Texto 1. Cem cruzeiros a mais



Documentos relacionados
2010/2. Instruções e Orientações

Texto 1. Cem cruzeiros a mais

Resultado da Avaliação das Disciplinas

REGIMENTO DA DIRETORIA DE ENFERMAGEM HOSPITAL SÃO PAULO/ HU da UNIFESP. Subseção I. Subseção II. Subseção III. Subseção IV. Subseção V.

Organização em Enfermagem

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS

Consumidor e produtor devem estar

APRESENTAÇÃO Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS)

Ética no exercício da Profissão

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira!

PMBoK Comentários das Provas TRE-PR 2009

Prof. Fernando Lopes. Unidade II. Administração de Cargos e

PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: COMPROMISSOS E DESAFIOS

REGULAMENTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA FACULDADE DE APUCARANA FAP

AS PROFISSÕES DE CONTADOR, ECONOMISTA E ADMINISTRADOR: O QUE FAZEM E ONDE TRABALHAM

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO

Pedagogia Estácio FAMAP

ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM RECORTE HORIZONTAL NO ATENDIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

Razão Social da Instituição R E G I M E N TO DO SE R V I Ç O DE EN F E R M A G E M. Mês, ano

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006

Guia Prático ORGANIZAÇÃO FINANCEIRA PARA BANCAR A FACULDADE

difusão de idéias QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Um processo aberto, um conceito em construção

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Ao final do estudo deste módulo, você será capaz de: Caracterizar o ambiente escolar; Enumerar pontos sensíveis no ambiente escolar;

ROBERTO REQUIÃO 15 GOVERNADOR COLIGAÇÃO PARANÁ COM GOVERNO (PMDB/PV/PPL)

Educação Patrimonial Centro de Memória

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

ALEGRIA ALEGRIA:... TATY:...

O PAPEL DOS MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO SUL NA AMPLIAÇÃO DO ATENDIMENTO EM CRECHE ÀS CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS

Universidade Estadual de Goiás. Trabalho da matéria de Núcleo Interdisciplinar de Estudos Independentes

O Planejamento Participativo

PROJETO DE LEI Nº 14/2016 DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE PARTICIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE NEGRA CAPÍTULO I

Planejamento e financiamento para a qualificação das ações de alimentação e nutrição na Atenção Básica à Saúde

O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO FORMADOR: TRÊS ASPECTOS PARA CONSIDERAR

Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao SBT

O COORDENADOR PEDAGÓGICO E AS REUNIÕES PEDAGÓGICAS POSSIBILIDADES E CAMINHOS

Mudanças no sistema de tratamento da tuberculose do Brasil Perguntas e respostas freqüentes TRATAMENTO

Disciplina : Introdução à Teoria Geral da Administração 1º semestre do curso


A Organização da Atenção Nutricional: enfrentando a obesidade

ASSESSORIA JURÍDICA. PARECER N 7/AJ/CAM/2002 Brasília (DF), 11 de junho de Senhora Presidente do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN)

Programa de Pós-Graduação em Educação

As 10 Melhores Dicas de Como Fazer um Planejamento Financeiro Pessoal Poderoso

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1

Atribuições dos Tecnólogos

Dicas para investir em Imóveis

IMPLANTANDO O ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS NA REDE ESTADUAL DE ENSINO

A INCLUSÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR NO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA

Gestão da Saúde sob os cuidados da Enfermagem

1. O papel da Educação no SUS

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007

Incentivar a comunidade escolar a construir o Projeto político Pedagógico das escolas em todos os níveis e modalidades de ensino, adequando o

Setembro, Fátima Barbosa

CONTAS À VISTA Um ano depois, fica a pergunta: quem pagou a conta dos protestos de junho?

Iniciando nossa conversa

DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA

SAÚDE COMO UM DIREITO DE CIDADANIA

PROJETOS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: DO PLANEJAMENTO À AÇÃO.

Educação Ambiental: uma modesta opinião Luiz Eduardo Corrêa Lima

Profº Rogério Tavares

PROGRAMA: GRAVIDEZ SAUDÁVEL, PARTO HUMANIZADO

Prova de Português Comentada NCE

Universidade Federal do Rio Grande do Sul ANA GABRIELA BATISTA MARQUES RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR II UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE SANTA CECÍLIA-HCPA

PROJETO DE LEI N o, DE 2008

Conselho Nacional de Assistência Social CNAS

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CENTRO DE LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO

TIPOS DE REUNIÕES. Mariangela de Paiva Oliveira. As pessoas se encontram em diferentes âmbitos:

DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE) Bom-dia, Excelentíssimo. Senhor Ministro-Presidente, bom-dia aos demais integrantes

SIMPÓSIO SOBRE ESCOLA EM TEMPO INTEGRAL NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO PAUTA

02 de Fevereiro de 2010

Administração de Pessoas

REGULAMENTO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO DO CURSO DE NUTRIÇÃO CURRÍCULO 2 I INTRODUÇÃO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO MARAJÓ- BREVES FACULDADE DE LETRAS

Aula 2 Revisão 1. Ciclo de Vida. Processo de Desenvolvimento de SW. Processo de Desenvolvimento de SW. Processo de Desenvolvimento de SW

MÍDIAS NA EDUCAÇÃO Introdução Mídias na educação

AGENDA PROPOSITIVA DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE

Fanor - Faculdade Nordeste

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

FORMAÇÃO DE JOGADORES NO FUTEBOL BRASILEIRO PRECISAMOS MELHORAR O PROCESSO? OUTUBRO / 2013

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/08/2009. Humanos aprimorados versus humanos comuns

Nós o Tempo e a Qualidade de Vida.

A inclusão das Línguas Estrangeiras Modernas no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) Por Ana Paula Seixas Vial e Jonathan Zotti da Silva

Guia Rápido de. Empreendedorismo. Guia Rápido de. Empreendedorismo. Ipiranga. Ipiranga

PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA: um estudo nas redes municipal de Porto Alegre e estadual do Rio Grande do Sul

O Art. 5º, Inciso II da Constituição Federal da República Federativa do Brasil:

O PAPEL DO ENFERMEIRO EM UMA ESTRTÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 1

A experiência da Engenharia Clínica no Brasil

EMENTA CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO

PREFEITURA DO RECIFE SECRETARIA DE SAÚDE SELEÇÃO PÚBLICA SIMPLIFICADA AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE ACS DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO

Sistema de Ouvidoria em Saúde Pública do Estado

O professor que ensina matemática no 5º ano do Ensino Fundamental e a organização do ensino

Aprimoramento através da integração

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA

Síntese do Projeto Pedagógico do Curso de Sistemas de Informação PUC Minas/São Gabriel

O que a Postura Consultiva tem a ver com Você

O maior desafio do Sistema Único de Saúde hoje, no Brasil, é político

A QUALIDADE DOS PLANOS DE DISCIPLINAS

Transcrição:

Texto 1 LÍNGUA PORTUGUESA Cem cruzeiros a mais Ao receber certa quantia num guichê do Ministério, verificou que o funcionário lhe havia dado cem cruzeiros a mais. Quis voltar para devolver, mas outras pessoas protestaram: entrasse na fila. Esperou pacientemente a vez, para que o funcionário lhe fechasse na cara a janelinha de vidro: - Tenham paciência, mas está na hora do meu café. Agora era uma questão de teimosia. Voltou à tarde, para encontrar fila maior não conseguiu sequer aproximar-se do guichê antes de encerrarse o expediente. No dia seguinte era o primeiro da fila: - Olha aqui: o senhor ontem me deu cem cruzeiros a mais. - Eu? Só então reparou que o funcionário era outro. - Seu colega, então. Um de bigodinho. - O Mafra. - Se o nome dele é Mafra, não sei dizer. - Só pode ter sido o Mafra. Aqui só trabalhamos eu e o Mafra. Não fui eu. Logo... Ele coçou a cabeça, aborrecido: - Está bem, foi o Mafra. E daí? O funcionário lhe explicou com toda a urbanidade que não podia responder pela distração do Mafra: - Isto aqui é a pagadoria, meu chapa. Não posso receber, só posso pagar. Receber, só na recebedoria. O próximo! O próximo da fila, já impaciente, empurrou-o com o cotovelo. Amar o próximo como a ti mesmo! Procurou conter-se e se afastou, indeciso. Num súbito impulso de indignação agora iria até o fim dirigiu-se à recebedoria. - O Mafra? Não trabalha aqui, meu amigo, nem nunca trabalhou. - Eu sei. Ele é da pagadoria. Mas foi quem me deu os cem cruzeiros a mais. Informaram-lhe que não podiam receber: tratavase de uma devolução, não era isso mesmo? e não de pagamento. Tinha trazido a guia? Pois então? Onde já se viu pagamento sem guia? Receber mil cruzeiros a troco de quê? - Mil não: cem. A troco de devolução. - Troco de devolução. Entenda-se. - Pois devolvo e acabou-se. - Só com o chefe. O próximo! O chefe da seção já tinha saído: só no dia seguinte. No dia seguinte, depois de fazê-lo esperar mais de meia hora, o chefe informou-lhe que deveria redigir um ofício historiando o fato e devolvendo o dinheiro. - Já que o senhor faz tanta questão de devolver. - Questão absoluta. - Louvo o seu escrúpulo. - Mas o nosso amigo ali do guichê disse que era só entregar ao senhor suspirou ele. - Quem disse isso? - Um homem de óculos naquela seção do lado de lá. Recebedoria, parece. - O Araújo. Ele disse isso, é? Pois olhe: volte lá e diga-lhe para deixar de ser besta. Pode dizer que fui eu que falei. O Araújo sempre se metendo a entendido! - Mas e o ofício? Não tenho nada com essa briga, vamos fazer logo o ofício. - Impossível tem de dar entrada no protocolo. Saindo dali, em vez de ir ao protocolo, ou ao Araújo para dizer-lhe que deixasse de ser besta, o honesto cidadão dirigiu-se ao guichê onde recebera o dinheiro, fez da nota de cem cruzeiros uma bolinha, atirou-a lá dentro por cima do vidro e foi-se embora. (Fernando Sabino) Utilize o texto 1 para responder às questões de 1 a 10. 1. Após a leitura dos três primeiros parágrafos do texto, podemos inferir que (A) a personagem principal esperou até o dia seguinte para devolver o dinheiro. (B) o funcionário fechou o guichê para tomar café e só voltou à tarde. (C) as personagens dialogam sobre a devolução do dinheiro. (D) o funcionário foi tomar café quando chegou a vez do homem que queria devolver o dinheiro. (E) a personagem que recebeu o dinheiro a mais, só o recebeu por que estava na fila errada. 3

2. A alternativa que comprova que, apesar das dificuldades, o homem não desistiu de devolver o dinheiro é: (A) Agora era uma questão de teimosia. (B) Procurou conter-se e se afastou, indeciso. (C) Mil não: cem. A troco de devolução. (D) Não conseguiu sequer aproximar-se de guichê antes de encerrar-se o expediente. (E) Quis voltar para devolver, mas outras pessoas protestaram. 3. As reticências, que aparecem em Aqui só trabalhamos eu e o Mafra. Não fui eu. Logo..., foram utilizadas (A) para demonstrar que não se sabia quem havia sido. (B) para indicar que o funcionário havia esquecido o nome do colega de trabalho. (C) para evidenciar que, em uma repartição pública, nunca se sabe nada. (D) para elucidar o equívoco ocorrido com o funcionário. (E) para deixar a conclusão por conta do leitor. 4. Com a expressão E daí?, utilizada em - Está bem, foi o Mafra. E daí?, o autor quis mostrar que (A) era necessário, antes de se resolver o problema, saber quem o ocasionou. (B) existe uma ação, não importa quem a praticou. (C) as responsabilidades por equívocos são divididas entre os funcionários. (D) o funcionário queria saber mais sobre o assunto. (E) a personagem principal não estava preocupada em resolver o problema. 5. Sobre a palavra urbanidade, empregada em O funcionário lhe explicou com toda a urbanidade que não podia responder pela distração do Mafra, podemos afirmar que (A) quis retratar que a cena se passa em uma cidade, por isso o uso da palavra urbanidade. (B) o seu emprego retrata que as personagens são urbanas e não rurais. Sendo assim, falam uma variante lingüística utilizada na cidade. (C) foi utilizada ironicamente pelo autor pois o funcionário, pela sua fala, não foi nada gentil. (D) foi utilizada para mostrar que o funcionário foi muito solícito ao explicar o caso. (E) foi utilizado para caracterizar a linguagem bancária. 6. O o, que aparece em...empurrou-o com o cotovelo., diz respeito, no texto, (A) a uma outra pessoa que estava na fila. (B) ao Mafra. (C) ao Araújo. (D) ao homem que queria devolver o dinheiro. (E) a alguém, que não as personagens do texto, a quem devemos amar como a nós mesmos. 7. O texto apresenta, predominantemente, a tipologia: (A) descritiva (B) narrativa (C) dissertativa (D) narrativo-descritiva (E) dissertativo-expositiva 8. Ao lermos todo o texto, e em vista do conhecimento prévio que temos do assunto nele tratado, podemos interpretar que Cem cruzeiros a mais (A) brinca com os leitores ao tratar um tema inverossímil, isto é, não próximo ou não semelhante à realidade. (B) traz para o cotidiano um problema que raramente ocorre na esfera social: a morosidade do serviço público. (C) mostra como algumas pessoas são ingênuas, pois, segundo o autor, deveriam se apropriar de um dinheiro que lhes foi dado por acaso e não tentar devolvê-lo. (D) mostra como todas as pessoas, hoje, estão preocupadas somente com os seus problemas. (E) foi construído de forma a fazer uma crítica ao excesso de burocracia das repartições públicas em geral. 4

9. Quanto à estrutura, organização e sentido do texto, observe as afirmações a seguir: I - O 1º parágrafo faz referência a um sujeito que não aparece explícito no texto. II Ao utilizar o termo agora (Em: Agora era uma questão de teimosia. ), o autor quer reforçar a determinação da personagem em devolver o dinheiro. III O termo lhe (Em: O funcionário lhe explicou com toda a urbanidade que não podia responder pela distração do Mafra: ) pode ser substituído, sem alteração de norma pelo termo o. Estão corretas apenas as afirmações: (A) I e II (B) II (C) I e III (D) II e III (E) I, II e III 10. As orações grifadas, em Ao receber certa quantia num guichê do Ministério, verificou que o funcionário lhe havia dado cem cruzeiros a mais. Quis voltar para devolver, mas outras pessoas protestaram: entrasse na fila., expressam, respectivamente, idéia de : (A) temporalidade e conformidade (B) condicionalidade e causalidade (C) finalidade e concessividade (D) concessividade e causalidade (E) temporalidade e finalidade CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 11. A Lei 7.498/86, que trata do exercício profissional da enfermagem, mostra grandes avanços dos profissionais desta área, porém pontos importantes não foram contemplados por essa legislação como: (A) Participação da enfermagem na estrutura básica de todas as instituições de saúde. (B) Participação da enfermagem no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde. (C) A garantia da realização de consultas de enfermagem por enfermeiros. (D) O estabelecimento dos parâmetros de recursos humanos necessários para uma boa assistência (E) O reconhecimento legal do técnico de enfermagem. 12. Por sua natureza, o serviço de enfermagem deve ser realizado de forma contínua pela equipe. Em uma determinada situação, em que enfermeiro presta assistência específica a uma unidade de pacientes graves, abandona o plantão, sem a presença do colega que assumiria o serviço, estará havendo uma infração ao (A) código de ética dos enfermeiros. (B) código de ética dos pacientes. (C) código de ética de Enfermagem. (D) COREN/AP. (E) Sindicato. 13. O Código de Ética dos profissionais de Enfermagem trata também das penalidades a serem aplicadas aos profissionais. Dentre as competências abaixo, qual a que não é de competência dos Conselhos Regionais? (A) A suspensão do exercício profissional. (B) A multa. (C) A censura em repreensão. (D) A advertência verbal. (E) A cassação do registro profissional. 14. O papel da enfermagem é ajudar a pessoa a alcançar os requisitos do autocuidado, limitando assim os déficits de autocuidado, esta é uma ação própria da pessoa e quando efetivamente realizada, contribui para o modo como ela desenvolve suas funções. A este modelo chamamos (A) Teoria de Roger. (B) Teoria de Orem. (C) Teoria de Betty Neuman. (D) Teoria de Roy. (E) Teoria de Huston. 15. A aplicação do método científico para observação e análise das múltiplas causas de um problema e proposição de ações para a solução do mesmo é: (A) Vigilância epidemiológica. (B) Vigilância dermatológica. (C) Vigilância regional. (D) Vigilância nutricional. (E) Vigilância assistencial. 5

16. Constituem-se em um instrumento gerencial de mensuração, sem o qual é impossível a avaliação objetiva da qualidade da produtividade e dos custos, (A) os indicadores. (B) os numeradores. (C) as tabulações. (D) as ocorrências. (E) os complicadores. 17. Na equipe de enfermagem, o Enfermeiro é o líder da equipe e, para tal, deve desenvolver algumas funções como: (A) Explicar rapidamente o serviço de enfermagem ao funcionário novo. (B) Tomar decisões e ter pensamento crítico. (C) Manter forte controle sobre as pessoas. (D) Dificultar as mudanças. (E) Prescrever na ausência do medico. 18. No serviço onde o enfermeiro faz críticas construtivas, toma decisões envolvendo as pessoas e a comunicação flui entre os membros da equipe, podemos dizer que este enfermeiro exerce a: (A) Liderança autocrática. (B) Liderança carismática. (C) Liderança autoritária. (D) Liderança democrática. (E) Liderança transformacional. 19. O enfermeiro como líder de enfermagem precisa de algumas características que vão facilitar sua atuação junto à equipe, exceto, (A) ter equilíbrio. (B) ter controle emocional. (C) ser individualista. (D) ser cooperativo. (E) ser criativo. 20. Processo no qual a enfermeira usa habilidades interpessoais para obter mudanças no comportamento de outros. (A) Supervisão. (B) Avaliação. (C) Fiscalização. (D) Liberdade. (E) Liderança. 21. Evento que teve como objetivo discutir a reforma sanitária a ser implantada no País, concluindo em seu relatório que saúde é um direito de todo cidadão a ser garantida pelo Estado. (A) Movimento pelas diretas já. (B) Oitava Conferência Nacional de Saúde. (C) Décima Conferência Nacional de Saúde. (D) Reforma da Previdência. (E) Reforma Sanitária. 22. Em um grande encontro entre governo, produtores de serviços de saúde públicos, privados, filantrópicos e usuários foram definidos os princípios da Saúde no País, sendo estes garantidos definitivamente no(a) (A) Sistema Único de Saúde. (B) Sistema Único Descentralizado de Saúde. (C) Reforma Sanitária. (D) Reforma da Previdência. (E) Constituição Federal. 23. O Artigo 198 da Constituição Federal explica a organização de sistema de saúde brasileiro, sendo este organizado segundo as diretrizes de: (A) Centralização, atendimento integral e participação popular. (B) Universalização, atendimento integral e participação popular. (C) Descentralização, atendimento integral e participação popular. (D) Equidade, atendimento integral e participação popular. (E) Descentralização, atendimento e participação social. 24. A saúde é direito de todos, e dever do Estado", dentre as Políticas Públicas, duas garantem as condições mínimas de vida e saúde: (A) Políticas Sociais e Políticas Econômicas. (B) Políticas Sociais e Políticas Educacionais. (C) Políticas Sociais e Políticas Estaduais. (D) Políticas Econômicas e Políticas Educacionais. (E) Políticas Econômicas e Política do Primeiro emprego. 6

25. Acontecimento realizado a cada quatro anos, com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação da saúde e propor as diretrizes para formulação da política de saúde do País. (A) Conferência Nacional de Saúde. (B) Conferência Estadual de Saúde. (C) Conferência Municipal de Saúde. (D) Conferência Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde. (E) Conferência Nacional dos Secretários Municipais de Saúde. 26. O sistema de saúde é um sistema público destinado a toda população e financiado com recursos arrecadados através dos impostos pagos pela população, o setor privado participa de forma complementar, através de contratos e convênios de prestação de serviços por quê? (A) Precisa ser repassado ao serviço privado parte dos recursos arrecadados. (B) O serviço privado tem direito aos impostos arrecadados para garantir a saúde da população. (C) Nem sempre as unidades publicas de saúde conseguem garantir o atendimento a toda população. (D) Nem sempre as unidades privadas de saúde conseguem atender as necessidades da população. (E) A população prefere o atendimento no serviço privado por achá-lo mais organizado. 27. O enfermeiro conduz todo o serviço de enfermagem, tendo em vista os fins visados e procurando obter as maiores vantagens possíveis de todos os recursos de que dispõe. Para tal, ele precisa: (A) Prever, delegar, comandar e controlar as ações de enfermagem. (B) Prever, organizar, comandar, coordenar as ações de enfermagem. (C) Prever, organizar,comandar, coordenar e controlar as ações de enfermagem. (D) Prever, organizar, delegar, coordenar e controlar as ações de enfermagem. (E) Prever, organizar,delegar e fiscalizar as ações de enfermagem. 28. É considerado na enfermagem como um modelo de tomada de decisão efetivo, possuindo um mecanismo de retroalimentação que facilita esse processo administrativo nas diversas ações: (A) Processo de tomada de decisão. (B) Processo administrativo. (C) Processo de estimativa. (D) Processo de enfermagem. (E) Diagnóstico de enfermagem. 29. Tomar decisões é uma tarefa freqüente no dia a dia da enfermeira, é geralmente provocada pelo aparecimento de um problema, é uma tarefa importante que deve estar baseada, fundamentalmente, (A) na capacidade da enfermeira em resolver problemas. (B) na capacidade de tomar decisões. (C) na capacidade de estruturar os problemas. (D) na capacidade do pensamento lógico. (E) na capacidade do pensamento crítico. 30. É uma função de ação exigida de todos os enfermeiros de maneira que os objetivos propostos pelo serviço sejam atingidos. (A) Planejamento das ações. (B) Fiscalização das ações (C) Supervisão das ações. (D) Elaboração de normas e rotinas. (E) Organização dos serviços. 31. Dentre as diversas funções do enfermeiro, está presente a Supervisão do serviço realizado pela equipe de enfermagem, sendo que esta consiste em: (A) delegar funções aos demais membros da equipe. (B) controlar apenas a freqüência do pessoal. (C) dirigir um grupo de pessoas para o bom funcionamento do serviço. (D) realizar treinamento de pessoal. (E) transmitir ordens. 7

32. O conhecimento das características da população e do meio ambiente no qual esta se insere, constitui um pré-requisito indispensável para a organização de uma unidade básica de saúde e para a programação de suas ações, a esta etapa chamamos de: (A) Diagnóstico. (B) História natural da doença. (C) Prognóstico. (D) Planejamento. (E) Administração. 33. O profissional enfermeiro que atua junto à gestante realizando seu pré-natal, precisa saber identificar as intercorrências obstétricas que caracterizam riscos na gestação como: (A) gestação múltipla, hipertensão arterial e diabetes. (B) polidrâmnios, cardiopatias e infecção urinária. (C) mola hidatiforme, anemia e diabetes. (D) polidrâmnios, mola hidatiforme e gestação múltipla. (E) polaciúria, infecção urinária e eclâmpsia. 34. A população de idosos no país tende a crescer ainda mais. Com isso, o profissional enfermeiro precisa estar preparado para aplicação de estratégias que visem à manutenção da capacidade funcional do idoso como: (A) O estimulo à dependência. (B) A educação para a dependência. (C) A educação para o autocuidado. (D) A educação da família para cuidar do idoso. (E) A educação da equipe de enfermagem para lidar com o idoso. (D) estimular a família a iniciar dieta compatível com a do hipertenso para prevenir situações futuras. (E) estimular o hipertenso ao autocuidado, para facilitar o controle da pressão arterial e melhorar a qualidade de vida. 36. A consulta de enfermagem é um importante componente que integra a assistência, é um encontro, com a pessoa, e não somente com sua doença. Com isso, o enfermeiro deve ir além dos comportamentos tradicionais, para tanto precisa: (A) seguir rigorosamente os manuais de condutas estabelecidas palas unidades de saúde. (B) ampliar sua visão, sua sensibilidade e sua criatividade. (C) ampliar seus conhecimentos quanto aos aspectos administrativos da unidade. (D) ampliar sua estatística de atendimento para alcançar a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. (E) todas acima estão corretas. 37. O enfermeiro visa ao bem estar dos clientes dentro de suas capacidades. Considerando essa afirmativa, a promoção da saúde e a prevenção de agravos deve ser frequentemente trabalhada. Para tanto, o enfermeiro deve: (A) Ensinar o cliente sobre os aspectos epidemiológicos das doenças. (B) Orientar somente a família quanto aos aspectos epidemiológicos. (C) Planejar criteriosamente as informações repassadas ao paciente. (D) Fornecer aos pacientes informações técnicas para facilitar o entendimento (E) Todas acima estão corretas. 35. O enfermeiro, como profissional de saúde responsável pela assistência preventiva e cuidativa, necessita estar preparado para assistir à clientela de hipertensos, com o objetivo de (A) manter vigilância constate sobre as ações do hipertenso. (B) estimular o hipertenso a ingerir somente alimentos sem sal visando a melhora da qualidade de vida. (C) estimular a equipe de enfermagem a correta verificação da pressão arterial, aplicando treinamentos se necessário. 8

38. Em uma Unidade Básica de Saúde a enfermeira que atende as grávidas para realização do pré-natal precisa estar atenta para o esquema de vacina das gestantes. Abaixo marque a situação correta. (A) Adolescente grávida com a vacina dt em dia, mas recebeu sua última dose há mais de cinco anos, deve receber uma dose de reforço. (B) Adolescente grávida deve receber apenas a vacina contra hepatite B. (C) Adolescente grávida com vacina dt em dia, mas recebeu sua última dose há mais de cinco anos, não precisa fazer dose de reforço. (D) Gestante com vacina dt em dia, mas recebeu sua última dose há mais de cinco anos, deve refazer o esquema de vacina. (E) Adolescente grávida, com vacina dt em dia, mas recebeu sua última dose há mais de cinco anos, deverá aguardar mais cinco anos para fazer o reforço. 39. Na enfermagem moderna é necessária a interação entre as pessoas que têm como meta o cuidar para obtenção de resultados. Ao conjunto de pessoas que tem propriedades e qualidades coletivas que, separadamente, não se manifestam, chamamos de (A) trabalho formal. (B) trabalho de enfermagem. (C) grupo gerador de ações. (D) trabalho de saúde. (E) trabalho em equipe. 40. O enfermeiro, com freqüência, precisa estabelecer o número de pessoas para trabalhar na assistência de enfermagem. Vários livros e revistas indicam fórmulas para esse fim. Atualmente o mais correto é o enfermeiro utilizar: (A) A Resolução COFEN 189/1996 (B) A Resolução do Ministério da Saúde. (C) A Resolução de Conselho Estadual de Saúde. (D) A Normalização da própria instituição. (E) Fazer Acordo Coletivo. 9