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Transcrição:

Programa Energia Transparente Monitoramento Permanente dos Cenários de Oferta e do Risco de Racionamento 4ª Edição Fevereiro de 2008 Realização: O conteúdo deste relatório foi produzido pelo Instituto Acende Brasil e seus parceiros. Sua reprodução total ou parcial é permitida, desde que citada a fonte. 1

Programa Energia Transparente Monitoramento Permanente dos Cenários de Oferta e do Risco de Racionamento 1. Motivação e Objetivos do Programa Energia Transparente 2. Objetivos da 4ª Edição 3. Como se avalia a Segurança de Suprimento? 4. O Susto de Janeiro 5. Cenários de Oferta e Demanda 6. Segurança de Suprimento 7. Conclusões e Recomendações 2

Objetivos do Programa Energia Transparente 1. Realizar o monitoramento e avaliação da segurança de suprimento nos próximos 5 anos: Avaliação técnica De forma permanente e periódica (trimestral) Com metodologia transparente e replicável Feita por especialistas com experiência e reconhecimento técnico nacional e internacional (PSR) Usando dados oficiais (MME, EPE, ONS e ANEEL) 2. Apresentar conclusões e recomendações de ações preventivas e corretivas 3

Programa Energia Transparente Monitoramento Permanente dos Cenários de Oferta e do Risco de Racionamento 1. Motivação e Objetivos do Programa Energia Transparente 2. Objetivos da 4ª Edição 3. Como se avalia a Segurança de Suprimento? 4. O Susto de Janeiro 5. Cenários de Oferta e Demanda 6. Segurança de Suprimento 7. Conclusões e Recomendações 4

Objetivos da 4ª Edição do Programa Energia Transparente Atualização do Risco de Decretar Racionamento de 2008 a 2010 Inclui medidas preventivas determinadas pelo CMSE 2011 2012: ainda há tempo de construir nova capacidade Atualização dos Balanços de Oferta e Demanda de Energia Firme até 2012 Análise do Desequilíbrio Estrutural Sensibilidade incorporando 1.500 MW médios que poderiam ser contratados no leilão de reserva (600 MW médios em 2009 e 900 MW médios em 2010) Análise e interpretação do Susto de Janeiro de 2008 Conclusões e Recomendações para diminuir a vulnerabilidade do sistema 5

Programa Energia Transparente Monitoramento Permanente dos Cenários de Oferta e do Risco de Racionamento 1. Motivação e Objetivos do Programa Energia Transparente 2. Objetivos da 4ª Edição 3. Como se avalia a Segurança de Suprimento? 4. O Susto de Janeiro 5. Cenários de Oferta e Demanda 6. Segurança de Suprimento 7. Conclusões e Recomendações 6

Como se avalia a Segurança de Suprimento? 1. Balanço estrutural: verifica se o sistema de geração pode atender à demanda de maneira sustentável mesmo que a condição hidrológica seja desfavorável Separar o que é planejamento adequado do que é sorte (capacidade é inadequada, mas choveu muito) 2. Risco de racionamento: a operação do sistema é simulada para os próximos anos, supondo um grande número de cenários de vazões. A partir dos resultados das simulações, estima-se o risco e severidade das falhas de suprimento Esta análise combina os componentes estruturais e conjunturais (condições hidrológicas favoráveis ou desfavoráveis) 7

Segurança de Suprimento: Balanço Estrutural 1. Balanço de Energia Firme 2. O Imbróglio do Gás Natural 8

Potência Instalada versus Energia Firme A comparação oferta x demanda não pode ser feita em termos de potência instalada x demanda máxima Razão: hidrelétricas e térmicas de mesma potência produzem quantidades muito diferentes de energia sustentável ( Energia Firme, medida em MW médios ou MWmed ) Exemplos: Hidrelétrica de Furnas: Potência de 1.312 MW e Energia Firme de 598 MWmed (Firme / Potência = 45,6%) Usina nuclear de Angra 2: Potência de 1.309 MW e Energia Firme de 1.205 MWmed (Firme / Potência = 92,0%) 9

Balanço de Energia Firme O balanço de energia firme oferece uma visão estrutural da situação de oferta e demanda. Um balanço equilibrado indica que o abastecimento está garantido mesmo que ocorram secas muito severas Ou seja: Não dependemos de São Pedro Um balanço negativo indica vulnerabilidade a secas Ou seja: Passamos a depender da boa vontade de São Pedro Um balanço negativo em 2008 e 2009 é mais preocupante, pois não há tempo de construir nova capacidade Um balanço negativo a partir de 2011 causa menos preocupação, pois ainda há tempo de corrigir a situação através da contratação de nova capacidade 10

Balanço de Oferta versus Demanda 70 65 60 GWmédio 55 50 45 40 2008 2009 2010 2011 2012 Demanda de energia 53.2 56.2 59.0 61.6 64.2 Oferta firme 51.9 55.3 59.5 61.2 63.0 Oferta-Demanda -1.3-0.9 0.5-0.4-1.1 %Dem -2.5% -1.6% 0.9% -0.6% -1.8% *Configuração de oferta e demanda do Plano Mensal de Operação (PMO) de Fevereiro de 2008; Crescimento da Demanda = 4.7% a.a. 11

Oferta (-) Demanda 2.0 1.5 1.0 0.5 Desequilíbrio em em2008-2009 Não Nãohá hátempo de de construir construirnova nova capacidade capacidade 0.5 Desequilíbrio em em2011-2012 Há Hátempo de de construir construirnova nova capacidade capacidade GW médio 0.0-0.5-1.0-1.5 2008 2009 2010 2011 2012-0.4-0.9-1.1-1.3-2.0-2.5-3.0 *Configuração de oferta e demanda do Plano mensal de Operação (PMO) de Fevereiro de 2008 12

Situação em 2008, vista no Final de 2004 No No final final de de 2004, a oferta de de energia firme prevista para para2008 era era 57.000 MW MW médios; a demanda, 54.500 MW MW médios 57.000 Haveria um um excesso de de oferta de de 2.500 MW MW médios, um um pouco maior do do que quea usina de de Santo Antônio, no no Rio Rio Madeira 54.500 Oferta Demanda 13

Situação de 2008, vista em Novembro de 2007 No No final final de de 2007, a demanda prevista para para2008 caiu caiuem em1.300 MW MW médios em emrelação à previsão feita feitaem em2004. Portanto, o excesso de de oferta deveria aumentar. Entretanto A oferta de de geração firme foi foireduzida de de 57.000 para para 51.400 MW MW médios*, uma uma perda de de cerca de de 6 mil mil MW MWmédios 51.400 53.200 A situação passou de de um um grande excesso de de oferta para paraum déficit de de 1.800 MW MW médios Oferta Demanda * Oferta Firme do PMO de janeiro. Em fevereiro a oferta aumentou em 500 MW médios devido a medidas emergenciais do governo (aumento de geração a óleo e antecipação de Macaé) 14

O que aconteceu? A oferta de energia firme prevista para 2008 é inferior à capacidade que já existia em 2004 Como o Brasil perdeu 6 mil MW médios de energia firme, (equivale à soma das duas usinas do Madeira, mais Angra 3) em três anos? Resposta: o imbróglio do gás natural 15

Segurança de Suprimento: Balanço Estrutural 1. Balanço de Energia Firme 2. O Imbróglio do Gás Natural 16

Retirada de Oferta devido à Argentina Em 2004, a Argentina entrou em crise de suprimento de Gás Natural. Além de interromper o suprimento para o Chile, amplamente noticiado, foi proibido o uso de Gás Natural em geração elétrica destinada à exportação de energia. Com isto, o Brasil perdeu: 2.000 MW médios de energia firme da Interconexão Brasil Argentina; e 300 MW médios da usina de Uruguaiana Total: 2.300 MW médios 17

Retirada de Oferta devido à Bolívia A capacidade líquida de produção de gás da Bolívia é 34 milhões de m 3 /dia; os contratos assinados com Brasil e Argentina somam 42 milhões de m 3 /dia Em 2007, a Bolívia interrompeu o suprimento à usina de Cuiabá; perda de 200 MW médios No dia 14/02/2008, o vice-presidente da Bolívia avisou ao governo brasileiro que vai limitar o fornecimento a 27 milhões de m 3 /dia no período de inverno Pediu waiver da multa contratual 18

Retirada de Oferta no Brasil Antecedentes 1999: Plano Prioritário Termoelétrico (PPT) a gás para evitar racionamento 2001: racionamento chega antes... 2002: demanda de energia não volta ao nível original; sobra gás e a Petrobras fica com as térmicas descontratadas 2002: estímulo ao consumo de gás (preço, conversão na indústria, GNV etc.); crescimento exponencial da demanda Início de 2004: ONS aciona 1.200 MW médios de térmicas a gás na região Nordeste; 800 MW médios falham por falta de gás e gasodutos Meados de 2004: não há gás suficiente para atender simultaneamente as usinas termelétricas e os demais usos. Cobertor curto de cerca de 20 milhões de m 3 /dia (4.000 MW médios) 19

Retirada de Oferta no Brasil Antecedentes 2005-2006: Alertas da ANEEL e ONS sobre o risco das térmicas não despacharem por falta de gás Agosto de 2006: O ONS aciona as térmicas a gás; falham 4.200 MW médios por falta de combustível (previsto em 2004) Novembro de 2006: falhas confirmadas em testes operativos Maio de 2007: assinatura do Termo de Compromisso (TC) entre Petrobras e ANEEL Oferta reduzida, mas garantida, de geração termelétrica Multas severas em caso de falha Junho e julho de 2007: O ONS aciona as térmicas garantidas pelo TC; falha de quase toda a geração 30 de outubro de 2007: interrupção do suprimento da CEG e Comgás para atender ao despacho do setor elétrico 20

Termo de Compromisso entre Petrobras e Aneel Oferta Firme Térmica 10 9 8 Somando estes 3.500 aos aos2.300 da daargentina e 200 200 da dabolívia, chega-se aos aos6.000 MW MW médios de de redução de de oferta firme Oferta térmica GN antes TC Oferta térmica GN depois do TC 7 6.6 6.9 6.9 6.9 GW médio 6 5 4 3 5.6 2.7 3.1 4.5 5.5 5.7 2 1 0 Para 2008, a redução de de oferta firme é de de 3.500 MW MW médios 2007 2008 2009 2010 2011 21

Segurança de Oferta, Energia Firme e Gás Natural Conclusões 1. Os problemas de suprimento de gás natural da Argentina, Bolívia e Brasil levaram à retirada de 6.000 MW médios de oferta firme do país Reversão do balanço de energia firme de uma situação de excesso de oferta para uma de déficit de oferta 2. Este déficit estrutural tornou o sistema vulnerável à ocorrência de hidrologias moderadamente severas como a de 2007/início de 2008 (o susto de janeiro, discutido a seguir) 22

Programa Energia Transparente Monitoramento Permanente dos Cenários de Oferta e do Risco de Racionamento 1. Motivação e Objetivos do Programa Energia Transparente 2. Objetivos da 4ª Edição 3. Como se avalia a Segurança de Suprimento? 4. O Susto de Janeiro 5. Cenários de Oferta e Demanda 6. Segurança de Suprimento 7. Conclusões e Recomendações 23

A Polêmica do Apagão Este país já tem energia garantida até 2012... Probleminha de gás no Rio Presidente Lula - 8 de Novembro de 2007 Não é possível descartar a possibilidade de um racionamento em 2008; é necessário um Plano B Jerson Kelman, diretor geral da ANEEL, 08 de janeiro de 2008 Governo determina o aumento de 800 MW da geração a óleo e analisa a possibilidade de aumentar a geração das termelétricas a gás, Nelson Hubner, Ministro de Minas e Energia, 10 de janeiro de 2008 Apagão está descartado, é boato; vamos dar prioridade do gás às termelétricas, o que sobrar atende a indústria e os veículos Presidente Lula, 15 de janeiro de 2008 24

O Susto de Janeiro 1. Risco de racionamento (visão de 23 de janeiro) 2. Apagás ou Apagão? 25

Risco de Racionamento (Visão de 23 de janeiro) Risco de Decretar Racionamento 50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% Leve: entre 0% e 1% da demanda Moderado: entre 1% e 5% da demanda Severo: maior que 5% da demanda Situação preocupante, pois não havia tempo para construção de nova capacidade 22.0% 20.5% 8.5% 4.5% 6.5% 7.5% 5% 9.5% 6.0% 0% 2008 2009 * Baseado no PMO de fevereiro/2008; inclui todas as ações de antecipação de entrada de usinas / acionamento de térmicas a óleo anunciadas pelo governo 26

Por que o risco estava alto? As vazões de 2007 foram excepcionalmente secas? Não. Embora a seca recente na região Nordeste seja de fato severa, a energia afluente total ao sistema em 2007 foi 104% da Média de Longo Termo (MLT)* Comparação da ENA de 2007 total do SIN com o histórico 250% 200% 150% 66% 66% dos dos anos anos do do histórico tiveram tiveram afluências piores piores (mais (mais secas) secas) do do que que o ano ano de de 2007 2007 %MLT 100% 50% 0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Probabilidade acumulada * Média dos 76 anos do histórico 27

Por que o risco estava alto? Os reservatórios estavam excepcionalmente vazios no final de 2007? Não. Como mostra a Figura abaixo, os reservatórios no final de 2003 estiveram mais vazios do que no final de 2007 100% 90% 80% Evolução da Energia Armazenada do SIN em 31/Dez O risco risco estava estava alto alto devido devido ao ao desequilíbrio estrutural entre entre oferta oferta de de energia firme firme e demanda, causado pelos pelos problemas do do gás gás natural. Este Este desequilíbrio torna torna o sistema vulnerável a secas secas moderadamente severas Energia Armazenada (%máx) 70% 60% 50% 40% 30% 35% 63% 67% 54% 44% 20% 10% 0% 2003 2004 2005 2006 2007 28

Ações Governamentais Antecipação de usinas (Macaé) e aumento da geração térmica a óleo Equivale a um aumento de 500 MW médios (energia firme) em 2008 Apagás para evitar Apagão O presidente Lula afirmou claramente que, se necessário, seria interrompido o suprimento do setor de gás (veículos, indústria etc.) para aumentar a geração das termelétricas Discutido a seguir 29

O Susto de Janeiro 1. Risco de racionamento (visão de 23 de janeiro) 2. Apagás ou Apagão? 30

Efeito do Apagás no Risco de Racionamento: 2008 50% 45% 40% Leve: entre 0% e 1% da demanda Moderado: entre 1% e 5% da demanda Severo: maior que 5% da demanda Risco de Decretar Racionamento 35% 30% 25% 20% 15% 22.0% 8.5% A priorização do do gás gás para para as as termelétricas reduziria o risco risco de de racionamento de de 22% 22% para para 2,5% 2,5% 10% 7.5% 5% 0% 6.0% Sem Apagás 2.5% 1.0% 1.5% Com Apagás 31

Efeito do Apagás no Setor de Gás: 2008 30 Distribuição de probabilidade acumulada do corte de gás no setor não térmico MMm3/dia 25 20 15 10 Consumo Refinaria Flex + GNV + Industrial Haveria 11,5% 11,5% de de probabilidade de de corte corte total totaldo do GNV GNV e, e, além além disto, disto, corte corte na na indústria Haveria 12,5% 12,5% de de probabilidade de de cortes cortes no no GNV GNV Consumo Refinaria Flex + GNV 5 Consumo Refinaria Flex 0 70% 75% 80% 85% 90% 95% 100% 12,5% 32

Efeito do Apagás no Risco de Racionamento: 2009 50% 45% 40% Leve: entre 0% e 1% da demanda Moderado: entre 1% e 5% da demanda Severo: maior que 5% da demanda Risco de Decretar Racionamento 35% 30% 25% 20% 15% 10% 20.5% 4.5% 6.5% A priorização do do gás gás natural natural para para o setor setor elétrico elétrico teria teria um um efeito efeito menor menor em em 2009 2009 11.0% 1.5% 4.0% 5% 9.5% 5.5% 0% Sem Apagás Com Apagás 33

Efeito do Apagás no Setor de Gás: 2009 30 Distribuição de probabilidade acumulada do corte de gás no setor não térmico MMm3/dia 25 20 15 10 Consumo Refinaria Flex + GNV + Industrial Haveria 13% 13% de de probabilidade de de corte corte total totaldo do GNV GNV e, e, além além disto, disto, corte corte na na indústria Haveria 15% 15% de de probabilidade de de cortes cortes no no GNV GNV Consumo Refinaria Flex + GNV 5 Consumo Refinaria Flex 0 70% 75% 80% 85% 90% 95% 100% 15% 34

O Susto de Janeiro Conclusões Risco de Racionamento O risco medido em 23 de janeiro de 2008 superou os 22% devido ao desequilíbrio estrutural entre oferta de energia firme e demanda, causado principalmente pelos problemas do gás natural. Este desequilíbrio torna o sistema vulnerável a secas moderadamente severas. 35

O Susto de Janeiro Conclusões Apagão ou Apagás? O redirecionamento do gás natural para o setor elétrico ( Apagás ) reduziria significativamente o risco de racionamento para 2008 Na maioria dos casos, entretanto, haveria um corte de gás severo para os setores de GNV. Em alguns casos, haveria corte total do GNV e de quase metade do setor industrial. Para 2009, o benefício do Apagás seria menor. A razão é que o TC prevê a operação normal de maior capacidade térmica em 2009, já considerada nas simulações. 36

Risco de Racionamento: Situação Atual Com as fortes chuvas observadas no final de janeiro e início de fevereiro, houve uma forte recuperação dos reservatórios Com isso, o risco de racionamento para 2008 foi reduzido Os riscos de decretar racionamento para 2008 2010 serão calculados considerando o volume dos reservatórios no final de fevereiro de acordo com a projeção de vazões do ONS 37

Programa Energia Transparente Monitoramento Permanente dos Cenários de Oferta e do Risco de Racionamento 1. Motivação e Objetivos do Programa Energia Transparente 2. Objetivos da 4ª Edição 3. Como se avalia a Segurança de Suprimento? 4. O Susto de Janeiro 5. Cenários de Oferta e Demanda 6. Segurança de Suprimento 7. Conclusões e Recomendações 38

Cenários de Oferta Oferta de Referência Oferta do Plano Mensal de Operação (PMO) de Fevereiro/2008 (*) Nível de armazenamento aumentado de acordo com as previsões de afluência do ONS até o final de Fevereiro Oferta com Atrasos no GN e Redução do Óleo Mesma oferta do cenário de referência, exceto: Redução em 20% da oferta de Gás Natural em 2008 e 2009 Redução em 20% da oferta de Óleo Combustível e Óleo Diesel de 2010 a 2012 (*) Inclui todas as ações de antecipação de entrada de usinas e acionamento de térmicas a óleo anunciadas pelo governo 39

Cenários de Crescimento da Demanda (2007-2012) 5.2% 5.1% 5.1% Taxa de Crescimento Anual (2007-2012) 5.0% 4.9% 4.8% 4.7% Demanda Demanda Alta Alta Baseia-se Baseia-se nas nas taxas taxas de de crescimento crescimento da da trajetória trajetória superior superior do do Plano Plano Decenal Decenal 2007-2016 2007-2016 com com a a atualização atualização do do realizado realizado em em 2007 2007 Demanda Demanda Baixa Baixa Cenário Cenário do do PMO PMO de de Fevereiro Fevereiro 4.7% 4.6% 4.5% Alta Baixa * Demanda do Sistema Integrado Nacional. Não considera demanda dos sistemas isolados atuais. 40

Casos Simulados Oferta Demanda Referência Atrasos Baixa Energia: 4,7% Caso 1 Demanda Baixa Oferta de Referência Caso 3 Demanda Baixa Oferta com Atrasos Alta Energia: 5,1% Caso 2 Demanda Alta Oferta de Referência Caso 4 Demanda Alta Oferta com Atrasos 41

Programa Energia Transparente Monitoramento Permanente dos Cenários de Oferta e do Risco de Racionamento 1. Motivação e Objetivos do Programa Energia Transparente 2. Objetivos da 4ª Edição 3. Como se avalia a Segurança de Suprimento? 4. O Susto de Janeiro 5. Cenários de Oferta e Demanda 6. Segurança de Suprimento 7. Conclusões e Recomendações 42

Balanço de Energia Firme Caso 1: Demanda Baixa, Oferta de Referência 1.0 0.5 0.5 0.0-0.5 2008 2009 2010 2011 2012-0.4 GW médio -1.0-1.5-1.3-0.9-1.1 Para -2.0 2008 e 2009, há menos opções de reforço, devido ao prazo -2.5 de construção Necessidade de nova capacidade (pode ser adicionada nos leilões A-3 de 2008 e 2009 + consumidores livres) -3.0 Demanda Baixa = 4,7% a.a. Oferta Referência = Sem atrasos 43

Risco e Severidade do Racionamento Caso 1: Demanda Baixa, Oferta de Referência 20% 18% Risco de Decretar Racionamento 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% Leve: entre 0% e 1% da demanda Moderado: entre 1% e 5% da demanda Severo: maior que 5% da demanda 8.5% 1.5% 6.0% 2.0% 1.5% 2.5% 5.0% 2.0% 0.0% 2008 2009 2010 Demanda Baixa = 4,7% a.a. Oferta Referência = Sem atrasos 44

Balanço de Energia Firme Caso 1: Mudanças da 3 a Edição para a 4 a 2.0 1.5 1.0 3a Edição: 22 de outubro de 2007 4a Edição: 19 de fevereiro de 2008 0.5 0.5 0.5 GW médio 0.0-0.5 2008 2009 2010 2011-0.5-0.4-1.0-1.0-0.9-1.5-2.0-2.5-3.0-2.0-1.3 O balanço de energia melhorou devido à redução da previsão do crescimento da demanda para 2008, antecipação da oferta e inclusão da UTE Camaçari 45

Risco de Decretar Racionamento Caso 1: Mudanças da 3 a Edição para a 4 a 20% 18% 16% 3a Edição: 22 de outubro de 2007 4a Edição: 19 de fevereiro de 2008 Risco de Decretar Racionamento 14% 12% 10% 8% 6% 7.0% 6.5% 6.0% 6.0% 8.5% 4% 2% 0% 0.0% 2008 2009 2010 46

Balanço de Energia Firme Caso 2: Demanda Alta, Oferta de Referência 1.0 0.5 0.0 0.1 2008 2009 2010 2011 2012-0.5 GW médio -1.0-1.0-1.1-1.5-2.0-1.8-2.5-2.2-3.0 Demanda Alta = 5,1% a.a. Oferta Referência = Sem atrasos 47

Risco de Decretar Racionamento Caso 2: Demanda Alta, Oferta de Referência 20% 18% Leve: entre 0% e 1% da demanda Moderado: entre 1% e 5% da demanda Risco de Decretar Racionamento 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% Severo: maior que 5% da demanda 7.5% 2.0% 3.0% 9.5% 1.0% 3.0% 2% 0% 0.0% 5.5% 2.5% 2008 2009 2010 Demanda Alta = 5,1% a.a. Oferta Referência = Sem atrasos 48

Balanço de Energia Firme Caso 2: Mudanças da 3 a Edição para a 4 a 1.0 0.5 0.0 3a Edição: outubro de 2007 4a Edição: fevereiro de 2008 0.1 2008 2009 2010 2011-0.5 GW médio -1.0-1.0-0.8-1.1-1.5-2.0-1.8-1.9-2.5-2.2-3.0-2.6 O balanço de energia melhorou devido à redução da previsão do crescimento da demanda e à incorporação da UTE Camaçari na oferta 49

Risco de Decretar Racionamento Caso 2: Mudanças da 3 a para a 4 a Edição 20% Risco de Decretar Racionamento 18% 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% 3a Edição: 22 de outubro de 2007 4a Edição: 19 de fevereiro de 2008 9.0% 8.0% 7.5% 8.0% 9.5% 2% 0% 0.0% 2008 2009 2010 50

Balanço de Energia Firme Caso 3: Demanda Baixa, Oferta com Atrasos 1.0 0.5 0.0 0.0 2008 2009 2010 2011 2012 GW médio -0.5-1.0-1.5-0.9-2.0-1.9-1.8-1.6-2.5-3.0 Demanda Baixa = 4,7% a.a. Oferta Referência = Com Atrasos no fornecimento de GNL e Óleo Combustível 51

Risco e Severidade do Racionamento Caso 3: Demanda Baixa, Oferta com Atrasos 20% 18% Risco de Decretar Racionamento 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% Leve: entre 0% e 1% da demanda Moderado: entre 1% e 5% da demanda Severo: maior que 5% da demanda 9.0% 2.5% 3.0% 10.0% 0.5% 3.0% 6.5% 2% 0% 0.5% 3.5% 2008 2009 2010 Demanda Baixa = 4,7% a.a. Oferta Referência = Com Atrasos no fornecimento de GNL e Óleo Combustível 52

Balanço de Energia Firme Caso 4: Demanda Alta, Oferta com Atrasos 1.0 0.5 GW médio 0.0-0.5-1.0-1.5-2.0 2008 2009 2010 2011 2012-0.3-1.5-1.9-2.5-3.0-2.4-2.7 Demanda Alta = 5,1% a.a. Oferta Referência = Com Atrasos no fornecimento de GNL e Óleo Combustível 53

Risco e Severidade do Racionamento Caso 4: Demanda Alta, Oferta com Atrasos 20% 18% Risco de Decretar Racionamento 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% Leve: entre 0% e 1% da demanda Moderado: entre 1% e 5% da demanda Severo: maior que 5% da demanda 10.0% 2.0% 3.5% 12.5% 2.0% 3.5% 7.0% 2% 1.5% 4.5% 0% 2008 2009 2010 Demanda Alta = 5,1% a.a. Oferta Referência = Com Atrasos no fornecimento de GNL e Óleo Combustível 54

Risco e Severidade do Racionamento em 2009 Caso 4 + Sensibilidade para o Leilão de Reserva (*) 20% 18% Risco de Decretar Racionamento 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% Leve: entre 0% e 1% da demanda Moderado: entre 1% e 5% da demanda Severo: maior que 5% da demanda 10.0% 2.0% 3.5% 9.0% 2.5% 3.0% 2% 4.5% 3.5% 0% Caso 4 Caso 4 + L. Reserva (*) 600 MW médios em 2009 e 900 MW médios em 2010 55

Risco e Severidade do Racionamento em 2010 Caso 4 + Sensibilidade para o Leilão de Reserva (*) 20% 18% Risco de Decretar Racionamento 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% Leve: entre 0% e 1% da demanda Moderado: entre 1% e 5% da demanda Severo: maior que 5% da demanda 12.5% 2.0% 3.5% 7.0% 8.5% 1.0% 3.5% 2% 4.0% 0% Caso 4 Caso 4 + L. Reserva (*) 600 MW médios em 2009 e 900 MW médios em 2010 56

Programa Energia Transparente Monitoramento Permanente dos Cenários de Oferta e do Risco de Racionamento 1. Motivação e Objetivos do Programa Energia Transparente 2. Objetivos da 4ª Edição 3. Como se avalia a Segurança de Suprimento? 4. O Susto de Janeiro 5. Cenários de Oferta e Demanda 6. Segurança de Suprimento 7. Conclusões e Recomendações 57

Conclusões 4ª Edição Programa Energia Transparente 1. Os problemas de suprimento de gás natural da Argentina, Bolívia e Brasil levaram à retirada de 6 mil MW médios de oferta firme do país em 3 anos. 2. Este desequilíbrio estrutural torna o sistema vulnerável a secas moderadamente severas. 3. O risco medido em 23 de janeiro de 2008 superou os 22% devido ao desequilíbrio estrutural entre oferta de energia firme e demanda, causado principalmente pelos problemas do gás natural. 4. O redirecionamento do gás natural para as termelétricas ( Apagás ) teria sido eficaz para reduzir o risco de racionamento em 2008. Entretanto, poderia haver cortes de até 50% do consumo industrial de gás e o corte total do GNV. 5. As fortes chuvas do final de janeiro e início de fevereiro recuperaram os reservatórios e reduziram o risco de racionamento para 2008. 6. Para 2009, permanece o déficit estrutural e a vulnerabilidade a secas: 1.000 MWmédios no Caso 2 (Demanda Referência, Oferta Sem Atrasos) 1.900 MWmédios no Caso 4 (Demanda Referência, Oferta Com Atrasos) 58

Recomendações da 4ª Edição Programa Energia Transparente 1. Monitorar o cumprimento de metas já contabilizadas : Cronograma de novas usinas Situação do GNL (Gás Natural Liquefeito) Cronograma de entrada de gás natural do Espírito Santo 2. Desenvolver alternativas adicionais (em 2008) de construção de novas usinas para reduzir o déficit estrutural (vide 3ª Edição do Programa Energia Transparente) 3. Dar transparência (principalmente sobre custo) às decisões de despacho que poderão ser tomadas pelo CMSE 1 com base na Resolução Nº 8 emitida pelo CNPE 2 em 20 de dezembro de 2007 4. Garantir transparência e isonomia competitiva nos leilões de 2008, evitando transferência de ineficiências para o consumidor 5. Regulamentar, desde já, como seria um eventual racionamento, para evitar medidas emergenciais (e caras) Até hoje não existe um Plano B para gerenciar crises de suprimento O conhecimento prévio das regras de racionamento oferece incentivos para que produtores e consumidores adotem medidas que resultam na diminuição ou até na eliminação do risco 1) CMSE: Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico 2) CNPE: Conselho Nacional de Política Energética 59

Comentários Finais Como ressaltado desde a 1ª edição, descompassos entre oferta e demanda de energia firme e riscos mais elevados do que o desejável devem ser interpretados como um alerta, não um alarme: O fundamental é que: A avaliação das condições de suprimento seja realista Haja uma comunicação transparente entre governo, reguladores, agentes do setor de eletricidade e gás natural e sociedade Este trabalho procura contribuir para estes objetivos 60