UM ESTUDO SOBRE O MOMENTO DE INCIDÊNCIA DE GOLS E A COMPARAÇÃO ENTRE A EQUIPE MANDANTE E A VISITANTE NO CAMPEONATO PAULISTA DE 2009



Documentos relacionados
Federação Gaúcha de Futebol

RELAÇÕES ENTRE O DESEMPENHO NO VESTIBULAR E O RENDIMENTO ACADÊMICO DOS ESTUDANTES NO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE MATERIAIS DA UFSCAR

LIGA ATLÉTICA DA REGIÃO MINEIRA

CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS DOS JOGOS UNIVERSITÁRIOS EINSTEIN

Abordagens Matemáticas e Estatísticas para o Futebol

Sede Social Rua Luís Góis, Mirandópolis São Paulo SP Cep: Fone: (11)

PROPOSTA DE FORMULA DE COMPETIÇÃO PARA O CAMPEONATO SERGIPANO DE FUTEBOL SERIE A-1

Federação Paulista de Futebol

LIGA ATLÉTICA DA REGIÃO MINEIRA

ANÁLISE DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA: REFLEXÕES INICIAIS ACERCA DA PRODUÇÃO DE 2006 A 2014

INTERPRETANDO A GEOMETRIA DE RODAS DE UM CARRO: UMA EXPERIÊNCIA COM MODELAGEM MATEMÁTICA

REGULAMENTO ESPECÍFICO DO BASQUETE

As diferentes funções que o modelo de jogo da equipe desencadeia ao goleiro uma comparação entre Brasil e Alemanha

Poderá participar qualquer Tenista residente ou não residente na cidade de Paulínia-SP, que esteja de acordo com o regulamento do ranking Itapoan.

A INFLUÊNCIA DO JOGO E DO MODELO DE JOGO NA PERFORMANCE DOS ATLETAS

AS MOEDAS DO MUNDO. C a d a a t i v i d a d e p o d e s e i m p re s s a separadamente e realizada com as crianças em sala de aula ou em casa.

REGULAMENTO ESPECÍFICO DA 3ª LUANDA COPA DE FUTEBOL JÚNIOR

Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa

III Virada Esportiva ATC Gênesis

Pró-Reitoria de Graduação Educação Física

COPA GOVERNO DO ESTADO DE SERGIPE 2005 RELAÇÃO DOS CLUBES PARTICIPANTES

III CAMPEONATO DE VOLEIBOL MASCULINO OAB SP/CAASP 2015 RGC - REGULAMENTO GERAL DA COMPETIÇÃO

Emissão Original: 21/11/2013

Análise do Scout individual da Equipe Profissional de Futebol do Londrina Esporte Clube no Campeonato Paranaense de 2003

FEDERAÇÃO CEARENSE DE FUTEBOL REC. Regulamento Específico Série A 2015 CAMPEONATO CEARENSE 2015 SÉRIE A REGULAMENTO ESPECÍFICO DA COMPETIÇÃO REC

CAMPEONATO CATARINENSE DE FUTEBOL PROFISSIONAL DA SÉRIE A DE 2015 REGULAMENTO ESPECÍFICO CAPÍTULO I DA DENOMINAÇÃO E DA PARTICIPAÇÃO

* Regulamento Técnico 2016 * FUTSAL

PROJETO E REGULAMENTO GERAL

8 8 COPA CAPELINHA DE FUTEBOL AMADOR

Emissão Original: 03/11/2014

A CIÊNCIA DOS PEQUENOS JOGOS Fedato Esportes Consultoria em Ciências do Esporte

REGULAMENTO APRESENTAÇÃO

DA FINALIDADE: Homens só poderão substituir homens e mulheres só poderão substituir mulheres.

GRUPOS CAMPO (02) SHOW DE BOLA CATEGORIA SUB: 13 CATEGORIA SUB: 15

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

ASSOCIAÇÃO REGIONAL DE DESPORTOS PARA DEFICIENTES INTELECTUAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO REGULAMENTO ESPECÍFICO DA TAÇA SÃO PAULO DE FUTSAL-2015

a) Regulamento Específico da Competição (REC) o qual trata do sistema de disputa e outros assuntos específicos da Copa.

COPA CEPEUSP DE FUTEBOL 2016 REGULAMENTO

IMPLANTAÇÃO DOS PILARES DA MPT NO DESEMPENHO OPERACIONAL EM UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DE COSMÉTICOS. XV INIC / XI EPG - UNIVAP 2011

CAMPEONATO CATARINENSE DE FUTEBOL PROFISSIONAL DA DIVISÃO PRINCIPAL DE 2010 REGULAMENTO ESPECÍFICO

REGULAMENTO ESPECÍFICO CAMPEONATO ESTADUAL DE FUTEBOL DA PRIMEIRA DIVISÃO DE PROFISSIONAIS DO RIO GRANDE DO NORTE

REGULAMENTO ESPECÍFICO CAMPEONATO ESTADUAL DE FUTEBOL DA PRIMEIRA DIVISÃO DE PROFISSIONAIS DO RIO GRANDE DO NORTE 2016

REGULAMENTO REALIZAÇÃO. Prefeitura Municipal de Irará PARCERIA. Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia SUDESB

Dicas que ajudam pais na escolha da escola dos seus filhos

IX Guará Open de Tênis

LUTAS E BRIGAS: QUESTIONAMENTOS COM ALUNOS DA 6ª ANO DE UMA ESCOLA PELO PROJETO PIBID/UNIFEB DE EDUCAÇÃO FÍSICA 1

Revista Brasileira de Futsal e Futebol. ISSN versão eletrônica

3º TORNEIO DE FUTSAL CDL CANOAS

PREPRAÇÃO DE SORO CASEIRO: UMA SITUAÇÃO PROBLEMA NA CONTEXTUALIZAÇÃO DO ENSINO DE SOLUÇÕES QUÍMICAS

REGULAMENTO DO CAMPEONATO CARIOCA DE FUTEBOL 7. DA SÉRIE A e 2015

Educação Patrimonial Centro de Memória

Palavras-chave: Educação Matemática; Interpretação de Gráficos; Didática e Ensino de Matemática.

1ºTorneio Bancário Society de Clubes Paulista REGULAMENTO 2015

A ÁLGEBRA NO ENSINO FUNDAMENTAL: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE INTERVENÇÃO

Avaliação Econômica. Relação entre Desempenho Escolar e os Salários no Brasil

TAÇA FPF TEMPORADA 2015 REGULAMENTO ESPECÍFICO DA COMPETIÇÃO (REC) CAPÍTULO I DA DENOMINAÇÃO E PARTICIPAÇÃO

LIGA PAULISTANA DE FUTEBOL AMADOR

1ª Liga de Futsal 2014/2015

PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO EM VOLEIBOL

Copa Cariri Garden Shopping de Tênis de Mesa - CE

Fernandinho, jogador do Shakhtar Donetsk da Ucrânia, de férias em Londrina, concede entrevista exclusiva, em sua visita a Arena Futsal:

Boletim. Contabilidade Internacional. Manual de Procedimentos

CARACTERÍSTICAS SÓCIO-EDUCACIONAIS DOS ALUNOS

3ª COPA INTER-ADVOGADOS

R E G U L A M E N T O

CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE BARRRETOS - UNIFEB PROJETO INTEGRADO

Serviço de Clientes. Gestix Enterprise. Gestix.com

Especificação do Trabalho Prático

1º COPA UNIÃO DE FUTSAL DA L.O.F.S. 2016

REGULAMENTO ESPECÍFICO BASQUETEBOL

JOGOS MATEMÁTICOS RESUMO INTRODUÇÃO

TEMAS ABORDADOS NA EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO MÉDIO

UM SISTEMA WEB PARA GERÊNCIA DE CAMPEONATOS DE VOLEIBOL

REGULAMENTO DO CAMPEONATO NACIONAL GIRA-PRAIA (SUB. 16,18 e 20)

FATORES RELACIONADOS COM O NÍVEL DE ANSIEDADE EM ATLETAS DE FUTEBOL FEMININO

Confederação Brasileira de Futebol

A IMPORTÂNCIA DO USO DO LABORATÓRIO DE GEOMETRIA NA FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE PROFESSORES

JOGOS ELETRÔNICOS CONTRIBUINDO NO ENSINO APRENDIZAGEM DE CONCEITOS MATEMÁTICOS NAS SÉRIES INICIAIS

REGULAMENTO COPA NOVOS HORIZONTES DE FUTSAL 2014

NORMAS ESPECÍFICAS FUTSAL ÉPOCA

6 Conclusões e próximos passos

DESENVOLVIMENTO DE UM REPOSITÓRIO DE DADOS DO FUTEBOL BRASILEIRO

PROVAS INTERNAS. Provas Internas - Período: 04 de maio de Pontuação Geral das Provas Internas: PROVA TIPO 1º 2º

REGULAMENTO DANONE COPA DAS NAÇÕES

UM SISTEMA WEB PARA TORCEDORES EM CAMPEONATOS ESPORTIVOS ESTUDANTIS

Regulamento da. Copa UniBH de. Futsal

IMPLANTANDO O ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS NA REDE ESTADUAL DE ENSINO

PROJETOS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: DO PLANEJAMENTO À AÇÃO.

Curso Técnico em Agropecuária integrado ao Ensino Médio

6. Pronunciamento Técnico CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro

Ministério da Defesa Nacional Marinha. Escola Naval REGULAMENTO DE AVALIAÇÃO DOS DISCENTES DOS CICLOS DE ESTUDOS DA ESCOLA NAVAL

REGULAMENTO DO CAMPEONATO NACIONAL DE GIRA-PRAIA DE SUB. 16,18 e

REGULAMENTO D0 CAMPEONATO FLUMINENSE DE RUGBY

PÁG3. EURO PORTUGAL TOUR PORTO PÁG5. MESAS OFICIAIS DE JOGO PÁG6. EQUIPAS EPT PORTO

RELATÓRIO DE AUDITORIA

Renê Drezner INTRODUÇÃO

ENSINO DE BIOLOGIA E O CURRÍCULO OFICIAL DO ESTADO DE SÃO PAULO: UMA REFLEXÃO INICIAL.

PROGRAMA DE FUTEBOL 10ª Classe

TÍTULO: BIOÉTICA NOS CURSOS SUPERIORES DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO

DESCRIÇÃO DE UMA ESTRATEGIA PARA COMPETIÇÃO DE FUTEBOL DE ROBOS

Transcrição:

Recebido em: 1/3/211 Emitido parece em: 23/3/211 Artigo inédito UM ESTUDO SOBRE O MOMENTO DE INCIDÊNCIA DE GOLS E A COMPARAÇÃO ENTRE A EQUIPE MANDANTE E A VISITANTE NO CAMPEONATO PAULISTA DE 29 Leandro Rubio Andrés, Antonio Coppi Navarro. RESUMO Objetivo: Quantificar em que período do jogo ocorreu à maior incidência de gols e comparar essa incidência de gols pelo mando de jogo. Materiais e Métodos: 2 equipes de futebol profissional do estado de São Paulo que participaram do campeonato paulista da serie A1 de 29, 22 súmulas oficiais, distribuídas na primeira fase de classificação em grupo único, na segunda fase ou fase de semifinal foram 8 equipes classificadas onde as 4 melhores colocadas foram para a disputa do titulo de campeão paulista e as 4 melhores equipes classificadas do interior foram para a disputa do titulo de campeão paulista do interior em jogos de ida e volta num total de 8 jogos, já na terceira fase ou fase final foram 4 equipes, também em 2 jogos sendo que duas equipes disputando o titulo de campeão paulista e duas equipes do interior disputando o titulo de campeão paulista do interior, quantificou-se, com base nas súmulas, o momento em que ocorreram os gols, a tabela, foi organizada com o tempo total 9 minutos de jogo, divididos em 6 períodos de 15 minutos. Utilizou-se a estatística descritiva como frequência absoluta e relativa. Resultados: Foram marcados 584 gols, sendo que mais da metade dos gols 322 (55,14%) foram marcados no 2º tempo do jogo e ao analisarmos o evento em 6 períodos encontramos o ultimo período como sendo o de maior incidência de gols jogo, com 122 gols marcados. Conclusão: os gols ocorrem em todos os períodos do jogo, mas a maior incidência de gols ocorre nos últimos 15 minutos do jogo, tendência essa verificada na primeira fase, já na segunda fase houve uma tendência maior na ocorrência de gols nos 15 minutos iniciais do 2º tempo e na fase final o sexto período do jogo também apresentou a maior incidência de gols. Palavras-chave: Campeonato Paulista; futebol; incidência de gols; gol. A STUDY OF THE MOMENT INCIDENCE OF GOALS AND COMPARISON BETWEEN PRINCIPAL AND THE VISITOR TEAMS IN THE PAULISTA 29 CHAMPIONSHIP ABSTRACT Objective: Quantify in that period of the game occurred was a higher incidence of goals and compare the incidence of goals according to the principals of the game. Materials and Methods: 2 professional football teams in the Sao Paulo State who participated in the Paulista championship in the series A1, 29, 22 officers overviews, distributed in the first qualifying round as a unique group, in the second phase or stage of semi-final, eight teams were ranked where four were best placed to fight for the title of champion and four best ranked teams from the countryside were to dispute the title of champion countryside in games and back a total of 8 games, in stage three or final phase 4 teams were also in two games of which two teams vying for the title of champion and two teams vying the title of champion, was quantified based on the scoresheet, the moment that occurred in the goals, the table was organized with the total time of 9 minutes of play, divided into six periods of 15 minutes. We used descriptive statistics such as absolute and relative frequency. Results: 584 goals were scored, and more than half of the goals, 322 (55,14%) were scored in 2nd half of the game and analyze the event in six periods we find the last period as the higher incidence of goals set, with 122 goals scored. Conclusion: the goals occur in all periods of the game, but the greatest incidence of goals occurs in the last 15 minutes of the game, a trend observed in the first phase, in the second phase, there was a larger trend in the occurrence of goals in the first 15 minutes the 2nd time and in the final sentence of the sixth game also had the highest incidence of goals. Keywords: São Paulo Championship; football; incidence of goals; goal. Coleção Pesquisa em Educação Física - Vol.1, n.3, 211 - ISSN: 1981-4313 173

INTRODUÇÃO O gol é o momento máximo do futebol, e para a sua realização diversos fatores influenciam, sendo assim o objetivo desse estudo é quantificar a incidência, tempo em minutos, de gols durante todos os jogos do campeonato paulista de futebol série A1 de 29 e a relação dessa incidência no que diz respeito ao mando do jogo. MATERIAIS E MÉTODOS Este estudo é natureza documental e foram consultadas 22 súmulas oficiais do campeonato paulista de futebol profissional série A1 de 29, disponíveis no site da Federação Paulista de Futebol (F.P.F.). Amostra Este estudo foi realizado com 2 equipes de futebol profissional do estado de São Paulo que participaram do campeonato paulista de futebol profissional da série A1 de 29 em um total de 22 jogos disputados no decorrer da competição. Procedimentos A competição desse estudo foi o campeonato paulista de futebol profissional da série A1 de 29, do estado de São Paulo, que contou com a participação de 2 equipes de futebol profissional, organizados na primeira fase de classificação em um único grupo em que todos jogavam contra todos em turno simples, com jogos só de ida com um total de 19 jogos, na segunda fase ou fase semi-final o campeonato dividiu-se em 2 novos grupos com as 4 melhores equipes classificadas na primeira fase, já as 4 melhores equipes do interior classificadas, também formaram 2 novos grupos onde se enfrentaram em 2 jogos dentro desse grupo disputando a partir daí o titulo de campeão paulista do interior de 29, num total de 8 jogos (4 jogos pelo campeonato paulista e 4 jogos pelo campeonato paulista do interior), para a terceira fase ou fase final classificaram-se 2 equipes, as finais ocorreram em jogos de ida e volta cada competição, num total de 4 jogos. Dentro de um período de 5 meses, tabulou-se com base nas sumulas oficiais o momento e que ocorreram os gols, e para isso foi elaborada uma tabela para registros dos minutos em que os gols aconteceram, sendo que o jogo de 9 minutos foi divididos em 6 períodos de 15 minutos. Estatística No tratamento estatístico utilizou-se a estatística descritiva como frequência absoluta e frequência relativa (percentual). RESULTADOS E DISCUSSÃO A partir da coleta de dados quantificou-se 584 gols, os quais estão expressos em valores absolutos e relativos. *Tabela 2. Incidência de gols no campeonato paulista de futebol da série A1 29 (22 Jogos). Jogos ' à 15' 15'1'' à 3' 3'1'' à 1'' à 6' 6'1'' à 1'' à 9' 78 (13,35%) 83 (14,21%) 11 (17,3%) 95 (16,26%) 15 (17,98%) 122 (2,9%) Total de gols 262 (44,86%) 322 (55,14%) Coleção 174 Pesquisa em Educação Física - Vol.1, n.3, 211 - ISSN: 1981-4313

Nos 22 jogos disputados do campeonato paulista de futebol profissional série A1 de 29, verificamos pela tabela 1 que no 2º tempo do jogo é o momento onde ocorre a maior incidência de gols de um modo geral na partida, mas quando analisamos o jogo em períodos de 15 minutos podemos constatar que nos 15 minutos finais do jogo é o momento em que ocorre o maior número de gols, dos 584 gols marcados no campeonato 122 (2,9%) foram marcados no ultimo período de jogo, outro dado interessante é o equilíbrio na proximidade de gols marcados no terceiro e quinto períodos do jogo 11 (17,3%) e 15 (17,98%) gols respectivamente, o quarto período do jogo também apresenta um valor relativamente próximo ao terceiro período onde 95 (16,26%) gols foram marcados, já no primeiro e segundo períodos do jogo 78 (13,35%) gols e 83 (14,21%) gols respectivamente. Fernandes (1994), apresenta dados de estudo relativos à copa do mundo de futebol de 199, onde a preocupação fora apenas caracterizar a incidência deste evento. Os dados apresentados corroboram com o do presente estudo. Godik (1996), demonstra que, fundamentalmente, a maior parte dos gols em campeonatos russos e da Europa, não só são marcados no segundo tempo de jogo, mas sim no final deles. Isso também veio a acontecer neste estudo. Cunha (24), apresenta dados sobre o campeonato paulista de futebol de 24, onde os resultados apresentados corroboram com o do presente estudo sendo que nos 15 minutos finais de jogo no futebol paulista é onde ocorre a maior incidência de gols. No estudo de Manzanares e Navarro (29), sobre a incidência de gols no campeonato copa federação paulista de 25 tal fenômeno também se verificou, assim como no estudo de Oliveira e Navarro (29), sobre a incidência de gols no gauchão de 26, bem como o estudo de Navarro et al., (29), referente à copa do mundo de 26 novamente a maior incidência de gols esteve presente nos 15 minutos finais do segundo tempo, Sá Junior et al., (29), também encontraram essa característica de incidência de gols no campeonato alagoano e no pernambucano de 27 e também Fleury et al., (29), na copa Brasil de 27; Navarro (29), sobre o gol na UEFA euro 28 esse mesmo tipo de resultado também foi encontrado. Nesse sentido, parece haver a manifestação de um fenômeno, embora, vários fatores são determinantes para que tal fenômeno possa ocorrer, a capacidade física, nesta incluía aspectos psicológicos, fisiológicos, e nutricionais; a técnica e a tática, e fatores externos, onde um desequilíbrio em algum destes componentes pode influenciar diretamente nos outros, pois eles se relacionam e interagem entre si. A preparação física, emocional, técnica e tática se constituem em assunto de estudos de grande interesse entre os envolvidos no futebol, nesse sentido esse estudo corrobora com tal finalidade. Cientistas do esporte acreditam que o melhor desempenho técnico/tático esteja diretamente associado ao desgaste físico, ou seja, quanto menor o desgaste físico melhor o desempenho técnico, partindo desse ponto de vista a maior incidência de gols deveria ocorrer no 1º tempo da partida, pois o desgaste físico de ambas as equipes é menor e a boa performance física da condições para que os componentes técnicos e táticos possam ser apresentados plenamente. Devemos lembrar e levar em conta que do mesmo modo que uma equipe se encontra em melhores condições de executar sua melhor performance técnica de ataque que visam o gol no inicio de um jogo, sua adversária também estará em melhores condições de produzir ações defensivas mais eficazes para neutralizar as ações ofensivas do que no decorrer do jogo. O que fica claro com relação a isso é que a maior incidência de gols ocorre no segundo tempo em uma visão geral, e mais especificamente nos 15 minutos finais do jogo é decorrente de uma melhor resistência a diminuição da performance física de uma equipe, permitindo que essa se sobreponha a outra. Se a capacidade de permanecer em uma melhor condição de performance física reflete na capacidade técnica e tática da equipe, esta por sua vez terá melhores condições de produzir ações mais eficazes no decorrer da partida. A tabela 2 refere-se à incidência de gols, com as equipes jogando em casa e fora de casa, na primeira fase ou fase classificatória do campeonato onde foram realizados 19 jogos divididos em 1 rodadas e que ocorreram entre o dia 21 de Janeiro a 5 de Abril de 29. Coleção Pesquisa em Educação Física - Vol.1, n.3, 211 - ISSN: 1981-4313 175

*Tabela 3. Incidência de gols por mando de jogo na primeira fase do campeonato paulista de futebol da Série A1 29. Jogos ' à 15' 15'1'' à 3' 3'1'' à 1'' à 6' 6'1'' à 1'' à 9' Equipes mandantes 4 (7,38%) 46 (8,48%) 61 (11,25%) 55 (1,14%) 53 (9,78%) 61 (11,25%) Equipes visitantes 34 (6,27%) 28 (5,17%) 34 (6,28%) 33 (6,9%) 43 (7,94%) 54 (9,97%) 74 (13,65%) 74 (13,65%) 95 (17,53%) 88 (16,23%) 96 (17,72%) 115 (21,22%) Total de gols 243 (44,83%) 299 (55,17%) Observando os dados da tabela 2, podemos constatar que a dinâmica dos gols ocorridos em casa e fora de casa tem componentes muito parecidos, pois observando de maneira geral a maioria dos gols ocorreu no 2º tempo do jogo num total de 542 gols marcados na primeira fase sendo que 316 gols foram marcados pelas equipes mandantes, ou seja, as que jogaram em casa de casa, já as equipes visitantes ou equipes que aturam fora de casa marcaram 226 gols nesta primeira fase de classificação. Ao observarmos a incidência de gols por períodos do jogo, notamos que a maior parte dos gols ocorre no 2º tempo do jogo e que nesta etapa a maior incidência encontra-se no ultimo período do jogo, ou seja, nos últimos 15 minutos do jogo onde foram marcados 115 gols, seguido pelo penúltimo período de jogo com 96 gols, e logo em seguida vem o terceiro período ou 15 minutos finais do 1º tempo onde foram marcados 95 gols, os 15 minutos iniciais do 2º tempo (quarto período de jogo) também aparece com um numero considerável de 88 gols, já os dois primeiros períodos do jogo apresentaram o mesmo numero de 74 gols marcados. Após 19 jogos disputas em 1 rodadas no decorrer de quase 3 meses de competição, a primeira fase do campeonato chegou ao fim dando inicio a segunda fase ou fase semi-final onde o campeonato se dividiu em duas novas competições sendo que as 4 melhores equipes classificadas disputaram as semi-finais do campeonato paulista de futebol profissional série A1 de 29 em confrontos de duas partidas com jogos de ida e volta e as 4 melhores equipes do interior classificadas disputaram as semi-finais do campeonato paulista de futebol profissional série A1 do interior 29 também em confrontos de duas partidas com jogos de ida e volta. Através da coleta de dados destes 8 jogos obtivemos os dados expressos na tabela 3. *Tabela 3. Incidência de gols na segunda fase do campeonato paulista de futebol da Série A1 29. Jogos ' à 15' 15'1'' à 3' 3'1'' à 1'' à 6' 6'1'' à 1'' à 9' Equipes mandantes 3 (9,67%) 2 (6,44%) 4 (12,9%) 4 (12,9%) 1 (3,23%) 1 3 4 3 2 4 Equipes visitantes (3,23%) (9,67%) (12,9%) (9,67%) (6,44%) (12,9%) 4 5 4 7 6 5 (12,9%) (16,1%) (12,9%) (22,57%) (19,34%) (16,1%) Total de gols 13 (41,9%) 18 (58,1%) Coleção 176 Pesquisa em Educação Física - Vol.1, n.3, 211 - ISSN: 1981-4313

Ao observarmos os dados nesta tabela 3 notamos que diferente da primeira fase do campeonato os números no geral mostram que a maior incidência de gols na segunda fase ou fase semi-final ocorreram nos 3 minutos iniciais do segundo tempo sendo que no quarto período do jogo (dos 45 1 aos 6 ) foi o momento em que ocorreu o maior numero de gols nessa fase e igual a primeira fase do campeonato foi no 2º tempo de jogo que ocorreu o maior numero de gols 18 ao todo contra apenas 13 gols marcados no 1º tempo. Todos estes dados coletados e analisados da segunda fase nos mostram que por se tratar de uma fase semi-final as equipes visitantes provavelmente se arriscaram mais do que as equipes mandantes o que pode justificar tal fato. Depois de 198 jogos (sendo 19 na primeira fase e 8 na segunda fase), o campeonato chega a sua terceira e ultima fase, a final, onde duas equipes se enfrentam em duas partidas em jogos de ida e volta em busca do titulo paulista de 29, e duas equipes do interior também se enfrentam em duas partidas com jogos de ida e volta em busca do titulo de campeão paulista do interior de 29. Com a coleta de dados desses 4 jogos obtivemos a tabela 4. *Tabela 4. Incidência de gols na terceira fase do campeonato paulista de futebol da Série A1 29. Jogos ' à 15' 15'1'' à 3' 3'1'' à 1'' à 6' 6'1'' à 1'' à 9' 1 2 2 Equipes mandantes (9,9%) 18,18%) 3 1 2 Equipes visitantes (27,27%) (9,9%) 4 2 3 2 (36,37%) (27,27%) Total de gols 6 (54,55%) 5 (45,45%) Quando analisamos os dados da tabela 4, encontramos um fenômeno diferente dos encontrados nas outras fases da competição, na terceira fase ou fase final foram marcados 11 gols em 4 jogos sendo que diferente das demais fases a maior parte dos gols foi feita no 1º tempo de jogo, onde a maior incidência ocorreu no segundo período do jogo, ou seja, dos 15 1 aos 3, seguido pelo quinto período de jogo (dos 6 1 aos 75 ). Outro dado importante é que tanto nos 15 minutos iniciais do 1º tempo (primeiro período do jogo) como nos 15 minutos iniciais do 2º tempo (quarto período do jogo) não foram marcados gols nessa fase. Como já havíamos observado na segunda fase, as equipes visitantes também marcaram mais gols do que as equipes mandantes nesta fase. CONCLUSÃO De acordo com os dados expostos neste estudo, podemos concluir os seguintes pontos: houve uma incidência maior de gols no 2º tempo do jogo ao analisarmos campeonato paulista de maneira geral, verificados também na primeira e segunda fase; já na terceira fase a incidência maior de gols ocorreu no 1º tempo; dentro do jogo o período que apresentou a maior incidência de gols foi o sexto período ou os 15 minutos finais do jogo que correspondem ao período dos 75 1 aos 9. REFERÊNCIAS CUNHA, F.A. Análise dos gols marcados no campeonato paulista 24. Disponível em: http://www.fcunha.com.br/artigo/a21.htm. Acesso em 7 de agosto de 29. FERNANDES, J.L. Futebol: ciência, arte ou sorte. São Paulo: EPU, 1994. Coleção Pesquisa em Educação Física - Vol.1, n.3, 211 - ISSN: 1981-4313 177

F.P.F. Súmulas oficiais dos 22 jogos do campeonato paulista de futebol da séria A1 de 29. Disponível em: http://www.futebolpaulista.com.br/competicao.php?page=2&cat=39&cam=73&ano=29. Acesso em 6 de agosto de 29. FLEURY, A.P.; GONÇALVES, R.A.R.; NAVARRO, A.C. Incidência de gols na copa do Brasil de 27. Revista brasileira de futsal e futebol. Vol.1, n. 3, p. 225-228, 29. GODIK, M.A. Futebol: Preparação dos futebolistas de alto nível. Rio de Janeiro: Grupo Palestra Sport, 1996. MANZANARES, R.A.M.; NAVARRO, A.C. 15 minutos finais: o momento de maior incidência de gols na copa federação paulista de 25. In: Navarro, A.C.; Almeida, R. Futebol: bola no pé é gol. Phorte. 29. NAVARRO, A.C. O gol na Uefa Euro 28 - Áustria e Suíça. In: Navarro, A.C.; Almeida, R. Futebol: bola no pé é gol. Phorte. 29. NAVARRO, A.C.; ALMEIDA, R.; NAVARRO, F. O Momento do gol na copa do mundo de futebol Alemanha 26. In: Navarro, A.C.; Almeida, R. Futebol: bola no pé é gol. Phorte. 29. OLIVEIRA, E.F.; NAVARRO, A.C. Gol no campeonato gaúcho de futebol: gauchão de 26. In: Navarro, A.C.; Almeida, R. Futebol: bola no pé é gol. Phorte. 29. SÁ JÚNIOR, A.L.; NOBRE, A.A.; CAMPOS, K.R.; NAVARRO, A.C. O Gol nos campeonatos alagoano e pernambucano de futebol de 27. In: Navarro, A.C.; Almeida, R. Futebol: bola no pé é gol. Phorte. 29. Programa de Pós-Graduação Lato Sensu da Universidade Gama Filho - Futebol e Futsal: As Ciências do Esporte e a Metodologia do Treinamento. Rua Doutor Oscar Cunha Correia, 14 Perus - São Paulo/SP 522-11 Coleção 178 Pesquisa em Educação Física - Vol.1, n.3, 211 - ISSN: 1981-4313