SERVIDOR DE MAPAS PARA AUXILIAR O GERENCIAMENTO DAS ÁREAS DE RISCO M. de Souza*, A. B. Debastiani*, M. B. Santos e M. F. Botelho* * UTFPR, Dois Vizinhos, Brasil e-mail: dark_mds@hotmail.com Resumo/Abstract This study aimed to develop a map server to provide the visualization of areas susceptible to landslides in the state of Parana, especially in southwestern paranaense, was used languages JavaScript, HTML and PHP, integrating API Google maps, database geographic data and the jquery derived of the languages JavaScript as a result was obtained with the server view of the occurrence area, registration of new users, the possibility of manipulation of data (coordinates and shape) inserted by the user, insertion of shape files. Palavras-chave: Servidor de mapas, desmoronamento, PostGis. Introdução Com a crescente urbanização e ações antrópicas sobre o uso do solo, água e declividade têm sido registrados inúmeros desastres naturais no país. Portanto é de grande auxilio para gestores municipais e estaduais ferramentas remotas que identifique às áreas passíveis de deslizamentos de terras nos municípios do Paraná. Para os gestores uma ferramenta interessante teria que possibilitar a divulgação de áreas que já ocorreram e possuam grande probabilidade de deslizamentos de terra. Diante deste fato surge a necessidade de desenvolver um servidor de mapas, que trabalhe com banco de dados espacial e propicie a divulgação dessas áreas de risco. O servidor de mapas é um Sistema de Informações Geográfico (SIG) customizável através da internet que permite a interação do usuário com a informação espacial de forma dinâmica. Funciona enviando ao browser algumas páginas da web, com uma cartografia vetorial e/ou matricial associada [1]. Este trabalho tem como objetivo desenvolver um servidor de mapas para disponibilizar a visualização das áreas suscetíveis a deslizamento de terra no estado do Paraná, especialmente no sudoeste paranaense. Materiais e Métodos Material foi utilizado para este trabalho um notebook, internet (utilizado na UTFPR - campus Dois Vizinhos) e um arquivo shape cedido pelo Mineropar. Método Através das linguagens HTML, JavaScript e PHP, das bibliotecas 1/8
Javascript/jQuery, PostGresSQL/PostGIS e API do Google Maps consegue-se desenvolver um servidor de mapas, pois a interação entre essas linguagem facilitará o desenvolvimento de ferramentas que auxiliarão o gestor a tomada de decisão quanto ao controle de possíveis áreas de desmoronamento, observase na Figura 1. Figura 1 Fluxograma do método. A disponibilização de mapas de risco na internet possibilita ao usuário o acesso a representações gráficas, podendo assim, utilizá-las tanto no processo de analise de risco da área ocupada, quanto facilitando a gestão de planejamento do local desejado [3]. Api Google Maps Application programming interface (interface de programação de uma aplicação). Esta Api da Google possui uma base de dados contendo mapas de todas as regiões mundiais além de possuir ferramentas básicas como a manipulação da visualização de elementos, sendo ainda, estas aplicações de fácil uso. JavaScript É uma Linguagem de programação desenvolvida pela Netscape Communications, para capacitar a linha de produtos desta empresa (browser e Web Server) em uma linguagem básica de scripting, baseada na linguagem Java. Essa linguagem permite o desenvolvimento de páginas interativas, utilizada também como plataforma de integração com outras linguagens (Java, PHP, HTML, etc.), possibilitando a construção de aplicações para uso na Internet e em Intranet [6]. Normalmente a linguagem JavaScript se encontra inserida no código HTML, controlando diferentes elementos da página [6]. Portanto, será analisada esta linguagem para realizar a integração entre a Api da Google maps e a linguagem HTML, pois ela possibilita interatividade do site com os usuários. jquery jquery é uma biblioteca JavaScript leve e compatível com vários browsers, que dá prioridade à interação entre o JavaScript e o HTML. Foi criada por John Resig e disponibilizada em 2006. É uma biblioteca gratuita e open-source, de duas licenças - MIT License e GNU General Public License [7]. A sintaxe do jquery foi pensada para tornar mais simples a navegação numa pagina, selecionar elementos, criar animações, gerenciar eventos e desenvolver aplicações AJAX [7]. Portanto será utilizado o jquery que é baseado na linguagem JavaScript devido 2/8
sua simplicidade em selecionar objetos, gerenciar eventos e desenvolver aplicações o que vem de encontro ao problema de tornar a página mais dinâmica e interativa. PHP segundo [8] é uma das linguagens para web mais utilizadas do mundo, isso porque possibilita trabalhar com as paginas web de forma interativa, possibilitando alterálas, sem a necessidade de modificar o HTML. Logo com o PHP altera-se a página sem alterar o código HTML alterando o banco de dados. Trabalha com diversos bancos de dados, contendo funções que facilitam a integração banco de dados paginas web. Logo utilizaremos essa linguagem PHP para realizar a integração do JavaScript e o banco de dados geográficos pois essa fará a perfeita comunicação entre as informações que tange o banco de dados e a página. Banco de Dados Geográfico é um banco de dados preparado para trabalhar informações espaciais e não espaciais, e tem como objetivo manipular dados de grande complexidade, como mapas e imagens de satélite. Possuem tipos nativos para representar objetos (pontos, retas, polígonos etc.) e funções geométricas (como distância, área, perímetro, interseção entre objetos, transformar coordenada geográfica em coordenada planimétrica etc.). Dentre os principais bancos de dados que possuem extensões geográficas temos o PostgresSQL com a extensão PostGIS e a Oracle com a extensão Oracle Spatial. Sendo o PostgresSQL livre e a Oracle proprietário [9]. Logo foi utilizado o PostGIS pois esse é o banco mais usado devido ser livre. PostGIS É uma extensão do banco de dados objeto-relacional PostgreSQL, que permite que objetos geográficos sejam armazenados em banco de dados, além de ter funções que facilitam o trabalho com os dados geográficos [9]. Resultados Através das linguagens e bibliotecas utilizadas (HTML, javascript, jquery, PHP, PostGIS) foi desenvolvido um servidor de mapas, observa-se na Figura 2. Figura 2 Servidor de Mapas. Para garantir a confiabilidade dos dados dispostos no servidor, foi implementado restrições. 3/8
Primeira restrição para ter acesso a área restrita, onde pode manipular dados sobre deslizamentos, o usuário deve preencher um formulário, que será inserido no banco e enviado para o administrador do servidor de mapas, observa-se na figura 3. Figura 4 Formulário ponto. Figura 3 Formulário usuário. Segunda restrição o usuário só terá acesso aos seus dados cadastrados, caso o usuário discorde de alguns dados disponíveis no servidor, devera enviar um e-mail para o autor dos dados. Acessando a área restrita, o usuário tem um menu com as opções ponto ou shape. Na opção ponto é possível manipular uma coordenada de onde ocorre deslizamento, caracterizando quanto a sua periculosidade (alta, média ou baixa), descrevendo característica da mesma, observa-se na Figuras 4 e 5. Figura 5 Manipulação dos dados. Na opção shape o usuário pode inserir ou deletar um shape. Na inserção o arquivo é salvo em uma pasta no servidor, necessitando trabalho do administrador para a inserção no banco, observa-se nas Figuras 6 e 7. Figura 6 Formulário Arquivo shp. 4/8
Figura 7 Manipulação do arquivo shp. A visualização dos dados pode ser realizada por qualquer usuário, na pagina de abertura do servidor de mapas, com indicação dos pontos de ocorrência e os polígonos que continham no shape, observa-se nas Figuras 8 e 9. Figura 9 Visualiza Poligono. Discussão A biblioteca JavaScript/jQuery mostrou ser de fácil compreensão e interação. Possibilitou a manipulação dos elementos da pagina de forma dinâmica, no relacionamento com a Api do Google Maps como observa-se na Figura 10. Figura 8 Visualiza dados. Figura 10 Script para a criação do mapa. Na Figura 10 descreve o código utilizado para a criação do mapa. Este código é JavaScript/jQuery, no objeto myoptions, pode-se moldar o mapa da forma que se deseja. A variável zoom indica a escala do mapa, a variável center indica que 5/8
coordenada será no centro do mapa e a variável maptypeid altera o tipo do mapa, a Google dispõem de vários tipos de mapas (por exemplo, ROADMAP aponta para o modo de exibição padrão, SATELLITE exibe imagens de satélite, HYBRID exibe uma mistura de pontos de vista normais e de satélite e TERRAIN mostra um mapa físico com base na informação do terreno). Com o código new Google.maps.Map cria-se o mapa, sendo necessário o envio por parâmetro do id do elemento onde vai ser criado o mapa e do objeto com as opções desejadas no mapa. Nos formulários (cadastros de pontos e shapes, Figura 4) a biblioteca JavaScript/jQuery tornou possível desenvolver uma técnica de desabilitar os campos e esperar que o usuário decida que ação quer realizar e facilitou a comunicação com o PHP, sem a necessidade de atualizar a página que encontra-se em outra estrutura de linguagem, observa-se na Figura 11. O PHP é uma linguagem fácil de usar, possui muitos exemplos encontrados na internet indicam seu funcionamento. A Figura 12 apresenta um exemplo da código PHP para iniciar a comunicação com um banco de dados. Figura 12 Código para criação da conexão com o banco de dados. O banco de dados geográficos PostgresSQL/PostGIS tem muitas funções que facilita o trabalho com dados geográficos. Nesse sentido destaca-se uma ferramenta para a inserção de shape, (PostGIS Shapefile Import/Export Manager) observa-se na Figura 13. Que foi muito útil para a inserção dos shapes adquiridos pelo site, sendo fácil de trabalhar com esta ferramenta. Figura 11 Código JavaScript/jQuery formulário. 6/8
usabilidade, investigar ícones que represente o desmoronamento, trabalhar com as primitivas cartográficas e sua influencia na interpretação dos mapas. Conclusão A interação das linguagens HTML, JavaScript e PHP, com as bibliotecas JavaScript/jQuery, PostGIS e API da Google Maps possibilitou a criação de um servidor de mapas dinâmico com interatividade, de forma fácil de desenvolvimento. Agradecimentos Figura 13 Ferramenta PostGIS. O servidor de mapas desenvolvido pode facilitar a gestão de áreas de risco de desmoronamento, uma vez que pesquisadores podem inserir informações sobre as pesquisas de desmoronamento. Este método desenvolvido possibilitou interatividade, dinamismo do usuário com o servidor de mapas, sendo indicado a interação das linguagens HTML, JavaScript e PHP, com as bibliotecas JavaScript/jQuery, PostGIS e API da Google Maps. Porém, ainda necessita desenvolver outras ferramentas, como uma ferramenta para exportar mapas em alguns formatos (pdf, shape), realizar testes de Agradeço ao meu orientador Mosar Faria Botelho, aos meus colegas que me auxiliaram, Aline Debastiani, Marcielli Borges, Mauro Albrecht e a UTFPR que financiou a pesquisa. Referências [1] Parma, G. C., (2007) Mapas Cadastrais na internet: Servidores de mapas, In: Anais XIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Florianópolis, 21 26 de Abril, Disponível em <http://marte.dpi.inpe.br/col/dpi.inpe.br/sbsr% 4080/2006/11.16.00.04/doc/1311-1319.pdf> acesso em 20 de junho de 2012. 7/8
[2] Marcelino, E. V., Nunes, L. H., Kobiyama, M. (2006) Mapeamento de risco de desastres naturais do estado de Santa Catarina. Caminhos de Geografia, Instituto de Geografia, UFU. [3] Almeida et al. (2010) Sistema de gestão de risco de inundações urbanas baseado em web mapping. Monografia (Graduação Engenharia Ambiental) Universidade Federal de São Carlos, UFSCAR. [8] Niederauer, J. (2011) Desenvolvendo Websites com PHP. 2 edição, São Paulo, Novatec Editora. [9] Boss, A. M., Experimentos com Padrões e Ferramentas Abertos para Suportar Acesso Integrado a Dados Geograficos pela Defesa Civil. Monografia, Departamento de Informática e Estatistica Sistemas de Informação, UFSC, Florianópolis, 63 p. [4] MINEROPAR (2009), Mineropar Serviços Geológicos do Paraná, Disponível em: <http://www.mineropar.pr.gov.br>, acesso em 22 de junho de 2012. [5] Miranda, J. I. (2005) Fundamentos de Sistemas de Informação Geográfica, Embrapa Informação Tecnológica, Brasília - DF. [6] Medeiro, L. C., Olivera, L. C. S., Silva, M. M. Sistema de disponibilização de informações geográficas do estado de goiás na internet (SIG OnLine). Monografia (Graduação em Tecnologia de Geoprocessamento), Departamento de Geomática, CEFET-GO, Goiás, 45 p. [7] Carvalho, F., Almeida, J. M. (2010) Novas Tecnologias de Animação na Web, Sistemas Multimédia. 8/8