CERTIFICAÇÃO DA GESTÃO FLORESTAL EM GRUPO. Breve guia informativo UNIMADEIRAS



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Transcrição:

CERTIFICAÇÃO DA GESTÃO FLORESTAL EM GRUPO Breve guia informativo UNIMADEIRAS

2 O QUE É A CERTIFICAÇÃO DA GESTÃO FLORESTAL?

3 A Certificação da Gestão Florestal é a garantia que uma propriedade florestal é gerida de uma forma: Mais amiga do meio-ambiente. Mais justa para a sociedade. Mais rentável para o proprietário. Na Europa, destacam-se dois esquemas de certificação florestal: O PEFC (Program for the Endorsement of Forest Certification) que promove e reconhece os esquemas de certificação nacionais, de acordo com os indicadores pan-europeus, de modo a promover uma gestão florestal sustentável com benefícios ambientais, sociais e economicamente viável, no presente e para as gerações futuras. O FSC (Forest Stewardship Council) que promove uma gestão das florestas mundiais ambientalmente responsável, social e economicamente viável, através de Princípios e Critérios de Gestão Florestal mundialmente reconhecidos e respeitados. Existem três tipos de sistemas de Certificação: Individual (apenas um proprietário com uma ou mais propriedades). Grupo (dois ou mais proprietários). Regional (aplicada a uma determinada região específica). A Certificação da gestão Florestal é dirigida: A todos os proprietários, usufrutuários ou arrendatários florestais que pretendam aderir à certificação numa perspetiva de longo prazo.

4 O QUE É A CERTIFICAÇÃO EM GRUPO? QUAIS SÃO AS VANTAGENS EM ADERIR?

5 A certificação da gestão florestal em grupo é um método de certificação que pressupõe a nomeação de um Responsável pela Unidade de Gestão Florestal, a quem compete a implementação e a verificação da conformidade do sistema e que permite vantagens aos proprietários aderentes. Os membros do Grupo UNIFLORESTA contam, entre outras, com as seguintes vantagens: Melhoria do planeamento da gestão e das práticas de gestão florestal. Maior produtividade e rentabilidade das plantações. Reconhecimento, perante a sociedade, como um produtor florestal responsável, cumpridor da legislação, das boas práticas florestais e dos princípios ambientais, sociais e económicos. Isenção dos custos de implementação e de manutenção do sistema. Isenção dos custos de Auditorias ao Sistema. Formação profissional gratuita. Apoio Técnico e Administrativo gratuito. Acesso a um mercado mais exigente. Garantia de preço diferenciado na venda da madeira certificada. Partilha de todas as vantagens de estar integrado num grupo de certificação. O Grupo UNIFLORESTA é um grupo constituído por proprietários e arrendatários florestais, certificado pelas normativas do FSC e do PEFC, cujos membros aderem de forma voluntária e numa perspetiva de longo prazo à certificação da gestão florestal. O grupo é administrado e gerido pela Unimadeiras, a quem compete garantir a continuidade da conformidade do processo, assim como verificar o cumprimento e fazer cumprir todos os requisitos normativos e legais aplicáveis.

6 O QUE É A CERTIFICAÇÃO DA GESTÃO FLORESTAL PELO FSC?

7 O objetivo da certificação florestal FSC é promover uma gestão responsável, salvaguardando as funções económicas, ambientais e sociais das áreas florestais. A certificação FSC garante, entre outros, os seguintes aspetos: A gestão florestal respeita todas as leis nacionais e locais, bem como os requisitos administrativos. Todos os encargos aplicáveis e legalmente exigidos, tais como licenciamentos, honorários, taxas e outros custos, são pagos. Todas as orientações de acordos internacionais, tais como o CITES (Convenção Internacional do Comércio da Fauna e Flora em Perigo de Extinção), convenções da OIT (Organização Internacional de Trabalho), o ITTA (Acordo Internacional sobre Madeiras Tropicais) e a Convenção sobre Diversidade Biológica são respeitadas. Os conflitos entre leis, regulamentos e os Princípios e Critérios do FSC são avaliados caso a caso, pelas entidades certificadoras e as partes envolvidas ou afetadas. As áreas sob gestão florestal são protegidas da exploração e ocupação ilegais e de outras atividades não autorizadas.

8 Os gestores florestais assumem um compromisso de longo prazo de adesão aos Princípios e Critérios do FSC. Os direitos de uso florestal de longo prazo da terra são claramente evidenciados (tais como registos prediais, direitos consuetudinários ou contratos de arrendamento). As comunidades locais com direitos legais ou consuetudinários de posse ou uso mantêm o controlo sobre as operações de gestão florestal, na extensão necessária para proteger os seus direitos ou recursos, a menos que deleguem esse controlo, de forma livre e consciente, em outras pessoas São adotados mecanismos adequados para a resolução de disputas sobre a posse da terra ou direitos de uso. Os direitos legais e consuetudinários das comunidades indígenas e comunidades tradicionais de possuir, usar e gerir as suas terras, territórios e recursos são reconhecidos e respeitados (Não aplicável em Portugal). Às comunidades inseridas ou adjacentes às áreas florestais sob gestão, são dadas oportunidades de emprego, formação e outros serviços. A gestão florestal alcança e excede os requisitos da legislação e regulamentação aplicáveis, relacionadas com a saúde e segurança dos empregados e seus familiares.

9 Os direitos dos trabalhadores se organizarem e negociarem voluntariamente com os seus empregadores estão garantidos, conforme descrito nas Convenções 87 e 98 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O planeamento e a execução das atividades de gestão florestal incorporam os resultados das avaliações de impacte social. São mantidos processos de consulta com as pessoas e grupos diretamente afetados pelas atividades de gestão florestal. São adotados mecanismos apropriados para a resolução de reclamações e para proporcionar compensação adequada no caso de perdas ou danos que afetem os direitos legais ou consuetudinários, a propriedade, os recursos ou o modo de vida das comunidades locais. A gestão florestal esforça-se no sentido de assegurar a viabilidade económica, ao mesmo tempo que considera todos os custos de produção de ordem ambiental, social e operacional, e garante os investimentos necessários para manter a produtividade ecológica da floresta. As atividades de gestão florestal e comercialização promovem a otimização do uso e o processamento local dos múltiplos produtos da floresta. A gestão florestal minimiza os desperdícios associados às operações de exploração e de processamento in situ e evitar danos a outros recursos florestais.

10 A gestão florestal esforça-se por fortalecer e diversificar a economia local, evitando a dependência de um único produto florestal. As operações de gestão florestal reconhecem, mantêm e, quando apropriado, aumentam o valor de recursos e serviços florestais, tais como bacias hidrográficas e os recursos piscícolas. A taxa de exploração dos recursos florestais não excede níveis que sejam permanentemente sustentados. A avaliação dos impactes ambientais é realizada de forma apropriada à escala e intensidade da gestão florestal e à singularidade dos recursos afetados e adequadamente integrada nos sistemas de gestão. Existem salvaguardas que protejam as espécies raras, ameaçadas ou em perigo de extinção e seus habitats. As funções e os valores ecológicos são mantidos intactos, incrementados ou restaurados, incluindo: A regeneração e a sucessão florestal. A diversidade genética, específica e de ecossistemas. Os ciclos naturais que afetem a produtividade do ecossistema florestal. As amostras representativas dos ecossistemas existentes dentro da paisagem são protegidas no seu estado natural e cartografadas, de forma adequada à escala e à intensidade das operações e à singularidade dos recursos afetados.

11 São documentadas e implementadas orientações para: Controlar a erosão. Minimizar os danos durante a exploração florestal, a construção de rede viária e outras perturbações mecânicas. Proteger os recursos hídricos. Os sistemas promovem o desenvolvimento e a adoção de métodos não químicos de baixo impacte ambiental para a gestão de pragas e esforçam-se para evitar o uso de pesticidas químicos. Os produtos químicos, as embalagens e os resíduos não orgânicos líquidos e sólidos, incluindo combustíveis e óleos lubrificantes, são tratados de forma ambientalmente adequada, fora da floresta. O uso de agentes de controlo biológico é documentado, minimizado, monitorizado e criteriosamente controlado de acordo com a legislação nacional e protocolos científicos internacionalmente aceites. É proibido o uso de organismos geneticamente modificados. O uso de espécies exóticas é cuidadosamente controlado e ativamente monitorizado para evitar impactes ecológicos adversos. Não ocorrem conversões de florestas para plantações ou usos do solo não florestais, exceto em circunstâncias nas quais a conversão: Representa uma área muito limitada da unidade de gestão florestal.

12 Não ocorre em áreas de Florestas de Alto Valor de Conservação. Possibilita benefícios de conservação claros, substanciais, adicionais, seguros e de longo prazo para a unidade de gestão florestal. O plano de gestão é realizado e é revisto periodicamente de forma a incorporar os resultados da monitorização ou novas informações científicas e técnicas, bem como para se adaptar a mudanças nas circunstâncias ambientais, sociais e económicas. Os trabalhadores florestais recebem formação e supervisão adequadas para assegurar uma correta implementação do plano de gestão. É realizada uma avaliação para determinar a presença de atributos consistentes com Florestas de Alto Valor de Conservação, de forma apropriada à escala e intensidade da gestão florestal. O Plano de Gestão inclui e implementa medidas específicas que asseguram a manutenção e/ou melhoria dos atributos de conservação identificados, segundo o princípio da precaução. A monitorização anual deve avaliar a eficácia das medidas implementadas para manter ou melhorar os atributos de conservação aplicáveis. O delineamento e o ordenamento das plantações promovem a proteção, o restauro e a conservação das florestas naturais e não aumentam as pressões sobre as mesmas.

13 A diversidade na composição das plantações é preferível para melhorar a estabilidade económica, ecológica e social. Esta diversidade inclui o tamanho e a distribuição espacial dos povoamentos na paisagem, o número e a composição genética das espécies, classes de idade e estrutura. A seleção das espécies a utilizar na instalação de povoamentos assenta na sua adequabilidade geral ao local e na adaptação aos objetivos de gestão. As espécies autóctones são preferíveis às exóticas. Uma parte da área total sob gestão florestal, adequada à dimensão da plantação e a ser determinada em normas regionais, é gerida com o objetivo de restaurar a cobertura florestal natural do local. São tomadas medidas para manter ou melhorar a estrutura, fertilidade e atividade biológica do solo. São tomadas medidas para prevenir e minimizar os surtos de pragas e doenças, a ocorrência de incêndios florestais e a introdução de plantas invasoras. De forma adequada à escala e diversidade da operação, a monitorização das plantações inclui a avaliação periódica dos impactes sociais e ecológicos in-situ e ex-situ potenciais (tal como da regeneração natural, efeitos nos recursos hídricos e fertilidade do solo, e impactes no desenvolvimento e bem-estar social local), para além dos elementos abordados nos Princípio 4, 6 e 8 do FSC. As plantações estabelecidas em áreas convertidas de floresta natural após Novembro de 1994 não podem normalmente ser qualificadas para a certificação.

14 O QUE É A CERTIFICAÇÃO DA GESTÃO FLORESTAL PELO PEFC?

15 O PEFC estabelece padrões para a certificação e gestão florestal sustentável em consonância com a evolução e as expectativas da sociedade. As normas de Sustentabilidade PEFC são baseadas no consenso alargado da sociedade, expresso nos processos e diretrizes internacionais, intergovernamentais e multilaterais, onde são envolvidas as partes interessadas. Obtendo a certificação de Gestão Florestal Sustentável PEFC, um proprietário florestal está a demonstrar que a suas práticas de gestão cumprem os requisitos para as melhores práticas de gestão florestal sustentável. Este sistema apoia-se sobre os denominados "seis critérios de Helsínquia": Manutenção e melhoria adequada dos recursos florestais e sua contribuição para os ciclos globais de carbono. Manutenção da saúde e vitalidade do ecossistema florestal. Manutenção e promoção das funções produtivas das florestas (madeira e não madeira). Manutenção, conservação e melhoria adequada da diversidade biológica nos ecossistemas florestais. Manutenção e melhoria adequada das funções de proteção na gestão florestal (sobretudo o solo e a água). Manutenção e outras funções e condições socioeconómicas. Além disso, este sistema procura a coerência com as políticas florestais nacionais e uma adaptação à pequena propriedade florestal.

16 Estes critérios são traduzidos nos seguintes requisitos: O planeamento de gestão visa a manutenção ou o aumento apropriado da área florestal de acordo com as principais funcionalidades (produção, proteção e conservação) e com os objetivos de gestão definidos para a Unidade de Gestão Florestal, tendo em conta a ocupação e os usos do solo existentes. O planeamento de gestão deve salvaguardar a quantidade e qualidade dos recursos florestais a médio e a longo prazo, através do equilíbrio das taxas de exploração e de crescimento. O planeamento de gestão deve manter ou conduzir o volume em pé dos recursos a um nível desejado, quer económica, quer ecológica ou socialmente. O planeamento da gestão deve visar a manutenção ou o aumento da diversidade estrutural à escala da Unidade de Gestão Florestal, de acordo com os objetivos de gestão, exceto em situações de necessidade de defesa da floresta contra agentes bióticos e abióticos. O planeamento da gestão deve visar o aumento ou manutenção da retenção e armazenamento de carbono pela adoção de modelos de gestão mais adequados. O responsável pela Unidade de Gestão Florestal deve proceder à avaliação da perigosidade de incêndio na Unidade de Gestão Florestal e considerar os mecanismos de prevenção e defesa contra incêndios florestais existentes e/ou complementares. O responsável da Unidade de Gestão Florestal deve promover o balanço adequado dos níveis nutricionais no solo. Caso seja necessário, o uso de fertilizantes deve ser aplicado de forma controlada e com o mínimo de impacte possível.

17 O responsável pela Unidade de Gestão Florestal deve monitorizar a saúde e vitalidade da floresta, designadamente pela proporção de copas com indícios de desfoliação identificando, sempre que possível a causa especialmente os fatores chave, bióticos e abióticos tais como: pragas, doenças, sobre pastoreio, encabeçamento excessivo, danos causados por fatores climáticos ou por operações de gestão florestal, atividades de caça e turismo e pesca em águas interiores. A utilização de produtos químicos deve ser minimizada, tomando em consideração apropriadas alternativas silvícolas e outras medidas biológicas. O planeamento da gestão deve identificar e promover os tipos de produtos lenhosos e não lenhosos, atendendo aos objetivos de gestão estabelecidos para a Unidade de Gestão Florestal. O planeamento da gestão deve visar a otimização da produtividade dos produtos explorados com os objetivos de gestão definido para a Unidade de Gestão Florestal. O nível de aproveitamento deve ser adequado à qualidade da estação e aos momentos ótimos de exploração. O planeamento da gestão deve visar a manutenção e a conservação da diversidade biológica. O planeamento da gestão florestal deve identificar e considerar as espécies (fauna e flora), habitats protegidos e/ou com estatuto de ameaça e espécies endémicas, definidos em reconhecidas listas de referência. No Sistema Nacional de Áreas Classificadas (SNAC), constituído pela Rede Nacional de Áreas Protegidas, pelas áreas classificadas integradas na Rede Natura 2000 e pelas

18 demais áreas classificadas ao abrigo de compromissos internacionais assumidos pelo Estado Português (Sítios da Lista Ramsar, Reservas Biogenéticas, Reservas da Biosfera, etc.), a gestão florestal deve ser conduzida de acordo com regulamentação e objetivos que as enquadram (por exemplo: Plano Sectorial da Rede Natura 2000; Planos de Ordenamento de Áreas Protegidas), podendo estes regulamentos orientar a gestão dos valores identificados fora do Sistema Nacional de Áreas Classificadas. O planeamento da gestão deve visar a conservação de árvores longevas e/ou cavernosas e de madeira morta (em pé ou caída). O planeamento da gestão deve visar a utilização do tipo de regeneração mais adequado ao meio e às espécies florestais utilizadas, para a definição de objetivos, assegurando uma regeneração viável e de qualidade do povoamento. Sempre que apropriado, deverá promover-se a regeneração natural. A utilização de material florestal de reprodução deve ter em consideração a diversidade genética. A utilização de plantas geneticamente modificadas não é permitida. O planeamento da gestão florestal deve visar a proteção do solo e água, tomando em consideração as orientações dos instrumentos de política nacionais, regionais ou locais para a gestão destes recursos. As áreas que desempenham funções protetoras específicas e reconhecidas para o solo e água, assim como as áreas com solos vulneráveis devem ser registadas e mapeadas. As atividades com potencial impacte sobre o solo e a água devem ser objeto de cuidado especial, devendo ser definidas as respetivas orientações de gestão e medidas de mitigação. Neste contexto, devem ser estritamente evitados fenómenos de erosão e compactação, o derramamento de óleo e depósito de desperdícios pelas operações de gestão florestal.

19 O responsável pela Unidade de Gestão Florestal deve planear, criar e manter uma rede viária e divisional adequada, assim como estradas, trilhos, aceiros ou pontes, de forma a assegurar a distribuição eficiente de bens e serviços na Unidade de Gestão Florestal e aumentar a proteção e acessibilidade contra incêndios. O responsável pela Unidade de Gestão Florestal deve ter os limites da área aderente cartografados. Na área aderente, os direitos de propriedade e as condições de posse de terra devem ser claramente definidos, documentados e estabelecidos. O planeamento deve promover a viabilidade económica considerando os custos e benefícios de produção, garantindo os investimentos necessários para manter a produtividade da floresta. O planeamento da gestão florestal deve respeitar as múltiplas funções das florestas para a sociedade, tomando em devida consideração o papel da atividade florestal no desenvolvimento rural e considerar novas oportunidades para o emprego relacionadas com as funções socioeconómicas das florestas. O responsável pela Unidade de Gestão Florestal deve assegurar que as condições de trabalho na Unidade de Gestão Florestal são cumpridas e que é prestada orientação e formação sobre segurança no trabalho e otimização no desempenho de tarefas. O planeamento da gestão florestal deve proteger áreas com importância histórica, cultural ou espiritual específica e reconhecida. Tomando em consideração os direitos do proprietário e de outros interessados, o acesso adequado do público às florestas, para fins de recreio, pode ser permitido, desde que os recursos e ecossistemas florestais sejam salvaguardados.

20 O QUE É NECESSÁRIO PARA CERTIFICAR AS MINHAS PROPRIEDADES FLORESTAIS E PODER USUFRUIR DE TODAS AS VANTAGENS?

21 Para propor a sua adesão ao Grupo Unifloresta e poder usufruir de todas as vantagens associadas, basta que nos contacte e apresente os seguintes documentos originais: Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão do proprietário ou arrendatário. Comprovativos legais da titularidade ou posse das propriedades. Levantamento GPS de todas as propriedades. Caso não tenha levantamentos GPS das propriedades, a Unimadeiras pode realizar todos os trabalhos necessários. Para mais informações acerca da prestação deste serviço, solicite-nos as condições gerais para a realização de levantamentos GPS.

22 QUEM SOMOS?

23 A Unimadeiras é um empresa com sede em Albergaria-a-Velha, filial na Figueira da Foz e com representatividade ativa em vários ponto do país. Fundada em outubro de 1974, é a maior empresa fornecedora de madeira para celulose, aglomerado e MDF de Portugal e conta, atualmente, com mais de 640 Acionistas, espalhados um pouco por todo o país. Entre os principais clientes, encontram-se algumas das empresas mais relevantes do sector, tais como os Grupos Portucel Soporcel, Altri, Sonae Industria, LusoFinsa, Palser, Europa&c e Gesfinu. Com um volume de faturação médio anual superior a 50 milhões de euros, a Unimadeiras continua a afirmar-se dentro dos projetos de responsabilidade social mais relevantes no setor. A constituição do Grupo UniFloresta representa um marco nas atividades desenvolvidas no âmbito da responsabilidade social da Unimadeiras. Em 2008, a Administração da Unimadeiras assumiu a gestão e os custos da implementação voluntária de preocupações sociais e ambientais ligadas à gestão florestal, às boas práticas florestais e às condições de higiene e segurança nas operações quotidianas dos trabalhadores florestais e produtores certificados do grupo UniFloresta. A Unimadeiras está disponível para prestar os seguintes serviços: Levantamentos GPS de propriedades florestais. Projetos de arborização e rearborização. Inventário Florestal. Planos de Gestão Florestal. Apoio técnico e administrativo, no âmbito da gestão florestal.

24 PARA OUTRAS INFORMAÇÕES, CONTACTE-NOS Arruamento Q, Zona Industrial ALBERGARIA-A-VELHA 40º 42 44,86 N 8º 29 01,16 O Beco do Moinho, Sampaio, Marinha das Ondas FIGUEIRA DA FOZ 40º 03 05,08 N 8º 51 55,14 O 351 (234) 521 864 351 (233) 959 099 geral@unimadeiras.pt WWW.UNIMADEIRAS.PT