PROPOSTA DE ALTERAÇÃO AO PROCEDIMENTO N.º 6 DO MANUAL DE PROCEDIMENTOS DA QUALIDADE DE SERVIÇO DO SETOR ELÉTRICO DOCUMENTO JUSTIFICATIVO

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PROPOSTA DE ALTERAÇÃO AO PROCEDIMENTO N.º 6 DO MANUAL DE PROCEDIMENTOS DA QUALIDADE DE SERVIÇO DO SETOR ELÉTRICO DOCUMENTO JUSTIFICATIVO Julho 2014 ENTIDADE REGULADORA DOS SERVIÇOS ENERGÉTICOS

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ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO... 1 2 ALTERAÇÃO DO N.º 2 DO PROCEDIMENTO N.º 6 DO MPQS... 3 3 ALTERAÇÃO DO N.º 3 DO PROCEDIMENTO N.º 6 DO MPQS... 5 3.1 Antecedentes... 5 3.2 Definição do indicador a considerar na componente 2 do mecanismo... 6 3.2.1 Breve caraterização das redes elétricas de Portugal continental... 6 3.2.2 Caraterização dos PT existentes... 9 3.2.3 Desempenho dos PT quanto à continuidade de serviço... 2 3.2.4 SAIDI MT e SAIDI MT 5% dos últimos 4 anos...12 3.2.5 Média deslizante do SAIDI MT 5%...12 3.3 Estrutura proposta para a componente 2 do mecanismo de incentivo à continuidade de serviço... 13 3.3.1 Proposta prévia do operador da RND...13 3.3.2 Proposta da ERSE no âmbito da presente consulta pública...14 i

1 INTRODUÇÃO O mecanismo de incentivo à melhoria da continuidade de serviço aplica-se ao operador da Rede Nacional de Distribuição de Eletricidade em alta e média tensão em Portugal continental (RND) e tem o duplo objetivo de promover a continuidade global de fornecimento de energia elétrica e de incentivar a melhoria do nível de continuidade de serviço dos clientes pior servidos, tendo, respetivamente, duas componentes que refletem os dois objetivos. Este mecanismo de incentivo encontra-se estabelecido no Procedimento n.º 6 do Manual de Procedimentos da Qualidade de Serviço do setor elétrico (MPQS), aprovado pelo Regulamento n.º 455/2013, publicado no Diário da República, 2.ª série, de 29 de novembro. A componente 1 concretiza o primeiro objetivo do mecanismo, associado à promoção da melhoria da continuidade global de fornecimento de energia elétrica na RND e é estabelecida no n.º 2 do Procedimento n.º 6 do MPQS. Fazendo-se um balanço positivo da sua aplicação, esta componente do mecanismo de incentivo encontra-se estabelecida desde 2001 (inicialmente no Regulamento Tarifário da ERSE), tendo sido aplicada a partir do ano de 2003. Por sua vez, o segundo objetivo, relativo à melhoria do nível de continuidade de serviço dos clientes pior servidos, foi introduzido no âmbito da alteração regulamentar do Regulamento Tarifário ocorrida na preparação do período regulatório 2012-2014, através de uma proposta inicial do operador da RND. A sua concretização realizou-se através da introdução de uma segunda componente dedicada do referido mecanismo de incentivo. No entanto, por dificuldades na obtenção da informação necessária ao estabelecimento do mecanismo de incentivo, a operacionalização desta segunda componente não foi possível de imediato. Durante a preparação do primeiro Regulamento da Qualidade de Serviço (RQS) do setor elétrico aprovado pela ERSE e do respetivo MPQS, publicados em novembro, foi identificada novamente a necessidade da sua concretização, pelo que, no n.º 3 do Procedimento n.º 6 do MPQS, se estabeleceu que a forma de cálculo do valor da componente 2 do incentivo seria definida em posterior Diretiva da ERSE. Após a publicação do RQS e do MPQS, o operador da RND disponibilizou informação sobre o tema e apresentou uma proposta de estrutura para a componente 2 do mecanismo de incentivo à melhoria da continuidade de serviço, em sede do documento Informação previsional para o período de regulação 2015-2017, relativo à definição dos parâmetros para o novo período de regulação 2015-2017 que se encontra em preparação pela ERSE. Tendo em consideração a referida proposta do operador da RND e após análise da informação disponibilizada, a ERSE preparou a proposta de alteração da redação do procedimento n.º 6 do MPQS do setor elétrico que, agora, se coloca a consulta, em conjunto com o presente documento justificativo. 1

A aprovação pela ERSE da estrutura da componente 2 do mecanismo de incentivo à melhoria da continuidade de serviço vai permitir que os seus parâmetros possam ser considerados no processo de aprovação dos parâmetros para o novo período de regulação 2015-2017 do setor elétrico que irá ocorrer a partir de 15 de outubro próximo. Desta forma, estarão reunidas as condições para que a aplicação da componente 2 do mecanismo de incentivo tenha início em 2015. Deste modo, é de realçar que os parâmetros da componente 2 do mecanismo de incentivo não se encontram em análise na presente consulta. Aproveita-se ainda a oportunidade desta alteração do Procedimento n.º 6 do MPQS para se propor uma clarificação relativa ao indicador END que é utilizado na componente 1 do mesmo mecanismo e que se encontra estabelecida no n.º 2 do referido procedimento do MPQS. A presente consulta com carácter simplificado é realizada nos termos do n.º 3 do Artigo 9.º dos Estatutos da ERSE, publicados no Decreto-Lei n.º 84/2013, de 25 de junho, e ao abrigo do n.º 3 do artigo 6.º do já referido Regulamento da Qualidade de Serviço do setor elétrico, solicitando-se comentários até ao próximo dia 15 de setembro. Os comentários deverão ser enviados à ERSE por escrito e por correio eletrónico para o seguinte endereço: mpqs2014@erse.pt. Todos os comentários recebidos no âmbito deste processo de consulta serão publicados pela ERSE na sua página na Internet, salvo indicação em contrário. A proposta de alteração do MPQS também poderá ser acedida através do portal de ERSE na Internet na página relativa à Revisão do MPQS 2014 dos documentos complementares do RQS do setor elétrico. 2

2 ALTERAÇÃO DO N.º 2 DO PROCEDIMENTO N.º 6 DO MPQS No contexto do RQS em vigor, julga-se necessária uma clarificação relativa ao indicador END que é utilizado na componente 1 do mecanismo de incentivo à melhoria da continuidade de serviço e que se encontra estabelecida no n.º 2 do Procedimento n.º 6 do MPQS. Deste modo, em consequência das alterações introduzidas no RQS publicado em novembro de 2013 relativas à classificação de interrupções de fornecimento de energia elétrica, designadamente o conceito de evento excecional, propõe-se a introdução no n.º 2 do Procedimento n.º 6 do MPQS de uma alteração na definição do indicador END em que se clarifica que a energia não distribuída utilizada pelo mecanismo, expressa em kwh, se refere à energia não distribuída envolvida na totalidade dos incidentes ocorridos anualmente, excluídos aqueles que forem classificados como eventos excecionais pela ERSE. 3

3 ALTERAÇÃO DO N.º 3 DO PROCEDIMENTO N.º 6 DO MPQS 3.1 ANTECEDENTES O Procedimento n.º 6 do MPQS estabelece o mecanismo de incentivo à melhoria da continuidade de serviço, previsto no Artigo 22.º do RQS do setor elétrico. O n.º 3 do Procedimento n.º 6 do MPQS prevê que o racional que irá permitir calcular o valor da componente 2 do incentivo à melhoria da continuidade de serviço na rede de distribuição em média tensão (MT), relativo à melhoria do nível de continuidade de serviço dos clientes pior servidos, irá ser definido em futura Diretiva da ERSE. Este segundo objetivo do mecanismo de incentivo à melhoria da continuidade de serviço na rede de distribuição em MT foi introduzido no âmbito da alteração regulamentar do Regulamento Tarifário ocorrida na preparação do período regulatório 2012-2014, a partir de uma proposta inicial do operador da RND, com a qual a ERSE se reviu. Por dificuldades na obtenção da informação, a operacionalização desta componente do mecanismo não foi possível, tendo a necessidade da sua concretização sido novamente identificada durante a preparação do primeiro Regulamento da Qualidade de Serviço do setor elétrico aprovado pela ERSE e do respetivo MPQS, que foi publicado em novembro passado. Optou-se, na altura, por prever a existência de uma componente 2 do mecanismo no Procedimento n.º 6 do MPQS e assumir que a sua preparação e discussão iria ocorrer em momento posterior. Desde essa altura, a ERSE e o operador da RND têm trocado informação sobre o tema e a ERSE passou a ter disponível a informação que considera suficiente para poder avançar com a discussão de uma proposta de estrutura para a componente 2 do mecanismo de incentivo. Entretanto, o operador da RND apresentou uma proposta para a componente 2 do mecanismo de incentivo à melhoria da continuidade de serviço, em sede do documento Informação previsional para o período de regulação 2015-017, que foi considerada no processo de preparação da proposta que a ERSE coloca agora em consulta. É de realçar que se encontra assumido que a operacionalização de uma componente 2 do mecanismo não irá alterar o valor máximo do prémio ou da penalidade que resultará anualmente da aplicação do mecanismo de incentivo à melhoria da continuidade de serviço. Esta questão será clarificada em sede de propostas para a definição de parâmetros para o período regulatório 2015-2017. 5

3.2 DEFINIÇÃO DO INDICADOR A CONSIDERAR NA COMPONENTE 2 DO MECANISMO O primeiro exercício esteve relacionado com a definição do indicador que melhor carateriza o desempenho da rede elétrica em relação aos clientes pior servidos em termos de continuidade de serviço. Partindo da caraterização do sistema elétrico nacional foram analisadas diferentes alternativas possíveis, tendo-se concluído que o desempenho em termos da continuidade de serviço usufruída pelos clientes pior servidos deveria ser caracterizado pela média deslizante dos últimos três anos da duração média anual das interrupções em MT (SAIDI MT), calculada para os 5% dos PT que apresentam pior valor de SAIDI MT. Para justificar a proposta, apresentam-se, de seguida, os passos que permitiram esta conclusão: Caraterização das redes elétricas e dos PT na interface entre a MT e as redes de baixa tensão (BT) que alimentam. Caraterização dos PT existentes e a sua distribuição por Portugal continental. Desempenho dos PT quanto à duração das interrupções e SAIDI MT como indicador para a identificação dos clientes piores servidos. Média deslizante de SAIDI MT calculado para os 5% dos PT que apresentam pior valor de SAIDI MT. 3.2.1 BREVE CARATERIZAÇÃO DAS REDES ELÉTRICAS DE PORTUGAL CONTINENTAL A rede elétrica nacional está estruturada na Rede Nacional de Transporte de Eletricidade em Portugal continental (RNT), na RND e nas redes de distribuição de BT, conforme se apresenta na Figura 3-1. 6

Figura 3-1 Estrutura da rede elétrica nacional RNT RND Redes Baixa Tensão A RND engloba as redes de distribuição de alta tensão (AT) e de MT. A interligação à RNT faz-se através dos pontos injetores da RNT que correspondem às saídas das subestações da RNT que transformam o nível de tensão muito alta tensão (MAT) em AT. Existem 62 injetores da RNT na RND e ainda 67 utilizadores em MAT (produtores e consumidores) que se distribuem, referentes a 31 de dezembro de 2013, de acordo com o Quadro 3-1. Quadro 3-1 Pontos de receção e entrega da RNT em 31 de dezembro de 2013 Pontos de receção e entrega da RNT Número Interligações com Espanha 8 Centros electroprodutores 53 Hídricos 22 Eólicos 21 Térmicos PRO 7 Térmicos PRE 3 Pontos de entrega a clientes MAT 14 Subestações MAT/AT com ligação à RND 62 Total 137 7

No nível AT da RND existem 447 utilizadores em AT que se encontram ligados diretamente às saídas de AT das subestações da RND e existem 375 subestações AT/MT. O Quadro 3-2 apresenta a distribuição dos utilizadores AT, referida 31 de dezembro de 2013. Quadro 3-2 Pontos de receção e entrega da rede AT em 31 de dezembro de 2013 Pontos de receção e entrega da rede AT Número Injetores da RNT 62 Centros electroprodutores PRE 167 Eólicos 95 Térmicos 38 Hidricos 30 Fotovoltaicos 4 Pontos de entrega a clientes AT 280 Subestações AT/MT da RND 375 Total 884 No nível MT da RND existem ainda 36 subestações MT/MT. A interligação com o nível AT faz-se através das 3616 saídas das subestações AT/MT e MT/MT. Por sua vez, a interligação da RND com as redes de distribuição em baixa tensão ocorre nos PT que transformam o nível de tensão MT em BT. O Quadro 3-3 apresenta a distribuição dos utilizadores MT, referida 31 de dezembro de 2013. Quadro 3-3 Pontos de receção e entrega da rede MT em 31 de dezembro de 2013 Pontos de receção e entrega da rede MT Número Subestações AT/MT 375 Subestações MT/MT 36 Centros electroprodutores PRE 421 Térmicos 156 Eólicos 120 Hidricos 105 Fotovoltaicos 40 Pontos de entrega a clientes MT (PTC) 23538 Postos de Transformação da RND (PTD) 66023 Total 90393 A análise realizada pela ERSE à estrutura das redes elétricas de Portugal continental, atrás apresentada, permitiu concluir que os postos de transformação de MT para BT são uma aproximação aceitável do universo dos mais de 6 milhões de clientes ligados às redes de distribuição, para efeito de avaliação da qualidade de serviço. 8

]0; 50] ]50; 100] ]100; 200] 200; 500] ]500; 1000] ]1000; 2000] ]2000; 5000] ]5000; 10000] ]10000; 16000] 1 2 ]2; 5] ]5; 10] ]10; 20] ]20; 50] ]50; 100] ]100; 200] ]200; 500] ]500; 1000] ]1000; 2000] Número de PT Número de PT 3.2.2 CARATERIZAÇÃO DOS PT EXISTENTES É de notar que, apesar da informação anterior de caraterização das redes elétricas se referir a 31 de dezembro de 2013, para análise do desempenho em termos de continuidade de serviço, a informação disponibilizada pelo operador da RND refere-se ainda a 31 de dezembro de 2012. A 31 de dezembro de 2012 existiam 23 235 PTC que alimentavam os respetivos proprietários (clientes em MT) e 64 976 PTD que alimentavam, através das redes de distribuição em BT, os 6 078 245 de clientes de BT existentes em Portugal continental. A Figura 3-2 apresenta a distribuição do número de PT por classes de potência dos respetivos transformadores e a Figura 3-3 apresenta a distribuição do número de PT por número de clientes. Figura 3-2 Número de PT por classes de potência Figura 3-3 Número de PT por classes de número de clientes ligados 30000 30000 25000 7805 PTD PTC 25000 PTD PTC 20000 15000 10000 5000 0 2551 9248 4089 15220 3339 6744 20577 3590 11312 1223 1748 531 95 12 107 6 0 20000 15000 10000 5000 0 23 235 12890 12849 11323 7729 4527 2457 3539 3426 5006 808 36 Potência instalada (kva) Número de clientes Deste modo, constata-se que, em 2012, existiam 9248 PTD e 2551 PTC com 50 kva e 12 PTC com potência instalada nos seus transformadores entre os 10 e os 16 MVA. Por sua vez, constata-se que existiam 4527 PTD que estavam ligados unicamente a um cliente e 36 outros PTD que se encontravam ligados a um número de clientes que se situa entre os 1000 e os 2000. A análise mais aprofundada dos dados permite concluir que a potência média dos PTC existentes em Portugal continental é de 452 kva e o valor máximo da potência de um PTC é de 15 830 kva. Quanto aos PTD, o valor médio da potência instalada é de 302 kva e o PTD com maior potência instalada apresenta um valor de 8 MVA. Por outro lado, enquanto o valor médio do número de clientes ligados aos PTD é de 94, o número máximo de clientes ligados a um único PTD é de 1735. 9

A distribuição do número de PT e da potência instalada em PT por concelho são apresentadas na Figura 3-4 e na Figura 3-5. Figura 3-4 Número de PT por concelho Figura 3-5 Potência instalada em PT por concelho A distribuição dos PT (23 235 PTC e 64 976 PTD) pelo território relaciona-se com a distribuição dos clientes de MT e dos mais de 6 milhões de clientes de BT existentes em Portugal continental. 3.2.3 DESEMPENHO DOS PT QUANTO À CONTINUIDADE DE SERVIÇO A ERSE, em conjunto com o operador da RND, desenvolveu várias análises à informação disponível, com o objetivo de identificar os clientes com piores níveis de continuidade de serviço. Na sequência dessas análises concluiu-se que a caraterização da duração das interrupções ocorridas nos PT será uma boa base para a identificação dos clientes pior servidos, em termos de continuidade de serviço, e para a atuação do operador da RND, em prol da redução das assimetrias de qualidade de serviço. Optou-se por centrar o esforço de correção das assimetrias nos PT que apresentassem com alguma persistência a maior duração anual de interrupções e, assim, por identificar os 5% dos piores PT. A Figura 3-6 e a Figura 3-7 apresentam a distribuição do número de PTD por classes de duração das interrupções que sofreram durante os quatro anos de 2009 a 2012. A Figura 3-6 apresenta uma escala linear no eixo das ordenadas e, para realçar o grande leque de duração de interrupções a que os PTD estão sujeitos, a Figura 3-7 apresenta os mesmos dados com uma escala logarítmica no eixo das ordenadas.

Figura 3-6 Histograma do número de PTD em função da duração de interrupções ocorridas de 2009 a 2012 (escala linear no eixo das ordenadas) Figura 3-7 Histograma do número de PTD em função da duração de interrupções ocorridas de 2009 a 2012 (escala logarítmica no eixo das ordenadas) Sem PT Por sua vez, concentrando-se na distribuição dos 5% dos PTD que apresentam pior desempenho em termos de continuidade de serviço nos quatro anos em análise, obtêm-se a Figura 3-8. Figura 3-8 Histograma do número de PTD em função da duração de interrupções ocorridas de 2009 a 2012 onde se contabilizam somente os 5% dos PTD com pior desempenho (escala linear no eixo das ordenadas) 11

Havendo uma relação direta dos PT com os clientes que estes alimentam, assumiu-se que atuar nos PT será a forma mais eficiente para melhorar o desempenho quanto à continuidade de serviço usufruída pelos clientes pior servidos. 3.2.4 SAIDI MT E SAIDI MT 5% DOS ÚLTIMOS 4 ANOS Considerar o valor da média anual da duração das interrupções sentidas pelos PT de Portugal continental equivale a calcular o valor anual do indicador SAIDI MT. Por sua vez, obter-se-á o valor do indicador SAIDI MT 5% analisando unicamente os PT pior servidos que se encontrem entre os 5% com maior duração de interrupções em cada ano. O Quadro 3-6 apresenta os valores obtidos para o SAIDI MT e SAIDI MT 5% de 2009 a 2012 Quadro 3-6 Valores anuais de SAIDI MT e SAIDI MT 5% (PTD) SAIDI MT (minutos) SAIDI MT 5% (minutos) 2009 151,2 918,1 2010 153,3 940,2 2011 97,5 582,5 2012 78,3 530,1 3.2.5 MÉDIA DESLIZANTE DO SAIDI MT 5% A elevada variabilidade apresentada pelos valores anuais de SAIDI MT e de SAIDI MT 5% levaram a que a ERSE e operador da RND acordassem em utilizar uma média deslizante dos últimos três anos do SAIDI MT como indicador para a componente 2 do mecanismo de incentivo à melhoria da continuidade de serviço. Estando disponíveis dados relativos aos anos de 2009, 2010, 2011 e 2012 foi possível trabalhar com dois conjuntos de valores que correspondem à média das durações sentidas em cada um dos PT em 2009, 2010 e 2011 e à média das durações sofridas em cada um dos PT em 2010, 2011 e 2012. O Quadro 3 7 apresenta os novos valores obtidos considerando as referidas médias deslizantes. 12

Quadro 3-7 Análise estatística da duração de interrupção dos PTD considerando a média deslizante dos últimos três anos Média deslizante SAIDI MT (minutos) Média deslizante SAIDI MT 5% (minutos) 2011 134,0 813,6 2012 109,7 684,3 Existe a expetativa do operador da RND poder disponibilizar à ERSE os dados de 2013 durante o mês de setembro de 2014, o que permitirá apresentar os valores correspondentes à média das durações sofridas em cada um dos PT em 2011, 2012 e 2013, em sede de proposta de parâmetros para o período regulatório 2015-2017. Deste modo, com a opção adotada para o indicador a utilizar na componente 2, o mecanismo pretende garantir uma atenção especial aos clientes pior servidos, assegurando uma melhoria continuada da média deslizante do SAIDI MT 5% (SAIDI MT dos 5% dos PT com pior valor de SAIDI MT) que se deverá aproximar dos valores de SAIDI MT. 3.3 ESTRUTURA PROPOSTA PARA A COMPONENTE 2 DO MECANISMO DE INCENTIVO À CONTINUIDADE DE SERVIÇO 3.3.1 PROPOSTA PRÉVIA DO OPERADOR DA RND Tendo em consideração o enquadramento regulamentar e a evolução registada nos últimos anos, designadamente em termos de redução das assimetrias regionais, o operador da RND fundamentou a sua proposta para a definição da componente 2 do incentivo à continuidade de serviço nos seguintes critérios gerais: Assentar na informação sobre a duração das interrupções registadas em todos os pontos de entrega em MT (Postos de Transformação de serviço público e de clientes PTD e PTC); Considerar a informação sobre a duração de todas as interrupções acidentais, excluindo eventos excecionais; Considerar como valor de referência a média das durações das interrupções verificadas nos 5% piores pontos de entrega em MT em termos de continuidade de serviço em cada um dos três anos anteriores, de modo a constituir uma referência mais estável; 13

Estabelecer um incentivo simples, objetivo e facilmente mensurável, atribuindo o mesmo peso a todos os pontos de entrega em MT (sem diferenciação por zona de qualidade de serviço, número de clientes ou potência instalada). Por outro lado, o operador da RND considerou que, existindo já compensações por incumprimento dos padrões individuais e tratando-se de um incentivo complementar à componente 1, a componente 2 deveria constituir um prémio ao ORD para reduzir a duração das interrupções nos PT com pior continuidade de serviço, defendendo que, por essas razões, o valor máximo do prémio da Componente 2 deve ser inferior ao da componente 1 (atualmente envolvendo 5 milhões de euros). Para o efeito, o operador da RND apresentou a proposta de estrutura exposta na figura 3-9. Figura 3-9 Proposta o operador da RND para a estrutura da componente 2 do incentivo O incentivo teria como valor de referência o indicador Y horas correspondente à média das durações das interrupções verificadas nos 5% piores pontos de entrega em MT em termos de continuidade de serviço em cada um dos três anos, de modo a constituir uma referência mais estável, representado no eixo horizontal da figura anterior em horas. Por sua vez, o eixo vertical representa o valor do incentivo, em Euros, sendo o prémio máximo atingido se a média do tempo de interrupção dos 5% piores PT for inferior a Z horas. Se a média do tempo de interrupção verificado num determinado ano estiver entre Z horas e Y horas, o prémio seria inferior ao máximo, de acordo com o declive da reta a ser aprovado pela ERSE. Se por outro lado, se verificar um tempo médio de interrupção superior a Y horas nos 5% piores PT, não haverá lugar ao pagamento de prémio ao operador da RND. 3.3.2 PROPOSTA DA ERSE NO ÂMBITO DA PRESENTE CONSULTA PÚBLICA Havendo acordo com o indicador a utilizar para representar o desempenho em termos da continuidade de serviço prestada aos clientes piores servidos, a análise da ERSE centrou-se na proposta do operador 14

da RND de uma estrutura de incentivo que é assimétrica e não apresenta uma componente de penalidade caso o desempenho da rede se degrade excessivamente face ao estabelecido como referência. Pesando os argumentos apresentados pelo operador da RND com as vantagens de uma estrutura simétrica do mecanismo de incentivo, a ERSE decidiu não aceitar a proposta do operador da RND e preparou uma proposta de estrutura da componente 2 do mecanismo de incentivo com uma componente simétrica de incentivo e de penalidade, função de um valor de referência, e uma zona morta que isenta variações em torno da referência associadas a aspetos externos à rede, S. Considera-se não haver sobreposição entre uma estrutura simétrica do incentivo e a existência de compensações individuais no caso do incumprimento dos padrões individuais estabelecidos no RQS. O caso concreto das compensações individuais incide sobre o nível mínimo de desempenho que o operador das redes assume individualmente com cada cliente ao cumprir um determinado padrão mínimo de qualidade. Por sua vez, a abordagem da componente 2 do incentivo é uma abordagem sistémica na qual se envolve um coletivo de clientes que correspondem, neste caso, aqueles que são os 5% pior servidos. Na figura 3-10 apresenta-se a proposta de estrutura da componente 2 do mecanismo de incentivo que corresponde à proposta de alteração do estabelecido no n.º 3 do Procedimento n.º 6 do MPQS em consulta. As estruturas da componente 1 e da componente 2 seriam assim conceptualmente idênticas. Figura 3-10 Estrutura proposta para a componente 2 do mecanismo de incentivo Prémio / Penalização ( ) RQS2 Máx S S SAIDI MT 5% REF SAIDI MT 5% RQS2 Min Apesar de não se avançar com a estrutura assimétrica proposta pelo operador da RND, considera-se que uma definição apropriada do valor dos parâmeros da estrutura simétrica redundará em resultados idênticos, ficando no entanto garantido uma maior simetria de tratamento regulatório em que o bom desempenho do operador da RND merecerá um prémio e um desempenho desadequado da rede resultará numa penalização. 15

Tal como referido anteriormente, a operacionalização da componente 2 do mecanismo não deverá ser razão para alterar o valor máximo do prémio ou da penalidade que resultará da aplicação anual do mecanismo de incentivo à melhoria da continuidade de serviço (componente 1 mais componente 2). Em sede de definição de parâmetros para o período regulatório 2015-2017, a ERSE irá propor a repartição que considera adequada do valor total pelas respetivas componentes 1 e 2. 16