Pós Penal e Processo Penal Legale
SENTENÇA (continuação)
Sentença O Juiz poderá absolver o réu (art. 386 do CPP) quando:
Sentença 1) Estar provada a inexistência do fato; 2) Não haver prova da existência do fato; 3) Não constituir o fato infração penal; 4) Estar provado que o réu não concorreu para a infração penal;
Sentença 5) Não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal 6) Existir circunstância que exclua o crime ou isente o réu de pena (artigos 20,21,22,23, 26 e 28 1º, da nova parte geral do Código Penal) 7) Não existir prova suficiente para a condenação
Sentença O juiz poderá decretar a condenação do acusado:
Sentença - fixando valor mínimo de indenização - determinando (se o caso) a sua Prisão Preventiva O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou de internação, no Brasil ou no estrangeiro, será computado para fins de determinação do regime inicial de pena privativa de liberdade fim
PROVAS
PRINCÍPIOS QUE REGEM AS PROVAS
Principais princípios que regem as provas:
Relatividade das provas: não existe prova com valor absoluto no processo penal. Toda prova tem valor relativo e deve ser analisada dentro de um contexto. Por isso, não existe hierarquia de provas
Livre apreciação da prova: o Juiz forma o seu convencimento de forma livre. Desse modo, se duas testemunhas disseram algo e uma disse exatamente o contrário, se essa última convenceu mais o Juiz ele, fundamentadamente, pode valorizá-la mais. Dentro desse contexto, o Juiz pode até mesmo rejeitar um laudo (sempre fundamentadamente)
Verdade real: por esse princípio o Juiz não fica vinculado à prova produzida pelas partes (verdade formal ou convencional). Deve ir o magistrado em busca da verdade real (ou material), podendo determinar a feitura de perícias não pedidas pelas partes e a oitiva de testemunhas não arroladas, dentre outras atitudes
Identidade física do Juiz: esse princípio não existia no processo penal. Todavia, com a nova redação do art. 399, 2º, o Código de Processo Penal menciona que O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença, introduzindo o princípio da identidade física do Juiz
Inadmissibilidade de provas obtidas por meios ilícitos (art. 5º, inc. LVI da CF): por esse princípio, as provas obtidas por meios escusos não podem ser usadas contra o réu. Fruits of the poisonous tree (árvore dos frutos envenenados) insubsistência das provas subsequentes (prova ilícita por derivação)
Prova emprestada. Lícita ou ilícita?
Prova emprestada. Ausência de contraditório. Inutilidade informativa. Nulidade decretada de ofício. A prova emprestada é incompatível com princípios constitucionais reguladores do processo-crime, haja vista sua produção na ausência do réu, sem contraditório, pois, e que afeta, também, a segurança da ampla defesa. Habeas denegado pelo pedido original e concedido de ofício pelo reconhecimento da nulidade. Ordem concedida. (RJTJERGS 199/80)
Inadmite-se a utilização de prova emprestada, se o requerimento do Ministério Público da juntada de depoimentos prestados em outro juízo são de testemunhas arroladas também pela defesa, e produzidos em processo no qual o acusado não teve participação, sob pena de ferir o princípio do contraditório, caracterizando, assim, cerceamento de defesa e nulidade do feito (RT 761/660 TJMT)
Prova Emprestada autos de apreensão de partidas de entorpecentes e laudos periciais emprestados de outros inquéritos policiais Admissibilidade, para comprovarem a existência e o volume de cocaína subtraída de delegacia policial que não são submetidas por lei à produção do contraditório e, na hipótese, jamais poderiam ter sido produzidas com a participação dos acusados, pois atinentes a fatos anteriores ao delito Interpretação dos arts. 6º, II, III e VII, e 159 do CPP. (RT 770/500 STF)