REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR SETEMBRO DE 2008 TAXA DE DESEMPREGO MANTÉM DECLÍNIO NA RMS

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Transcrição:

REGIÃO METROPOLITANA DE SALVADOR SETEMBRO DE 2008 E TAXA DE DESEMPREGO MANTÉM DECLÍNIO NA RMS m setembro, a Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada na Região Metropolitana de Salvador (RMS), apresentou diminuição da taxa de desemprego total (1,0%), pelo quarto mês consecutivo, passando de 19,9%, em agosto, para os atuais 19,7% da PEA. Essa é a menor taxa de desemprego total desde o início da pesquisa em dezembro de 1996. A taxa de desemprego aberto manteve-se em 12,2%, enquanto a de desemprego oculto passou de 7,6% para 7,5% da PEA. O contingente de desempregados foi estimado em 365 mil pessoas, 1 mil a menos em relação ao mês anterior. Esse resultado decorreu da geração de 14 mil ocupações, que foi superior ao aumento no número de pessoas (13 mil) na População Economicamente Ativa (PEA), conforme Tabela 1. A taxa de participação aumentou, ao passar de 60,0% registrados em agosto, para os atuais 60,3%. Em setembro, o nível de ocupação da RMS registrou elevação de 1,0% e o total de ocupados foi estimado em 1.486 mil pessoas. Houve desempenho positivo nos seguintes setores de atividade: Serviços (1,3%, 12 mil postos) e agregado Outros Setores que inclui Serviços Domésticos, Construção Civil e Outras Atividades (1,3%, ou 3 mil ocupações). Por outro lado, o Comércio manteve o mesmo contingente do mês anterior (230 mil), enquanto a Indústria registrou leve decréscimo (0,8%, ou 1 mil postos). Em agosto, o rendimento médio real diminuiu para os ocupados (0,6%) e, em maior proporção, para os assalariados (2,0%). Os valores desses rendimentos foram estimados respectivamente em R$ 942 e R$ 1.049.

OCUPAÇÃO 2 1. Em setembro, o nível de ocupação da RMS registrou elevação de 1,0% e o total de ocupados foi estimado em 1.486 mil pessoas. Houve desempenho positivo de 1,3% no setor de Serviços, com 12 mil novos postos de trabalho, bem como no agregado Outros Setores (que inclui Serviços Domésticos, Construção Civil e Outras Atividades), com mais 3 mil postos. O Comércio registrou estabilidade absoluta e relativa de seu nível de ocupação, enquanto a Indústria apresentou redução de 0,8%, com eliminação de um mil postos. 2. Segundo a posição na ocupação, em setembro, foram criados 9 mil postos de trabalho assalariado na RMS. Os contingentes de trabalhadores assalariados do setor privado e do setor público tiveram movimentos diferenciados. O primeiro aumentou em 15 mil pessoas enquanto o último diminuiu em 4 mil. 3. Entre os assalariados do setor privado, houve crescimento de 13 mil postos de trabalho com registro formal e, em menor proporção, de 2 mil postos entre os sem registro formal. Houve elevação no contingente de trabalhadores domésticos (4 mil) e no agregado Outros (2 mil), que inclui os Empregadores, os Trabalhadores Familiares e os Donos de Negócios Familiares, etc. Por outro lado, registrou-se ligeiro decréscimo no contingente de trabalhadores autônomos (1 mil).

4. Em comparação a setembro de 2007, o nível de ocupação elevou-se 4,0%, devido ao crescimento registrado no Setor de Serviços (6,2%), representando 53 mil novos postos de trabalho, assim como no agregado Outros Setores (12 mil, representando 5,6%), que inclui a Construção Civil, os Serviços Domésticos e Outras Atividades. Contribuíram para atenuar o resultado global a redução de 5 mil ocupações na Indústria (3,8%) e de 3 mil postos no Comércio (1,3%). 5. Segundo a posição ocupacional, o contingente de trabalhadores assalariados registrou incremento de 42 mil pessoas em relação a setembro de 2007. Houve acréscimo no número de assalariados do setor privado (26 mil) e do setor público (16 mil). No segmento privado, houve aumento expressivo no contingente de assalariados com carteira assinada (24 mil) e, em menor proporção, no do sem carteira assinada (2 mil). Por sua vez, o contingente de autônomos aumentou em 22 mil trabalhadores, enquanto o do agregado Outros decresceu em 6 mil e o de trabalhadores domésticos, em 1 mil. 6. Em setembro de 2008, os ocupados e os assalariados apresentaram uma jornada semanal de trabalho em uma média de 42 horas, a mesma jornada em relação ao mês anterior. O percentual de trabalhadores com jornada semanal superior a 44 horas diminuiu tanto para os ocupados (passando de 42,2% para 41,2%), quanto para os assalariados (quando passou de 39,0% para 38,0%). 3 DESEMPREGO 1. A Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada na Região Metropolitana de Salvador (RMS), apresentou diminuição da taxa de desemprego total (1,0%), pelo quarto mês consecutivo, passando de 19,9%, em agosto, para os atuais 19,7% da PEA. Essa é a menor taxa de desemprego total desde o início da pesquisa em dezembro de 1996. 2. Em relação a setembro de 2007, a taxa de desemprego total diminuiu 9,2%, passando de 21,7% para os atuais 19,7% da PEA. Este resultado foi reflexo das reduções de 7,6% na taxas de desemprego aberto (de 13,2% para 12,2%) e de 11,8% na taxa de desemprego oculto (de 8,5% para 7,5%), entre os meses de setembro de 2007 e 2008. 3. Nos últimos 12 meses, observou-se a saída de 31 mil pessoas da situação de desemprego, resultado da criação de 57 mil postos de trabalho, número mais que suficiente para absorver o contingente de 26 mil pessoas que passaram a integrar a força de trabalho da região. A taxa de participação diminuiu de 61,1% para os atuais 60,3%.

4. Os resultados intra-regionais mostram que, no mês de setembro, a taxa de desemprego total diminuiu no município de Salvador passando de 18,9% em agosto para os atuais 18,7% da PEA, e cresceu nos demais municípios metropolitanos pesquisados passando de 23,7% para 23,9% no mesmo período. 5. Em relação a setembro de 2007, a taxa de desemprego total do município de Salvador diminuiu passando dos 20,7% encontrados em 2007 para os atuais 18,7%, e a dos demais municípios metropolitanos também foi reduzida ao passar de 26,3% para os atuais 23,9%. 4 6. Em relação ao mês anterior, a taxa de desemprego total diminuiu mais expressivamente para os seguintes segmentos populacionais: pessoas com 40 anos de idade ou mais (4,2%), mulheres (3,8%) e crianças e adolescentes com idade entre 10 e 17 anos (3,0%); e cresceu para os homens (3,7%), para os chefes de domicílio (3,7%) e para os brancos (2,6%). 7. Em relação a setembro de 2007, observou-se diminuição da taxa de desemprego total para quase todos os grupos populacionais destacando-se os que têm 40 anos de idade ou mais (23,3%), as pessoas com experiência anterior de trabalho (11,9%) e os chefes de domicílio (11,1%). As exceções ficaram com os indivíduos com menos de três anos de residência na RMS, cuja taxa de desemprego total cresceu 10,4%, e os que não possuem experiência anterior de trabalho, com 2,4%. 8. O tempo médio despendido pelo conjunto de desempregados na procura de trabalho, em setembro de 2008, foi calculado em 67 semanas, 3 semanas a mais em relação ao mês anterior e 1 semana a menos em relação a setembro de 2007.

9. Em setembro, registrou-se redução na taxa de desemprego total na maioria das regiões metropolitanas pesquisadas: Recife (4,2%) e São Paulo (3,6%) e, em menor medida, em Belo Horizonte (2,1%) e Salvador (1,0%), em Porto Alegre (0,9%) e no Distrito Federal (0,6%). 5 RENDIMENTO 1. Em agosto, o rendimento médio real diminuiu para os ocupados (0,6%) e, em maior proporção, para os assalariados (2,0%). Os valores desses rendimentos foram estimados respectivamente em R$ 942 e R$ 1.049. O valor mediano do rendimento real no trabalho principal não variou para ocupados e mantiveram relativa estabilidade para assalariados (-0,1%), passando a R$ 552 e R$ 655, respectivamente. 2. Em relação a agosto de 2007, houve crescimento do rendimento real médio da população ocupada (9,4%) e da assalariada (9,6%). Nesse mesmo período, o rendimento mediano também apresentou crescimento para os ocupados (6,6%) e assalariados (10,0%). 3. Entre agosto e julho, o rendimento real médio dos assalariados do setor privado manteve-se praticamente estável (0,2%), passando a R$ 890. Considerando os setores de atividade, houve aumento nos rendimentos apenas dos assalariados do setor de Serviços (2,0%). Para os assalariados na Indústria e no Comércio houve queda de 4,4% e 3,0%, respectivamente. O salário real médio recebido na Indústria foi estimado em R$ 1.194, no setor de Serviços em R$ 852 e no Comércio em R$ 780. 4. Na comparação com agosto do ano passado, o rendimento real médio dos assalariados do setor privado cresceu 11,3%, devido a incrementos mais expressivos dos salários no Comércio (25,0%) acompanhado de elevações menos intensas nos salários na Indústria (10,1%) e no setor de Serviços (9,8%). 5. A análise mensal por posição na ocupação mostra que o rendimento real médio dos assalariados do setor privado praticamente não variou para aqueles com carteira de trabalho assinada (0,2%), registrando o valor de R$ 986, e decresceu para os sem carteira assinada (1,2%), passando a R$ 515.

6 6. Em relação a agosto de 2007, o rendimento real médio registrou aumento para os trabalhadores com carteira assinada (12,3%) e relativa estabilidade para os sem carteira assinada (0,5%). 7. Em agosto de 2008, o rendimento máximo dos 10% dos ocupados de menor rendimento no trabalho principal ficou praticamente estável (-0,1%), permanecendo em R$ 200, e o valor mínimo auferido pelos 10% dos ocupados de renda mais elevada teve queda (0,7%), passando a valer R$ 2.009. 8. Para os assalariados, o rendimento máximo dos 10% de menores salários manteve relativa estabilidade (-0,1%), registrando o valor de R$ 415, e o valor mínimo auferido pelos 10% de maiores salários reduziu (2,0%), passando de R$ 2.214 para os atuais R$ 2.170. 9. Comparados aos valores observados nos últimos doze meses, verificou-se redução (1,0%) na renda máxima auferida pelos 10% dos ocupados mais pobres. Movimento oposto foi observado para os 10% dos ocupados mais ricos, cuja renda mínima teve incremento de 5,6%.

10. Ainda em relação a agosto de 2007, observaram-se aumentos de 3,3% no rendimento máximo recebido pelos 10% dos assalariados de menor renda e de 8,1% no valor mínimo auferido pelos 10% melhor remunerados. 7 11. Em agosto de 2008, a massa de rendimentos aumentou para os ocupados (1,0%), em razão do crescimento do emprego, uma vez que o rendimento diminuiu; e apresentou retração entre os assalariados (0,8%), devido ao decréscimo dos salários, já que o emprego cresceu. 12. Nos últimos 12 meses, houve elevação nas massas de rendimentos médios reais dos ocupados (13,1%) e dos assalariados (13,6%). No resultado anual, os aumentos deveram-se ao desempenho positivo do rendimento médio e, com menor intensidade, do nível de ocupação.

8 HISTÓRICO A Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Salvador (PED/RMS) 1 produz informações sobre a estrutura e dinâmica do mercado de trabalho desta região, através de um levantamento mensal e sistemático sobre o emprego, o desemprego e os rendimentos do trabalho. Ao contrário de outras pesquisas, sua metodologia 2, ao privilegiar a condição de procura de trabalho, na caracterização da situação ocupacional dos indivíduos, permite captar formas de desemprego que são próprias de mercados de trabalho estruturalmente heterogêneos, como é o caso do brasileiro. Assim, através dela, pode-se evidenciar, além do desemprego aberto (o mais comum e conhecido), o desemprego oculto - por trabalho precário ou desalento 3. A PED/RMS é uma iniciativa do Governo do Estado da Bahia, através da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia - SEI -, órgão da Secretaria do Planejamento - SEPLAN - e da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte - SETRE, em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a Fundação SEADE Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), através da Faculdade de Ciências Econômicas. A pesquisa é financiada com recursos orçamentários do tesouro do Estado da Bahia e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), do Ministério do Trabalho, através do Sistema Nacional de Emprego (SINE-BA), conforme a resolução número 55, de 4 de janeiro 1994, do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (CODEFAT). A PED coleta informações mensalmente através de entrevistas com os moradores de dez anos de idade ou mais, em 2.500 domicílios da Região Metropolitana de Salvador, resultando na aplicação de cerca de 9.000 questionários/mês. A PED/RMS permite o acompanhamento de aspectos quantitativos e qualitativos da evolução do mercado de trabalho local; seus resultados fornecem preciosas informações para a atuação de gestores do setor público, trabalhadores, empresários, estudiosos do mercado de trabalho, permitindo-lhes elementos essenciais para a tomada de decisões, não apenas no que se refere à área do trabalho, mas também as concernentes ao campo econômico, à política de emprego de um modo geral. Pesquisas semelhantes, do ponto de vista metodológico, também são realizadas nas seguintes regiões metropolitanas: São Paulo (desde 1985), Porto Alegre (desde 1991), Distrito Federal (desde 1992), Belo Horizonte (desde 1994) e Recife (desde 1997). Essa metodologia comum foi desenvolvida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e a Fundação SEADE - órgão da Secretaria de Planejamento do Governo do Estado de São Paulo -, que acompanham, sistematicamente, a sua aplicação em todas essas regiões.

9 NOTAS METODOLÓGICAS Plano amostral - A pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana Salvador (PED/RMS) tem como unidade amostral o domicílio da área urbana dos 10 municípios que compõem esta região: Camaçari, Candeias, Dias D Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Salvador, São Francisco do Conde, Simões Filho e Vera Cruz. Estes municípios estão subdivididos em 17 distritos, 22 subdistritos, 165 Zonas de Informação (ZI) e 2.243 setores censitários (SC). A metodologia de sorteio produz uma amostra equiproporcional em dois estágios, sendo os setores censitários sorteados dentro de cada ZI e os domicílios dentro de cada SC. As informações de interesse da pesquisa são coletadas mensalmente através de entrevistas realizadas com os moradores de dez anos de idade ou mais, em aproximadamente 2.500 domicílios, que representam uma fração amostral de 0,35% do total de domicílios da RMS. Em alguns casos, a significância pode chegar a nível municipal. Médias trimestrais - Os resultados são divulgados mensalmente e expressam médias trimestrais móveis dos indicadores produzidos. Isto significa que as informações referentes a determinado mês representam a média dos dados coletados no último mês e nos dois meses que o antecederam. Revisão de índice - A partir de janeiro de 2007, as séries de índices das tabelas 1, 5 e 17 foram revisadas com base nas novas estimativas demográficas, obtidas através do Censo realizado pelo IBGE em 2000. Principais conceitos PIA - População em Idade Ativa: corresponde à população com dez anos ou mais. PEA - População Economicamente Ativa: parcela da PIA ocupada ou desempregada Ocupados - São os indivíduos que: a) possuem trabalho remunerado exercido regularmente; b) possuem trabalho remunerado exercido de forma irregular, desde que não estejam procurando trabalho diferente do atual. Excluem-se as pessoas que, não tendo procurado trabalho, exerceram de forma excepcional algum trabalho nos últimos 30 dias; c) possuem trabalho não remunerado de ajuda em negócios de parentes, ou remunerado em espécie ou benefício, sem procura de trabalho. Desempregados - São os indivíduos que se encontram numa das seguintes situações: a) desemprego aberto: pessoas que procuraram trabalho de modo efetivo nos 30 dias anteriores ao da entrevista e não exerceram nenhum trabalho nos últimos sete dias; b) desemprego oculto: (i) por trabalho precário: pessoas que realizam de forma irregular, ou seja, em caráter ocasional e eventual, algum trabalho remunerado (ou pessoas que realizam trabalho

não remunerado em ajuda a negócios de parentes) e que procuraram mudar de trabalho nos 30 dias anteriores ao da entrevista, ou que, não tendo procurado neste período, o fizeram até 12 meses atrás; (ii) por desalento: pessoas que não possuem trabalho e nem procuraram nos últimos 30 dias, por desestímulos do mercado de trabalho ou por circunstâncias fortuitas, mas procuraram efetivamente trabalho nos últimos 12 meses. 10 Inativos (maiores de 10 anos) - Correspondem à parcela da PIA que não está ocupada ou desempregada. Rendimentos do trabalho - É captado o rendimento monetário bruto (sem descontos de imposto de renda e previdência), efetivamente recebido, referente ao trabalho realizado no mês imediatamente anterior ao da pesquisa. Para os assalariados, são considerados os descontos por falta, ou acréscimos devido a horas extras, gratificações, etc. Não são computados o décimo terceiro salário e os benefícios indiretos. Para os empregadores, autônomos e demais posições, é considerada a retirada mensal. Principais indicadores Taxa Global de Participação 4 - é a relação entre a População Economicamente Ativa e a População em Idade Ativa (PEA/PIA). Indica a proporção de pessoas com dez anos ou mais incorporadas ao mercado de trabalho, como ocupados ou desempregados. Taxa de Desemprego Total 5 - equivale à relação Desempregados/PEA, e indica a proporção da PEA que se encontra na situação de desemprego aberto ou oculto. Todas as taxas de desemprego divulgadas, referentes a tipos específicos de desemprego (aberto ou oculto) ou a atributos pessoais selecionados, são calculadas como uma proporção da PEA. Rendimentos - divulga-se: a) rendimento médio: refere-se à média trimestral do rendimento mensal real no trabalho principal. A média trimestral é calculada a partir de valores nominais mensais, inflacionados pelo IPC/SSA (SEI/SEPLAN), até o último mês do trimestre. Os dados de rendimento, investigados em cada mês, referem-se ao mês imediatamente anterior e, portanto, têm sempre esta defasagem em relação às demais informações da pesquisa. Assim, os dados apurados no trimestre maio/julho, agora divulgados, correspondem à média do período abril/junho, a preços de junho; b) distribuição dos rendimentos: indica os valores máximos recebidos pelos 10% e 25% mais pobres, os valores mínimos recebidos pelos 25% e 10% mais ricos, e o rendimento mediano, que divide a população entre os 50% que têm os rendimentos mais baixos e os 50% que têm rendimentos mais altos.