RELATÓRIO FINANCEIRO MUNICIPAL

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MUNICÍPIO DE AZAMBUJA Departamento Administrativo e Financeiro

F L U X O S D E C A I X A. ENTIDADE M.EVORA MUNICIPIO DE EVORA ANO 2017 PERÍODO 2017/01/01 A 2017/12/31 Pág. 1 R E C E B I M E N T O S

FLUXOS DE CAIXA ( POCAL - 7.5) Saldo da gerência anterior ,50 Despesas orçamentais ,30

FLUXOS DE CAIXA ( POCAL - 7.5) CONTAS DE ORDEM ( POCAL - 7.5)

F L U X O S D E C A I X A ANO 2012 ENTIDADE MVN MUNICIPIO DE VENDAS NOVAS Pág. 1 PERÍODO JANEIRO A DEZEMBRO /12/31 R E C E B I M E N T O S

F L U X O S D E C A I X A R E C E B I M E N T O S

F L U X O S D E C A I X A. ENTIDADE M.P. MUNICÍPIO DE PENAFIEL ANO 2018 PERÍODO 2018/01/01 A 2018/12/31 Pág. 1 R E C E B I M E N T O S

F L U X O S D E C A I X A. ENTIDADE CM AMADORA MUNICIPIO DA AMADORA ANO 2015 PERÍODO 2015/01/01 A 2015/12/31 Pág. 1 R E C E B I M E N T O S

F L U X O S D E C A I X A. ENTIDADE CM AMADORA MUNICIPIO DA AMADORA ANO PERÍODO 2017/01/01 A 2017/12/31 Pág. 1 R E C E B I M E N T O S

F L U X O S D E C A I X A ANO 2011 ENTIDADE CM AMADORA MUNICIPIO DA AMADORA Pág. 1 PERÍODO JANEIRO A DEZEMBRO /12/31 R E C E B I M E N T O S

7.5. FLUXOS DE CAIXA

CMA ,GER,I,RE,27118

F L U X O S D E C A I X A ANO 2014 ENTIDADE CMSV MUNICÍPIO DE SEVER DO VOUGA Pág. 1 PERÍODO JANEIRO A DEZEMBRO /12/31 R E C E B I M E N T O S

RELATÓRIO FINANCEIRO MUNICIPAL

RESUMO DOS FLUXOS DE CAIXA ENTIDADE MUNICIP.ODIVELAS MUNICÍPIO DE ODIVELAS ANO 2010 PAG. 1

PROPOSTA N.º - P/2017. Considerando que:

F L U X O S D E C A I X A. ENTIDADE MUN. VNFAMALICAO MUNICIPIO DE VILA NOVA DE FAMALICAO ANO 2014 PERÍODO 2014/01/01 A 2014/12/31 Pág.

F L U X O S D E C A I X A. ENTIDADE CMPL Municipio da Póvoa de Lanhoso ANO 2016 PERÍODO 2016/01/01 A 2016/12/31 Pág. 1 R E C E B I M E N T O S

SALDO DA GERÊNCIA ANTERIOR ,93 EXECUÇÃO ORÇAMENTAL ,51 OPERAÇÕES DE TESOURARIA ,42 RECEITAS ORÇAMENTAIS

MAPA DE FLUXOS DE CAIXA

F L U X O S D E C A I X A. ENTIDADE CMSV MUNICÍPIO DE SEVER DO VOUGA ANO 2015 PERÍODO 2015/01/01 A 2015/12/31 Pág. 1 R E C E B I M E N T O S

MAPA DE FLUXOS DE CAIXA

7.5. FLUXOS DE CAIXA

Execução Orçamental. Receita

CM-SEIXAL.PT AVALIAÇÃO FINANCEIRA EXECUÇÃO PCO

Fluxos de Caixa. Recebimentos

Fluxos de Caixa. Recebimentos

F L U X O S D E C A I X A ANO 2013 ENTIDADE M. EVORA MUNICIPIO DE EVORA Pág. 1 PERÍODO JANEIRO A DEZEMBRO /12/31 R E C E B I M E N T O S

F L U X O S D E C A I X A ANO 2009 ENTIDADE M.EVORA MUNICIPIO DE EVORA Pág. 1 PERÍODO JANEIRO A DEZEMBRO /12/31 R E C E B I M E N T O S

Fluxos de Caixa. Recebimentos

DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS 2009 MAPAS DE FLUXOS FINANCEIROS. Prestação de Contas 2009 Relatório de Gestão

DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS. Câmara Municipal de Estarreja MAPAS DE FLUXOS FINANCEIROS

7.1 Síntese da Situação Financeira Atual e Previsões de Evolução

Fluxos de Caixa. Recebimentos

7.5. FLUXOS DE CAIXA

F L U X O S D E C A I X A. ENTIDADE M.P. MUNICÍPIO DE PENAFIEL ANO 2015 PERÍODO 2015/01/01 A 2015/12/31 Pág. 1 R E C E B I M E N T O S

F L U X O S D E C A I X A ANO 2006 ENTIDADE MVN MUNICIPIO DE VENDAS NOVAS Pág. 1 R E C E B I M E N T O S

FLUXOS DE CAIXA RECEBIMENTOS

7.5. FLUXOS DE CAIXA

ANO 2013 ENTIDADE CMV MUNICIPIO DE VIMIOSO - CAMARA MUNICIPAL Pág. 1 PERÍODO JANEIRO A DEZEMBRO /12/31

F L U X O S D E C A I X A. ENTIDADE CMMN MUNICIPIO DE MONTEMOR-O-NOVO ANO 2016 PERÍODO 2016/01/01 A 2016/12/31 Pág. 1 R E C E B I M E N T O S

F L U X O S D E C A I X A. ENTIDADE MVN MUNICIPIO DE VENDAS NOVAS ANO 2015 PERÍODO 2015/01/01 A 2015/12/31 Pág. 1 R E C E B I M E N T O S

Fluxos de Caixa. Recebimentos

RESUMO DOS FLUXOS DE CAIXA ENTIDADE M.P. MUNICÍPIO DE PENAFIEL ANO 2017 PAG. 1

MAPA DO CONTROLO ORÇAMENTAL DA RECEITA. ANO 2016 ENTIDADE M.V.N.FOZ COA - MUNICIPIO DE VILA NOVA DE FOZ COA Período: 2016/01/01 a 2016/12/31 PÁG.

F L U X O S D E C A I X A. ENTIDADE MUNICIPIO VIMIOS MUNICIPIO DE VIMIOSO - CAMARA MUNICIPAL ANO 2016 PERÍODO 2016/01/01 A 2016/12/31 Pág.

ENTIDADE CMO Municipio de Odemira ANO 2015 PERÍODO 2015/01/01 A 2015/12/31 Pág IMPOSTOS DIRECTOS ,72

Relatório de Gestão. Volume l

Fluxos de Caixa. Recebimentos

Fluxos de Caixa. Recebimentos

ANO 2014 ENTIDADE MUNICIPIO VIMIOS MUNICIPIO DE VIMIOSO - CAMARA MUNICIPAL Pág. 1 PERÍODO JANEIRO A DEZEMBRO /12/31

Fluxos de Caixa. Recebimentos

ANO 2008 ENTIDADE CMV MUNICIPIO DE VIMIOSO - CAMARA MUNICIPAL Pág. 1 PERÍODO JANEIRO A DEZEMBRO /12/31

RESUMO DOS FLUXOS DE CAIXA. ENTIDADE C.M.V.A. Municipio de Viana do Alentejo ANO 2016 PAG. 1

F L U X O S D E C A I X A. ENTIDADE MUN. VNFAMALICAO MUNICIPIO DE VILA NOVA DE FAMALICAO ANO 2016 PERÍODO 2016/01/01 A 2016/12/31 Pág.

F L U X O S D E C A I X A. ENTIDADE MUNICIPIO BAIAO MUNICÍPIO DE BAIÃO ANO 2016 PERÍODO 2016/01/01 A 2016/12/31 Pág. 1 R E C E B I M E N T O S

F L U X O S D E C A I X A ANO 2014 ENTIDADE MVN MUNICIPIO DE VENDAS NOVAS Pág. 1 PERÍODO JANEIRO A DEZEMBRO /12/31 R E C E B I M E N T O S

Fluxos de Caixa. Recebimentos

ENTIDADE CMO Municipio de Odemira ANO 2015 PERÍODO 2015/01/01 A 2015/12/31 Pág IMPOSTOS DIRECTOS ,72

Fluxos de Caixa. Recebimentos

F L U X O S D E C A I X A. ENTIDADE C.M.Cinfães MUNICÍPIO DE CINFÃES ANO 2016 PERÍODO 2016/01/01 A 2016/12/31 Pág. 1 R E C E B I M E N T O S

Fluxos de Caixa. Recebimentos

F L U X O S D E C A I X A. ENTIDADE M.P. MUNICÍPIO DE PENAFIEL ANO 2016 PERÍODO 2016/01/01 A 2016/12/31 Pág. 1 R E C E B I M E N T O S

EXECUÇÃO ORÇAMENTAL ,93 OPERAÇÕES DE TESOURARIA ,61 RECEITAS ORÇAMENTAIS ,50

F L U X O S D E C A I X A. ENTIDADE MUN. VNFAMALICAO MUNICIPIO DE VILA NOVA DE FAMALICAO ANO 2015 PERÍODO 2015/01/01 A 2015/12/31 Pág.

CONTROLO ORÇAMENTAL - RECEITA

F L U X O S D E C A I X A. ENTIDADE CMA MUNICIPIO DE ARRAIOLOS ANO 2017 PERÍODO 2017/01/01 A 2017/12/31 Pág. 1 R E C E B I M E N T O S

ANO 2016 ENTIDADE CMSJM - MUNICIPIO DE SAO JOAO DA MADEIRA Período: 2016/01/01 a 2016/12/31 PÁG. 1

DOTAÇÕES INICIAIS DO ANO 2014 RECEITAS MONTANTE DESPESAS MONTANTE

F L U X O S D E C A I X A. ENTIDADE CMA MUNICIPIO DE ARRAIOLOS ANO 2016 PERÍODO 2016/01/01 A 2016/12/31 Pág. 1 R E C E B I M E N T O S

Fluxos de Caixa. Recebimentos

Fluxos de Caixa. Recebimentos

Fluxos de Caixa. Recebimentos

Fluxos de Caixa. Recebimentos

RELATÓRIO DE GESTÃO 2016

F L U X O S D E C A I X A. ENTIDADE C.M.LOULE MUNICIPIO DE LOULE ANO 2016 PERÍODO 2016/01/01 A 2016/12/31 Pág. 1 R E C E B I M E N T O S

F L U X O S D E C A I X A ANO 2014 ENTIDADE CMA MUNICIPIO DE ARRAIOLOS Pág. 1 PERÍODO JANEIRO A DEZEMBRO /12/31 R E C E B I M E N T O S

Fluxos de Caixa. Recebimentos

F L U X O S D E C A I X A ANO 2013 ENTIDADE CMA MUNICIPIO DE ARRAIOLOS Pág. 1 PERÍODO JANEIRO A DEZEMBRO /12/31 R E C E B I M E N T O S

R E C E B I M E N T O S

Fluxos de Caixa. Recebimentos

ORÇAMENTO PARA O ANO Receita

F L U X O S D E C A I X A. ENTIDADE C.M.LOULE MUNICIPIO DE LOULE ANO 2015 PERÍODO 2015/01/01 A 2015/12/31 Pág. 1 R E C E B I M E N T O S

Fluxos de Caixa. Recebimentos

CONTROLO ORÇAMENTAL DA RECEITA

Resumo das receitas e das despesas. Receitas Valor % Despesas Valor %

RESUMO DO ORÇAMENTO PARA O ANO 2017

Prestação de Contas 2010

Fluxos de Caixa. Recebimentos

Fluxos de Caixa. Recebimentos

F L U X O S D E C A I X A

Transcrição:

RELATÓRIO FINANCEIRO MUNICIPAL DEZEMBRO 2014

ÍNDICE NOTA PRÉVIA 3 1 - Saldos Orçamentais 4 1.1 Receita 5 1.1.1. - Receita Própria 5 1.1.2. - Transferências Obtidas 8 1.1.3. - Execução Orçamental da Receita 8 1.2 Despesa 9 1.2.1. - Extra Plano 10 1.2.2. -Dívida Bancária 11 1.2.3. - Grandes Opções do Plano (GOP) 12 1.2.4. - Execução Orçamental da Despesa 15 2 - Entidades Participadas 15 2.1 SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE ÁGUA E SANEAMENTO 15 2.2 EMES, EEM, SA 16 2.3 SINTRAQUORUM, EEM 18 2.4 EDUCA, EEM e HPEM, EEM 19 3 - Dívida a Terceiros 19 4 - Dívida a Fornecedores 20 5- Dívida TOTAL 21 NOTA FINAL 22 2

NOTA PRÉVIA O presente relatório, elaborado no âmbito do disposto na alínea c) do nº 2 do artigo 25º da Lei nº 75/2013, de 12 de setembro, tem por objetivo informar os eleitos locais do Município de Sintra da execução orçamental de 2014, através de uma análise sintetizada às receitas e às despesas, nas vertentes corrente e capital, bem como informar os níveis de endividamento do Município e das entidades participadas. Relativamente às entidades participadas pretende-se, ainda, dar conhecimento da situação económico-financeira através da apresentação de um conjunto de indicadores, nomeadamente dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS) e do setor empresarial local (SEL) desta Autarquia. O atual exercício foi marcado pela deliberação do executivo camarário relativa à reorganização do sector empresarial local em Sintra. Este modelo consistiu inicialmente na dissolução das empresas municipais EDUCA, EEM e HPEM, EEM, com internalização das atividades no Município, com exceção da recolha e transporte de resíduos que foi internalizada nos SMAS, e internalização do Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas (MASMO), atividade da SINTRAQUORUM, EEM, seguindo-se posteriormente processo de internalização da restante atividade desta empresa (com exceção da escola do património), que terá efeitos a partir de janeiro de 2015. As atividades internalizadas encontram-se já sob a gestão do Município e dos SMAS, com o pessoal internalizado a ser remunerado pelas respetivas entidades e as cedências de posições contratuais maioritariamente operacionalizadas. De salientar, ainda, que as empresas EDUCA, EEM e HPEM, EEM, por se encontrarem num processo de liquidação, têm as suas atividades reduzidas a procedimentos administrativos inerentes à liquidação, assim apenas se apresentará um conjunto de indicadores económico-financeiros à data de 31 de dezembro sem análise comparativa. 3

1. SALDOS ORÇAMENTAIS A execução orçamental gerou um saldo orçamental positivo de 38,7 milhões de euros, demonstrando um equilíbrio financeiro sustentado, com as despesas a serem cobertas pelas receitas. Este saldo é composto pela formação de poupança corrente de 37,4 milhões de euros, cumprindo-se, assim, o princípio do equilíbrio orçamental determinado no ponto 3.1.1. do POCAL, que estabelece que o orçamento deve prever os recursos necessários para cobrir todas as despesas, devendo as receitas correntes ser pelo menos iguais às despesas correntes. No que se refere ao saldo de capital, verificou-se um défice entre as receitas e as despesas no montante de 13,2 milhões de euros, no entanto, é amplamente coberto pelo saldo corrente. Considerando a despesa realizada ainda assim verifica-se um saldo positivo, no montante de 38 milhões de euros, com a criação de poupança corrente de 37 milhões de euros. Receita liquidada e Despesa realizada - dezembro 2014 Receita cobrada vs Despesa realizada Receita cobrada vs Despesa Paga (1) Receitas correntes 142.767.565 142.767.565 (2) Despesas correntes 105.739.304 105.342.727 (3)=(1)-(2) Saldo corrente 37.028.261 37.424.839 (4) Receitas de capital 4.362.110 4.362.110 (5) Despesas de capital 17.828.485 17.568.510 (6)=(4)-(5) Saldo de capital -13.466.375-13.206.400 (1)+(4) Receitas totais 147.129.675 147.129.675 (2)+(5) Despesas totais 123.567.789 122.911.236 (7) Saldo gerência anterior + repos. não abatidas pagamentos 14.440.399 14.440.399 (8)=(3)+(6)+(7) Saldo orçamental 38.002.284 38.658.837 (9) Ativos financeiros -AF(receitas) 0 0 (10) Ativos financeiros AF (despesa) 0 0 (11) Passivos financeiros PF (receita) 0 0 (12) Passivos financeiros PF (despesas) 11.833.658 11.833.658 (13) Receitas - AF - PF 161.570.074 161.570.074 (14) Despesas - AF - PF 111.734.131 111.077.579 (15)=(13)-(14) Saldo global ou efetivo 49.835.942 50.492.495 (16) Juros e outros encargos (despesas) 1.553.597 1.553.597 (17)=(15)+(16) Saldo primário 51.389.539 52.046.092 4

1.1. RECEITA A receita cobrada pelo Município ascendeu a cerca de 161,6 milhões de euros, um decréscimo de 6% (-10,2 milhões de euros) face ao período homólogo de 2013, consequência da redução das transferências da Administração Central e das reposições da receita junto da Autarquia. A receita é constituída por receitas próprias, 98,3 milhões de euros (60,8%), transferências da Administração Central, 48,8 milhões de euros (30,2%) e pela incorporação do saldo da gerência anterior, 14 milhões de euros (8,7%). A restante receita é completada pelas reposições não abatidas nos pagamentos, com uma expressão residual (0,3%). A redução está relacionada essencialmente com as transferências do Estado, cujo corte atingiu 10,4 milhões de euros e que é objeto de análise detalhada no capítulo 1.1.2. transferências obtidas. Verifica-se, ainda, uma diminuição das reposições não abatidas nos pagamentos, relacionada sobretudo com a inexistência em 2014 de contratos-programa com as empresas municipais. Receita dez-12 dez-13 dez-14 Var. Var. % Receitas Próprias 105.351.838 94.426.619 98.347.630 3.921.011 4% Transferências 55.546.066 59.152.468 48.782.045-10.370.423-18% Passivos Financeiros 5.500.000 0 0 0 - Reposições n abat pagtos 1.295.447 3.891.195 440.399-3.450.796-89% Saldo de Gerência 28.190.543 14.282.093 14.000.000-282.093-2% Total 195.883.894 171.752.375 161.570.074-10.182.301-6% 1.1.1. RECEITA PRÓPRIA A receita própria é essencialmente constituída pela cobrança de impostos, 81 milhões de euros, por rendimentos de propriedade, 6,8 milhões de euros, venda de bens e serviços correntes, 3,3 milhões de euros, outras receitas correntes, 4 milhões de euros, e taxas multas e outras penalidades, 2,8 milhões de euros. 5

A receita de impostos é constituída por 77,1 milhões de euros de impostos diretos e 3,9 milhões de euros de impostos indiretos. Comparativamente com o período homólogo verifica-se uma redução de 294,2 mil euros. Em relação aos impostos diretos verificou-se um acréscimo de 693,8 mil euros, consequência de uma maior receita de IMI arrecadada (+4,7 milhões de euros). O IUC apresenta uma cobrança semelhante à do ano anterior, verificando-se um ligeiro aumento de 130,1 mil euros (+1,3%). Em sentido inverso, registaram-se diminuições ao nível da derrama, de 2,3 milhões euros, e do IMT, de 1,9 milhões de euros (justificada pelo valor de reembolsos emitidos). Os impostos indiretos diminuíram 988 mil euros, consequência da redução verificada ao nível dos impostos cobrados com a ocupação da via pública (-632,8 mil euros), face à cobrança extraordinária de um processo judicial da Lisboa Gás (881 mil euros) e com publicidade (-383,3 mil euros), consequência da implementação do licenciamento zero. Impostos dez-12 dez-13 dez-14 Var. Var. % Impostos diretos 74.177.189 76.391.307 77.085.155 693.848 1% IMI+CA 50.146.607 46.495.657 51.244.329 4.748.672 10% IUC+IMV 8.261.449 10.096.189 10.226.312 130.123 1% IMT+SISA 9.757.165 13.047.763 11.168.234-1.879.528-14% Derrama 6.011.969 6.751.699 4.446.280-2.305.419-34% Impostos indiretos 7.735.389 4.861.456 3.873.408-988.048-20% Loteamento e obras 287.361 345.845 526.282 180.438 52% Ocupação da via pública 5.834.783 3.133.439 2.500.665-632.774-20% Publicidade 974.688 742.974 359.713-383.261-52% Outros 638.556 639.199 486.748-152.451-24% Total 81.912.578 81.252.764 80.958.563-294.200 0% Em relação às outras receitas próprias destacam-se os rendimentos da propriedade, cuja receita ascendeu a 6,8 milhões de euros, relacionada, sobretudo, com o contrato de concessão com a EDP (4,2 milhões de euros), o contrato de concessão referente ao posto de abastecimento da BP na Av. dos Bons Amigos, no Cacém (1 milhão de euros) e a distribuição de excedentes dos SMAS (770,4 mil euros). As taxas multas e outras penalidades ascenderam a 2,8 milhões de euros e registaram um decréscimo de 203,6 mil euros (-6,9%), consequência da quebra de receita com as taxas referentes a loteamentos e obras (-220,4 mil euros) e das taxas de emolumentos e serviços prestados (188,2 mil euros). Relativamente à venda de bens e serviços correntes que ascenderam a 3,3 milhões de euros, registaram um acréscimo de 1,5 milhões de euros, reflexo, sobretudo da internalização das atividades da EDUCA, nomeadamente os refeitórios escolares (1,1 milhões de euros) e os complexos desportivos (458,7 mil euros). 6

A rubrica outras receitas correntes registou um acréscimo de 3,9 milhões de euros. Este valor está relacionado com a deliberação do executivo municipal que determinou a dissolução e liquidação da empresa municipal HPEM, EEM. Não obstante a internalização dos proveitos, a faturação dos prestadores de serviço continuou a ser emitida em nome da HPEM, EEM deixando a empresa de registar o custo associado, por contrapartida de operações de liquidação, o qual passou a refletir-se nas demostrações financeiras da CMS, quando associado à atividade de limpeza pública, e dos SMAS, tratando-se da atividade de recolha e transporte de RSU. Neste sentido, no âmbito das operações de liquidação registadas no período de abril a outubro de 2014, para a atividade de recolha e transporte de RSU, foi realizada uma transferência financeira dos SMAS para a CMS no montante de 3,8 milhões de euros. A receita própria de capital teve uma expressão diminuta, 586 mil euros, justificada, essencialmente pela venda de bens de investimento, destacando-se a 2.ª tranche da venda da Quinta da Amizade no valor de 290 mil euros e pela compensação urbanística, no montante de 197,4 mil euros. A receita de capital não contempla empréstimos bancários, uma vez que o financiamento de curto prazo contratado não teve qualquer utilização e em relação ao financiamento de médio e longo prazo não existem novas contratações desde 2011. Outras receitas dez-12 dez-13 dez-14 Var. Var. % Taxas multas e outras penalidades 3.282.481 2.963.934 2.760.300-203.634-7% Mercados e feiras 469.225 414.396 391.812-22.584-5% Loteamentos e obras 340.387 342.679 122.261-220.417-64% Manutenção e inspeção de equipamento 606.682 597.050 614.320 17.270 3% Taxas de emolumentos e serviços prestado 425.135 269.523 81.346-188.177-70% Juros de mora 489.710 349.176 806.655 457.479 131% Coimas e penalidades por contra-ord. 403.311 312.241 346.271 34.030 11% Outras 548.030 678.869 397.634-281.235-41% Rendimentos de propriedade 17.400.998 7.167.036 6.814.137-352.899-5% Participações nos lucros de administração 9.970.353 1.477.358 770.437-706.921-48% Juros - sociedades financeiras 904.859 303.730 541.247 237.517 78% Rendas 6.432.677 5.308.681 5.358.992 50.311 1% Outros 93.109 77.268 143.461 66.194 86% Venda de bens e serviços correntes 1.730.772 1.774.155 3.280.469 1.506.314 85% Venda de bens 514.486 574.488 484.663-89.825-16% Serviços 229.173 240.653 1.889.067 1.648.414 685% Rendas 987.113 959.013 906.739-52.275-5% Outras receitas correntes 115.760 17.275 3.948.164 3.930.889 22755% Venda de bens de investimento 167.959 492.418 373.275-119.143-24% Terrenos 155.943 72.418 83.275 10.857 15% Edifícios 10.990 420.000 290.000-130.000-31% Outros 1.027 0 0 0 0% Outras receitas de capital 741.289 759.038 212.722-546.316-72% Indemnizações 14.460 16.918 14.311-2.607-15% Compensação urbanística 726.829 737.796 197.384-540.412-73% Outras 0 4.324 1.027-3.297-76% Total 23.439.260 13.173.855 17.389.067 4.215.212 32% 7

1.1.2. TRANSFERÊNCIAS OBTIDAS As transferências da Administração Central ascenderam a 48,8 milhões de euros, observando-se um decréscimo de 10,4 milhões de euros. As transferências correntes cifraram-se nos 45 milhões de euros, registando-se uma redução generalizada das rubricas, nomeadamente a participação no IRS (-3,7 milhões de euros), o enriquecimento curricular do 1º ciclo (-2,5 milhões de euros) e as refeições e transportes escolares (-1,4 milhões de euros). Inversamente, verificou-se um acréscimo no Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF), com uma cobrança superior em 1,2 milhões de euros (+11,1%), no entanto não se trata de um aumento efetivo face à diminuição observada no FEF de capital. As transferências de capital ascenderam a 3,8 milhões de euros, verificando-se uma diminuição de 3,4 milhões de euros, em relação a igual período anterior. Em sentido inverso ao FEF corrente, o FEF capital decresceu em cerca de 1,3 milhões de euros (-50,6%). A rubrica cooperação técnica financeira reflete o financiamento do Estado em 2014, para a construção da escola EB 2,3 Visconde de Juromenha, no montante de 2,2 milhões de euros. Transferências obtidas dez-12 dez-13 dez-14 Var. Var. % Transferências correntes 48.466.035 51.998.364 45.005.932-6.992.432-13% Fundo equilibrio financeiro 7.909.083 10.545.444 11.715.626 1.170.182 11% Fundo social municipal 5.009.514 5.009.514 5.009.514 0 0% Participação IRS 15.384.898 15.384.898 11.698.379-3.686.519-24% Refeições e transportes escolares 2.349.182 3.020.112 1.581.103-1.439.010-48% Enriquecimento curricular 1.º Ciclo 4.255.388 3.620.595 1.116.073-2.504.522-69% Técnicas ação educativa/pessoal n docente 12.526.947 12.973.213 13.051.851 78.638 1% CAF - prolongamento de horário 575.903 916.302 424.405-491.897-54% Outras transferências correntes 455.119 528.286 408.982-119.304-23% Transferências de Capital 7.080.031 7.154.104 3.776.113-3.377.991-47% Fundo equilibrio financeiro 5.272.722 2.636.361 1.301.736-1.334.625-51% Cooperação técnica financeira 3.950 4.309.793 2.262.090-2.047.703-48% Participação comunitária em projetos 1.596.677 92.841 0-92.841-100% Outras transferências de capital 206.682 115.109 212.287 97.178 84% Total 55.546.066 59.152.468 48.782.045-10.370.423-18% 1.1.3. EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DA RECEITA Em 2014 foi orçada uma receita total de 160 milhões de euros, tendo-se verificado à data do relatório uma taxa de execução de 101% (161,6 milhões de euros cobrados). De salientar, que a generalidade das rubricas, registaram taxas de execução acima de 100%. 8

Execução orçamental da receita Orçado Cobrado Receita Corrente 141.799.134 142.767.565 Taxa execução Impostos diretos 75.724.000 77.085.155 102% Impostos indiretos 3.753.237 3.873.408 103% Taxas, multas e outras penalidades 2.918.600 2.760.300 95% Rendimentos de propriedade 5.742.622 6.814.137 119% Transferências correntes 46.401.854 45.005.932 97% Venda de bens e serviços 3.299.564 3.280.469 99% Outras receitas correntes 3.959.257 3.948.164 100% Receita Capital 3.901.536 4.362.110 Venda de bens de investimento 200.670 373.275 186% Transferências de capital 3.477.866 3.776.113 109% Outras receitas de capital 223.000 212.722 95% Outras Receitas 14.299.330 14.440.399 101% Reposições não abatidas pagamentos 299.330 440.399 147% Saldo da Gerência 14.000.000 14.000.000 100% Total 160.000.000 161.570.074 101% 1.2. DESPESA A despesa realizada pelo Município ascendeu a 123,6 milhões de euros, verificando-se uma diminuição de 26,9 milhões de euros (-17,9%) face ao período homólogo de 2013. A consolidação orçamental efetuada é ainda mais evidente quando comparamos a despesa de 2014 com o nível atingido em 2012, representado um corte de 33% Do total de despesa realizada pela CMS, cerca de 105,7 milhões de euros (85,6%) respeita a despesa corrente e 17,8 milhões de euros (14,4%) a despesa de capital. A redução da despesa em 2014, embora verificada nas duas vertentes, foi mais acentuada na despesa corrente (-15,2 milhões de euros) que na despesa de capital (-11,8 milhões de euros). 9

Despesa realizada dez-12 dez-13 dez-14 Var. Var. % Despesa corrente 129.044.712 120.898.856 105.739.304-15.159.552-12,5% EP: Funcionamento 69.479.139 59.355.923 61.256.518 1.900.595 3,2% GOP: Grandes opções do plano 59.565.573 61.542.933 44.482.786-17.060.147-27,7% Despesa de capital 54.769.118 29.582.296 17.828.485-11.753.811-39,7% GOP: Investimento direto e indireto 15.866.437 18.529.632 5.994.827-12.534.805-67,6% EP: Passivos financeiros 38.902.681 11.052.664 11.833.658 780.994 7,1% Despesa total 183.813.830 150.481.152 123.567.789-26.913.362-17,9% 1.2.1. EXTRA PLANO Ao nível orçamento (extra-plano), a despesa atingiu 73,1 milhões de euros, repartida por 61,3 milhões de euros de despesas de funcionamento e 11,8 milhões de euros de amortização e empréstimos. Relativamente a igual período do ano anterior verificou-se um acréscimo de 2,7 milhões de euros (+3,8%). O aumento decorre das despesas de funcionamento relacionadas com o processo de dissolução das empresas municipais, nomeadamente com a assunção dos encargos das atividades internalizadas. Esta situação também se repercute nas grandes opções do plano (GOP), mas em sentido contrário, tendo em conta que os gastos assumidos pelo Município, agora no funcionamento, quando incorridos pelas empresas, representavam um encargo ao nível das GOP, por via do financiamento no âmbito dos contratos-programa celebrados. Este aumento de despesa (+2,7 milhões de euros) está refletido sobretudo nas despesas com pessoal, consequência da internalização dos colaboradores das empresas Municipais e da atualização das contribuições da Caixa Geral de Aposentações, que passaram de 20% para 23,75%. O impacto destes encargos, foi minimizado pela redução dos vencimentos, na sequência dos cortes instituídos pela Lei do Orçamento de Estado de 2014, bem como pela redução das avenças contratadas. Em relação à despesa com eletricidade e água, o acréscimo verificado, na ordem dos 229,5 mil euros, é o efeito da internalização, com o Município a assumir a gestão de várias instalações, assim, como a despesa com vigilância e segurança, que sofreu um acréscimo de 37,7 mil euros, e limpeza e higiene, com um aumento de 49,8 mil euros. A despesa com impostos e taxas e encargos de cobrança de receita também sofreram ligeiros agravamentos de 78,4 mil euros e 61,7 mil euros, respetivamente. 10

Despesa realizada - extra plano dez-12 dez-13 dez-14 Var. Var. % Funcionamento 69.479.139 59.355.923 61.256.518 1.900.595 3% Pessoal 40.892.741 43.440.306 45.666.996 2.226.690 5% Combustiveis e lubrificantes 596.452 545.860 484.119-61.741-11% Limpeza e higiene 1.125.797 1.117.729 1.167.521 49.792 4% Material de escritório 188.160 227.294 171.604-55.690-25% Prémios, condec., ofertas, art. honorif. dec. 66.838 36.095 21.736-14.359-40% Água e eletricidade 15.636.285 7.872.806 8.102.348 229.542 3% Conservação de bens 460.908 41.662 24.677-16.985-41% Locação de edificios 172.854 163.444 105.551-57.892-35% Comunicações 466.730 326.330 278.833-47.497-15% Seguros 105.695 345.022 295.501-49.521-14% Publicidade 76.901 64.697 43.002-21.695-34% Vigilância e segurança 824.013 651.790 689.449 37.659 6% Assistência técnica e outros trab. espec. 278.987 222.379 238.283 15.904 7% Encargos de cobrança de receita 4.060.609 1.775.349 1.837.020 61.671 3% Juros e outros encargos 3.760.469 2.038.721 1.553.597-485.124-24% Impostos e taxas 239.587 83.107 161.492 78.385 94% Outras 526.114 403.335 414.790 11.456 3% Amortização empréstimos 38.902.681 11.052.664 11.833.658 780.994 7% Total 108.381.820 70.408.587 73.090.176 2.681.590 4% 1.2.2. DÍVIDA BANCÁRIA Ao nível dos passivos financeiros, o serviço da dívida (amortização e juros) atingiu 13,4 milhões de euros, ascendendo a dívida bancária a 67,8 milhões de euros. 11

1.2.3. GRANDES OPÇÕES DO PLANO (GOP) A despesa realizada com ações inscritas nas GOP atingiu os 50,5 milhões de euros, distribuídos por despesas com as transferências correntes e subsídios (46,6%), aquisição de bens e serviços (40,5%), investimento (11,9%) e outras despesas (1%). As transferências correntes são compostas, essencialmente, pelo apoio concedido às Juntas de Freguesia (7,8 milhões de euros), pelo financiamento das atividades relacionadas com a educação, nomeadamente AEC, CAF, PAQUE, entre outras (3,2 milhões de euros), pelo apoio concedido às associações de bombeiros (1,4 milhões de euros) e por transferências para outras instituições sem fins lucrativos (1,5 milhão de euros). Comparativamente com 2013, verificou-se uma redução de 940,8 mil euros na área da educação, principalmente na área das atividades de enriquecimento curricular (-850 mil euros), e de 6,4 milhões de euros nas transferências para a AMTRES, que em 2013 incluía a regularização da cessão de créditos (2,2 milhões de euros), bem como transferências financeiras de equilíbrio de contas para a Tratolixo, EIM, SA, (4,2 milhões de euros). Ao nível dos subsídios, a despesa ascendeu a 8,2 milhões de euros, sendo constituída sobretudo pelas coberturas de prejuízos efetuadas às empresas HPEM, EEM (4,5 milhões de euros) e EDUCA, EEM (3 milhões de euros). Relativamente ao ano anterior, a despesa decresceu 13,9 milhões de euros, consequência de não terem sido celebrados contratosprograma (-17,5 milhões de euros), no âmbito do processo de internalização (com exceção do contrato com a SINTRA QUORUM, EEM, para o Centro Cultural Olga do Cadaval), e em sentido contrário acréscimo das coberturas de prejuízos (+3,7 milhões de euros). No que se refere ao investimento, verifica-se uma diminuição da despesa na ordem dos 12,5 milhões de euros. Do investimento direto (4,4 milhões de euros) realizado este ano destaca-se a obra de construção da EB 2,3 Visconde de Juromenha (1,2 milhões de euros), iniciada no ano 2013, e a obra de remodelação do mercado do Cacém (976,5 mil euros). Quanto ao investimento indireto (1,6 milhões de euros), salientam-se as transferências de capital para as juntas de freguesia (996,3 mil euros) e o apoio concedido na área da ação social (350,5 mil euros). A quebra registada nesta rubrica justifica-se principalmente pelo facto de em 2013 se ter procedido ao reconhecimento da sentença judicial relativa à empreitada de construção do Centro de Ciência Viva, no montante de 2,1 milhões de euros, bem como à obra de construção da EB 2,3 Visconde de Juromenha, iniciada no ano de 2013, no montante de 5,2 milhões de euros. Relativamente às juntas de freguesias importa salientar a diminuição verificada no apoio concedido através do protocolo de limpeza e calcetamento (-308,9 mil euros face a 2013) e pela não atribuição de apoios financeiros pontuais ocorridos em 2013 no montante de 309 mil euros. 12

Relativamente às despesas com a aquisição de bens e serviços, estas incorporam essencialmente o tratamento de resíduos sólidos urbanos (11,4 milhões de euros), aquisições de serviços relativos à gestão escolar para refeições e transporte (2,5 milhões de euros), aquisição de serviços relativos à limpeza pública (1,9 milhões de euros) e informatização (1,1 milhão de euros). O aumento desta rubrica é justificado pela internalização das atividades de refeições escolares, transportes escolares e limpeza pública, que anteriormente eram consideradas em subsídios. Despesa realizada GOP dez-12 dez-13 dez-14 Var. Var. % Transf. correntes e subsídios 42.938.199 44.976.755 23.546.565-21.430.190 52% Investimento direto e indireto 15.866.437 18.529.632 5.994.827-12.534.805 32% Aquisição de bens e serviços 16.285.236 16.066.739 20.430.598 4.363.859 127% Outras despesas 342.138 499.439 505.623 6.183 101% Total 75.432.010 80.072.565 50.477.613-29.594.952 63% Analisando as GOP através da área funcional, e comparando com o período homólogo, verificou-se um decréscimo da despesa realizada, relacionado essencialmente com as funções sociais, nomeadamente ao nível das rubricas educação (- 11,1 milhões de euros), habitação e serviços coletivos (-9,2 milhões de euros), e serviços culturais, recreativos e religiosos (-5,4 milhões de euros). Ao nível da educação, a diferença é justificada pela não celebração dos contratos-programa com a EDUCA, EEM, e com as atividades de enriquecimento curricular. No que concerne à habitação e serviços coletivos, a diminuição verificada deve-se sobretudo ao facto do ano 2013 incluir transferências de equilíbrio para a Tratolixo EIM, SA, no montante de 4,2 milhões de euros, e ainda a regularização da cessão de créditos com a AMTRES, que terminou em novembro de 2013, no montante de 2,2 milhões de euros. Em 2014 não foi celebrado contrato-programa com a HPEM, EEM, relativo à limpeza urbana, tendo-se efetuado cobertura de prejuízos no montante de 4,5 milhões de euros. Relativamente aos serviços culturais, recreativos e religiosos, a variação reside no facto do ano 2013 incluir a despesa extraordinária de 2,1 milhões de euros, relativa ao processo judicial de indemnização do Centro de Ciência Viva, bem como o facto de em 2014 apenas se ter celebrado com a SINTRA QUORUM, EEM, o contrato programa para o CCOC. Ao nível das restantes funções, também se verificaram decréscimos, nomeadamente: funções gerais (-916,7 mil euros) e funções económicas (-2,4 milhões de euros). As outras funções espelham a despesa realizada no âmbito do financiamento atribuído às juntas de freguesia, verificando-se uma diminuição nas transferências de capital, nomeadamente no protocolo da limpeza e calcetamento (- 309 mil euros) e outros apoios financeiros. No que se refere à taxa de realização total das GOP, esta situou-se nos 64%, registando uma redução de 23% face a 2013. 13

Despesa realizada - GOP por funções dez-13 dez-14 Variação Orçado Realizado Tx Realização Orçado Realizado Tx Realização Absoluto % Funções Gerais 6.847.970 4.802.598 70% 8.279.420 3.885.820 47% -916.777 81% Serviços Gerais da Administração Pública 5.088.270 3.125.487 61% 6.682.765 2.436.376 36% -689.111 78% Racionalização dos Serviços 2.935.590 1.842.139 63% 4.073.249 1.683.243 41% -158.896 91% Apetrechamento dos Serviços 1.529.905 904.520 59% 2.103.149 582.460 28% -322.060 64% Comunicação e Imagem 622.775 378.828 61% 506.367 170.672 34% -208.156 45% Segurança e Ordem Pública 1.759.700 1.677.110 95% 1.596.655 1.449.445 91% -227.666 86% Protecção Civil 1.700.650 1.666.427 98% 1.550.655 1.448.739 93% -217.687 87% Polícia Municipal 59.050 10.684 18% 46.000 705 2% -9.978 7% Funções Sociais 66.994.207 60.111.362 90% 51.339.612 34.404.941 67% -25.706.421 57% Educação 24.317.783 22.278.758 92% 16.618.851 11.173.840 67% -11.104.918 50% Ensino não Superior 18.398.567 17.387.541 95% 12.579.941 7.508.324 60% -9.879.216 43% Serviços Auxiliares de Ensino 5.919.216 4.891.217 83% 4.038.910 3.665.515 91% -1.225.702 75% Saúde 245.422 200.924 82% 557.950 154.761 28% -46.162 77% Serviços Individuais de Saúde 0 0-250.000 0 0% 0 - Saúde Médico - Veterinária 245.422 200.924 82% 307.950 154.761 50% -46.162 77% Acção Social 2.125.223 1.611.946 76% 3.219.682 1.659.939 52% 47.993 103% Infância 122.500 1.700 1% 209.500 94.203 45% 92.503 5541% Terceira Idade 61.284 39.918 65% 110.210 16.423 15% -23.495 41% Deficiência 52.796 24.599 47% 32.680 10.481 32% -14.118 43% Minorias Étnicas 86.530 86.429 100% 93.090 60.062 65% -26.367 69% Outras Intervenções 1.802.113 1.459.300 81% 2.774.202 1.478.770 53% 19.470 101% Habitação e Serviços Colectivos 32.739.745 28.942.586 88% 27.121.726 19.729.010 73% -9.213.577 68% Habitação 682.670 409.816 60% 879.620 206.816 24% -203.000 50% Planeamento Urbanístico 168.450 44.787 27% 178.180 49.969 28% 5.182 112% Urbanização 1.896.388 1.580.955 83% 2.425.920 200.079 8% -1.380.877 13% Requalificação Urbana 1.674.311 453.002 27% 1.505.159 382.017 25% -70.985 84% Saneamento 8.221.939 8.221.939 100% 7.740.901 6.460.023 83% -1.761.916 79% Resíduos Sólidos 18.036.186 16.888.322 94% 12.338.046 11.603.979 94% -5.284.343 69% Ambiente 567.969 467.743 82% 648.910 287.818 44% -179.925 62% Parques e Jardins 1.491.832 876.021 59% 1.404.990 538.308 38% -337.713 61% Serv. Culturais, Recreativos e Religiosos 7.566.034 7.077.148 94% 3.821.403 1.687.392 44% -5.389.757 24% Património Histórico-Cultural 1.983.771 1.870.257 94% 1.430.922 734.479 51% -1.135.778 39% Animação Cultural 3.153.391 3.111.705 99% 811.950 578.109 71% -2.533.595 19% Desportos e Tempos Livres 2.388.528 2.083.797 87% 1.459.646 350.034 24% -1.733.763 17% Juventude 25.994 5.396 21% 81.910 15.056 18% 9.660 279% Cemitérios 14.350 5.994 42% 36.975 9.714 26% 3.720 162% Funções Económicas 9.097.209 5.807.385 64% 9.852.294 3.383.893 34% -2.423.492 58% Indústria e Energia 1.326.967 680.002 51% 1.439.346 859.143 60% 179.141 126% Iluminação Pública 1.326.967 680.002 51% 1.439.346 859.143 60% 179.141 126% Transportes e Comunicações 5.847.137 3.937.518 67% 6.313.562 1.343.940 21% -2.593.577 34% Rede Viária e Transportes 5.847.137 3.937.518 67% 6.313.562 1.343.940 21% -2.593.577 34% Comércio e Turismo 1.923.105 1.189.865 62% 2.099.386 1.180.810 56% -9.055 99% Mercados e Feiras 1.799.080 1.110.740 62% 1.547.522 1.038.590 67% -72.150 94% Turismo 84.025 39.125 47% 511.863 142.220 28% 103.095 363% Comércio 40.000 40.000 100% 40.000 0 0% -40.000 0% Outras Funções 9.600.307 9.351.220 97% 9.215.180 8.802.958 96% -548.262 94% Transferências entre Administrações 9.600.307 9.351.220 97% 9.215.180 8.802.958 96% -548.262 94% Total 92.539.694 80.072.565 87% 78.686.505 50.477.613 64% -29.594.952 63% 14

1.2.4. EXECUÇÃO ORÇAMENTAL DA DESPESA A taxa de execução da despesa total (funcionamento e GOP) atingiu os 77%, com o nível de pagamentos a atingir 99% de despesa realizada. Execução orçamental da despesa Orçado Pago Taxa execução Pessoal 46.685.350 45.871.474 98% Aquisição de bens e serviços 52.029.058 33.719.888 65% Juros e outros encargos 2.172.960 1.553.597 71% Transferências correntes 18.254.822 15.177.426 83% Subsídios 8.992.011 8.245.893 92% Outras despesas correntes 1.182.660 774.449 65% Aquisição de bens de capital 16.223.345 4.159.926 26% Transferências de capital 2.611.964 1.574.926 60% Passivos financeiros 11.847.830 11.833.658 100% Total 160.000.000 122.911.236 77% A taxa de execução da despesa total (funcionamento e GOP) atingiu os 77%, com o nível de pagamentos a atingir 99% de despesa realizada. 2. ENTIDADES PARTICIPADAS 2.1. SMAS Em termos patrimoniais os SMAS apresentam uma situação líquida positiva de 90,4 milhões de euros. O ativo é constituído por 75,1 milhões de euros de imobilizado e 32,2 milhões de euros de ativo circulante, destacandose 58,4 milhões de euros de edifícios e outras construções, 18,4 milhões de euros de dívidas a terceiros e 12,2 milhões de euros de depósitos bancários. O passivo da empresa ascendeu a 16,9 milhões de euros, dos quais 8,9 milhões de euros (53%) respeitam a subsídios ao investimento por reconhecer. A entidade não apresenta passivos remunerados. Do ponto de vista financeiro de curto prazo verifica-se um equilíbrio com o ativo circulante a remunerar o passivo circulante. 15

Os proveitos ascenderam 59,3 milhões de euros contra 60,2 milhões de euros de custos, perfazendo um resultado líquido negativo de 863,5 mil euros Os proveitos são constituídos em 54,6 milhões de euros de volume de negócios, verificando-se um aumento de 2,7 milhões de euros, consequência da internalização da atividade de resíduos sólidos urbanos. Os custos são compostos principalmente pelos encargos com a água (13,2 milhões de euros), pessoal (13,8 milhões de euros) e fornecimento e serviços externos (23 milhões de euros), que em conjunto representam 83% do total. O aumento verificado está relacionado com a internalização nos serviços municipalizados da atividade de recolha de resíduos sólidos urbanos e do respetivo pessoal, no âmbito da dissolução da empresa municipal HPEM, EEM. SMAS dez-12 dez-13 dez-14 Var. Estrutura ativo Ativo líquido 113.316.421 108.241.576 107.319.581-921.995 Imob. Líquido/Ativo não corrente 79.440.284 76.117.506 75.150.398-967.108 Ativo circulante/ativo corrente 28.569.612 30.314.292 32.021.651 1.707.359 Acréscimos e diferimentos 5.306.525 1.809.778 147.532-1.662.246 Estrutura Fundos Próprios 0 Património 23.536.626 23.536.626 23.536.626 0 Fundos Próprios 90.488.898 91.651.198 90.411.203-1.239.995 Resultados líquidos 2.268.515 804.069-863.543-1.667.612 Estrutura Passivo 0 Passivo total 22.827.523 16.590.379 16.908.378 318.000 Passivo bancário 0 0 0 0 Passivo MLP 5.447.774 2.174.661 2.174.661 0 Passivo CP 5.857.468 2.749.559 2.390.435-359.124 Forncecedores CP 2.380.801 749.459 1.138.353 388.894 Acréscimos e diferimentos 11.522.280 11.666.159 12.343.283 677.124 Estrutura Demonstração de Resultados Total de rendimentos 58.628.795 57.055.878 59.329.936 2.274.058 Volume de negócios 54.240.946 51.866.781 54.595.959 2.729.179 Tarifa água N/D N/D N/D Tarifa saneamento N/D N/D N/D Tarifa RSU's N/D N/D N/D Total de gastos 56.360.279 56.251.809 60.193.479 3.941.669 Água N/D N/D N/D Saneamento N/D N/D N/D RSU's N/D N/D N/D Gastos exploração 55.929.132 55.956.480 59.725.215 3.768.735 Custos com pessoal 11.866.509 11.875.042 13.773.560 1.898.518 Custos com pessoal/volume de negócios 22% 23% 25% Nº empregados 638 623 Total 514.672.606 491.170.298 502.977.126 11.806.827 N/D - Informação não disponibilizada 16

2.2. EMES A EMES apresenta uma situação líquida positiva de 988,7 mil euros. A estrutura do ativo líquido demonstra uma predominância dos ativos não correntes, que representam cerca de 81% do ativo total, sobretudo disponibilidades financeiras de 787,9 mil euros. O passivo é formado por obrigações de curto prazo, não existindo passivos remunerados, encontrando-se totalmente coberto pelo ativo circulante. Os rendimentos são constituídos, essencialmente, pelo volume de negócios, destacando-se os parques de estacionamento na via pública (responsável pelo acréscimo dos rendimentos). Os gastos são compostos principalmente pelas despesas com pessoal e fornecimento e serviços externos que em conjunto representam 91% do total de gastos. O aumento dos gastos está relacionado com a admissão de novos colaboradores. EMES, EM, SA dez-12 dez-13 dez-14 Var. Estrutura ativo Ativo líquido 823.663 949.359 1.213.302 263.943 Ativo não corrente 162.002 232.028 232.117 89 Ativo corrente 661.661 717.331 981.185 263.854 Estrutura Capital Capital realizado 250.000 250.000 250.000 0 Capital próprio 686.898 848.029 988.742 140.713 Resultado líquido 174.014 161.131 140.713-20.418 Estrutura Passivo Passivo total 136.764 101.330 224.560 87.796 Passivo MLP 0 0 0 0 Passivo CP 136.764 101.330 224.560 123.230 Passivo bancário 0 0 0 0 Forncecedores 13.684 11.847 17.170 5.323 Estrutura Demonstração de Resultados Total de rendimentos 710.610 756.054 803.157 47.103 Volume de negócios 703.170 752.962 789.447 36.485 Parques de estacionamento 237.881 235.337 556.027 Estacionamento via pública 465.289 517.624 233.420 Total de gastos 536.597 594.924 662.444 67.520 Parques de estacionamento 177.270 190.731 N/D Estacionamento via pública 294.092 340.921 N/D Gastos exploração 440.612 494.764 612.971 118.207 Gastos com pessoal 243.121 290.492 402.708 112.216 Gastos com pessoal/volume de negócios 35% 39% 51% Nº empregados 12 15 21 N/D - Informação não disponibilizada 17

2.3. SINTRAQUORUM Em termos patrimoniais a empresa apresenta uma situação líquida negativa de 939,7 mil euros, consequência do processo de reestruturação que decorreu em 2014 e que originou na sua dissolução. O agravamento do passivo está relacionado com as dificuldades de tesouraria da empresa, face à não celebração dos contratos-programa (em 2014 apenas foi celebrado o contrato para o Centro Cultural Olga Cadaval). A empresa registou um resultado líquido negativo no montante de 1,3 milhões de euros. Os níveis de rendimentos e gastos diminuíram, reflectindo a menor atividade da empresa em 2014, face à internalização do MASMO e pela realização do Festival de Sintra através do Município). SINTRA QUORUM, EEM dez-12 dez-13 dez-14 Var. Estrutura ativo Ativo líquido 1.174.818 1.038.869 396.613-642.256 Ativo não corrente 365.902 292.196 237.711-54.485 Ativo corrente 808.916 746.673 158.902-587.771 Estrutura Capital Capital social 199.519 199.519 199.519 Capital próprio 418.214 390.323-939.727-1.330.050 Resultados líquidos -16.656-22.190-1.316.049-1.293.859 Estrutura Passivo Passivo total 756.604 648.546 1.336.341 687.795 Passivo MLP 121.368 34.157 25.774-8.383 Passivo CP 635.236 614.389 1.310.567 696.178 Passivo bancário 0 0 0 0 Forncecedores CP 84.858 129.111 205.406 76.295 Estrutura Demonstração de Resultados Total de rendimentos 2.550.321 2.682.182 521.631-2.160.551 Volume de negócios 428.104 415.428 227.535-187.893 Total de gastos 2.512.977 2.704.373 1.837.680-866.693 Gastos exploração 2.395.541 2.623.724 1.775.024-848.700 Custos com pessoal 1.154.960 1.401.118 962.640-438.478 Nº empregados 60 59 44-15 18

2.4. EDUCA e HPEM As empresas EDUCA, EEM e HPEM, EEM, por se encontrarem num processo de liquidação, têm as suas atividades reduzidas a procedimentos administrativos inerentes à liquidação, não sendo por isso objeto de qualquer análise. EDUCA, EEM dez-14 Estrutura ativo Ativo líquido 39.390.420 Ativo não corrente 37.720.468 Ativo corrente 1.669.951 Estrutura Capital Capital realizado 250.287 Capital próprio 34.432.293 Resultado líquido -2.818.473 Estrutura Passivo Passivo total 4.958.127 Passivo MLP 358.200 Passivo CP 4.599.927 Passivo bancário 0 Forncecedores 60.989 Estrutura Demonstração de Resultados Total de rendimentos 1.827.461 Volume de negócios 1.238.309 Total de gastos 4.645.934 Gastos exploração 4.122.356 Gastos com pessoal 1.010.095 Gastos com pessoal/volume de negócios 82% HPEM, EEM dez-14 Estrutura ativo Ativo líquido 3.013.976 Ativo não corrente 743.032 Ativo corrente 2.270.943 Estrutura Capital Capital realizado 56.497 Capital próprio -2.912.943 Resultado líquido -1.768.505 Estrutura Passivo Passivo total 5.926.918 Passivo MLP 3.868.000 Passivo CP 5.926.918 Passivo bancário 0 Forncecedores 1.486.645 Estrutura Demonstração de Resultados Total de rendimentos 2.944.057 Volume de negócios 2.727.916 Total de gastos 4.712.562 Gastos exploração 4.693.487 Gastos com pessoal 1.177.707 Gastos com pessoal/volume de negócios 43% 3. DÍVIDA A TERCEIROS A dívida a terceiros do Município de Sintra é 83,2 milhões de euros, reportando-se essencialmente a financiamento bancário (67,8 milhões de euros). Salienta-se, ainda, a redução da dívida a fornecedores (-76%). A dívida a outros credores incorpora 5,9 milhões de euros de operações de liquidação junto da EDUCA, EEM e da HPEM, EEM relacionadas com os processos de cedência da posição contratual, cuja tramitação para a CMS não ocorreu no momento da internalização. Não obstante os valores já se encontrarem regularizados junto dos fornecedores, aquando da efetiva extinção das empresas, integrar-se-ão os balanços de liquidação destas, saldando-se os valores registados nos ativos das empresa e no passivo da CMS. 19

U nid : Dividas a terceiros dez-12 dez-13 dez-14 Financiamento bancário 90.715.069 79.662.406 67.828.748 Fornecedores 2.154.162 2.551.315 620.892 Outros credores 7.783.521 5.188.586 14.767.657 Total 100.652.752 87.402.307 83.217.298 Relativamente ao universo municipal, a dívida a terceiros atinge 93,8 milhões de euros, representando a dívida da CMS cerca de 88,7% do total. Divida a terceiros U nid : CMS 83.217.298 SMAS 2.390.435 SINTRA QUORM 1.310.567 EMES 224.560 HPEM 2.058.918 EDUCA 4.599.927 Total 93.801.705 4. DÍVIDA A FORNECEDORES A dívida a fornecedores do universo do Município de Sintra ascendeu a 3,5 milhões de euros, sendo 620 mil euros de dívida da CMS e 1,1 milhões de euros de dívida dos SMAS. No que concerne às empresas, o valor mais significativo advém da HPEM, EEM, cujo valor representa 43% do total. U nid : Dívida a fornecedores < 90 dias > 90 dias Total CMS 620.892 0 620.892 SMAS 1.138.353 0 1.138.353 Educa 0 0 0 Hpem 1.486.645 0 1.486.645 Sintra Quorum 205.406 0 205.406 EMES 11.847 0 11.847 Total 3.463.143 0 3.463.143 20

5. DÍVIDA TOTAL Procedeu-se ao apuramento da dívida total, de acordo com o art.º 52º do Regime Financeiro das Autarquias Locais e das Entidades Intermunicipais, Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, o qual determina que a dívida total das operações orçamentais não podem exceder no final de cada ano 1,5 vezes a média da receita corrente cobrada nos três exercícios anteriores. De acordo com o art.º 54º da referida lei revelam ainda para efeitos de limite da dívida total as seguintes entidades: a) Serviços municipalizados e intermunicipalizados entidades que relevam sempre; b) As entidades intermunicipais e as entidades associativas municipais entidades que relevam sempre; c) As empresas locais, proporcional à participação, direta ou indireta, do município no seu capital social, em caso de incumprimento da regra de equilíbrio de contas (resultado líquido antes de imposto negativo); d) Cooperativas e fundações entidades que relevam sempre; e) Entidades de outra natureza, sempre que se verificar a existência de controlo ou presunção do mesmo entidades que relevam sempre. Dívida total valor Coeficiente* 1. Limite dívida total 298.447.196 1,5 2. Contribuição CMS 79.582.976 0,40 3. Contribuição SEL 4.264.796 0,02 SINTRA QUORUM, E.E.M 1.297.619 EDUCA, E.E.M. 176.378 HPEM, E.E.M. 2.012.096 SMAS 713.787 AMTRES 64.915 4. Dívida total CMS (2+3) 83.847.772 0,42 5. Margem (1-4) 214.599.424 1,08 * coeficiente calculado de acordo com o art.58º da Lei n.º 73/2013 de 3 de setembro 21

NOTA FINAL O Município de Sintra conseguiu arrecadar 161,6 milhões de euros de uma receita estimada de 160 milhões de euros, verificando-se à data uma taxa de execução de 101%. A receita compreende basicamente 98,4 milhões de euros de receitas próprias (81 milhões de euros respeitam a impostos), 48,8 milhões de euros de transferências da Administração Central e 14 milhões de euros de saldo de gerência anterior, sendo que a receita corrente totalizou 142,8 milhões de euros, a receita de capital, 4,4 milhões de euros, e as outras receitas (saldo de gerência anterior e reposições não abatidas), 14,4 milhões de euros. A receita regista uma diminuição de 10,2 milhões de euros (-6%), relacionada sobretudo com o decréscimo das transferências da Administração Central (-10,4 milhões de euros), nomeadamente ao nível do IRS (-3,7 milhões de euros) e enriquecimento curricular (-2,5 milhões de euros). No mesmo sentido, de destacar a redução nas reposições não abatidas nos pagamentos (-3,4 milhões de euros) e na Derrama (-2,3 milhões de euros). Os impostos indirectos também registam uma diminuição (-988 mil euros), nomeadamente na ocupação da via pública (-632,8 mil euros) e publicidade (-383,3 mil euros). Contrariamente, assistiu-se ao acréscimo da cobrança do principal imposto direto, o IMI, com um aumento de 4,7 milhões de euros. A despesa realizada pelo Município ascendeu a 123,6 milhões de euros (77% do valor orçado), uma diminuição de 26,9 milhões de euros (-17,9%) face ao período homólogo de 2013. A despesa paga ascendeu a 122,9 milhões de euros, o que significa uma taxa de execução de 77% - se considerarmos o valor realizado a taxa eleva-se para 99%. A despesa corrente ascendeu a 105,7 milhões de euros, registando-se uma diminuição de 15,2 milhões de euros (- 12,5%) face ao período homólogo de 2013. A despesa de capital totalizou 17,8 milhões de euros, verificando-se um decréscimo na ordem dos 11,7 milhões de euros (-39,7%). No que concerne ao orçamento (extra-plano) a despesa totalizou cerca de 73,1 milhões de euros, o que significa um aumento de 2,7 milhões de euros (+4%) face ao período homólogo de 2013. Este acréscimo está traduzido ao nível do funcionamento, mais concretamente os custos com pessoal (+2,2 milhões de euros), reflexo do processo de internalização. Ao nível das grandes opções do plano a despesa ascendeu a 50,5 milhões de euros, sendo constituída pelas transferências correntes e subsídios, 23,5 milhões de euros, aquisição de bens e serviços, 20,4 milhões de euros, e investimento direto e indireto, 6 milhões de euros. Relativamente ao período homólogo verificou-se uma redução na ordem dos 29,6 milhões de euros, reflexo sobretudo da diminuição de transferências e subsídios, no montante de 21,4 milhões de euros, por via da não celebração dos contratos-programa com as empresas municipais, e das transferências para a AMTRES, que em 2013 incluía valores relativos à cessão de créditos e transferências de equilíbrio para a Tratolixo, EIM, SA. Em resumo, e relativamente à despesa global, conclui-se que a internalização das atividades das empresas permitiu que as mesmas se realizassem com uma economia de custos considerável. 22

No que concerne ao princípio do equilíbrio orçamental definido no Plano Oficial de Contas das Autarquias Locais, verifica-se que a execução orçamental gerou um saldo orçamental positivo de 38,7 milhões de euros, demonstrando um equilíbrio financeiro sustentado, com as despesas a serem cobertas pelas receitas. A dívida a fornecedores do universo municipal ascende 3,5 milhões de euros, contribuindo o sector empresarial local com 1,7 milhões de euros, do qual se destaca a dívida da HPEM, EEM, no montante de 1,5 milhões de euros. Considerando o efeito do financiamento bancário, a dívida total a terceiros da CMS e do seu setor empresarial local, ascendia a 83,8 milhões de euros, cerca de 42% do limite imposto pelo regime financeiro das autarquias. 23