Responsabilidades Contingentes

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Transcrição:

2015 Responsabilidades Contingentes

Estabelece a alínea a) do n.º 1 do art.º 46º da Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, que o relatório deve conter a descrição das responsabilidades contingentes. Para esse efeito solicitaram-se os dados ao serviço externo de consultadoria jurídica. 1. Processos Judiciais N.º Processo Tipo Contingências Posição do Advogado 484/06.3BEVIS especial de pretensão conexa com atos administrativos para permitir o reposicionamento de funcionários do município e pagamento dos correspondentes diferenciais de salário. Reposicionamento de funcionário e pagamento das correspondentes diferenças salariais A presente ação foi proposta para pedir a anulação de ato administrativo, por forma a permitir a reposicionamento de funcionária do Município e pagamento dos correspondentes diferenciais de salário. Em sede de defesa o Município alega que o ato administrativo de que a Autora pede a anulação, é apenas um acto informativo, relativo a uma deliberação da CM, pelo que se pede a improcedência da ação; Por sentença datada de 13-01-2010 veio o Tribunal decidiu-se pela absolvição do MSV, tendo a autora recorrido da decisão. O Tribunal Centro Administrativo Norte deu provimento ao recurso tendo ordenado a baixa dos autos ao TAF de Viseu para aí prosseguir os seus trâmites (notificação da A. para aperfeiçoamento da p.i.). Somente após receção e análise da p.i. o que ainda não aconteceu poderemos decidir de que forma será elaborada a contestação. 20016080700 Arguido Impugnação judicial de contraordenação CMSV foi condenada a pagar uma coima de 650 acrescida dos custos administrativos. Na impugnação judicial, entregue em 06-05-2009, foi invocada a irregularidade do processo, por o mandatário da arguida não ter sido notificado dos diversos atos do processo, apesar da procuração junta aos autos e da falta de personalidade judiciária da Câmara Municipal, uma vez que esta é apenas um órgão do Município, aquele que efetivamente tem personalidade judiciária. Por fim invocam-se todas as atenuantes que deveriam pesar em favor do arguido e que justificam a aplicação da pena menor de admoestação. Desde a data da entrega da impugnação que não foi recebida qualquer notificação pelo que já decorreu o prazo de prescrição, de qualquer modo aguardamos pela eventual notificação para audiência de discussão e julgamento para invocar a prescrição ou pela notificação de arquivamento do processo em virtude da prescrição. Responsabilidades contingentes 2015 1

131/09.1BEAVR 282/13.8 BEAVR 226/12.4 T2AND comum - forma sumária comum forma ordinária Ação declarativa de condenação Acidente de viação contra um veículo do Município, pede indemnização de 7 500. A presente foi proposta para pedir o pagamento de indemnização por responsabilidade civil extracontratual, sendo o valor de 104 578,00 Processo para anulação de dois autos de expropriação celebrados há cerca de 15 anos e a devolução das faixas de terreno onde atualmente se encontra implantada uma estrada. Na data agenda para audiência de discussão e julgamento (20-05-2014) a juiz tentou conciliar as partes, tendo as partes transigido. No âmbito da referida transação, homologada por sentença, a R. (Município), pagou ao A. o valor de 2 000,00. Ainda não foi recebida a notificação para pagamento de custas, que terá que vir a ocorrer uma vez que o Município ainda não tinha pago qualquer valor a título de custas judiciais. O Município apresentou defesa alegando que os factos em discussão nos autos são da responsabilidade de terceiros (empreiteiro e/ou seguradora) invocando a existência de uma ação contra os mesmos que decorre nos Tribunais Cíveis, devendo os presentes autos aguardar por aquela decisão judicial e defendeu a inexistência de qualquer ação/omissão culposa do Município suscetível de gerar responsabilidade. Impugnou ainda os danos alegados pelo A.. É convicção da defesa que efetivamente não existe responsabilidade de Município pelo que julgamos que será absolvido. A última diligência processual consistiu na contestação e pedido de aditamento pelo Município de diversos quesitos aos quais os peritos deverão dar resposta, atenta a prova pericial requerida pelo A.. Foi paga taxa de justiça no valor de 918,00. Em sede de defesa o Município invocou a incompetência do tribunal judicial, o erro na indicação do valor e consequentemente na forma de processo, bem como o abuso de direito por os AA. conhecerem bem o local, terem acompanhado as obras e inclusive ter lhes sido dito que concordaram com acedência do terreno e só agora virem impugnar a transmissão da propriedade. O Tribunal entendeu que efetivamente era o Tribunal judicial o competente para se pronunciar mas considerou que havia erro na indicação do valor da ação e remeteu o processo para o tribunal competente atenta a forma de processo sumaríssima. O processo esteve suspenso por se perspetivar a possibilidade de acordo, mas tal não foi possível e atualmente está suspenso por ter falecido um dos RRs. É convicção da defesa que o Município será absolvido do pedido. Responsabilidades contingentes 2015 2

833/13.8BEAVR Processo nº 362/14.2BEAVR Processo nº 361/14.4BEAVR Autor Outros processos cautelares (DEL 825/05) Ação comum processo sumário Ação especial de pretensão conexa com atos administrativos ação popular Ação proposta pelo STAL em representação dos seus trabalhadores contra diversos Municípios, entre eles o MSV. Para impugnação do despacho proferido pelo Presidente da Câmara a alterar o horário de trabalho, em virtude da entrada em vigor da Lei n.º 68/2013. Na presente ação o A. vem exigir que o Município seja condenado a reconhecer a propriedade do A., a reconstruir um muro localizado na sua propriedade, que alega ter caído em virtude da falta de limpeza das valetas e a pagar 1 500,00 a título de danos não patrimoniais. O A. propôs a presente ação contra o Estado Português após a publicação da lei que alterou o mapa judiciário com o intuito de impedir o encerramento do Tribunal de Sever do Vouga. O MSV não contestou por a petição inicial não questionar em concreto o ato administrativo mas a constitucionalidade do diploma legal que lhe está subjacente O Município vem alegar em primeiro plano a sua ilegitimidade uma vez que transferiu a responsabilidade por tais danos para a companhia de seguros e caso tal assim se não entenda, vem requer a intervenção provocada da companhia de seguros e defender-se por impugnação. O Ministério Público em representação do Estado Português veio contestar a ação alegando a incompetência absoluta do Tribunal Administrativo, a incompetência relativa do TAF de Aveiro, a ilegitimidade do Estado Português enquanto e defendeu-se ainda por impugnação. 2. Processos de contraordenação Processo n.º JCT - 2010-0621; instaurado pela ARHC em fase de instrução; Auto nº 276146557; instaurado pela ANSR a aguardar decisão; Processo n.º 1492/11.8EACBR; instaurado pela ASAE defesa remetida em 27-09-2011; Processo n.º CO - 21055/2014; instaurado pela ERSAR defesa remetida em 09-01-2014; Responsabilidades contingentes 2015 3

Processo nº CO-14057/2011 (instaurado pela ERSAR) defesa remetida em 24-10-2014; f) Processo nº CO-21341/2014 (instaurado pela ERSAR) defesa remetida em 16-06-2014. 3. Reclamações No decurso do ano de 2014, foram apresentadas diversas reclamações mas sobretudo relativas a situações relacionadas com obras ilegais e acidentes de viação por danos na via, no entanto não houve qualquer decisão no sentido de se provar a existência de culpa e consequente obrigação de indemnizar, sendo certo que, relativamente aos processos pendentes o Município subscreveu seguro de responsabilidade civil extracontratual que será sempre a entidade responsável pelo seu pagamento. No decurso de 2014 foi ainda solicitada a intervenção e colaboração do Município face aos danos causados pelo mau tempo. No entanto, das situações analisadas, em nenhuma delas se concluiu pela responsabilização por ação ou omissão do Município. Embora alguns dos processos ainda estejam em fase de instrução, parece-nos que não haverá lugar ao pagamento de qualquer indemnização, sendo certo que conforme foi atrás referido, será sempre a companhia de seguros quem terá que pagar qualquer indemnização. 4. Conclusões Depois de analisadas as situações concluímos não se justificar a constituição de qualquer contingência (provisão). Responsabilidades contingentes 2015 4