Minerva Studio/ Shutterstock O passado colonial do continente africano: dominação e espoliação
Mark Schwettmann/ Shutterstock Elena Niccolai/ Dreamstime.com O processo de exploração e colonização do continente africano empreendido pelas grandes potências europeias no século XVI pode ser considerado uma das maiores e mais brutais invasões territoriais da história, marcada pela: escravização da sua população. exploração em grande escala das suas riquezas naturais. aniquilação da configuração política e territorial do continente africano. Monumento Memória dos Escravos para simbolizar o sofrimento vivido pelos povos africanos durante o tráfico negreiro em antigo mercado de escravos em Zanzibar, Tanzânia, 2008. Mina de extração de cobre em Palabora, África do Sul.
The Bridgeman Art Library/ Keystone Coleção particular Exploração da mão de obra escrava entre os séculos XV a XIX A África subsaariana foi a grande fornecedora de mão de obra escravizada para os seguintes continentes: Ásia, Europa e América. O tráfico negreiro durou dois séculos. quase Milhares de africanos foram levados para a Europa e muitos milhões para as colônias europeias na América. O trabalho para enriquecimento das metrópoles ocorria em condições sub-humanas, em plantações de cana-de-açúcar, tabaco e algodão e na mineração. Outros tantos milhões de africanos morreram durante a travessia do Atlântico no tráfico para a América. Carregadores de água, gravura de Jean-Baptiste Debret, pintor francês que veio ao Brasil no século XIX para retratar paisagens e costumes locais. Salvador, Bahia. Refinaria de açúcar, gravura colorida de Jean- Baptiste Labat, século XVIII.
Allmaps Album/ akg-images/ Latinstock Partilha da África e o neocolonialismo, a partir do século XIX A partilha do continente pelas grandes potências industriais, criou 40 novos territórios à revelia dos povos africanos. Exploração em grande escala de recursos naturais para a industrialização europeia. Reorganização do espaço para atender aos interesses europeus, costumes e novos valores. Introdução do plantation, para produção de café, chá, cana-de-açúcar e cacau. África colonial: territórios controlados por nações europeias (1914) GUERRA, Antonio José Teixeira et al. Atlas geográfico mundial. São Paulo: Fundamento, 2007. p. 70. Obra retratando a Conferência de Berlim, realizada entre 1884 e 1885, na qual foi decidida a partilha da África entre as potências europeias da época. Rößler, c. 1884.
Gamma-Keystone/ Getty Images Processos de independência na África Enfraquecimento político, econômico e militar dos países europeus ao final da Segunda Guerra Mundial. Ocorrência de confrontos e violência em países como o Zaire, Argélia e ex-colônias portuguesas, que encontraram resistência dos países colonizadores em conceder-lhes autonomia política. Surgimento de movimentos nacionalistas com ideais de unidade nacional e criação de Estados-nação. Militares que atuaram na guerra pela independência de Angola. Foto da década de 1960.
Stanislaw Tokarski/ Shutterstock Antonella865/ Dreamstime.com Herança colonial Dificuldades para retomar seus valores culturais e sua autoestima. Países desestruturados política e economicamente. Eclosão de conflitos tribais. Dependência e interferência econômica das antigas metrópoles. Dificuldades para se inserir no mercado internacional. Feira rural semanal em Adadi, Etiópia. Pequeno povoado masai, Quênia.
Temis/ Dreamstime.com Michal Bednarek/ Dreamstime.com David Snyder/ Dreamstime.com Independências Manutenção das mesmas fronteiras que foram impostas pelos colonizadores: conflitos étnicos genocídio êxodos Acampamento de refugiados em Darfur, Sudão, 2004. Aldeia zulu, África do Sul. Aldeia masai, Tanzânia.
Zaramira/ Dreamstime.com África do Sul e o apartheid Política de segregação racial fundada na disseminação da ideia de superioridade dos europeus (brancos). Limitação da participação social e política de negros, mestiços e imigrantes indianos. Proibição da participação na vida política. Não tinham acesso à propriedade privada da terra. Zonas residenciais determinadas pelo governo. Circulação pelo país controlada pelo governo passaportes. Outras limitações na área da educação e saúde. Moradias na cidade do Cabo, África do Sul, destinadas aos não brancos, durante o apartheid.
Instinia Photography/ Dreamstime.com Nelson Mandela Foi um líder da luta de resistência ao apartheid. Defendeu os direitos igualitários para a população negra sul-africana. Organizou uma facção armada contra o apartheid, foi preso e condenado à prisão perpétua. Libertado 20 anos depois, assumiu a liderança da organização Congresso Nacional Africano (CNA). Um plebiscito apenas para brancos aprovou o fim do apartheid, em 1992. Em 1993, Mandela foi eleito o primeiro presidente negro da África do Sul. Nelson Mandela