AVALIAÇÃO DA DOR EM IDOSOS DIABÉTICOS PAIN ASSESSMENT IN ELDERLY DIABETIC



Documentos relacionados
ANÁLISE DE ASPECTOS NUTRICIONAIS EM IDOSOS ADMITIDOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

O IMPACTO DA DOR CRÔNICA NA VIDA DAS PESSOAS QUE ENVELHECEM

CONDIÇÕES CRÔNICAS DE SAÚDE EM IDOSOS SERVIDORES DE UMA UNIVERSIDADE DE NATAL/RN

Este capítulo tem como objetivo, tecer algumas considerações. Epidemiologia, Atividade Física e Saúde INTRODUÇÃO

ISSN ÁREA TEMÁTICA:

ATUALIZA ASSOCIAÇÃO CULTURAL ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIA ÍRIA CRUZ PIMENTEL

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES CADASTRADOS NO SISTEMA HIPERDIA DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA, RS

SINTOMAS DEPRESSIVOS, VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS E MORBIDADES AUTORREFERIDAS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

Curso de Especialização em Saúde da Pessoa Idosa. Os objetivos dessa unidade são:

PERFIL DE IDOSOS COM ALTERAÇÕES PODAIS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE GERIATRIA

Consulta de Enfermagem para Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica. Ms. Enf. Sandra R. S. Ferreira

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO DO IDOSO COM DIABETES MELLITUS TIPO 2

PALAVRAS-CHAVE Jogo. Educação. HiperDia. Introdução

ISSN ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções)

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ÍNDIVIDUOS IDOSOS

ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE 0 A 10 ANOS COM CÂNCER ASSISTIDAS EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO

Nathallia Maria Cotta e Oliveira 1, Larissa Marques Bittencourt 1, Vânia Mayumi Nakajima 2

MULHERES NO CLIMATÉRIO: FATORES RELACIONADOS AO SOBREPESO/OBESIDADE

MARIA DA CONCEIÇÃO MUNIZ RIBEIRO MESTRE EM ENFERMAGEM (UERJ

Mostra de Projetos 2011 RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS NO MUNICÍPIO DE LONDRINA/PR 2011

Avaliação sobre o consumo de drogas por adolescentes nas escolas do município de Iporá-GO

A RELAÇÃO ENTRE ALTERAÇÕES DE EQUILÍBRIO E A QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS

EDUCAÇÃO EM SAÚDE AOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE SOBRE DIABETES TIPO I E A PRÉ-DIABETES COM ÊNFASE NA JUVENTUDE

SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA SOB A OTICA DO PROFISSIONAL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO PROCESSO SELETIVO 2013 Nome: PARTE 1 BIOESTATÍSTICA, BIOÉTICA E METODOLOGIA

A situação do câncer no Brasil 1

OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO DA RMBH EM 2007

Considerada como elemento essencial para a funcionalidade

PROMOVENDO A REEDUCAÇÃO ALIMENTAR EM ESCOLAS NOS MUNICÍPIOS DE UBÁ E TOCANTINS-MG RESUMO

CONSUMO DE ÁLCOOL E TABACO ENTRE ESTUDANTES DE ODONTOLOGIA E FISIOTERAPIA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

Avaliação Econômica. Relação entre Desempenho Escolar e os Salários no Brasil

BENEFÍCIOS E DIFICULDADES DO ENVELHECER

A SAÚDE DO TRABALHADOR NA ENFERMAGEM: UM RESGATE LITERÁRIO. Palavra-chave: acidente de trabalho, enfermagem, saúde ocupacional.

A EVITABILIDADE DE MORTES POR DOENÇAS CRÔNICAS E AS POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS AOS IDOSOS

FADIGA EM PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA EM RADIOTERAPIA CONVENCIONAL.

LEVANTAMENTO DOS FATORES DE RISCO PARA OSTEOPOROSE E QUEDAS EM VISITANTES DO ESTANDE DA LIGA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA DO XVI ECAM

A AIDS NA TERCEIRA IDADE: O CONHECIMENTO DOS IDOSOS DE UMA CASA DE APOIO NO INTERIOR DE MATO GROSSO

INDICADORES SOCIAIS E CLÍNICOS DE IDOSOS EM TRATAMENTO HEMODIALÍTICO

AÇÕES EDUCATIVAS COM UNIVERSITÁRIOS SOBRE FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA

A PERCEPÇÃO DE JOVENS E IDOSOS ACERCA DO CÂNCER

Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA SEGUNDO A PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DA REDE PÚBLICA INCLUSOS NO PROJOVEM ADOLESCENTE

TÍTULO: CORRELAÇÃO ENTRE COGNIÇÃO E FUNCIONALIDADE EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS. CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

Atividade física. Sexo Capital Total n % IC 95%

ENVELHECIMENTO POPULACIONAL BRASILEIRO: O DESAFIO DA CAPACIDADE FUNCIONAL

PALAVRAS-CHAVE CRUTAC. Diabetes mellitus. Exames Laboratoriais. Extensão.

Comorbidade entre depressão e doenças clínicas em um ambulatório de geriatria.

Perfil do Emprego nas Fundações de Belo Horizonte/MG *

TRIAGEM DE OSTEOPOROSE E OSTEOPENIA EM PACIENTES DO SEXO FEMININO, ACIMA DE 45 ANOS E QUE JÁ ENTRARAM NA MENOPAUSA

COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA ENTRE ENFERMEIRO E PACIENTE IDOSO EM PÓS-OPERATÓRIO

Construção de variáveis para mensuração de indicadores de qualidade de vida urbana em dois bairros do município de Ananindeua, Pa.

A Organização da Atenção Nutricional: enfrentando a obesidade

PERFIL DE CUIDADORES DOMICILIARES E DE IDOSOS ASSISTIDOS NA ATENÇÃO BÁSICA DO MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇU- PR

Avaliação antropométrica de idosas participantes de grupos de atividades físicas para a terceira idade.

Idosos em um hospital universitário e em um hospital geriátrico*

INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS A ATENÇÃO PRIMÁRIA EM DOIS SERVIÇOS DE SAÚDE PÚBLICA DE MARINGÁ-PR

CONCEITO DE SAÚDE: VISÃO DE ALUNOS DO 4º CICLO DO ENSINO FUNDAMENTAL

ÍNDICE DE QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR DA INDÚSTRIA - SESI/SC

ASSISTÊNCIA SISTEMATIZADA DE ENFERMAGEM EM UM IDOSO COM QUADRO DE ANEMIA AGUDA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE?

ACIDENTE DE TRABALHO DE FUNCIONÁRIOS DE UMA UNIVERSIDADE PRIVADA NO RIO DE JANEIRO

EXCESSO DE PESO E SUA ASSOCIAÇÃO COM A ALIMENTAÇÃO ESCOLAR ENTRE CRIANÇAS DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DE MINAS GERAIS 1

PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DE PACIENTES DIABÉTICOS E NÃO DIABÉTICOS DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE PATIS/MG

POSTURA CORPORAL/DOENÇAS OCUPACIONAIS: UM OLHAR DA ENFERMAGEM SOBRE AS DOENÇAS OSTEOARTICULARES

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES SUBMETIDOS AO TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE

TÍTULO: GASTOS COM MEDICAMENTOS PELOS IDOSOS RESIDENTES EM MUNICÍPIO COM ALTA COBERTURA DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

Orientadora, Docente do Curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS.

AVALIAR SE O USUÁRIO DO AMBULATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA CONHECE SEUS DIREITOS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS

PERFIL DOS PACIENTES PORTADORES DA OSTEOPOROSE ATENDIDOS PELO COMPONENTE ESPECIALIZADO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

INFLUÊNCIA DAS ATIVIDADES MOTORAS NAS QUEIXAS DOLOROSAS EM ESCOLARES FREQUENTADORES DE UMA INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA

Dor crônica em trabalhadores de enfermagem de uma unidade de terapia intensiva

FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO PRÁTICAS DE EXERCÍCIOS FÍSICOS NO LAGO JABOTI

Modos de vida no município de Paraty - Ponta Negra

Mostra de Projetos 2011

Comparação da força da musculatura respiratória em pacientes acometidos por acidente vascular encefálico (AVE) com os esperados para a idade e sexo

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SANTA CATARINA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIENCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE SAÚDE COMUNITÁRIA ESPECIALIZAÇÃO EM MEDICINA DO TRABALHO BRUNO MASSINHAN

Mudanças demográficas e saúde no Brasil Dados disponíveis em 2008

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE EXERCÍCIO DE IDOSOS COM LOMBALGIA E SUA INTERFERÊNCIA NA QUALIDADE DE VIDA

PIBID EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UMA ANÁLISE DO CONCEITO DE SAÚDE DOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE MONTES CLAROS MG.

Notas sobre a exclusão social e as suas diferenças

IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO BALANCEADA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS

PRÊMIO INOVAR BH EDITAL SMARH N

CARACTERÍSTICAS POSTURAIS DE IDOSOS

PED-RMPA INFORME ESPECIAL IDOSOS

A influência da prática de atividade física no estado nutricional de adolescentes

PERCEPÇÃO DA INSATISFAÇÃO COM A IMAGEM CORPORAL E AUTOESTIMA DE IDOSAS DE UM PROGRAMA DE PROMOÇÃO À SAÚDE

QUALIDADE DE VIDA E BEM-ESTAR SUBJETIVO NA TERCEIRA IDADE QUALITY OF LIFE AND SUBJECTIVE WELL-BEING IN THE THIRD AGE

ALEITAMENTO MATERNO EM REDE SOCIAL: CONHECIMENTOS E PRÁTICAS PRÉ E PÓS ATIVIDADE EDUCATIVA

HANSENÍASE EM IDOSOS NO BRASIL NO ANO DE 2012

PERFIL DOS IDOSOS EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: A PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOSÉ GOMES, PATOS, PARAÍBA, BRASIL

AVALIAÇÃO DOS CASOS DE VIOLÊNCIA NA POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE-PB

Universidade Estadual do Centro-Oeste/Centro de Ciências da Saúde - Departamento de Enfermagem - Guarapuava PR

Faculdade de Enfermagem/Universidade Federal de Goiás (FEN/UFG)

OS EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES PÓS- CIRURGIA CARDÍACA

TITULO: INSERÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DA ZONA RURAL DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA-RS/BR

PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS PREVENIR É PRECISO MANUAL DE ORIENTAÇÕES AOS SERVIDORES VIGIAS DA PREFEITURA DE MONTES CLAROS

Transcrição:

1143 AVALIAÇÃO DA DOR EM IDOSOS DIABÉTICOS PAIN ASSESSMENT IN ELDERLY DIABETIC Alessandra Alves da Cunha Discente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário de Anápolis UniEVANGÉLICA. alessandra-182009@hotmail.com Stephanne Alves Lacerda Discente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário de Anápolis UniEVANGÉLICA. stephannelacerda_15@hotmail.com Graciela Mara Ordones do Nascimento Brandão Enfermeira. Professor Adjunto, Curso de Enfermagem do Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA. Mestranda em Atenção a Saúde da PUC-GO. gramonb@ig.com.br Marina Morato Stival Professora Assistente, Universidade de Brasília/Faculdade Ceilândia UNB/FCE. Doutoranda em Ciências e Tecnologia UNB/FCE, Mestre em Enfermagem-EEUFMG. marinamorato@unb.br Luciano Ramos de Lima Professor Assistente. Mestre em Enfermagem-FEN/UFG, Especialista UTI EEUFMG. Universidade de Brasília/Faculdade Ceilândia UNB/FCE. ramosll@unb.br RESUMO Objetivou-se analisar o diagnóstico de enfermagem de dor em idosos diabéticos de uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF). Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa de natureza exploratória descritiva. Caracterizou-se a dor por identificação do Diagnóstico de Enfermagem como dor aguda e crônica e também com utilização da escala numérica para mensurar a dor. A amostra foi composta por 29 idosos portadores de diabetes, cuja idade média foi de 67,2 anos, com a faixa etária predominante de 60 a 65 anos, sendo a maioria do sexo feminino (79,3%). O local de predominância da dor foram os membros superiores e inferiores (41,4%), o principal prejuízo provocado pela dor estava na realização de atividades da vida diária (34,5%). A dor crônica foi relatada em 75,9% dos idosos, enquanto que 24,1% tiveram dor aguda e ambos a caracterizaram como intensa (55,1%). As características definidoras identificadas que apresentaram associação a maior intensidade de dor foram a alteração na capacidade de continuar as atividades prévias com média 8,5 (M=8,5) de dor, as mudanças no padrão de sono (M=8,0), a irritabilidade e o relato verbal de dor (M=7,8). Constatou-se que a dor crônica era comum em idosos diabéticos, e pode trazer prejuízos nas suas atividades diárias. PALAVRAS-CHAVE: Dor. Diabetes mellitus. Idoso. Diagnósticos de enfermagem. ABSTRACT The objective of this study was to analyze the nursing diagnosis of pain in elderly diabetics in a Basic Family Health Unit Basic (FHUB). This is a study with a quantitative approach exploratory descriptive. Characterized by pain identification of nursing diagnosis as acute and chronic pain and also using the numerical scale to measure pain. The sample consisted of 29 elderly patients with diabetes, whose average age was 67.2 years, with the predominant age group 60-65 years and the majority were female (79.3 %). The local prevalence of pain were the upper and lower limbs (41.4 %), the main damage was caused by the pain in performing activities of daily living (34.5 %). Chronic pain was

1144 reported in 75.9 % of participants, while 24.1 % had acute pain and both characterized as severe (55.1 %). The defining characteristics identified that were associated with higher pain intensity were the change in the ability to continue previous activities with an average of 8.5 (M = 8.5) pain, changes in sleep pattern (M = 8.0), irritability and verbal report of pain (M = 7.8). It was found that chronic pain was common in elderly diabetics, and can bring harm in their daily activities. KEY WORDS: Pain. Diabetes mellitus. Aged. Nursing diagnoses. INTRODUÇÃO A população idosa no Brasil cresceu nos últimos anos, como consequência da diminuição da taxa de natalidade e do aumento da expectativa de vida. De acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), o índice de idosos no Brasil alcançará 63 milhões em 2050 (SANTOS et al., 2008; LOURENÇO et al., 2013). Esse aumento da população idosa evidencia os problemas sociais, econômicos e relacionados à saúde, uma vez que ocorre o aumento da incidência de doenças típicas (MORAES, 2008). O aumento tanto na quantidade quanto na proporção de idosos, vem acompanhado de problemas de saúde associadas ao envelhecimento. A população idosa demanda maiores custos e gastos médico-sociais, assim como a maior probabilidade de cuidados de longa duração devido à prevalência das doenças crônicas (PAPALÉO NETTO, 2007; SILVESTRE 2003). Nesse sentido com elevação do número de idosos, surgi também o aumento consequente de problemas de saúde. Em especial destaca-se que no processo de envelhecimento apresenta fatores de risco para o aparecimento de distúrbios músculo esquelético associado à presença de dores, que podem refletir na imobilidade de forma temporária ou prolongada. Assim, faz-se necessária a atuação da equipe de enfermagem e dos demais integrantes da equipe de saúde na assistência e no acompanhamento do indivíduo durante o processo de envelhecimento (MORAES, 2008; OLIVEIRA et al., 2011; SILVA et al., 2013). O processo de envelhecimento coincide com a convivência de doenças crônicas, entre elas em especial destaca-se o Diabetes Mellitus. É uma disfunção crônica metabólica caracterizada pela hiperglicemia e pode estar associada a complicações em diversos órgãos. Estima-se que em 2025 esta doença acometerá 5,4% da população mundial, principalmente na faixa etária entre 45 e 64 anos. O Diabetes mellitus apresenta uma elevada morbimortalidade, o que leva a uma importante perda na qualidade de vida. Como consequência gera a insuficiência renal, amputação de membros principalmente os inferiores, a cegueira e a doença cardiovascular (BRASIL, 2006). O idoso pela menor reserva orgânica, terá maior repercussão clínica do Diabetes, afetando diretamente as quatro grandes funções responsáveis pela independência e autonomia como a cognição, o humor, a mobilidade e a comunicação. Funções estas que podem fazer com que a dor esteja associada às complicações do diabetes mellitus (MORAES, 2008; SILVA et al., 2013). A complicação do estado hiperglicêmico leva ao desenvolvimento de dor que pode acarretar algumas alterações em seu cotidiano. No estudo realizado no Rio de Janeiro identificou-se a partir de diagnósticos de enfermagem de dados contidos nos prontuários que a dor aguda estava presente em 18,4% dos idosos e a dor crônica em 18,4% (SANTOS et al., 2008). A influência da dor na capacidade funcional de idosos institucionalizados foi

1145 investigada na Bahia em 60 idosos com média de 77,6 anos. A ocorrência da dor crônica nos idosos foi de 73,3%. Em relação à intensidade, 51,7% dos idosos relataram dor intensa, com distribuição maior acima dos 75 anos (31,7%). Quanto a localização da dor os idosos queixaram-se mais dos membros inferiores (MMII) (47,7%) e da coluna (25,0%), sendo mais frequente na faixa etária acima de 75 anos com (25,0%) e (13,6%) respectivamente (REIS; TORRES, 2010). Desta forma a problemática dor em idosos tem sido foco de estudos que buscam compreender e minimizar estes problemas no cotidiano do processo de envelhecimento. Este estudo teve como objetivo analisar o diagnóstico de enfermagem dor em idosos diabéticos de uma Unidade Básica de Saúde da Família em Anápolis-GO. METODOLOGIA Trata-se de um estudo descritivo exploratório de abordagem quantitativa. Foi realizado em Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) do município de Anápolis no estado de Goiás. Da população de 43 idosos portadores de diabetes mellitus cadastrados na UBSF 14 foram excluídos por não apresentarem dor. Foram incluídos os idosos portador de diabetes mellitus, com presença de dor e que aceitaram participar da pesquisa ao assinarem o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE). Foram excluídos os idosos com dor oncológica e que se recusaram em participar da pesquisa. A amostra final foi constituída de 29 idosos. A coleta de dados ocorreu no período entre outubro a novembro de 2010 através de um formulário com questões sociodemográficas. Para caracterizar a dor foi utilizado uma escala numérica (EN) com o intervalo de 0 a 10 pontos (zero representa a não dor e dez representa a pior dor possível). A escala numérica pode ser também descrita por palavras recategorizadas, no qual a intensidade de 1 a 3 é considerada como dor leve, de 4 a 6 como dor moderada, de 7 a 8 como dor intensa e 10 como a pior dor possível. Para a localização da dor optou-se pela utilização do diagrama corporal, em que o idoso marcou o local em que sentia a dor. Para a caracterização do diagnóstico de enfermagem dor aguda/crônica foi identificado as características definidoras e o fatores relacionados segundo a Taxonomia II da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA, 2010). Os dados foram analisados pelo SPSS versão 15.0, sendo que as variáveis numéricas foram analisadas por medidas descritivas (média, mediana, desvio padrão, máximo e mínimo) e as categóricas por meio de estabelecimento das frequências absoluta e relativa. Para a organização dos dados foram construídos gráficos e tabelas. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA) com protocolo 2896/2010. RESULTADOS Dos 29 idosos avaliados a idade média foi de 67,2 anos (DP= 8,07, Máx= 90 e Mín=60 anos), com a faixa etária predominante de 60 a 65 anos representando 58,6% dos idosos que tinham como profissão doméstica e/ou do lar. A renda mensal predominante foi de até um salário mínimo (SM R$=510,00) em 65,5% dos idosos.

1146 TABELA 1 - Características sociodemográficas dos idosos diabéticos usuários da UBSF, Anápolis-GO, 2010. Variáveis n % Gênero Masculino 6 20,7 Feminino 23 79,3 Idade (anos) 60-65 17 58,6 66-70 4 13,8 71-75 3 10,3 > 76 5 17,3 Cor Branca 21 47,7 Parda 1 2,3 Negra 7 15,9 Escolaridade Nunca foi a escola 10 34,5 De 1ª a 4ª Série 11 37,9 De 5ª a 8ª Série 5 17,2 Colegial completo 3 10,3 Religião Católico(a) 15 51,7 Evangélico(a) 12 41,4 Outra 2 6,9 Estado civil Casado(a) 11 37,9 Solteiro(a) 2 10,3 Viúvo(a) 3 37,9 Separado(a) 4 13,8 Profissão Lavrador 3 10,3 Do lar e doméstica 17 58,6 Costureira 4 13,8 Motorista 1 3,4 Cabelereira 2 6,9 Pedreiro e serra 2 6,9 Renda (salários mínimos) Até 1 19 65,5 De1 a 2 6 20,7 De 2 a 5 1 3,4 Recusou responder 3 10,3 FONTE: Dados da pesquisa Na TAB. 2 observa-se os dados referentes a caracterização dos hábitos de vida dos indivíduos. Nota-se que 58,6% negaram ser tabagistas, 89,7% negaram etilismo, porém 58,6% eram sedentários e 65,5% não praticavam atividade física.

1147 Observa-se também que 37,9% estavam com sobrepeso e obesidade respectivamente. TABELA 2 - Hábitos de vida de idosos diabéticos usuários da UBSF, Anápolis-GO, 2010. Variáveis N % Tabagismo Sim 12 41,4 Não 17 58,6 Etilista Sim 3 10,3 Não 26 89,7 Atividade física Sim 10 34,5 Não 19 65,5 Sedentarismo Sim 17 58,6 Não 12 41,4 IMC(kg/m 2 ) Eutrófico 7 24,13 Sobrepeso 11 37,9 Obesidade 11 37,9 Na GRAF. 1 observa-se a descrição da intensidade da dor (M=7,1, Moda=8,0, DP=2,49, Mín.=2,0 e Máx.=10,0) com predomínio de 55,1% de dor intensa, seguida 17,2% pela dor moderada. GRÁFICO 1 - Distribuição da intensidade da dor nos idosos diabéticos usuários da UBSF, Anápolis-GO, 2010. FONTE: Dados da pesquisa O local mais acometido pela dor foi os membros superiores e inferiores (MMSS e MMII) representados por 41,4%, por outro lado referiram como dor predominante também os membros em 44,8% dos idosos. Nota-se que 27,6% dos idosos tinham a dor em um período de 1 a 5 anos, e que em 48,5% a dor aparecia à noite e permanência por algumas horas 37,9%. A dor prejudicava as atividades da vida diária de 34,5% dos idosos, sendo que 72,4% não faziam tratamento e/ou tomavam medicação para a dor (TAB. 3).

1148 TABELA 3 Localização/caracterização da experiência dolorosa e prejuízos causados pela dor nas situações da vida diária, de diabéticos usuários da UBSF, Anápolis-GO, 2010. Variáveis N % Localização *MMII, MMSS 12 41,4 Cabeça 5 17,2 Lombar 2 6,9 Abdômen 2 6,9 Lombar e membros 3 10,3 Cabeça, lombar e membros 1 3,4 Lombar, membros e abdômen 3 10,3 Lombar e cabeça 1 3,4 Dor predominante Membros 13 44,8 Cabeça 2 6,9 Lombar 11 37,9 Abdômen 3 10,3 Tempo da experiência de dor Até 6 meses 7 24,1 De 6 meses a 1 ano 4 13,8 De 1 a 5 anos 8 27,6 De 5 a 10 anos 2 6,9 Mais de 10 anos 8 27,6 Maior frequência da dor Manhã 7 24,1 Tarde 8 27,6 Noite 14 48,3 Permanência da dor Algumas horas 11 37,9 Metade do dia 4 13,8 O dia todo 10 34,5 A semana toda 2 6,9 Parte do mês 1 3,4 O mês todo 1 3,4 Consequência da dor Alteração do humor 5 17,2 Atividades sociais 5 17,2 Atividades diárias 10 34,5 As relações outras pessoas 2 6,9 Sono 7 24,1 Tratamento/medicação Sim 8 27,6 Não 21 72,4

1149 A TAB. 4 demonstra a diferenciação entre os diagnósticos de enfermagem dor aguda e dor crônica segundo a taxonomia II da NANDA. Observa-se que 75,9% dos idosos apresentaram dor crônica e que 24,1% dor aguda, caracterizada pelo relato verbal de dor. A dor crônica apresentou características definidoras como relato verbal de dor, irritabilidade em 51,7%, mudanças no padrão de sono em 55,2% e alteração da capacidade de continuar as atividades prévias em 58,6% dos idosos. Os indivíduos que apresentaram a dor crônica tiveram uma intensidade maior (M=7,8) comparado com a dor aguda (M=4,7). Os idosos que tiveram a característica definidora de alteração na capacidade de continuar as atividades prévias foram os que apresentaram maior intensidade de dor (M=8,5), seguido das características definidoras mudanças no padrão de sono (M=8,0), irritabilidade e relato verbal de dor a intensidade da dor foi de (M=7,8) TABELA 4 - Descrição do Diagnóstico de Enfermagem segundo as características definidoras e os fatores relacionados; experiência dolorosa e prejuízos causados pela dor nas situações da vida diária de diabéticos usuários da UBSF, Anápolis-GO, 2010. Variáveis n(%) M¹ Mo² Mín.³ Máx 4 DP 5 Diagnósticos de Enfermagem (DE) Dor crônica 22(75,9) 7,8 8,0 2,0 10,0 1,98 Dor aguda 7(24,1) 4,7 2,0 2,0 9,0 2,56 De Dor aguda Características definidoras Relato verbal de dor 7(24,1) 4,7 2,0 2,0 9,0 2,56 Fator relacionado Agentes lesivos 7(24,1) 5,7 3,0 3,0 9,0 2,50 De Dor Crônica Características definidoras Relato verbal de dor Sim 22(75,9) 7,8 8,0 2,0 10,0 1,98 Não 7(24,1) 4,7 2,0 2,0 9,0 2,56 Irritabilidade Sim 15(51,7) 7,8 8,0 2,0 10,0 2,07 Não 14(48,3) 6,3 8,0 2,0 10,0 2,76 Mudanças no padrão de sono Sim 16(55,2) 8,0 8,0 4,0 10,0 1,65 Não 13(44,8) 5,9 2,0 2,0 10,0 2,90 Alteração da capacidade de continuar atividades prévias Sim 17(55,6) 8,5 8,0 7,0 10,0 1,00 Não 12(41,4) 5,o 2,0 2,0 9,0 2,60 Fator relacionado Agentes lesivos 22(75,9) 6,8 6,0 2,0 10,0 1,90 M 1 = Média; Mo 2 = Moda; Mín 3 = Mínino; Máx 4 = Máximo; DP 5 = Desvio padrão DISCUSSÃO

1150 Entre os idosos avaliados prevaleceu o sexo feminino com idade média de 67,2 anos e pouca escolaridade (1ª a 4ª série). Assim como no estudo realizado em São Luís no Maranhão com 50 idosos, no qual 76% eram também do sexo feminino com idade media de 72 anos, sendo que 42% frequentaram apenas o ensino fundamental (CUNHA; MAYRINK, 2011) e no estudo realizado em Niterói no Rio de Janeiro com 196 idosos, dos quais 73,8% são do sexo feminino e a faixa etária predominante foi de 65 a 75 anos de idade (SANTOS et al., 2008). No estudo realizado no interior da Bahia com 60 idosos, identificou que a faixa etária acima de 80 anos somou 50% para cada sexo e na faixa etária entre 60 a 80 anos prevaleceu o sexo masculino (REIS; TORRES, 2011). A maior participação do sexo feminino na presente pesquisa demonstra que as mulheres procuram cuidar da saúde buscando os serviços de saúde (LOURENÇO et al., 2013; OLIVEIRA et al., 2011; SILVA et al., 2013). A maioria dos avaliados era não tabagista, não etilista e declaram-se sedentários, assim como nos estudos de Cotta et al. (2009) e Siqueira et al. (2009). É do conhecimento dos profissionais da saúde e da população que certos hábitos de vida podem se tornar fatores de risco para algumas doenças cardiorrespiratórias, entre eles o sedentarismo e o tabagismo. Faz parte do papel do enfermeiro principalmente nas Unidades Básicas de Saúde, esclarecer e orientar a população idosa quanto a esses riscos ocasionados por certos hábitos. Nos idosos os riscos provenientes destes hábitos de vida são ainda maiores, uma vez que se praticaram estes hábitos por muitos anos, fazendo com que ocorra uma piora na qualidade de vida desta população. A dor crônica prevaleceu em relação a aguda. Reis e Torres (2011) observaram a ocorrência de dor em 73,3% dos idosos participantes, dos quais 51,7% apresentaram dor intensa, principalmente nos membros inferiores e na coluna com uma maior frequência na faixa etária maior de 75 anos. Quanto a intervenções, apenas 15,9% receberam as intervenções para controle da dor. A presença de dor em idosos tem sido comum, uma vez que a prevalência de doenças nesses indivíduos é maior. A dor pode representar um sinal de uma doença degenerativa que muitas vezes tem como fatores de risco a obesidade e o sobrepeso, fatores esses que podem fazer com que o indivíduo sinta dor. A dor pode acarretar prejuízos para os idosos dependendo do tempo de permanência durante o dia, principalmente quando estão relacionados às atividades da sua vida diária. No estudo realizado em Londrina (PR), com 529 idosos servidores municipais, identificou que os aspectos que sofreram mais interferência da dor foram o sono (40%), o humor (39,07%), o lazer (36,74%) e o apetite (20,93%) (DELLAROZA; PIMENTA, 2012). O tratamento mais comum para a dor é o uso de analgésicos, que muitas vezes é feito sem orientação medica. Dellaroza (2008) evidenciaram que 31,7% dos idosos utilizavam diclofenaco, 27,9% utilizam dipirona e 22,4% utilizam paracetamol como medida terapêutica para o controle da dor. No estudo realizado no interior do Paraná, as dores crônicas na frequência diária foram relatadas por 32,6% dos idosos, com uma duração do episódio de dor de 1 a 6 horas em 19,1% dos indivíduos participantes. A incidência da dor não estava limitada a um horário específico em 52,4% dos casos, sendo que em 16,3% a dor era no período da noite e em 13,6% a era nos períodos da tarde e da manhã (DELLAROZA; PIMENTA; MATSUO, 2007).

1151 Na caracterização do diagnóstico de enfermagem a dor crônica estava mais presente que a dor aguda. No estudo realizado em Niterói (RJ) identificou-se que os diagnósticos de enfermagem dor aguda e dor crônica estivam em 18,4% de cada diagnóstico (SANTOS et al., 2008), no interior do Paraná, a presença de dor crônica estava presente em 62,21% dos idosos (DELLAROZA, 2008), e em Londrina 51,4% dos idosos apresentaram dor crônica (DELLAROZA; PIMENTA; MATSUO, 2007). Por outro lado, no estudo realizado no interior de São Paulo, com pacientes idosos diabéticos em uso de insulina, o diagnóstico de enfermagem segundo a taxonomia II da NANDA dor crônica estava presente em 57,2%, enquanto o diagnóstico de enfermagem dor aguda estava presente em 42,2% dos participantes (BECKER; TEIXEIRA; ZANETTI; 2008). Neste estudo pode-se observar que as características definidoras de dor crônica mais frequente foram o relato verbal; irritabilidade que pode ser observada pelo comportamento do idoso com a presença da dor; mudanças no padrão de sono pois afeta o equilíbrio físico e emocional do indivíduo; e alteração na capacidade de continuar as atividades prévias. Lacerda et al. (2005) observaram que 62,5% dos idosos apresentaram dor crônica. O relato verbal de dor estava presente em 100% dos idosos que apresentaram dor crônica, a capacidade alterada de continuar as atividades prévias foi relatada em 68% dos idosos, a mudança no padrão de sono estava presente em 48% dos idosos, e a irritabilidade em 44%. CONSIDERAÇÕES FINAIS A maioria dos idosos que apresentou o diagnóstico de enfermagem dor crônica, eram do sexo feminino, casados, com poucos anos de escolaridade, sedentários e com sobrepeso. Aqueles que apresentaram dor intensa relataram prejuízos na realização de atividades da vida diária. No diagnóstico de enfermagem dor crônica as principais características definidoras foram o relato verbal de irritabilidade, mudanças no padrão de sono e alteração na capacidade de continuar as atividades prévias. O local de maior ocorrência de dor foram os membros superiores e inferiores e as consequências estavam atreladas as suas atividades diárias e sociais, no sono, humor e nas relações com outras pessoas. A avalição da dor em idosos diabéticos pela equipe de enfermagem deve ser ampla com abordagem referente à intensidade, localização e associada à descrição dos diagnósticos de enfermagem da NANDA, com vistas a tratá-la de forma adequada com adoção medidas farmacológicas e não farmacológicas, evitando assim suas complicações. Enfatiza-se implementação de intervenções para o alívio da dor destes idosos deve ser percebida por este o profissional que é considerado como mais próximo a eles nos serviços de saúde. Assim, esta forma de investigação de enfermagem para dor, de forma ampla, deve ser associada a instrumentos apropriados como escala numérica e uso da Taxonomia da NANDA favorece a identificação precisa da dor de pacientes diabéticos com dor aguda e crônica. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno da Atenção Básica nº 16: Diabetes Mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

1152 BECKER, Tânia Alves Canata; TEIXEIRA, Carla Regina de Souza; ZANETTI, Maria Lúcia. Diagnósticos de enfermagem em pacientes diabéticos em uso de insulina. Rev. Bras. Enferm., Brasília, v. 61, n. 6, p.847-52. 2008. COTTA, Rosângela Minardi Mitre et al. Perfil sociossanitário e estilo de vida de hipertensos e/ou diabéticos, usuários do Programa de Saúde da Família no município de Teixeiras, MG. Ciênc. Saúde Coletiva, v. 14, n. 4, p.1251-1260, 2009. CUNHA, Lorena Lourenço; MAYRINK, Wildete Carvalho. Influência da dor crônica na qualidade de vida em idosos. Rev. Dor, v. 12, n. 2, p.120-124, 2011. DELLAROZA, Mara Solange Gomes; PIMENTA, Cibele Andrucioli de Mattos; MATSUO, Tiemi. Prevalência e caracterização da dor crônica em idosos não institucionalizados. Cad. Saúde Pública, v. 23, n. 5, p.1151-1160, 2007. DELLAROZA, Mara Solange Gomes; FURUYA, Rejane Kiyomi; CABRERA, Marcos Aparecido Sarria; MATSUO, Tiemi; TRELHA, Celita; YAMADA Kiyomi; PACOLA, Lílian. Caracterização da dor crônica e métodos analgésicos utilizados por idosos da comunidade. Rev. Assoc. Med. Bras., v. 54, n. 1, p.36-41. 2008. DELLAROZA, Mara Solange Gomes; PIMENTA, Cibele Andrucioli Mattos. Impacto da dor crônica nas atividades de vida diária de idosos da comunidade. Cienc. Cuid. Saúde, v. 11, p.235-242, 2012. LACERDA, Patrícia Ferreira; GODOY, Lorany Ferreira de; COBIANCHI, Milene Gonçalves; BACHION, Maria Márcia. Estudo da ocorrência de dor crônica em idosos de uma comunidade atendida pelo programa saúde da família em Goiânia. Ver. Elet. de Enf. v. 7, n. 1, p.29-40, 2005. LOURENÇO, Talita de Souza; LIMA, Luciano Ramos; SANTOS, Walterlânia Silva, SOUZA, Josiane Maria de Oliveira; FUNGHETTO, Silvana Schwerz; KARNIKOWSKI, Margo Gomes de Oliveira; STIVAL, Marina Morato. Fatores ambientais de risco para quedas em idosos moradores de Ceilândia-DF. Rev. Mov. v. 6, n. 2, p. 421-430, 2013. MORAES, Edgar Nunes. Princípios Básicos de Geriatria e Gerontologia. Belo Horizonte: Coopmed, 2008. NORTH AMERICAN NURSING DIAGNOSIS ASSOCIATION. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e classificação, 2009-2011. Porto Alegre: Artmed, 2010. OLIVEIRA Roberta Rodrigues; RIBEIRO, Valéria Silva; GODOY, Gabriella Silva; CAVALCANTE, Agueda Maria Ruiz Zimmer; STIVAL Marina Morato; LIMA, Luciano Ramos. Diagnósticos de enfermagem de idosos cadastrados em estratégias de saúde da família em um município do interior de Goiás. Rev. Enferm. Cent. O. Min. v.1, n. 2, p.248-259, 2011.

1153 PAPALÉO NETTO, Matheus. Tratado de Gerontologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2007. REIS, Luciana Araújo; TORRES, Gilson de Vasconcelos. Influência da dor crônica na capacidade funcional de idosos institucionalizados. Rev. Bras. Enferm., v. 64, n. 2, p.274-80. 2011. SANTOS, Ariana de Souza Rodrigues dos; SOUZA, Priscilla Alfradique de; VALLE, Andreza Marques Dutra do; CAVALCANTI, Ana Carla Dantas; SÁ, Selma Petra Chaves; SANTANA, Rosimere Ferreira. Caracterização dos diagnósticos de enfermagem identificados em prontuários de idosos: um estudo retrospectivo. Texto Contexto - Enferm., v. 17, n. 1, p.141-148, 2008. SILVA, Dalila Alves da; SANTOS, Daniela Tavares; ARAGÃO, Flavia Corado; CAVALCANTE, Agueda Maria Ruiz Zimmer; STIVAL Marina Morato; LIMA, Luciano Ramos. Índice de internação de idosos de unidades básicas de saúde do interior de Goiás. Rev. Enferm. Cent. O. Min. v.3, n. 2, p.696-705, 2013. SILVESTRE, Jorge Alexandre; COSTA NETO, Milton Menezes. Abordagem do Idoso em Programa de Saúde da Família. Cad. de Sau. Púb., v. 19, n. 3, p. 839-847, 2003. SIQUEIRA, Fernando Vinholes Siqueira; NAHAS, Markus Vinícius; FACCHINI, Luiz Augusto; SILVEIRA, Denise Silva; PICCINI, Roberto Xavier; THUMÉ, Elaine Tomas; THUMÉ, Elaine; HALLAL, Pedro Curi. Aconselhamento para a prática de atividade física como estratégia de educação à saúde. Cad. Saúde Pública, v. 25, n. 1, p. 203-213, 2009.