ASMA BRÔNQUICA TRATAMENTO NOVAS TENDÊNCIAS

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Transcrição:

ASMA BRÔNQUICA TRATAMENTO NOVAS TENDÊNCIAS Pediátrica Hospital Infantil Darcy Vargas Lúcia Maria Barbalho Guirau

Doença inflamatória crônica VAI (mastócitos, eosinófilos, linf T, neutrófilos,etc) Hiperresponsividade das vias aéreas inferiores Asma Definição Limitação variável ao fluxo aéreo Reversível (EXP ou TRAT) Episódios recorrentes: de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse(n ou M despertar) INTERAÇÃO Genéticos x Ambientais desenvolvimento e manutenção dos sintomas

ASMA BRÔNQUICA - Epidemiologia PREVALÊNCIA: (GINA/SBPT - 2012) Vem aumentando em todo mundo MUNDIAL: 300 milhões de individuos asmáticos BRASIL: 20 milhões de asmáticos BRASIL: Prev Média = 20% (ISAAC- 1998) 8 o no mundo SUS 1996 = 76 milhões de reais por ano c/ internações BRASIL: 350.000internações /ano (1993 2001) BRASIL = 160.000 internações por ASMA (2011) DATASUS (1993-2001): 3a causa hospitalizações/ asma DATASUS (2011): 4a causa (51,23%) de hospitalizações / ASMA DATASUS (2000-2010) 49% internações por asma (pós implementação de tratamento profilático por governo no internações/ ano 2,1% (1999) para 0,94% (2010)

ASMA BRÔNQUICA - MORTALIDADE MORTALIDADE: ainda baixa Vem últimos 10a países em desenvolvimento 5% -10% (mortes p/ d.respiratórias - domiciliares) 23.758 mortes /asma 1998-2006 Média anual =2.640 (7,2/dia) Taxa média mortalidade(1998-2007) = 1,52/100.000 habitantes

Prevalência da Asma ISAAC(1998-55 Países) GINA 2012 32 Brasil 8 lugar 20% 28 10 2 4 5 Indonésia Rússia China Argentina Brasil Nova Zelândia Grã Bretanha ISAAC - Lancet 351:1225, 1998 8

ASMA BRONQUICA - Internações

2485 2408 2545 2597 2725 2289 2288 2163 2447 2291 2225 2024 2001 1992 1990 2193 2132 2047 2286 1695 1849 1889 1747 1894 Número Absoluto de Mortes por Asma. Brasil, 1980-2003 3000 2500 2000 1500 1000 500 6 mortes notificadas / dia 0 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 Mortes / População 1980 = 0,0019 % Mortes / População 2000 = 0,0015 % Fonte: datasus.gov 2003

Asma em Crianças na Pré-Escola 3 Novos casos de asma no Reino Unido por semana (por 100.000 de faixa etária) 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 0 4 anos 5 14 anos 15 anos 76 80 84 88 92 96 00 Ano Em comparação com adultos e crianças mais velhas, crianças na pré-escola apresentam: maior aumento na incidência de asma maior prevalência de sibilância a mais alta taxa de número de consulta por semana taxa de hospitalização 3 vezes mais alta do que crianças mais velhas 6 vezes mais alta do que em adultos National Asthma Campaign. Asthma J 2001;6(Suppl):3 14.

ASMA BRÔNQUICA Fisiopatologia

ASMA BRÔNQUICA Fisiopatologia

ASMA BRÔNQUICA Fisiopatologia

Efeito Inflamatório nas Vias Aéreas Aumento da secreção de muco Diminuição do transporte de muco Proteínas catiônicas (dano de célula epitelial) Epitélio das vias aéreas Aumento da liberação de taquicinina Vaso sanguíneo Edema CysLTs Músculo liso Fibras sensoriais Colinérgicas Células inflamatórias (p. ex.: mastócitos, eosinófilos) Contração e proliferação 13 Adaptado de Hay DW et al. Trends Pharmacol Sci 1995;16:304-309

Inflamação x Asma Outros mediadores inflamatórios Leucotrienos Sem inflamação Asma Inflamação Este slide é uma ilustração artística. Adaptado de Holgate ST, Peters-Golden M J Allergy Clin Immunol 2003;111(1 suppl):s1-s4.

Bronquíolo normal Bronquíolo de paciente asmático Eosinófilos

ASMA BRÔNQUICA FATORES PREDISPONENTES Fatores genéticos e familiares: A) Parentesco: nenhum 6,5% 1 dos pais 19,7% Os dois 63,6% B) Gêmeos: monozigótico > dizigótico Sexo Masculino: na geometria coluna de ar Atopia (ex: eczema infantil, rinite alérgica)

ASMA BRÔNQUICA FATORES DESENCADEANTES Domicílio: pó, mofo, pena, algodão, pelo de animais, inseticidas, detergentes, talco, flores, etc. Clima, mudança de temperatura Atividades esportivas Infecções, outras doenças Alimentos:leite e derivados, aditivos alimentares Medicamentos: AAS, dipirona, propanolol Fatores emocionais

INDUTORES Alergenos, sensibilizantes químicos, poluição do ar, infecções virais INFLAMAÇÃO Hiperresponsividade das vias aéreas Limitação ao fluxo aéreo GATILHOS Alergenos, Exercício, Ar frio, SO 2 particulados SINTOMAS Tosse, chiado aperto no peito dispnéia

ASMA BRÔNQUICA DIAGNÓSTICO CLÍNICO São indicativos de asma 1 ou + dos sintomas: Dispnéia Tosse crônica Sibilância Aperto no peito ou desconforto torácico Particularmente à noite ou nas 1ªs horas da manhã Sintomas episódicos ( 3 no último ano) Melhora espontânea ou pós uso de medicação História familiar de asma ou atopia Diagnósticos alternativos excluídos

ASMA BRÔNQUICA DIAGNÓSTICO FUNCIONAL ESPIROMETRIA VEF1 < 80 % do predito Relação VEF1/CVF < 75 % (adultos) Relação VEF1/CVF < 86 % (crianças) PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO 20 % entre 3 medidas entre 2 a 3 semanas 15% após uso de B2 de curta TESTES DE BRONCOPROVOCAÇÃO Histamina, metacolina, exercício Indivíduos sintomáticos Com espirometria normal Sem 20% após uso de B2

ASMA BRÔNQUICA DIAGNÓSTICO LABORATORIAL IgE Total RAST RX Tórax RX seios de face RX de cavum

ASMA Diagnóstico Diferencial - lactente Corpo estranho na traquéia, brônquio ou esôfago Bronquiolite viral e sequelas Incoordenação de deglutição e RGE Laringotraqueomalácea Linfonodos aumentados ou Tumor Anel vascular Síndrome de Loeffer Discinesia Ciliar

ASMA Diagnóstico Diferencial - lactente Apnéia obstrutiva do sono Bronquiectasias Fibrose cística Ingurgitamento vascular Insuficiência cardíaca Disfunção de cordas vocais, etc.

ASMA Diagnóstico Diferencial > 5a e Adultos DPOC Tuberculose Pulmonar Obstrução alta ou mecânica das vias aéreas Discinesia de laringe Insuficiência cardíaca ou cardiopatias Embolia Pulmonar Imunodeficiência Tosse secundária a drogas(betabloqueadores ou inibidores da ECA), etc.

AVALIAÇÃO DO ASMÁTICO DE RISCO 3 ou + visitas ao PS em 12 meses 2 ou + hospitalizações por asma nos últimos 12 meses Uso frequente de corticóide sistêmico Crise grave prévia, necessitando intubação Uso de 2 ou + tubos de B2/mês Problemas psicossociais (depressão) Asma com var. VEF > 30 % do Predito Má percepção do grau de obstrução

Asma - Mortalidade CAUSAS: Tratamento de manutenção inadequado Falta de padronização do tratamento da crise nas Emergências Não reconhecimento da gravidade da crise

ACHADO MUITO GRAVE GRAVE MODERADA/LEVE Gerais Estado mental Cianose, sudorese, exaustão Agitação, confusão, sonolência Sem alterações Normal Sem alterações Normal Dispnéia Grave Moderada Ausente/leve Fala Musculatura acessória Frases curtas (lactente- dificuldade alimentar) Retrações acentuadas ou em declínio (exaustão) Frases incompletas (lactente: choro curto, dificuldade alimentar) Retração subcostal / esternocleidomastóide acentuada Frases completas Retração intercostal leve ou ausente Sibilos Ausentes com MV Localizados / difusos Ausentes - MV normal F respiratória (irpm) Aumentada Aumentada Normal ou aumentada FC (bpm) 140 ou bradicardia 110 = 110 PFE (% melhor ou previsto) 30% 30-50% 50% SaO2 (ar ambiente) = 90% 91-95% 95% PaO2 (ar ambiente) 60 mmhg Ao redor de 60 mmhg Normal PaCO2 (ar ambiente) 45 mmhg 40 mmhg 40 mmhg

ASMA TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Deve ser baseado no quadro clínico Avaliação objetiva do fluxo aéreo pela: Espirometria PFE Medicamentos utilizados: B2 agonista (inalação ou spray): Dose: 0,1mg/kg/dose (1gta/3kg max=10gtas) ou 1-2puff/dose(1j=100mcg) max: 5mg/dose Brometo de ipratópio a 0,025% (10gtas < 10Kg e acrescentar 1-2 gtas/kg acima de 10kg, MAX: 40 gtas) Corticosteróides sistêmico (VO ou EV) Prednisona ou predinisolona:1-2mg/kg(max=40mg) Hidrocortisona: 4-8mg/kg(ataque);2,5-10mg/kg/dia(manutençao) Metilpredinisolona:2mg/Kg(ataque) 2-4mg/kg/dia(manutenção) Considerar: sulfato de magnésio IV Dose:25-75mg/kg em 20-30min B2 IV (15mcg/kg) em 15 a 20min em infusão contínua 10-15mcg/kg/min

NO P.S.I. Avaliação inicial: FR, FC e PFE, Uso de musc. acessória, dispnéia grau de alerta, cor, sat O2 O2 para SatO2 = 95%. Nebulização c/ 2-agonista (6l/min) a cada 10-30 min, 1 hora (3 doses). Em crises graves, associar brometo de Ipratrópio (10-40 gts). RESPOSTA BOA PFE 70% Diminuição da FR e FC Sibilos raros / ausentes Sem uso musc. acessória Dispnéia mínima ou ausente Sat O2 95% (ar amb) PARCIAL PFE 40-70% Aumento da FR e FC Sibilos leve / mod Uso mod. musc. acessória Dispnéia moderada Sat O2 91-95% (ar amb.) MÁ RESPOSTA PFE 40% Aumento da FC e FR Ausculta diminuída Uso importante musc. acessória Dispnéia intensa Sat O2 91% (ar amb.) Aumentar intervalo das inalações 2/2 hs Manter/adicionar Prednisona 1mg/Kg Ou corticosteróide EV Nebulização cada 20min INTERNAR

REAVALIAR RESPOSTA APÓS 1 HORA ESTÁVEL INSTÁVEL PFE 70% SatO2 95% ALTA Manter 2 via inalatória (spray ou inalação) a cada 6 horas 5 dias considerar cortic. oral Plano de acompanhamento ambulatorial PFE 70% SatO2 95% Prednisona 1mg/Kg Ou corticóide EV Metilpredinisolona 2-4mg/Kg ou Hidrocortisona 10mg/kg + Nebulização cada 20 min Com 2 (0,15mg/Kg) 2 inaladocontínuo(0,3-0,5mg/kg/hora)

RESPOSTA INCOMPLETA MÁ RESPOSTA PFE 40-70% SatO2 entre91-95% Continuar tratamento. Considerar internação se não houver melhora PFE 40% SatO2 91% INTERNAR Sem melhora Considerar: sulfato de magnésio IV Dose:25-75mg/kg em 20-30min Ou B2 IV (15mcg/kg) em 15 a 20min em infusão contínua 10-15mcg/kg/min ou UTI

Classificação da Gravidade ETAPA 4 Severa Persistente ETAPA 3 Moderada Persistente ETAPA 2 Leve Persistente ETAPA 1 Intermitente Sintomas Contínuos Atividade física limitada Diários Crises afetam atividades > 1 vez semana mas < 1 vez dia < 1 vez semana Assintomático e PFE normal entre as crises CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE Achados clínicos antes do tratamento Sintomas Noturnos Freqüentes > 1 vez semana > 2 vezes mês < 2 vezes mês VEF 1 ou PFE < 60% previsto Variabilidade > 30% 60-80% previsto Variabilidade > 30% > 80% previsto Variabilidade 20-30% > 80% previsto Variabilidade < 20% A presença de 1 achado de severidade é suficiente para colocar o paciente nesta categoria

Classificação da Gravidade ETAPA 4 Severa Persistente ETAPA 3 Moderada Persistente ETAPA 2 Leve Persistente ETAPA 1 Intermitente Sintomas Contínuos Atividade física limitada Diários Crises afetam atividades > 1 vez semana mas < 1 vez dia < 1 vez semana Assintomático e PFE normal entre as crises CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE Achados clínicos antes do tratamento Sintomas Noturnos Freqüentes > 1 vez semana > 2 vezes mês < 2 vezes mês VEF 1 ou PFE < 60% previsto Variabilidade > 30% 60-80% previsto Variabilidade > 30% > 80% previsto Variabilidade 20-30% > 80% previsto Variabilidade < 20% A presença de 1 achado de severidade é suficiente para colocar o paciente nesta categoria

Classificação da Gravidade ETAPA 4 Severa Persistente ETAPA 3 Moderada Persistente ETAPA 2 Leve Persistente ETAPA 1 Intermitente Sintomas Contínuos Atividade física limitada Diários Crises afetam atividades > 1 vez semana mas < 1 vez dia < 1 vez semana Assintomático e PFE normal entre as crises CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE Achados clínicos antes do tratamento Sintomas Noturnos Freqüentes > 1 vez semana > 2 vezes mês < 2 vezes mês VEF 1 ou PFE < 60% previsto Variabilidade > 30% 60-80% previsto Variabilidade > 30% > 80% previsto Variabilidade 20-30% > 80% previsto Variabilidade < 20% A presença de 1 achado de severidade é suficiente para colocar o paciente nesta categoria

Classificação da Gravidade ETAPA 4 Severa Persistente ETAPA 3 Moderada Persistente ETAPA 2 Leve Persistente ETAPA 1 Intermitente Sintomas Contínuos Atividade física limitada Diários Crises afetam atividades > 1 vez semana mas < 1 vez dia < 1 vez semana Assintomático e PFE normal entre as crises CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE Achados clínicos antes do tratamento Sintomas Noturnos Freqüentes > 1 vez semana > 2 vezes mês < 2 vezes mês VEF 1 ou PFE < 60% previsto Variabilidade > 30% 60-80% previsto Variabilidade > 30% > 80% previsto Variabilidade 20-30% > 80% previsto Variabilidade < 20% A presença de 1 achado de severidade é suficiente para colocar o paciente nesta categoria

Classificação da Gravidade ETAPA 4 Severa Persistente ETAPA 3 Moderada Persistente ETAPA 2 Leve Persistente ETAPA 1 Intermitente Sintomas Contínuos Atividade física limitada Diários Crises afetam atividades > 1 vez semana mas < 1 vez dia < 1 vez semana Assintomático e PFE normal entre as crises CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE Achados clínicos antes do tratamento Sintomas Noturnos Freqüentes > 1 vez semana > 2 vezes mês < 2 vezes mês VEF 1 ou PFE < 60% previsto Variabilidade > 30% 60-80% previsto Variabilidade > 30% > 80% previsto Variabilidade 20-30% > 80% previsto Variabilidade < 20% A presença de 1 achado de severidade é suficiente para colocar o paciente nesta categoria

Níveis de Controle da Asma Características Controlada Parcialmente Controlada Descontrolada Sintomas diários Ausentes > 2x/semana 3 itens de A Limitação atividades Ausentes sim parcialmente controlada Sintomas Noturnos Ausentes sim presentes em Uso de Med. Alívio Ausente ou > 2x/semana qualquer semana Função Pulmonar VEF1 ou PFE *** 2x/semana normal <80% do Pred.ou do > valor pessoal Exacerbações Ausente 1x/ano * 1x /qq semana ** * Rever TM se ocorrer qualquer exacerbação e readequar ** 1 exac. em qq semana = asma descontrolada naquela semana *** PFP normalmente não pode ser realizada em <(s) 5a

Tratamento da Asma em etapas: Manutenção: CI dose A Manutenção: CI(A)+LABA Manutenção: Cl dose M ou A ou Manutenção: CI dose B CI(M/A)+LABA CI(A)+LABA+ Quando a Nenhum Antileucotrieno AL asma está (AL) Ou CI(A)+LABA+ controlada, Teof reduz-se a Cromonas CI(A)+LABA+ terapia CI (B/M) + AL cursos de CO Monitorizar CI (B/M)+ Teof ou Anti-IgE ALÍVIO: B2 de curta + educação e controle ambiental em (todas etapas) ETAPA 1: Intermitente Resultado: Controle da Asma ETAPA 2: Leve Persistente ETAPA 3: Moderada Persistente Resultado: Melhor controle possível Corticóide oral: exacerbações graves (PL; PM; PG) ETAPA 4: Severa Persistente Continuamente (mínimo 3meses) revisar : tratamento, técnica inalatória, aderência e controle ambiental Step up se não atingir controle; step down se controlado/minimo 3m STEP Down

Dificuldades na Administração de Tratamentos por Via Inalatória em Crianças Pequenas (2 5 Anos) 5 Técnica inalatória incorreta Equipamento caro e grande Gasto de tempo

Evolução do Tratamento da Asma adrenalina isoproterenol Uso β 2 agonistas de curta ação Corticóides inalatórios salbutamol Aumento do uso de corticóides inalatórios Combinações (CI + β 2 agonistas ) Broncoespasmo Inflamação Remodelamento β 2 agonistas de ação prolongada

ASMA BRÔNQUICA - TRATAMENTO NOVAS ABORDAGENS - GINA / SBPT 2012 MODIFICADORES DE LEUCOTRIENOS TERAPIA ANTI-IgE (OMALIZUMABE) IMUNOMODULADORES Anticorpos anti-interleucinas: Anti-IL5: recrut. EOS; não HRB Anti-IL4: HRB e a síntese de IgE Em desenvolvimento anticorpos: Anti: IL9; IL13; TNF entre outros Anti- quimioquinas que recrutam eos Ex: eotaxina, Rantes que agem receptor CCR3 presentes princ. em (eos e Th2) Inibidores de fosfodiesterase: PDE4 e PDE7 IMUNOSSUPRESSORES IMUNOGLOBULINA INTRAVENOSA

ASMA BRÔNQUICA - TRATAMENTO NOVAS ABORDAGENS - GINA / SBPT 2012 MODIFICADORES DE LEUCOTRIENOS IMUNOMODULADORES IMUNOSSUPRESSORES IMUNOGLOBULINA INTRAVENOSA

ASMA BRÔNQUICA - TRATAMENTO NOVAS ABORDAGENS - GINA / SBPT 2012 MODIFICADORES DE LEUCOTRIENOS Inibidores da produção de leucotrienos (inibem a 5-lipoxigenase)- Zileuton (adultos) Antagonistas de leucotrienos (bloqueiam a ligação do Lcisteínicos:LTD4, LTE4, etc. ao seu receptor na cel) Ex: Montelukast(>6m) e Zafirlucast (>12a)

ASMA BRÔNQUICA - TRATAMENTO NOVAS ABORDAGENS - GINA / SBPT 2012 ANTAGONISTAS DE LEUCOTRIENOS (Montelucast) MECANISMO DE AÇÃO: Ação anti-inflamatória: Bloqueiam a síntese ou as interações c/ os receptores de leucotrienos Recrutamento de eosinófilos Estimulação de glds. mucosas c/ redução da secreção de muco Broncoconstricção prolongada induzida pelos LT

ASMA BRÔNQUICA - TRATAMENTO NOVAS ABORDAGENS - GINA / SBPT 2012 ANTAGONISTAS DE LEUCOTRIENOS (Montelucast) INDICAÇÕES: Asma Persistente AIE Rinite Alérgica EFEITOS COLATERAIS Ausentes ou Hepatite e hiperbillirrubinemia reversíveis (raro)

ASMA BRÔNQUICA - TRATAMENTO ANTAGONISTAS DE LEUCOTRIENOS ( Zafirlucast) INDICAÇÕES: Controle e prevenção na AP Só para crianças (s) 12 anos MECANISMO DE AÇÃO Antagonista do receptor de leucotrieno Inibição competitiva seletiva dos receptores p/ LTD4 e LTE4 EFEITOS COLATERAIS Cefaléia, dispepsia, rush cutâneo, enzimas hepáticas Hepatite e hiperbillirrubinemia reversíveis

Dupla Via da Inflamação O Montelucaste Combinado com um Esteróide Afeta a Dupla Via da Inflamação 4,12 CysLTs desempenham um importante papel na inflamação da asma Mediadores sensíveis a esteróide desempenham um importante papel na inflamação da asma Os esteróides NÃO inibem a formação de CysLT nas vias aéreas de pacientes com asma Montelucaste bloqueia os efeitos dos CysLTs Esteróides inalatórios bloqueiam os mediadores sensíveis a esteróide DUPLA VIA Este slide é uma ilustração artística. Adaptado de Peters-Golden M, Sampson AP J Allergy Clin Immunol 2003;111(1 suppl):s37-s42; Bisgaard H Allergy 2001;56(suppl 66):7-11.

ASMA BRÔNQUICA - TRATAMENTO NOVAS ABORDAGENS - IMUNOMODULADORES IMUNOMODULADORES Anticorpos monoclonais humanizados(hmabs) que se ligam a moléculas alvo específica EX: Níveis de IgE sérica (livre) exacerbações graves e hospitalizações na AG Ação poupadora de corticóide Dose(peso e níveis de IgE no soro): 0,016mg/Kg por IU/ml de IgE via SC Anticorpos de receptores mediadores solúveis: inibem substâncias sinalizantes impts. no desenc da ASMA

ASMA BRÔNQUICA - TRATAMENTO NOVAS ABORDAGENS - GINA 2012 Terapia anti-ige (OMALIZUMABE) Mecanismo de ação: OMZ forma complexos c/ a IgE livre Impede que a IgE se ligue aos receptores dos mastócitos a degranulação Inibe a cascata alérgica e inflamatória Indicações: Asma Persistente M e G Rinite e conjuntivite alérgica Doenças c/ IgE não alérgicas

ASMA BRÔNQUICA - TRATAMENTO NOVAS ABORDAGENS - GINA 2012 Terapia anti-ige (OMALIZUMABE) CRITÉRIOS PARA USO: FAIXA ETÁRIA: > 6a e adultos APM ou APG não controlada IgE Total (30 a 700 IU) (max 1300 IU atual) TC + relevante (pelo menos 1 aeroalérgeno) Estudos: RA sazonal ou perene, Anafilaxia, AA, DA, Urticária e angioedema

ASMA BRÔNQUICA - TRATAMENTO NOVAS ABORDAGENS - GINA 2012 Terapia anti-ige (OMALIZUMABE) Ações: No de exacerbações e hospitalizações p/ A Permite e até interromper o uso de CI na A Melhora a qualidade de vida dos pacientes alérgicos em geral Via : IV ou SC (mais utilizada atual) Dose 0,016mg/Kg/IgE (U/ml) a cada 2-4 semanas (SC) 0,005-0,14 mg/kg ou 300mg a cada 4 semanas (SC) 0,05 a 1mg/Kg (IV)

ASMA BRÔNQUICA - TRATAMENTO NOVAS ABORDAGENS Terapia anti-ige (Omalizumabe) Efeitos Colaterais Omalizumabe (%) Placebo (%) Infec. Virais 21,3 26,3 Cefaléia 23,1 25,3 IVAS 19,8 23,1 Sinusite 12,6 19,0 Fadiga 0,5 0,1 Rash 0,4 0,0 Urticária 0,4 0,1 Referências:Allergy Clin Imunol 1997; 100:110-21 J Imunol 1993; 151:2623-32 UP to date 2013

ASMA BRÔNQUICA - TRATAMENTO NOVAS ABORDAGENS - IMUNOMODULADORES Anticorpos anti-interleucinas: Anti-IL5: recrut. EOS; não HRB Anti-IL4: HRB e a síntese de IgE Em desenvolvimento anticorpos: Anti: IL9; IL13; TNF entre outros Anti- quimioquinas que recrutam eos Ex: eotaxina, Rantes que agem receptor CCR3 presentes princ. em (eos e Th2) Inibidores de fosfodiesterase: PDE4 e PDE7

ASMA BRÔNQUICA TRATAMENTO NOVAS ABORDAGENS IMUNOSSUPRESSORES Metotrexate: uso de C (efeito temporário) IL8 e não altera o n o de LINF-T Ciclosporina): inibe os LINF-TCD4+. Ação imunossupressora e anti-inflamatória Raro ser usado na asma. Poupadores de C, + em adultos Resultados conflitantes EC: cefaléia, HA, hirsutismo e lesão renal

ASMA BRÔNQUICA TRATAMENTO NOVAS ABORDAGENS IMUNOGLOBULINA INTRAVENOSA Usado em várias doenças imunológicas imunomodulador IgE sérica e a reatividade cutânea Ação poupadora de corticóides na ASMA (em alguns estudos)