SAFRA /2005 SEGUNDA PREVISÃO - ABR/2004 SAFRA /2004 FINAL

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Transcrição:

I - INTRODUÇÃO SAFRA - 2004/2005 SEGUNDA PREVISÃO - ABR/2004 SAFRA - 2003/2004 FINAL Entre os dias 12 de março a 15 de abril de 2004, os técnicos da CONAB e de instituições que mantêm parcerias com a empresa, viajaram para os municípios produtores de café dos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Bahia, Rondônia, Rio de Janeiro, Pará e Mato Grosso, onde realizaram entrevistas e aplicaram questionários em propriedades e junto a informantes previamente selecionados, visando a realização da segunda previsão de produção para a safra 2004/2005, e a estimativa final referente à safra 2003/2004, cuja colheita encerrou em outubro/2003. O resultado da segunda previsão de produção da safra 2004/05 é demonstrado a seguir: SAFRA 2004/2005 2ª PREVISÃO DE PRODUÇÃO PRODUÇÃO REGIÃO Arábica ( Mil sacas beneficiadas) Robusta TOTAL INFER. SUPER. INFER. SUPER. INFER. SUPER. Minas Gerais 16.800 19.400 30 30 16.830 19.430 Sul/Oeste 8.900 9.800 - - 8.900 9.800 Triângulo/Alto Paranaiba 3.200 3.800 - - 3.200 3.800 Z. da Mata/Jequitinhonha 4.700 5.800 30 30 4.730 5.830 Espírito Santo 2.100 2.300 4.800 5.000 6.900 7.300 São Paulo 4.800 5.200 - - 4.800 5.200 Paraná 2.350 2.550 - - 2.350 2.550 Bahia 1.800 2.000 410 490 2.210 2.490 Rondônia - - 1.700 2.000 1.700 2.000 Mato Grosso 50 60 450 480 500 540 Pará - - 250 300 250 300 Rio de Janeiro 200 250 10 15 210 265 Outros 130 150 220 240 350 390 BRASIL 28.230 31.910 7.870 8.555 36.100 40.465 PONTO MÉDIO 30.070 8.213 38.283 1

II METODOLOGIA Minas Gerais No caso particular de Minas Gerais, o levantamento é feito exclusivamente pela CONAB, onde os técnicos pesquisaram 102 municípios em 7 roteiros, com realização de entrevistas e aplicação de questionários, utilizando a capilaridade e conhecimentos dos informantes. O levantamento das informações está calcado em estudo estatístico e científico desenvolvido pela CONAB, em conjunto com a Universidade Federal de Lavras - UFLA, com captação subjetiva/objetiva de dados, ou seja, com a obtenção de informações junto aos órgãos de assistência técnica, cooperativas, e entidades ligadas ao setor, bem como propriedades cafeeiras selecionadas. Com os dados dos 102 municípios que constituem a amostra, foram obtidas as estimativas das produtividades médias das produções totais e dos erros de amostragem para as regiões produtoras do Estado, Minas Gerais. Para tais estimativas foi considerada a representatividade de cada município em função de sua área, com o café em produção, dentro da área total, na região. A expansão estimada, para o Estado, foi feita considerando-se a proporção de área da amostra em cada região. As áreas de café em produção, consideradas neste trabalho para as quatro regiões produtoras, foram obtidas, utilizando-se dados do IBGE MG, referentes ao ano safra 2001/2002. O levantamento no Estado em questão, contou com o envolvimento direto e indireto de 72 técnicos. São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Bahia e Rondônia. Nesses Estados, as informações foram levantadas através da aplicação de questionário padrão, em propriedades previamente selecionadas, com a utilização do método de amostragem estatística (estratos de áreas). Os dados foram processados e expandidos de acordo com o plano de amostragem, aplicando-se multiplicadores sobre o total de cada estrato, para atingir os resultados globais. Em São Paulo foram aplicados 612 questionários, com o trabalho de 40 técnicos; no Espírito Santo, 520 questionários por intermédio de 40 técnicos; no Paraná, 257 questionários com 31 técnicos; em Rondônia, 609 questionários com 28 técnicos, e, na Bahia, 330 questionários com 24 técnicos. No trabalho de campo, para a aplicação dos questionários e obtenção dos dados, as propriedades selecionadas foram visitadas por técnicos ligados às Secretarias de Agricultura de São Paulo (CATI), do Paraná Departamento de Economia Rural (DERAL) e da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, do 2

Espírito Santo (INCAPER), da Bahia (EBDA) e de Rondônia (EMATER), com o acompanhamento dos técnicos da CONAB em todos os Estados. Rio de Janeiro, Mato Grosso e Pará. Nesses Estados os técnicos da CONAB visitaram os principais municípios produtores, buscando-se informações junto aos órgãos de assistência técnica, cooperativas e outras fontes locais. Essas informações foram agrupadas em um questionário padrão, por município e posteriormente consolidadas para a obtenção de resultado para cada Estado. No Rio de Janeiro foram aplicados 24 questionários em trabalho de campo realizado por três técnicos. Em Mato Grosso foram preenchidos 12 formulários e três técnicos realizaram o trabalho. No Pará, dois técnicos aplicaram 16 questionários. Demais Estados (CE, MS, GO, PE, AC e DF) Nesses Estados os dados foram obtidos junto aos órgãos de assistência técnica, cooperativas e outras fontes estaduais. III SITUAÇÃO DA CULTURA Clima Para a safra 2004/05, até o momento, o clima vem apresentando comportamento distinto entre as Regiões produtoras. A florada e frutificação, em Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Região de montanha no Espírito Santo (café arábica), embora em menor intensidade às verificadas na safra recorde de 2002/03, apresentou melhoras em relação à safra anterior. Cabe registrar que no início de novembro/03, ocorreu forte chuva de granizo no Sul de Minas Gerais, em municípios de alta concentração na produção de café, o que provocou queda de flores, diminuindo o potencial produtivo das lavouras. No entanto, nos Estados do Paraná, Rondônia e Região Noroeste/Norte do Espírito Santo (café conilon), o clima não foi o ideal para o desenvolvimento e principalmente para a formação dos grãos. No Espírito Santo, entre os meses de janeiro e novembro/03, praticamente não choveu. A precipitação na Região Norte do Estado foi de 466 milímetros contra a média normal de 1.100 milímetros. A seca já havia contribuído para a redução da produção do conillon da safra anterior, e foi o fator que mais contribuiu para uma floração muito aquém do potencial esperado das lavouras para a safra 2004/05. Mesmo nas áreas irrigadas, a floração foi bastante irregular, pois não foi possível irrigar corretamente as lavouras devido à baixa disponibilidade de água nos mananciais da Região. Em Rondônia, a floração e início de frutificação foram prejudicados pela estiagem 3

ocorrida entre julho e novembro/03 e veranico nos meses de janeiro e fevereiro de 2004. No Paraná, a severa estiagem registrada no período de janeiro a março/04, nas regiões de Umuarama, Paranavaí, Toledo e Cascavel foi o fator que mais contribuiu para a redução do tamanho e do peso dos grãos. Nas demais Regiões do Estado, o desenvolvimento e situação das lavouras são considerados satisfatórios. Área. Nas duas últimas safras, as áreas de café em produção têm apresentado reduções significativas devido ao abandono, erradicação de lavouras e mais significativamente na safra 2003/04, práticas culturais como podas e recepas. Para a safra 2004/05, a primeira previsão indica, em nível de Brasil, estabilidade na área de café em produção. Já em nível estadual/regional, ocorrem situações distintas. Na Região Sul/Oeste de Minas Gerais, o indicativo é de incremento de 6,4% na área em produção. Este fato é devido à incorporação das áreas que no ano passado foram recepadas ou podadas, além de novas lavouras (em menor escala), o que compensou a redução, via abandono ou erradicação, para substituição de cultura, limitada devido à topografia. Na Região do Triângulo/Alto Paranaíba, o indicativo é de redução de 5,8%. Nessa Região, devido à topografia e tradição no cultivo de outras culturas, ocorreram grandes migrações de áreas de café para o cultivo de grãos, principalmente da soja. Em São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Espírito Santo (em menor escala), a substituição de café por outras culturas também foi fator determinante para o indicativo de redução de área. Produção. A segunda previsão de produção indica que o País deverá colher entre 36,10 a 40,465 milhões de sacas de café beneficiado. O resultado representa um incremento entre 25,3 a 40,4%, quando comparado com a produção de 28,82 milhões de sacas obtidas na safra anterior. O aumento na produção se deve à recuperação do café arábica, que nesta safra está em ciclo de alta bienalidade e às condições climáticas mais favoráveis nas principais regiões produtoras, pois para o robusta, o indicativo é de ligeira redução. As lavouras de arábica, devido ao seu potencial, poderiam, na safra 2004/05, produzir mais que o agora previsto, mas devido principalmente ao baixo nível de adubação, tratamento fitossanitário insuficiente e práticas culturais inadequadas, o potencial produtivo não será alcançado. O maior fator responsável por não se atingir o potencial pleno de produção, principalmente do café arábica, foi em decorrência dos baixos preços do café durante quase todo o ano de 2003, ficando, grande parcela do setor produtivo, com pouco capital para realizar os tratamentos e investimentos necessários para o bom desenvolvimento das lavouras. 4

IV RESULTADO DETALHADO Os resultados obtidos no levantamento são apresentados, em detalhes, nos quadros e gráficos a seguir: QUADRO - 1 - PRODUÇÃO DA SAFRA 2003/2004 FINAL; QUADRO - 2 - SAFRA 2004/2005 SEGUNDA PREVISÃO DE PRODUÇÃO; QUADRO - 3 - COMPARATIVO DE PRODUÇÃO SAFRA 04/05 - SAFRA 03/04; QUADRO - 4 - COMPARATIVO DO PARQUE CAFEEIRO EM PRODUÇÃO; QUADRO - 5 - COMPARATIVO ENTRE LEVANTAMENTOS Abril/04 e Dezembro/03; GRÁFICO - 1 - SAFRA 2004/2005 - PARTICIPAÇÃO % NA PRODUÇÃO, POR UF; GRÁFICO - 2 EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO BRASILEIRA. QUADRO - 1 SAFRA 2003/2004 PRODUÇÃO - FINAL PARQUE CAFEEIRO PRODUÇÃO PRODUTI- EM FORMAÇÃO EM PRODUÇÃO ( Mil sacas beneficiadas) VIDADE REGIÃO ÁREA CAFEEIROS ÁREA CAFEEIROS Arábica Robusta TOTAL (Sacas /ha) (ha) (Mil covas) (ha) (Mil covas) Minas Gerais 116.000 397.000 977.000 2.134.000 12.020 30 12.050 12,33 Sul/Oeste 72.000 235.000 477.000 1.052.000 5.360-5.360 11,24 Triângulo/Alto Paranaiba 16.000 78.000 154.000 420.000 2.810-2.810 18,25 Z. da Mata/Jequitinhonha 28.000 84.000 346.000 662.000 3.850 30 3.880 11,21 Espírito Santo 29.900 78.200 521.000 1.114.000 1.600 5.010 6.610 12,69 São Paulo 21.000 52.000 210.000 507.000 2.810-2.810 13,38 Paraná 10.400 37.900 123.200 315.000 1.970-1.970 15,99 Bahia 2.800 11.480 95.200 242.000 1.410 370 1.780 18,70 Rondônia 18.000 29.000 188.000 324.000-2.500 2.500 13,30 Mato Grosso 3.200 7.700 36.100 82.500 30 400 430 11,91 Pará 2.000 4.700 18.000 39.000-220 220 12,22 Rio de Janeiro 1.000 2.400 11.000 25.200 120 10 130 11,82 Outros 800 1.920 22.050 52.920 120 200 320 14,51 BRASIL 205.100 622.300 2.201.550 4.835.620 20.080 8.740 28.820 13,09 5

QUADRO - 2 SAFRA 2004/2005 SEGUNDA PREVISÃO DE PRODUÇÃO PARQUE CAFEEIRO PRODUÇÃO EM FORMAÇÃO EM PRODUÇÃO ( Mil sacas beneficiadas) PRODUTIVIDADE REGIÃO ÁREA CAFEEIROS ÁREA CAFEEIROS Arábica Robusta TOTAL (Sacas /ha) (ha) (Mil covas) (ha) (Mil covas) INFER. SUPER. INFER. SUPER. INFER. SUPER. Minas Gerais 72.000 265.000 999.600 2.266.000 16.800 19.400 30 30 16.830 19.430 16,84 19,44 Sul/Oeste 38.000 123.000 507.600 1.166.000 8.900 9.800 - - 8.900 9.800 17,53 19,31 Triângulo/Alto Paranaiba 12.000 59.000 145.000 406.000 3.200 3.800 - - 3.200 3.800 22,07 26,21 Z. da Mata/Jequitinhonha 22.000 83.000 347.000 694.000 4.700 5.800 30 30 4.730 5.830 13,63 16,80 Espírito Santo 22.200 63.600 517.700 1.108.400 2.100 2.300 4.800 5.000 6.900 7.300 13,33 14,10 São Paulo 19.000 47.100 202.000 489.000 4.800 5.200 - - 4.800 5.200 23,76 25,74 Paraná 5.010 16.500 118.700 322.000 2.350 2.550 - - 2.350 2.550 19,80 21,48 Bahia 1.400 5.740 96.700 246.000 1.800 2.000 410 490 2.210 2.490 22,85 25,75 Rondônia 9.000 18.900 180.000 310.000 - - 1.700 2.000 1.700 2.000 9,44 11,11 Mato Grosso 2.500 6.250 36.800 88.200 50 60 450 480 500 540 13,59 14,67 Pará 1.400 3.500 18.500 46.200 - - 250 300 250 300 13,51 16,22 Rio de Janeiro 500 1.400 11.500 26.600 200 250 10 15 210 265 18,26 23,04 Outros 500 1.300 22.500 55.100 130 150 220 240 350 390 15,56 17,33 BRASIL 133.510 429.290 2.204.000 4.957.500 28.230 31.910 7.870 8.555 36.100 40.465 16,38 18,36 QUADRO - 3 COMPARATIVO DE PRODUÇÃO PRODUÇÃO (Mil sacas beneficiadas) SAFRA SAFRA VAR REGIÃO 2003/2004 2004/2005 % Arábica Robusta TOTAL(a) Arábica Robusta TOTAL(b) TOTAL(c) b/a c/a Minas Gerais 12.020 30 12.050 16.800 19.400 30 30 16.830 19.430 39,7 61,2 Sul/Oeste 5.360-5.360 8.900 9.800 - - 8.900 9.800 66,0 82,8 Triângulo/Alto Paranaiba 2.810-2.810 3.200 3.800 - - 3.200 3.800 13,9 35,2 Zona da Mata/Jequitinhonha 3.850 30 3.880 4.700 5.800 30 30 4.730 5.830 21,9 50,3 Espírito Santo 1.600 5.010 6.610 2.100 2.300 4.800 5.000 6.900 7.300 4,4 10,4 São Paulo 2.810-2.810 4.800 5.200 - - 4.800 5.200 70,8 85,1 Paraná 1.970-1.970 2.350 2.550 - - 2.350 2.550 19,3 29,4 Bahia 1.410 370 1.780 1.800 2.000 410 490 2.210 2.490 24,2 39,9 Rondônia - 2.500 2.500 - - 1.700 2.000 1.700 2.000-32,0-20,0 Mato Grosso 30 400 430 50 60 450 480 500 540 16,3 25,6 Pará - 220 220 - - 250 300 250 300 13,6 36,4 Rio de Janeiro 120 10 130 200 250 10 15 210 265 61,5 103,8 Outros 120 200 320 130 150 220 240 350 390 9,4 21,9 BRASIL 20.080 8.740 28.820 28.230 31.910 7.870 8.555 36.100 40.465 25,3 40,4 6

QUADRO - 4 CAFÉ COMPARATIVO - PARQUE CAFEEIRO EM PRODUÇÃO PARQUE CAFEEIRO 2003/2004 2004/2005 VAR REGIÃO Área (1) Cafeeiros (2) Área (3) Cafeeiros (4) % ( ha ) (Mil covas) ( ha ) (Mil covas) 3/1 4/2 Minas Gerais 977.000 2.134.000 999.600 2.266.000 2,3 6,2 Sul/Oeste 477.000 1.052.000 507.600 1.166.000 6,4 10,8 Triângulo/Alto Paranaiba 154.000 420.000 145.000 406.000-5,8-3,3 Zona da Mata/Jequitinhonha 346.000 662.000 347.000 694.000 0,3 4,8 Espírito Santo 521.000 1.114.000 517.700 1.108.400-0,6-0,5 São Paulo 210.000 507.000 202.000 489.000-3,8-3,6 Paraná 123.200 315.000 118.700 322.000-3,7 2,2 Bahia 95.200 242.000 96.700 246.000 1,6 1,7 Rondônia 188.000 324.000 180.000 310.000-4,3-4,3 Mato Grosso 36.100 82.500 36.800 88.200 1,9 6,9 Pará 18.000 39.000 18.500 46.200 2,8 18,5 Rio de Janeiro 11.000 25.200 11.500 26.600 4,5 5,6 Outros 22.050 52.920 22.500 55.100 2,0 4,1 BRASIL 2.201.550 4.835.620 2.204.000 4.957.500 0,1 2,5 VAR % REGIÃO TOTAL - DEZ/03 TOTAL - ABR/04 INFER. SUPER. INFER. SUPER. INFER. SUPER. Minas Gerais 16.130 17.780 16.830 19.430 4,3 9,3 Sul/Oeste 8.100 8.900 8.900 9.800 9,9 10,1 Triângulo/Alto Paranaiba 3.300 3.800 3.200 3.800-3,0 0,0 Z. da Mata/Jequitinhonha 4.730 5.080 4.730 5.830 0,0 14,8 Espírito Santo 6.300 6.900 6.900 7.300 9,5 5,8 São Paulo 4.100 4.500 4.800 5.200 17,1 15,6 Paraná 2.400 2.600 2.350 2.550-2,1-1,9 Bahia 2.050 2.340 2.210 2.490 7,8 6,4 Rondônia 1.950 2.100 1.700 2.000-12,8-4,8 Mato Grosso 450 480 500 540 11,1 12,5 Pará 240 250 250 300 4,2 20,0 Rio de Janeiro 150 165 210 265 40,0 60,6 Outros 340 360 350 390 2,9 8,3 BRASIL 34.110 37.475 36.100 40.465 5,8 8,0 PONTO MÉDIO QUADRO - 5 SAFRA 2004/2005 COMPARATIVO ENTRE LEVANTAMENTOS ABR/DEZ 35.793 38.283 7,0 7

GRÁFICO - 1 PRODUÇÃO DE CAFÉ - SAFRA 2004/05 PARTICIPAÇÃO % POR U.F BA 6% RO 5% MT 1% PA RJ 1% 1% Outs. 1% PR 6% MG 47% SP 13% ES 19% ELABORAÇÃO : CONAB CONSIDERADO PONTO MÉDIO DE PRODUÇÃO GRÁFICO - 2 EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO BRASILEIRA 55,0 50,0 45,0 40,0 Milhões sacas 60Kg 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05(*) PROD. 30,9 33,1 31,3 48,48 28,82 38,28 FONTE : CONAB ELAB : CONAB/DIGEM/SUGOF (*) - Ponto Médio - 2ª previsão - ABR/04 8