAÇÕES NO ALCANCE DA CIDADANIA ------------------------------------------------------------------------------------192

Editorial No ano de 2009 o PET Economia Doméstica realizou o IV SIMPOPET, cujo tema decidido coletivamente no Grupo, teve como premissa básica, permitir a comunidade ufeviana e local discutir, mesmo que seja somente em um dia, o que estamos fazendo e o que podemos fazer ou apoiar aqueles que estão implementando projetos em prol de uma sociedade justa e socialmente responsável, a partir das ações de extensão rural e urbana. Por isso O IV Simpósio do Programa de Educação Tutorial trouxe como temática a Extensão Urbana e a Extensão Rural para uma breve discussão. Foi isso que nos motivou. Pois para todos nós, existe a crença de que a comunidade viável é aquela que está construída e constituída por famílias bem-sucedidas, com escolas, habitações decentes, agricultura sustentável e trabalho dignificante que, reforçamos, deverão estar associados a uma comunidade integrada em seus objetivos comuns. Essa breve apresentação reforça a importância de se fazer uma incursão no tema Extensão Urbana e Rural, buscando que essa discussão possa sensibilizar a todos para uma reflexão de que talvez seja possível modificar a atitude dos envolvidos frente ao seu Oikos. No entanto para que essa relação de contrapartida se efetive e possa ser revertida em melhoria ou maior beneficio aos envolvidos, seja individualmente ou ao meio ambiente social nos quais os diferentes atores sociais estão inseridos, faz-se necessário haver comprometimento de todos para ampliar as ações de extensão em nosso município.

Os trabalhos que foram submetidos ao evento encontram-se abaixo apresentados. Nesse sentido só nos resta desejar a todos, uma agradável leitura, e que possam a partir dela, colaborar com a ampliação dessa discussão.

O UNIFORME DAS PROFISSIONAIS DE BELEZA DO SALÃO CARISMA: UM ESTUDO ERGONÔMICO LIMA, A. C.; LOPES, C. I.; LELIS, M. G.; SOUZA, C. N. DE. Universidade Federal de Viçosa alicelima2@hotmail.com INTRODUÇÃO Proteção e segurança sempre foram prioridades do ser humano. Com a necessidade de caçar, o Homo sapiens passou a utilizar uma série de elementos para sua proteção, tais como tangas, capas, escudos, faixas para a cabeça, entre muitos outros elementos, que representaram um marco na evolução dos grupos sociais, bem como, um marco na evolução do próprio ser humano (CÂMARA, 2008). Dessa forma, logo se nota o vestuário como um dos pontos que mais contribuíram para a segurança pessoal no trabalho. O vestuário identificado como uniforme é uma tendência mundial e as vantagens da uniformização, principalmente no que diz respeito às características, como praticidade, conforto, durabilidade e segurança, além da imagem corporativa da empresa são vastas (MERLINO, 2001). Diante dessa realidade, levantou-se o seguinte questionamento: Visando à ergonomia no trabalho e valorização da imagem do Salão, qual o uniforme mais indicado para as atividades desenvolvidas pelos Profissionais de Beleza do Cabelo. Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar as atividades desenvolvidas pelos Profissionais de Beleza do Cabelo do Salão de Beleza Carisma de Viçosa, MG, visando indicar um uniforme que contribua para a qualidade de vida dos mesmos nesse ambiente de trabalho. Especificamente, objetivou-se: caracterizar socioeconomicamente sujeitos da pesquisa; caracterizar os aspectos físicos do Salão de Beleza; verificar os serviços oferecidos pelo Salão de Beleza, no que se refere ao tratamento do cabelo; observar e relatar as atividades desenvolvidas pelos Profissionais de Beleza do Cabelo, de acordo com as necessidades do grupo; analisar o uniforme utilizado pelas Profissionais, de acordo com suas necessidades; identificar qual a fibra,

tecido e modelagem para a elaboração do uniforme, em função das atividades desenvolvidas; indicar os Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs), considerando as atividades desenvolvidas no ambiente. METODOLOGIA A pesquisa foi desenvolvida na cidade de Viçosa, Minas Gerais, que está situada na região da Zona da Mata. Segundo o site do IBGE (2007), a contagem da população fixa viçosense, em 2007, foi de 70.404 habitantes, além disso, possuía uma parte da população flutuante, representada principalmente pela classe universitária. A cidade de Viçosa possui, em média, 57 Salões de Beleza, sendo o estudado o Salão Carisma. Os serviços oferecidos são cuidados e tratamentos para cabelo, mãos e pés. O Salão era composto por uma manicure e duas cabeleleiras. Para a caracterização da amostra, foram selecionadas duas Profissionais de Beleza do Salão Carisma, que trabalhavam com o cabelo, há quatro anos e meio. As informações sobre estas foram coletadas por meio de observação não participante e questionário com perguntas objetivas e subjetivas. A partir daí, tendo como base os dados coletados e tabulados, procurou-se verificar as possibilidades da melhor indicação de um uniforme que trouxesse segurança, praticidade, durabilidade, bem-estar e conforto no ambiente de trabalho das Profissionais de Beleza do Cabelo do Salão Carisma. RESULTADOS E DISCUSSÃO De fato, o uniforme é a vestimenta com a qual as pessoas se sentem seguras por estarem vestidas iguais aos membros dos grupos de que fazem parte e, ao mesmo tempo, preserva as diferenças de cada indivíduo, em função da própria personalidade que está impressa em cada ser humano e dos acessórios pessoais, que complementam tais vestimentas (HOLLANDRE, 1996). Sem contar que a uniformização pode refletir a imagem que a empresa deseja transmitir ao mercado, aos seus clientes e aos fornecedores, além de proporcionar segurança, organização e modernidade (EL SARRAF, 2004). Segundo Almeida (2008), os uniformes ou vestimentas de trabalho são tratados, de modo geral, com negligência: miscelânea de cores, modelos e

materiais inadequados, emergindo na desconfiança do usuário e, até mesmo, do seu desuso. Para que o uniforme possua praticidade é necessário usar roupas com modelagens corretas em atividades variadas, confeccionadas com tecidos adequados. Pode-se considerar que o tecido adequado sozinho não consegue satisfazer a necessidade do sistema orgânico na execução do movimento e sim a integração das linhas na modelagem (GRAVE, 2003). Seguindo o modelo da hierarquia de Maslow em relação às necessidades do vestuário, Rocha (2008) coloca que, promover a liberação de perigo físico, através da proteção do corpo, seria a função de segurança das roupas. Essa necessidade seria atingida com a adequação da escolha da roupa à atividade que se vai executar. O modelo de um uniforme reflete diretamente na qualidade de vida do seu usuário, uma vez que, para Huse e Cummeing (1985, p. 202), a qualidade de vida no Trabalho pode ser definida como uma forma de pensamento envolvendo pessoas, trabalho e organização, onde se destacam dois aspectos distintos: a) a preocupação com o bem-estar do trabalhador e com a eficiência organizacional; b) a participação dos trabalhadores nas decisões e problemas do trabalho. Ao definir qualidade de vida, Amartya Sem (1995), parte de dois conceitos: capacitação, que representa as possíveis combinações de coisas que uma pessoa está apta a fazer ou ser, e funcionalidades, que representa partes do estado de uma pessoa as várias coisas que ela faz ou é. Compuseram a amostra analisada, duas Profissionais da Beleza do Cabelo, do sexo feminino, que desempenham a função de cabeleleiras, com idade de 25 e 27 anos. A PBC 01 era proprietária do Salão e a PBC 02 trabalhava há dez meses no Salão. No que se refere ao questionário aplicado, com relação aos seus uniformes, a Profissional 01 respondeu as perguntas de acordo com o seu modelo de uniforme utilizado: camisetas de tecido de malha denominado visco lycra. O uniforme da Profissional 02 era um avental de tecido oxford na cor preta, de comprimento até os joelhos, que cobria só a parte frontal do corpo sendo cruzado nas costas, com um bolso na frente abaixo do busto. As duas PBC mencionaram não considerar essas peças citadas acima como uniforme de trabalho e sim uma forma provisória de sanar suas necessidades.

O Ambiente de Trabalho analisado foi um dos setores de atividades do Salão Carisma, composto por: sala de manicure; sala de lavagem dos cabelos e depósito de produtos de beleza e toalhas; sala de depilação; e a sala de cuidado com o cabelo. O setor em análise era composto por três bancadas de trabalho, uma base para secador fixa e uma cadeira giratória. Embaixo de cada bancada haviam tomadas. Na parede onde se encontrava apenas uma bancada maior existia um interfone, um interruptor para lâmpadas, um ponto de tomada, um ponto de telefone e uma prateleira menor onde ficava o telefone, agendas e canetas. A sala possuía apenas uma janela. Os serviços oferecidos eram: cauterização; cristalização; coloração e descoloração; reestruturação capilar; linha relaxamento; tratamento e finalização; complexo capilar; lyzzo sistema de transformação; além de serviços como: lavagem de cabelos; corte; tinturas; baby lise; dentre outros. CONCLUSÃO Conclui-se que de acordo com o ambiente de trabalho das PBC, materiais químicos utilizados, atividades desenvolvidas, ambiente físico e equipamentos usados, o uniforme mais adequado para o PBC do Salão Carisma, seria um vestido tipo trapézio, branco, de Spandex de comprimento até o joelho, com manga romântica curta, gola chinesa (mão) do mesmo tecido, mas de cor vermelho cereja, abotoamento de cima para baixo e bolsos frontais (localizados abaixo da cintura). Outra opção sugerida seria uma camiseta de tricoline com lycra branca, com abotoamento frontal, gola e mangas do mesmo modelo do vestido, para ser usada com bermuda tipo alfaiate, de Spandex vermelho cereja, cintura na altura do quadril (Saint-Tropez), bolsos frontais, e uma opção para o frio seria a calça de comprimento padrão no mesmo modelo, cor e tecido da bermuda. Este uniforme reflete às características necessárias às Profissionais, como praticidade, conforto, durabilidade, segurança, estima, estética, de forma a contribuir para a imagem do estabelecimento. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, A, V. Mapeamento dos riscos da vestimenta profissional. Disponível em: http://www.acest.org.br/admin/conest/arquivos/almeida- ALEX_-_Mapeamento_dos_riscos_vestimenta.pdf. Acesso em: 16 set. 2008. CÂMARA, J.J.D. Moda Corporativa: uma análise pelo design, materiais e ergonomia. Disponível em: http://fido.palermo.edu/servicios_dyc/encuentro2007/02_auspicios_publicacione s/actas_diseno/articulos_pdf/a116.pdf. Acesso em: 16 set. 2008. EL SARRAF, R. A. Aspectos ergonômicos em uniformes de trabalho. Porto Alegre. 149p. Tese em Engenharia de Produção. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2004. GRAVE, M. F. A Modelagem sob a ótica da Ergonomia. ed. São Paulo: Zennez Publishing, 2003. HOLLANDER, A. O sexo e as roupas. A Evolução do Traje Moderno. Rio de Janeiro: Rocco, 1996. 260 p. ROCHA, M. A. V. Planejamento de Produto para a Indústria do Vestuário Brasileira: uma abordagem segundo Maslow. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep1999_a0404.pdf. Acesso em: 16 set. 2008.

PLANEJAMENTO DE INTERIORES PARA DIFERENTES ESPAÇOS FÍSICOS NO MUNICÍPIO DE VIÇOSA-MG SODRÉ, L. R. N.; MELO, N. C. V.; RIBEIRO DE GOICOCHEA, A.; LUDWIG, M. P. Universidade Federal de Viçosa lara.sodre@ufv.br INTRODUÇÃO O curso de Economia Doméstica abrange um conjunto de conhecimentos multidisciplinares que objetiva uma profissionalização comprometida com a ação educativa e a melhoria da qualidade de vida de indivíduos, de famílias e de demais grupos sociais em seu ambiente físico, social e cultural. Visa também à formação de um profissional generalista, com sólida formação multidisciplinar, humanista e crítica, voltada para a reflexão do cotidiano de indivíduos, de famílias e de demais grupos sociais (DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DOMÉSTICA, s.d.). Dentre a área de atuação Habitação e Planejamento de Interiores - do Economista Doméstico destaca-se a elaboração de projetos de interiores, que procura sempre a melhor utilização dos espaços físicos, ventilação, iluminação, circulação, de acordo com os aspectos psicológicos, sociais, culturais, econômicos e estéticos, para assim proporcionar conforto, praticidade, funcionalidade, conforme a disponibilidade de recursos e preferências do indivíduo ou de uma coletividade. Na área de Habitação e projetos de interiores, trabalha-se com diferentes elementos de uma ambientação, no sentido de melhorar a utilização dos espaços físicos, visando proporcionar conforto, praticidade, funcionalidade, aos usuários respeitando-se suas particularidades, em termos de necessidades, interesses e possibilidades. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo relatar as experiências vivenciadas em um estágio de planejamento de interiores, quando

buscou-se aprofundar conhecimentos relacionados aos métodos para elaboração de projetos, colocando-os em prática de acordo com as necessidades específicas de cada situação trabalhada. Especificamente pretendeu-se: Analisar a perspectiva do usuário sobre o significado e a importância do espaço a ser planejado; Construir o projeto do espaço, baseando-se em normas técnicas, padrões de medidas e métodos construtivos; Discutir as diferentes propostas existentes para o local a ser planejado; Expor as propostas do ambiente a ser planejado tanto para o orientador como para o usuário; Executar os projetos de interiores em diferentes espaços e para diversos públicos; Elaborar materiais para a realização de mini cursos, com o intuito de sociabilizar conceitos referentes à ambientação de espaços, inspirados em cores da natureza. METODOLOGIA O estágio foi desenvolvido a partir de demandas ligadas a área de habitação e projetos de interiores da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e da cidade de Viçosa-MG, que está localizada na Zona da Mata Leste do estado de Minas. Durante a realização do mesmo não existiu uma amostra definida a priori. Esta foi se construindo gradativamente no decorrer do período. Pode-se dizer que os trabalhos foram resultantes de dois tipos de demandas, a saber: trabalhos especificamente ligados a projeto de interiores e trabalhos relativos à elaboração de mini-curso, ministrado em diferentes momentos. No que se refere ao trabalho ligado aos projetos de interiores propriamente dito, várias estratégias foram utilizadas: reuniões semanais com a orientador/supervisora para definição dos trabalhos, discussão de propostas e aprofundamento de conhecimentos; visitas aos locais para os quais os trabalhos seriam desenvolvidos, no sentido de observar as atividades realizadas naquele espaço, a fim de facilitar o planejamento e obter resultados coerentes a expectativa do usuário final; contato com clientes/usuários, demandantes dos projetos.

Com relação ao trabalho ligado à elaboração do mini-curso, recorreu-se ao levantamento bibliográfico, levantamento de imagens, preparo de folder, slides e vídeo além de projeto de maquetes. RESULTADOS E DISCUSSÕES O primeiro projeto desenvolvido no estágio tratava-se de um gabinete de uma professora do Departamento de Bioquímica, localizado no prédio Instituto de Biotecnologia Aplicada a Agropecuária - BIOAGRO (UFV). Para realização deste, foi realizada uma visita ao local pelas estagiárias e orientadora/supervisora para a observação do espaço físico (onde foram feitas medições do mobiliário, dos objetos existentes e estrutura física do local, como pé direito, dimensões da janela, peitoril, localização de pontos elétricos, além de registro fotográfico) e contato com a interessada. Esta primeira fase do projeto levou em consideração as observações de Gurgel (s.d.), segundo o qual é necessário que o projeto de interiores contemple as diferentes necessidades de cada tipo de estabelecimento, procurando criar ambientes onde forma e função, isto é, estética e funcionalidade, convivam de maneira que atendam aos objetivos do indivíduo. De posse das informações e dados coletados sobre o espaço, considerando as necessidades da professora interessada, discutiram-se as possibilidades e os limites do espaço no sentido de visualizar soluções. Na seqüência, as estagiárias desenvolveram os layouts e apresentaram à professora interessada. Assim, foi o detalhamento do mobiliário e especificação de materiais, visando encaminhar para a marcenaria um projeto detalhado para execução. O segundo e terceiro projetos, planejados e executados, foram relacionados ao Auditório Fernando Sabino (UFV). O primeiro deles relacionado a um dos camarins existentes e o segundo relativo à sala de projeções. Inicialmente foi realizada uma visita aos locais, onde foram feitos os contatos com os espaços físicos e com o interessado. Nesse momento, foram feitas as anotações a respeito das características do espaço para o qual seria desenvolvido o projeto. De posse das informações e dados coletados sobre o espaço, bem como das necessidades do usuário, discutiram-se as possibilidades e os limites do espaço no sentido de visualizar soluções,

desenvolvendo assim os layouts. Em seguida, estes foram apresentados à cliente com o intuito de mostrar e explicar a proposta da sala de projeção e do camarim. Além disso, foi elaborado o orçamento dos projetos, através de pesquisa no mercado de Viçosa-MG e Ponte Nova-MG, que foi entregue à cliente, para análise. O quarto projeto tratou-se de uma sala de estudos para dois adolescentes em uma casa localizada na cidade de Viçosa-MG. Para este projeto foi elaborado a planta baixa, a partir de um pré-layout disponibilizado em sketchup. Dessa forma, foi elaborado o detalhamento de todo o mobiliário, que foi anexado ao projeto e encaminhado ao cliente. É importante ressaltar que o reduzido espaço disponibilizado para esta sala de estudo foi um fator que condicionou a disposição do mobiliário. Esta redução de espaço é um ponto muito recorrente nos dias de hoje, como afirma Guimarães (2007) quando diz que um dos grandes desafios, que o projetista se depara é conseguir adequar às necessidades do usuário aos espaços cada vez mais reduzido das residências. Além dos projetos relatados acima,foi elaborado um material para o mini curso intitulado Natureza, Cores e Interiores que seria ministrado na 80ª Semana do Fazendeiro da UFV e em outros momentos em que este se fizer pertinente. Esse mini-curso se faz importante, pois como afirma Rapôso et al. (2007) as funções de um projetista não consistem somente em ações contínuas no desenvolvimento dos projetos de interiores, eles devem também saber utilizar e combinar cores, materiais, texturas e disposição de móveis e acessórios. CONCLUSÕES Conclui-se que o estágio na referida área foi de grande valia no processo de formação acadêmica, visto que proporcionou confrontar a teoria com a prática, além de promover a oportunidade de realizar projetos para clientes específicos, de acordo com a perspectiva do usuário sobre o espaço a ser planejado, pensando em diversas propostas existentes para o local, como também gerou experiência na elaboração de materiais para a realização de

mini-curso referente à ambientação de espaços, inspirados em cores da natureza. No decorrer deste estágio, houveram algumas limitações, como a dificuldade de encontrar horário em comum entre as estagiárias e os usuários dos espaços que seriam planejados, além da falta de tempo em acompanhar a execução dos projetos realizados. Assim, recomenda-se que os futuros estágios na área de habitação e projetos de interiores tenham um tempo hábil para o acompanhamento dos projetos desde seu início até a sua implantação final. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DOMÉSTICA. Disponível em: <http://www.ded.ufv.br/?area=apresentacao>. Acesso dia 22 jun. 2009. GUIMARÃES, Elza Maria Vidigal. Desenho e Detalhamento de Móveis. Notas de aula da disciplina Desenho e Detalhamento de Móveis. Viçosa, MG. 2007. GURGEL, Miriam. Projetando Espaços: Guia Arquitetônico de Interiores para Áreas Comerciais. Disponível em: <http://books.google.com/books?hl=pt- BR&lr=&id=t5Jt_kB8fpwC&oi=fnd&pg=PA7&dq=projeto+de+interiores&ots=Qd1 syw1z73&sig=zo78hyp17uebahsjsfy4gqdp0e8#ppa5,m1>. Acesso dia 22 jun. 2009. RAPÔSO, Áurea; CHAGAS, Maria Lêda; LIMA, Renata. Exposições Temáticas: Educar, Interiorizar Conceitos, Praticar o Design. 2007. Disponível em:<http://www.redenet.edu.br/publicacoes/arquivos/20080922_102255_desg -008.pdf>. Acesso dia 22 jun. 2009.

FAMÍLA EM CRISE: PRINCIPAIS PROBLEMAS DO PONTO DE VISTA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO E DO SABER POPULAR GUIMARÃES, E. P.; LORETO, M. D. S. UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA edilenepguimaraes@yahoo.com.br INTRODUÇÃO Em pleno século XXI, nossa sociedade se vê diante de um movimento de constantes alterações, sob o efeito de macro-variáveis, como a urbanização crescente, o avanço das ciências e da tecnologia e das necessidades educacionais, tendo como pano de fundo a economia globalizada. E, segundo Araújo e Scalon (2005), nos países em desenvolvimento, uma das características mais evidentes da modernidade está na oposição entre presente e passado, marcada pela acentuada procura pelo novo e a conseqüente rejeição pelo antigo. como parte inerente dessa sociedade, a instituição familiar vem sofrendo grandes modificações, interpretadas por muitos como uma crise. De acordo com Prado (1986), essas mudanças deixaram as famílias brasileiras vulneráveis a vários problemas, com reflexos sobre a sua estrutura e funções. Contudo, a família como toda instituição social apresenta aspectos positivos, enquanto núcleo afetivo, de apoio e solidariedade, ainda que apresente ao lado destes, aspectos negativos; tornando-se, muitas vezes, um elemento de coação social, geradora de conflitos e ambigüidades. A importância de analisar tais crises está no fato de poder descrever e quantificar os diversos problemas pelos quais as famílias brasileiras estão sujeitas bem como apontar estratégias, que têm sido adotadas para atenuá-las; verificando-se assim, como as famílias se comportam diante de situações de crise. OBJETIVOS

Neste contexto, este trabalho tem como objetivo geral analisar as mudanças e os principais problemas enfrentados pela família brasileira. E, ainda, como objetivos específicos pretende-se: identificar as causas das crises vivenciadas pelas famílias; verificar as estratégias adotadas pelas famílias para atenuação desses problemas. METODOLOGIA O presente estudo foi realizado na cidade de Viçosa, localizada na região da Zona da Mata do estado de Minas Gerais. Para caracterização da amostra foram selecionadas 10 famílias viçosenses, de diferentes condições econômicas e sociais e das mais variadas formação e ocupação. As informações referentes ás famílias foram coletadas por meio de uma entrevista semi-estruturada. RESULTADOS Os resultados mostraram que 50% dos entrevistados eram do sexo masculino e 50% do sexo feminino, na faixa etária de 27 a 69 anos de idade. Em relação à profissão, todos os entrevistados possuíam diferentes cargos. No que se refere ao rendimento familiar, 30% dos entrevistados tinham um rendimento acima de dez salários mínimos e 10% dos entrevistados com rendimento familiar entre 1 e 5 salários mínimos. Referente aos problemas enfrentados pelas famílias brasileiras que impedem o alcance da cidadania, cerca de 20% dos entrevistados salientou que os problemas vivenciados pela maioria das famílias era a falta de escolas públicas de boa qualidade, enquanto 80% dos entrevistados julgam que os principais problemas são devido à precariedade dos serviços públicos, nas áreas de segurança, saúde, lazeres, acesso a moradias e, também, à falta de conhecimentos sobre seus direitos como cidadão. Quando perguntados sobre o significado de cidadania, todos os entrevistados tiveram, basicamente, a mesma concepção, considerando a questão dos seus direitos e deveres como cidadão. Contudo, Dallari (1998) enfatiza apenas os direitos, que devem ser respeitados para que uma pessoa possa exercer sua cidadania, não abordando os deveres que as pessoas têm dentro de uma sociedade como cidadão.