122 Curso avançado de ProCesso Civil



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Transcrição:

122 Curso avançado de ProCesso Civil 130 De conformidade Curso com o Avançado art. 98 da de CF, Processo são também Civil órgãos da Justiça dos Estados e do Distrito Federal os Juizados Especiais Cíveis e Criminais (inciso I), providos por juízes togados, ou togados e leigos (criados pela Lei 9.099, I), providos por juízes togados, ou togados e leigos (criados pela Lei 9.099, de 26.09.1995) e os Juízes de paz (inciso II). de 26.09.1995) e os Juízes de paz (inciso II). Na esfera da jurisdição penal há também o Tribunal do Júri, previsto no Na esfera da jurisdição penal há também o Tribunal do Júri, previsto no inciso XXXVIII do art. 5.º da CF. inciso XXXVIII do art. 5.º da CF. Quadro Sinótico Quadro Sinótico 1 1 Doutrina Complementar Araújo Cintra, Grinover e Dinamarco (Teoria geral..., 23. ed., p. 183) sustentam doutrina complementar que às normas de organização judiciária incumbe estabelecer regras sobre a constituição Araújo Cintra, dos Grinover órgãos da e jurisdição, Dinamarco diferentemente (Teoria geral..., das 23. normas ed., p. processuais, 183) sustentam disciplinam que às normas o exercício de organização da jurisdição, judiciária da ação incumbe e da exceção estabelecer pelos regras sujeitos sobre do que processo, a constituição ditando dos as órgãos formas da do jurisdição, procedimento diferentemente e estatuindo das sobre normas o relacionamento processuais, entre que disciplinam esses sujeitos. o No exercício sentir desses da jurisdição, autores, as da regras ação e processuais da exceção são pelos normas sujeitos sobre do a processo, atuação da ditando justiça, as formas enquanto do procedimento as regras de e organização estatuindo sobre judiciária o relacionamento são normas sobre entre a esses administração sujeitos. No da sentir justiça. desses Afirmam autores, tais as autores, regras processuais utilizando são palavras normas de um sobre antigo a atuação processualista da justiça, brasileiro, enquanto que as organização regras de organização judiciária é judiciária o regime legal são normas sobre a orgânica administração do Poder da justiça. Judiciário. Afirmam tais autores, utilizando palavras da constituição Arruda de um antigo Alvim (Manual..., processualista vol. brasileiro, 1, 11. ed., que p. organização 256) sustenta judiciária que, como é o regra regime geral, legal é da possível constituição afirmar-se orgânica que do as Poder leis de Judiciário. organização judiciária visam disciplinar as Arruda condições Alvim materiais (Manual..., para vol. o 1, exercício 11. ed., p. da 256) função sustenta jurisdicional, que, como atribuindo regra geral, funções é possível e competência afirmar-se que aos as órgãos leis de monocráticos organização judiciária ou colegiados, visam regrando disciplinar sua as própria condições constituição, materiais para e, ainda, o exercício regulam da função a organização, jurisdicional, classificação, atribuindo disciplina funções e atribuições dos serviços auxiliares da Justiça. Assevera também que a organização judiciária estadual disciplina também os requisitos essenciais ao 1. funcionamento As linhas correspondem dos órgãos, à estrutura quer no recursal. que tange à pessoa dos seus ocupantes e à 1. As linhas correspondem à estrutura recursal.

Organização Judiciária 131 ligação (estatutária ou não), entre o agente e o órgão, quer no que diz respeito aos vários auxiliares da Justiça. Ainda segundo seu sentir, pode-se concluir que a organização judiciária é essencial, pois, na sua falta, o Poder Judiciário não poderia materialmente funcionar. Tal organização, como é curial, varia em parte, dependentemente da estrutura, necessidades e possibilidades do próprio Estado federado (p. 235). José Frederico Marques (Manual..., vol. 1, 9. ed., p. 151) afirma que as leis relativas à organização judiciária estão divididas em dois planos: leis federais e leis estaduais. As primeiras, em seu dizer, podem ter por objetivo: 1) a estruturação orgânica da magistratura nacional, ex vi do art. 93 da Constituição da República; 2) a organização judiciária da Justiça do Trabalho, da Justiça Eleitoral e da Justiça Militar (arts. 113, 121 e 124, parágrafo único, da Constituição da República); 3) a organização judiciária da justiça federal ordinária (Tribunais Regionais Federais e juízes federais), ex vi dos arts. 22, XVII, e, 107, parágrafo único [atual 1.º, renumerado pela EC n. 45/2004], da Constituição da República; 4) a organização judiciária do Distrito Federal e dos Territórios (art. 22, XVII, da Constituição da República). Às leis estaduais de organização judiciária, cuja iniciativa cabe aos Tribunais de Justiça, cabe a organização da justiça dos respectivos Estados, observados os princípios constitucionais (art. 125 e 1.º da Constituição Federal). E conclui, a esse respeito: Donde existir: 1) organização judiciária das justiças especiais; 2) organização judiciária da justiça federal ordinária; 3) organização judiciária do Distrito Federal e dos Territórios; 4) organização judiciária dos Estados. E sobrepairando a todas as leis referentes a esses quatro setores normativos sobre organização judiciária, a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Lei Complementar 35, de 14 de março de 1979), a ser substituída pela lei complementar referida no art. 93 da Constituição de 1988, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, que disporá sobre o Estatuto da Magistratura. Bibliografia Fundamental Antonio Carlos de Araújo Cintra, Ada Pellegrini Grinover e Cândido Rangel Dinamarco, Teoria geral do processo, 23. ed., São Paulo, Malheiros, 2007. Arruda Alvim, Manual de direito processual civil, 11. ed., São Paulo, Ed. RT, 2007, vol. 1. José Frederico Marques, Manual de direito processual civil, 9. ed., atual. Ovídio Rocha Barros Sandoval, Campinas, Millennium, 2003, vol. 1. Complementar Adhemar Ferreira Maciel, Considerações sobre as causas do emperramento do judiciário, RePro 97/17. Ailton Stropa Garcia, Desburocratização do Poder Judiciário, RePro 60/89. Aldacy Rachid Coutinho, Relação de trabalho: uma questão da competência da Justiça do Trabalho anotações sobre os servidores públicos, Reforma do Judiciário: primeiras reflexões sobre a Emenda Constitucional n. 45/2004, São Paulo, Ed. RT, 2005.

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Capítulo 5 COMPETÊNCIA Sumário: 5.1 Conceito 5.2 Competência internacional: 5.2.1 Competência exclusiva; 5.2.2 Competência concorrente 5.3 Critérios para a determinação da competência: 5.3.1 Fontes normativas da competência 5.4 A importância dos critérios 5.5 Utilização dos critérios 5.6 Critério territorial 5.7 Critério funcional 5.8 Critérios objetivos: 5.8.1 Valor; 5.8.2 Matéria 5.9 Competência relativa Regime jurídico Formas de impugnação 5.10 Competência absoluta Regime jurídico Formas de impugnação 5.11 Causas modificativas da competência 5.12 Conexão e continência 5.13 Prevenção. 5.1 Conceito É preciso estabelecer, desde logo, a diferença entre jurisdição e competência, de modo que se compreenda este último conceito que, embora seja extremamente vinculado ao de jurisdição, deste é substancialmente diferenciado. Jurisdição é a função do Estado, decorrente de sua soberania, de resolver os conflitos, na medida em que a ela sejam apresentados, em lugar daqueles que no conflito estão envolvidos, através da aplicação de uma solução contida no sistema jurídico. Enquanto se trate de uma das formas de exercício do poder do Estado, a jurisdição é una. Como função do poder estatal, a jurisdição é exercida sobre todos os súditos do Estado, de forma abrangente sobre todo o território nacional. Esse exercício em todo o território da Nação implica necessidade de organização e de divisão de trabalho entre os membros que compõem o Poder Judiciário, o que faz com que a função de exercer a jurisdição seja distribuída entre diversos órgãos, a partir de alguns critérios.

Competência 137 São justamente as normas de competência que atribuem concretamente a função de exercer a jurisdição aos diversos órgãos da jurisdição, pelo que se pode conceituá-la como instituto que define o âmbito de exercício da atividade jurisdicional de cada órgão dessa função encarregado. Daí não ser feliz a imagem criada por alguns autores, no sentido de que a competência seria a medida da jurisdição, como se os órgãos do Poder Judiciário exercessem apenas parte da jurisdição. Na verdade, quando, a partir das regras de competência, se determina que um determinado órgão do Poder Judiciário deva exercer a jurisdição, este o fará integralmente. Importante ressaltar, neste passo, que competência é atribuição do órgão jurisdicional e não do agente. 1 5.2 Competência internacional A primeira observação que se deve inexoravelmente fazer é a de que, na verdade, aqui se está diante de um problema de jurisdição e não de competência, como diz a lei. Isto porque, como vimos no item anterior, as regras de competência são aquelas segundo as quais há uma espécie de divisão de trabalho entre os órgãos de um mesmo Poder Judiciário. Todos têm jurisdição: o que as normas de competência fazem é determinar em que momento e sob quais circunstâncias devem exercê-la. Não se pode, a não ser por uma analogia imperfeita, usar a expressão competência para tratar dos fenômenos abaixo descritos. A jurisdição é uma das funções do poder do Estado que, ao lado das funções legislativa e de administração, compõem a estrutura democrática de exercício dos poderes inerentes à soberania. Cada Estado, no contexto internacional, é detentor de soberania, razão pela qual a jurisdição, como expressão do poder dela decorrente, encontra natural barreira nas jurisdições dos demais Estados. Em razão disso, há regras que disciplinam a necessidade de convivência da jurisdição, ou seja, da atividade jurisdicional de um Estado diante de atividade de mesma índole nos demais Estados. O legislador brasileiro criou um sistema de normas para disciplinar essa matéria, com base em critérios capazes de definir, em razão de opção legislativa, os limites da jurisdição estrangeira em face da jurisdição nacional. Definiu também o legislador brasileiro hipóteses em que somente se admitem decisões proferidas por juízos nacionais. 2 1. Regra mantida no PNCPC, art. 42. 2. No PNCPC, as regras atinentes à jurisdição e à cooperação internacional estão previstas nos arts. 21 a 25. Caberá também à autoridade brasileira processar e julgar as ações de

138 Curso Avançado de Processo Civil 5.2.1 Competência exclusiva O art. 89 do CPC 3 dispõe a respeito de algumas ações em que o juiz brasileiro (isto é, o Poder Judiciário brasileiro) é o único competente para conhecer e julgar. Segundo essa regra, será competente o juiz brasileiro (isto é, estará habilitado ao exercício da jurisdição), com exclusão de qualquer outro, para julgar ações que digam respeito a imóveis situados no território brasileiro, e para proceder a inventário e partilha de bens que estejam localizados no Brasil, mesmo que o falecido seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional. Note-se que, com a Lei 11.441/2007, se todos os herdeiros forem capazes e não tiverem divergências quanto ao inventário e à partilha, esses atos podem ser realizados junto a tabelião, mediante escritura pública (conforme nova redação do art. 982). Mas, mesmo nessas hipóteses que ora são de competência extrajudicial, continua existindo a proibição de que o inventário e partilha de bens aqui localizados faça-se por autoridade (judicial ou extrajudicial) estrangeira. Isto significa, na ordem prática, que, no Brasil, não se reconhece sentença acerca destas matérias proferida por juiz estrangeiro. 5.2.2 Competência concorrente O art. 88 do CPC 4 trata daquilo que a doutrina denomina de competência concorrente, pois dispõe sobre casos em que não houve a exclusão do juiz estrangeiro, tanto podendo, pois, ser instaurada ação a respeito desses casos perante juiz brasileiro quanto diante de juiz estrangeiro. Essas ações são aquelas em que o réu, independentemente de sua nacionalidade, tenha domicílio no Brasil (inciso I), aquelas a respeito de obrigação que deva ser cumprida no Brasil (inciso II), e as ações decorrentes de fato praticado no Brasil (inciso III). Nestas hipóteses, o Código determina que não há litispendência (art. 90 5 ). Isto quer dizer que o fato de certa ação estar em curso em país estranalimentos (quando o credor tiver seu domicílio ou residência no Brasil ou o réu mantiver vínculos pessoais ou reais no Brasil), relações de consumo (quando o credor tiver domicílio ou residência no Brasil) e nos casos em que as partes, tácita ou expressamente, escolherem a jurisdição brasileira. Ainda, há um capítulo próprio no PNCPC que trata da cooperação jurídica internacional (arts. 26 a 41 regida por tratado ou via diplomática), cujos pedidos serão executados por carta rogatória, ação de homologação de sentença estrangeira e auxílio direto (art. 28). 3. Regra prevista no PNCPC, art. 23, acrescentando-se, ainda, a competência exclusiva da autoridade brasileira para proceder, em matéria de sucessão hereditária, à confirmação de testamento particular. 4. Regra mantida no PNCPC, art. 21. 5. Regra prevista no PNCPC, art. 24, com ressalva às disposições em contrário estabelecidas em tratados internacionais e em acordos bilaterais em vigor no país. Esse dispositivo