LEGISLAÇÃO DO MPU Perfil Constitucional Procurador-Geral de Justiça Prof. Karina Jaques
Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.
Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva. (Art. 128, 3º e 4º da CF/88).
Cada Ministério Público do Estado tem como chefe o Procurador-Geral de Justiça, escolhido dentre os integrantes da carreira, para mandato de 2 anos, permitida uma recondução.
Se norma de constituição estadual, ao prever recondução ao cargo de procurador-geral do Ministério Público, não a limita, deve ser interpretada como permissão para uma única recondução. (ADI 2.622, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 10-11-2011, Plenário, DJE de 16-2-2012.)
O procedimento de escolha inicia com a elaboração de uma lista tríplice entre os membros daquele Ministério Público, conforme lei complementar respectiva. A lista tríplice é encaminhada ao Chefe do Poder Executivo o Governador que escolherá e nomeará o novo chefe da instituição.
A destituição do PGJ será decidida pelo Poder Legislativo Estadual a Assembleia Legislativa pelo voto de maioria absoluta, conforme lei complementar respectiva.
Importantíssimo o dispositivo constitucional quando se refere ao Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, pois apesar de ser o chefe do MPDFT, um dos ramos do MPU (cujo chefe é o Procurador-Geral da República), sua escolha está sujeita a procedimento semelhante àquele aplicado aos PGJ s dos Estados-membros.
Conforme disciplina o art. 156 da Lei Complementar 75/93, o Procurador-Geral de Justiça, chefe do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, será nomeado pelo Presidente da República, dentre integrantes de lista tríplice elaborada pelo Colégio de Procuradores e Promotores de Justiça, para mandato de dois anos, permitida uma recondução, precedida de nova lista tríplice.
Sendo que, somente poderão concorrer à lista tríplice os membros do Ministério Público do Distrito Federal com mais de cinco anos de exercício nas funções da carreira e que não tenham sofrido, nos últimos quatro anos, qualquer condenação definitiva ou não estejam respondendo a processo penal ou administrativo.
A destituição do Procurador-Geral de Justiça (chefe do MPDFT), antes do término do seu mandato, estará sujeita a deliberação do Senado Federal, pelo voto da sua maioria absoluta, mediante representação do Presidente da República.
O Procurador-Geral da República não nomeia o Procurador-Geral de Justiça do MPDFT, ele apenas dá posse ao Procurador-Geral de Justiça do MPDFT. Importantíssimo saber que quem escolhe e nomeia o PGJ do MPDFT é o Presidente da República.
O Procurador-Geral da República, que é o chefe do MPU, tem a competência para nomear e dar posse ao Vice- Procurador-Geral da República, seu substituto legal; ao Procurador-Geral do Trabalho; ao Procurador-Geral da Justiça Militar; mas ao Procurador-Geral de Justiça do MPDFT ele só tem a atribuição de dar posse.
Art. 26. São atribuições do Procurador-Geral da República, como Chefe do Ministério Público da União: IV - nomear e dar posse ao Vice-Procurador-Geral da República, ao Procurador-Geral do Trabalho, ao Procurador-Geral da Justiça Militar, bem como dar posse ao Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios; Art. 155. O Procurador-Geral de Justiça é o Chefe do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
Art. 156. O Procurador-Geral de Justiça será nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes de lista tríplice elaborada pelo Colégio de Procuradores e Promotores de Justiça, para mandato de dois anos, permitida uma recondução, precedida de nova lista tríplice.
1º Concorrerão à lista tríplice os membros do Ministério Público do Distrito Federal com mais de cinco anos de exercício nas funções da carreira e que não tenham sofrido, nos últimos quatro anos, qualquer condenação definitiva ou não estejam respondendo a processo penal ou administrativo.
2º O Procurador-Geral poderá ser destituído, antes do término do mandato, por deliberação da maioria absoluta do Senado Federal, mediante representação do Presidente da República.