DESPACHO N.º 9/03 DE 21 DE FEVEREIRO

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Transcrição:

DESPACHO N.º 9/03 DE 21 DE FEVEREIRO Ministério das Finanças Publicado na Iª Série do Diário da República n.º 14 de 21 de Fevereiro de 2003 Sumário Aprova o regulamento sobre o Cálculo e Constituição da Margem de Solvência e do Fundo de Garantia, Informações Obrigatórias e Periódicas e Responsabilidades Relativas a Planos de Pensões das Entidades Gestoras e Contabilização e Valorimetria dos Activos de Fundos de Pensões. Revoga toda a legislação que contrarie o disposto no presente despacho. Conteúdo Considerando que as sociedades gestoras de fundos de pensões e as empresas de seguros devem dispor de uma margem de solvência suficiente, bem como de um fundo de garantia o qual faz parte integrante da margem de solvência; Considerando que a margem de solvência de uma sociedade gestora de fundos de pensões e de empresas de seguros nos termos do disposto no artigo 20.º do decreto executivo sobre as Garantias Financeiras deve corresponder ao seu património, livre de toda e qualquer obrigação previsível, deduzido dos elementos incorpóreos; Considerando que, para efeitos de controlo do cálculo das exigências de margem de solvência e do fundo de garantia e dos seus elementos constitutivos, as sociedades gestoras de fundos de pensões e as empresas de seguros devem prestar as informações necessárias ao Instituto de Supervisão de Seguros; Considerando que os fundos de pensões constituídos no âmbito do Decreto n.º 25/98, de 7 de Agosto devem ser objecto de um tratamento contabilístico uniforme por parte das entidades que o gerem, sociedades gestoras e empresas de seguros que explorem o ramo «Vida»; Considerando que esses compromissos devem ser objecto de um adequado financiamento, durante o período em que os mesmos se constituem; Nos termos dos artigos 23.º n.º 7, 24.º n.º 2 e 27.º, do regulamento anexo ao Decreto n.º 25/98 de 7 de Agosto, e ainda de acordo com o previsto no decreto executivo sobre os Fundos de Pensões e Sociedades Gestoras, conjugados com as alíneas d) e e) do artigo 112.º e com o artigo 114.º, ambos da Lei Constitucional, determino: ARTIGO 1.º É aprovado o regulamento sobre o Cálculo e Constituição da Margem de Solvência e do Fundo de Garantia, Informações Obrigatórias e Periódicas e Responsabilidades Relativas a Planos de Pensões das Entidades Gestoras e Contabilização e Valorimetria Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 255

dos Activos de Fundos de Pensões, anexo ao presente despacho, do qual faz parte integrante. ARTIGO 2.º É revogada toda a legislação que contrarie o disposto no presente despacho. ARTIGO 3.º As dúvidas e omissões que resultarem da aplicação e interpretação do presente despacho serão resolvidas por despacho do Ministro das Finanças. ARTIGO 4.º O presente despacho entra em vigor na data da sua publicação. Publique-se. Luanda, aos 21 de Fevereiro de 2003. O Ministro, José Pedro de Morais Júnior. REGULAMENTO SOBRE O CÁLCULO E CONSTITUIÇÃO DA MARGEM DE SOLVÊNCIA E DO FUNDO DE GARANTIA CAPÍTULO I DO CÁLCULO E CONSTITUIÇÃO DA MARGEM DE SOLVÊNCIA E DO FUNDO DE GARANTIA SECÇÃO I Sobre as Sociedades Gestoras de Fundos de Pensões ARTIGO 1.º (Margem de solvência) A margem de solvência das sociedades gestoras de fundos de pensões é calculada, no que respeita aos Fundos de Pensões por ela geridos, nos termos do disposto no artigo 11.º do decreto executivo sobre Fundos de Pensões e Sociedades Gestoras. ARTIGO 2.º (Fundo de garantia) 256 Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões

1. Fundos de pensões. 0101 Fundo de pensões (identificação do fundo) 01011 Aplicações do fundo 010111 - Imóveis 0101111 - Imóveis 0101112 - Imobilizações em curso e adiantamentos por conta de terrenos e edifícios 010112 - Títulos de rendimento variável 01011201 - Em kwanzas 010112011 - Acções 010112012 -Títulos de participação 010112013 - Unidades de participação em fundos de investimento mobiliário 010112014 - Unidades de participação em fundos de investimento imobiliário 010112015 Outros 01011202 - Em (moeda) 01011 3 - Títulos de rendimento fixo 01011301 - Em kwanzas 010113011 - De dívida pública 0101130111 - Obrigações 01 01 13 01 12 - Outros títulos 01 01 13 01 2 - De outros emissores públicos 01 01 13 01 21 - Obrigações 01 01 13 01 22 - Outros títulos 01 01 13 01 3 - De outros emissores 0101 13 01 31 - Obrigações 01 01 13 01 32 - Outros títulos 01 01 13 02 - Em (moeda) 01 01 14 - Empréstimos hipotecários 01 01 15 - Outros empréstimos 01 01 16 - Numerário e depósitos em instituições de crédito e aplicações no MMI 01 01 16 1-Numerário 01 01 16 2 - Depósitos à ordem 01 01 16 3 - Depósitos com pré-aviso 01 01 16 4 - Depósitos a prazo 01 01 16 5 - Outros depósitos 01 01 16 6 - Aplicações no MMI 01 01 17 - Outras aplicações. 01 01 2 - DEVEDORES E CREDORES DIVERSOS 01 01 2 1 - Entidade gestora 01 01 3 - PENSÕES A PAGAR (já vencidas) 01 01 4 - ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS 01 01 41 - Juros a receber 01 01 42 - Rendas recebidas 01 01 43 - Outros acréscimos e diferimentos 02 - GESTÃO DE FUNDOS DE PENSÕES 02 01 - FUNDO DE PENSÕES (identificação do Fundo) 264 Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões

02 01 1 - ACRÉSCIMOS NO VALOR DO FUNDO 02 01 11 - Contribuições 02 01 12 - Rendimentos 02 01 12 1 - Imóveis 02 01 12 2 - Títulos de crédito 02 01 12 21 - Acções e outros títulos de rendimento variável 02 01 12 22 - Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 02 01 12 22 1 - De dívida pública 02 01 12 22 2 - De outros emissores públicos 02 01 12 22 3 - De outros emissores 02 01 12 3 - De empréstimos hipotecários 02 01 12 4 - Outros empréstimos 02 01 12 5 - Depósitos 02 01 12 6 - Outras aplicações 02 01 13 - Ganhos resultantes da avaliação ou da alienação ou reembolso das aplicações 02 01 14 - Receitas provenientes de seguros efectuados pelos fundos de pensões 02 01 19 - Outras receitas 02 01 2 - Decréscimos no valor do fundo 02 01 21 - Prémios de seguros 02 01 22 - Pensões e capitais vencidos 02 01 23 - Reembolsos 02 01 24 - Comissões de gestão e de depósito 02 01 25 - Comissões de mediação 02 01 26 - Impostos 02 01 27 - Perdas resultantes da avaliação ou da alienação ou reembolso das aplicações 02 01 2 9 - Outras despesas 02 01 9 - Valor do fundo. 3. Notas sobre a contabilização das contas: a) os valores contabilizados em «Acréscimos no valor do fundo» e «Decréscimos no valor do fundo» correspondem ao período entre duas datas aniversárias consecutivas, salvo nos fundos de pensões abertos em que o período considerado é o do ano civil (1 de Janeiro a 31 de Dezembro); b) os saldos das contas de «Acréscimos no valor do fundo» e «Decréscimos no valor do fundo» devem ser transferidos para a conta «Valor do fundo» na data aniversária, salvo em fundos de pensões abertos, em que aquela transferência deve ser feita em 31 de Dezembro; c) no anexo ao balanço e à demonstração de resultados das sociedades gestoras deve ser indicado o valor dos fundos de pensões geridos explicitando o valor dos fundos em que se garante um rendimento mínimo; d) os valores referidos na alínea anterior são os relativos à data do balanço; e) cada fundo deve ser autonomizado com o mesmo código em contas de 2.º grau (4 dígitos), quer em «01. Fundos de pensões» quer em «02. Gestão de fundos de pensões»; Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 265

número de unidades de participação correspondente e criar ainda um registo cronológico para os reembolsos das unidades de participação. 4. As entidades gestoras referidas no número anterior devem elaborar anualmente, reportada à data de encerramento das contas, uma listagem dos participantes, por ordem alfabética, com indicação do número de unidades de participação em circulação detidas por cada um e dos recibos emitidos correspondentes. ARTIGO 29.º (Valorimetria) Para efeitos de valorimetria dos activos dos fundos de pensões, devem as respectivas entidades gestoras adoptar: 1. Nos Títulos: a) no caso de títulos cotados em bolsas estrangeiras, a última cotação na bolsa em que foram adquiridos, efectuada nos últimos 90 dias. Na sua conversão para kwanzas deve ser utilizado o câmbio do Banco Nacional de Angola; b) se não se encontrarem cotados ou na falta de um valor de cotação no período acima referido, deve ser atribuído um valor de acordo com os princípios de uma adequada avaliação, não podendo ser atribuído valor superior a: b1) para acções, ao valor contabilístico apurado, excepto se a sociedade emitente daquelas tiver acções cotadas, com os mesmos direitos, caso em que se deve tomar a cotação destas como referência, devendo o valor contabilístico das acções ser determinado de acordo com as contas das respectivas empresas relativas ao exercício anterior podendo, até 30 de Junho, ser calculado de acordo com as contas do exercício imediatamente anterior; b2) para as obrigações emitidas no ano, ao valor de aquisição, sem prejuízo no disposto na alínea c); b3) para as outras obrigações, ao valor nominal, sem prejuízo no disposto na alínea e); b4) para os títulos de participação, ao valor nominal; b5) para as unidades de participação em fundos de investimento fechados, ao valor patrimonial; b6) para os títulos de dívida de curto prazo, ao valor de aquisição; c) no caso de unidades de participação em fundos de investimento abertos, o valor patrimonial; d) no caso de acções, se o valor determinado apenas pela aplicação dos princípios acima referidos não reflectir um aumento de capital reservado a accionistas, anterior à data de avaliação, devem também considerar-se os factores decorrentes daquele aumento; e) o valor máximo a atribuir às obrigações que estejam em situações de incumprimento de juros e/ou reembolsos deve ser determinado de acordo com os seguintes critérios: Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões 267

e1) as percentagens indicadas no quadro incidem sobre o valor nominal; e2) no caso de incumprimento de juros e reembolsos aplica-se o critério conducente à menor avaliação. 2. Nos Imóveis: a) o valor de mercado, ou seja, o preço pelos quais os imóveis poderiam ser vendidos, à data de avaliação; b) determina-se o valor de mercado através de uma avaliação separada de cada terreno e de cada edifício, devendo aquele valor resultar da avaliação efectuada por um perito independente, nos termos regulamentares e devendo: b1) nos fundos de pensões abertos, proceder-se a avaliações separadas de cada terreno ou edifício, à data de 31 de Dezembro, podendo proceder-se a valorizações intercalares nas datas de cálculo do valor das unidades de participação, segundo esquema proposto pela entidade gestora e aprovado pelo Instituto de Supervisão de Seguros; b2) nos fundos de pensões fechados ser efectuadas avaliações separadas de cada terreno ou edifício pelo menos todos os três anos; b3) a primeira avaliação deve ser efectuada logo após a aquisição de um terreno ou edifício ou após a data de conclusão da construção dum edifício; c) no caso de imóveis adquiridos há menos de um ano, o valor a considerar deve ser o menor dos valores de aquisição ou resultante da avaliação nos termos da alínea anterior. ARTIGO 30.º (Envio de documentação) 1. Como informação complementar a ser enviada ao Instituto de Supervisão de Seguros relativa à composição dos activos dos fundos de pensões devem ser remetidos os seguintes documentos: a) um exemplar do balancete desse fundo, referente à mesma data; b) no caso de títulos valorizados segundo a alínea a) do artigo 29.º desta norma, uma fotocópia do jornal da bolsa em que esses títulos foram valorizados; c) no caso de títulos valorizados segundo a alínea b1) do artigo 29.º desta norma, os elementos utilizados no apuramento do valor contabilístico. 2. Sempre que um terreno ou edifício seja avaliado, deve ser enviado ao Instituto de Supervisão de Seguros, no prazo máximo de 30 dias, o respectivo relatório do avaliador. CAPÍTULO IV RESPONSABILIDADE RELATIVA A PLANOS DE PENSÕES ARTIGO 31.º (Obrigação de cobertura das responsabilidades) 1. As empresas de seguros com sede em Angola, bem como as sociedades gestoras de fundos de pensões, devem assegurar o financiamento das responsabilidades por 268 Colectânea de Legislação de Seguros e Fundos de Pensões