XIV SIMPÓSIO NACIONAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS

Documentos relacionados
Diretrizes para os Serviços Públicos de Saneamento Básico

PROJETO DE LEI N.º 1.213, DE 2015 (Do Sr. João Fernando Coutinho)

LEI Nº 9.038, DE 14 DE JANEIRO DE O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

7 SPDM ASSOCIAÇÃO PAULISTA PARA O DESENVOLVIMENTO DA MEDICINA Programa de Atenção Integral à Saúde

O PREFEITO MUNICIPAL DE XINGUARA, Estado do Pará, faz saber que a câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte lei.

LEI Nº 9.548, DE 22 DE ABRIL DE A CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA, Estado de Goiás, aprova e eu, PREFEITO MUNICIPAL, sanciono a seguinte Lei:

ANEXO VI - INFORMAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA COMERCIAL SUMÁRIO. Seção I Informações Gerais... Erro! Indicador não definido.

ANEXO III PROPOSTA ECONÔMICO FINANCEIRA DA SABESP PARA A REGIÃO METROPOLITANA DA BAIXADA SANTISTA - RMBS MUNICÍPIO DE SANTOS

Lei nº 7653 DE 24/07/2014

DECRETO Nº 713, DE 1º DE ABRIL DE 2013

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 006, DE 16 DE SETEMBRO DE 1987

Regulamento de Compras :

O COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA, no uso das suas atribuições legais;

PREFEITURA DE GOIÂNIA 1 GABINETE DO PREFEITO

Projeto Básico Aspectos Jurídicos

Click to edit Master text styles

RESOLUÇÃO Nº 279, DE 27 DE JUNHO DE 2001

PPPS E ILUMINAÇÃO PÚBLICA SOB

MINISTÉRIO DAS CIDADES. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 12, DE 9 DE JUNHO DE 2015 (PUBLICADA NO DOU Nº 108, EM 10 DE JUNHO DE 2015, SEÇÃO 1, PÁGINAS 39 e 40)

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Licenciamento Ambiental e Municipal

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 4, 19 de maio de 2008.

PROJETO RESSANEAR SANEAMENTO E RESÍDUOS SÓLIDOS EM PAUTA

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2012

Minuta de Termo de Referência

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE NBC TSC 4410, DE 30 DE AGOSTO DE 2013

Dispõe sobre a Política Estadual de Agricultura Irrigada e dá outras providências.

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA MARIA SECRETARIA DE MUNICÍPIO DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

Atribuições dos Tecnólogos

PROJETO DE LEI DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 378, DE 2013

PROCEDIMENTOS PARA A ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE ARRENDAMENTOS E RECOMPOSIÇÃO DO EQUILÍBRIO ECONÔMICOFINANCEIRO DOS CONTRATOS DE ARRENDAMENTO

Companhia Energética de Minas Gerais

LICENCIAMENTO AMBIENTAL MUNICIPAL MINEIROS - GO

Fundamentos de Parcerias Público-Privadas (PPPs)

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA

NOTA TÉCNICA Nº 005/2010 SRE/ADASA

PROC IBR EDIF 048/2015 Análise de projeto de Instalações Prediais de Água Quente

MANUAL DE NORMAS E PROCEDIMENTOS PARA COMPRAS E CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS COMPRADORES E FORNECEDORES FUNDAÇÃO DE APOIO À UNIFESP

EDITAL 001/2015 PROCEDIMENTO DE MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE PMI

Art. 2º Este Ato Normativo entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

ANEXO IV DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA COMERCIAL

DELIBERAÇÃO CVM Nº 734, DE 17 DE MARÇO DE 2015

Os Cuidados na Comprovação dos Requisitos de Sustentabilidade

RESOLUÇÃO DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO (CONSUNI) N.º 03/2011

ORIENTAÇÃO TÉCNICA GERAL OTG 1000, DE 21 DE OUTUBRO DE 2015

Execução e. Monitoramento

ILUSTRÍSSIMO SENHOR ELMO VAZ BASTOS DE MATOS, PRESIDENTE DA COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO DOS VALES DO SÃO FRANCISCO E DO PARNAÍBA CODEVASF.

Departamento de Engenharia de Saúde Pública/CGEAR LICENCIAMENTO AMBIENTAL NAS OBRAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DA FUNASA.

O licenciamento ambiental de unidades de compostagem no Estado de São Paulo

Lei n , de 17 de junho de 2014.

L E I Nº 6.816, DE 25 DE JANEIRO DE 2006.

OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA LICITAÇÕES E CONTRATOS

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

VERITAE TRABALHO PREVIDÊNCIA SOCIAL SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

O PREFEITO DE GOIÂNIA, no uso de suas atribuições legais, e CAPÍTULO I DO FUNDO MUNICIPAL DE ESPORTE E LAZER

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa

Operações Estruturadas sob o Conceito de Parceria Público Privado -PPP

RESOLUÇÃO Nº 33, DE 27 DE AGOSTO DE 2010

PROPOSTAS PARA O COMBATE À ALTA ROTATIVIDADE DO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO

Lei Ordinária Nº de 13/12/2005 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Estabelece diretrizes e procedimentos para aplicação da compensação ambiental de empreendimentos considerados de significativo impacto ambiental.

MODELO DE PROJETO BÁSICO AUDITORIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO DO IFAM [Subtítulo do documento]

LEI Nº 1047/2012. O Prefeito do Município de Pinhalão, Estado do Paraná. Faço saber que a Câmara Municipal decreta, e eu, sanciono a seguinte Lei:

- REGIMENTO INTERNO. Aprovado pelo Conselho de Administração da Garantisudoeste.

RESUMO. É elaborado pelo Executivo municipal e aprovado pela Câmara municipal por meio de lei.

LICENCIAMENTO AMBIENTAL. CIESP - Centro das Indústrias do Estado de São Paulo SOROCABA-SP

Art. 2º. Fazer publicar esta Portaria em Boletim de Serviço, revogando-se a Portaria 577/05-R, de 05 de dezembro de 2005.

Prefeitura Municipal de Catanduva Banco Interamericano de Desenvolvimento. Programa de Desenvolvimento Urbano Integrado de Catanduva

Curso E-Learning Licenciamento Ambiental

PPP. Registro de passivos e Limites

Modelo de Projeto de Lei (Origem Poder Executivo) Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração da lei orçamentária de 2011.

Jurisprudências do TCU

CIRCULAR Nº 3.771, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2015

RESOLUÇÃO Nº 396, DE 02 DE OUTUBRO DE 2014.

COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTO - CEDAE 3ª EMISSÃO DE DEBÊNTURES RELATÓRIO ANUAL DO AGENTE FIDUCIÁRIO EXERCÍCIO DE 2015

ESCO COMO INSTRUMENTO DE FOMENTO A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

REGULAMENTO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

DECRETO nº , de 16 de janeiro de O PREFEITO MUNICIPAL DE ANANINDEUA, no uso de suas atribuições constitucionais e legais, e ainda:

Estimativa de valor da contratação

ESTADO DE RONDÔNIA PREFEITURA DO MUNICÍPO DE URUPÁ Palácio Senador Ronaldo Aragão PROCURADORIA JURÍDICA

REGULAMENTO PARA PERCEPÇÃO DE BOLSAS NO ÂMBITO DO IFTO Aprovado pela Resolução nº 01/2014/CONSUP/IFTO, de 14 de março de 2014.

Concurso Público para Cargos Técnico-Administrativos em Educação UNIFEI 13/06/2010

Orientações para Elaboração de Projetos Gerência Técnica Outubro/2014

REGULAMENTO INSTITUCIONAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO E NÃO OBRIGATÓRIO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

A IMPORTÂNCIA DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL NA PREVENÇÃO DE DANOS AO MEIO AMBIENTE

MINUTA DE PORTARIA v

INSTITUTO MUNICIPAL DE URBANISMO PEREIRA PASSOS IPP

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CÂMARA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RESOLUÇÃO Nº 2, DE 27 DE SETEMBRO DE

Educação Profissional Cursos Técnicos. Regulamento de Estágio Supervisionado

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

PREFEITO MUNICIPAL DE ARACATI

*DECRETO Nº 2.101, DE 18 DE AGOSTO DE 2009.

DIREITO TRIBUTÁRIO I: NOÇÕES GERAIS DO DIREITO FINANCEIRO

PLANEJAMENTO E PROJETO: AS FERRAMENTAS ESSENCIAIS PARA CONSTRUIR UM BRASIL MELHOR

L E I N 7.785, DE 9 DE JANEIRO DE 2014

NOVO SISTEMA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DECRETO Nº , DE

Transcrição:

XIV SIMPÓSIO NACIONAL DE AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS DIMENSÃO DO PROJETO BÁSICO NA CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS PRECEDIDOS DA EXECUÇÃO DE OBRA PÚBLICA Cezar Augusto Pinto Motta TCE-RS / Ibraop Pedro Jorge Rocha de Oliveira TCE-SC / Ibraop Cuiabá-MT, novembro/2011 1

TÓPICOS 1. Objetivos do trabalho; 2. Premissas básicas da Concessão; 3. Lei nº 8.666/93 x Lei nº 8.987/95; 4. Projeto Básico x fases da Concessão; 5. Licenciamento ambiental; 6. Elementos de projeto básico x tipos de obras; e 7. Conclusões e recomendações. 2

Este estudo objetiva discutir a dimensão que o projeto básico representa no contexto das concessões de serviços públicos precedidas pela execução de obras. Trata-se de um estudo introdutório, onde são apresentados conceitos e reflexões visando alcançar um entendimento viável e prático sobre o tema. 3

1) Lei nº 8.666/93, art. 6º (projeto básico) => se aplica a obras parte de objeto em concessão? 2) Lei nº 8.987/95, art. 18 => quais são os dados relativos à obra, dentre os quais os elementos do projeto básico que permitam sua plena caracterização? >> o legislador gerou um ponto de incerteza ainda não pacificado, que permite interpretações as mais diversas. 3) Como será o detalhamento do orçamento? 4

4) O que significa conta e risco? Lei nº 8.987/95, art. 2º - III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado; 5

A concessão precisa harmonizar interesses distintos: Poder Concedente (sociedade) x Empreendedor. A Lei busca regular este equilíbrio, de acordo com o contexto social vigente. A Licitação define as condicionantes para harmonizar os interesses das partes. 6

Contrato + Regulação: assegurar realização dos investimentos e a prestação adequada dos serviços. Este contexto apresenta grande complexidade técnica e econômica. Ante o conjunto de condições demonstradas, a plena caracterização do objeto ( projeto básico ) assume importância significativa. 7

é estratégico; Projeto Básico expertise é essencial ; (do Poder Público e do Empreendedor) Há que se definir quais são os parâmetros ; CONCEITO DA LEI Nº 8.666/93 => completo e definido CONCEITO PRIVADO => flexibilidade/negociado CONCEITO DA LEI DAS CONCESSÕES Nº 8.987/95 => elementos do projeto básico 8

Lei 8.666: art. 7º, 2º. As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando: I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em participar do processo licitatório; II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários; III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma; IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art. 165 da Constituição Federal, quando for o caso. 9

Lei 8.666/93: art. 124 Aplicam-se às licitações e aos contratos para permissão ou concessão de serviços públicos os dispositivos desta Lei que não conflitem com a legislação específica sobre o assunto. Parágrafo único. As exigências contidas nos incisos II a IV do 2º do art. 7º serão dispensadas nas licitações para concessão de serviços com execução prévia de obras em que não foram previstos desembolso por parte da Administração Pública concedente. I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em participar do processo licitatório; II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários; III - houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma; IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art. 165 da Constituição Federal, quando for o caso. 10

Lei 8.987/95 Art. 18 - o edital de licitação será elaborado pelo poder concedente, observados, no que couber, os critérios e as normas gerais da legislação própria sobre licitações e contratos e conterá, especialmente: [...] XV - nos casos de concessão de serviços públicos precedida da execução de obra pública, os dados relativos à obra, dentre os quais os elementos do projeto básico que permitam sua plena caracterização, bem assim as garantias exigidas para essa parte específica do contrato, adequadas a cada caso e limitadas ao valor da obra. 11

1. NO PLANEJAMENTO DA CONCESSÃO 2. NO ESCOPO DA LICITAÇÃO 3. NA PROPOSTA DA LICITANTE 4. NA VIGÊNCIA DO CONTRATO 12

1. NO PLANEJAMENTO DA CONCESSÃO Fase do diagnóstico, dos estudos preliminares e das estimativas de custos e receitas para montagem da licitação e definição das bases da contratação. Orçamento sintético / baseado em indicadores setoriais, gerais, dados históricos, etc. >> Ex.: Plano de Saneamento Básico referência 13

2. NO ESCOPO DA LICITAÇÃO Opção 1: Fornecer um Projeto Básico Projeção de cenários; Conhecimento tecnológico e econômico conhecido; Definição dos elementos técnicos sob estes parâmetros >> este projeto básico será referência do Concedente) Opção 2: Trabalhar sob indicadores de desempenho 14

No caso da concessão através do fornecimento apenas de padrões de desempenho: Vantagem: simplificação ao Concedente e à regulação. Desvantagem: possível perda de capacidade de ação de regulação efetiva e dificuldades práticas de fixar os parâmetros aceitáveis de preço / tarifa e analisar o reequilíbrio econômico-financeiro Necessário: >> condições excepcionais de conhecimento de mercado, pouco usuais no Brasil. 15

3. NA PROPOSTA DA LICITANTE Prova da capacidade exigências; em cumprir / superar as Demonstrar capacidade técnica através de sua concepção de execução do Objeto. 4. NA VIGÊNCIA DO CONTRATO Fornecimento do projeto básico similar aquele da 8.666/93 para ajuste do contrato Projeto executivo para fiscalização / regulação. 16

Se não há projeto básico e nem projeto executivo!! não seria viável exigir-se a LP antes da concessão; poderia se disponibilizar a respectiva Licença Prévia - LP, válida e atualizada no momento da assinatura do contrato; Se, por algum motivo específico, houver impossibilidade de disponibilizar esta LP - pela exigência de projeto executivo, por exemplo - a Administração deverá ter possuir estudos ou análises consistentes que indiquem ou afirmem a viabilidade do empreendimento. >> Restará à Concessionária, neste caso, dar continuidade aos trâmites legais respectivos, visto que será ela que fornecerá os projetos finais e manterá os subsídios para execução dos serviços e investimentos. 17

o TCU (IN 27/1998), estabelece o envio prévio à licitação para concessão, de relatório sintético sobre os estudos de impactos ambientais e que indiquem a situação do licenciamento ambiental. 18

Viabilidade ambiental: Exemplo: em se tratando de sistema de água e esgoto: 1) a certidão da Prefeitura Municipal (consulta de viabilidade de uso do solo), declarando que o local e o tipo de empreendimento ou atividade estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo (Res. CONAMA nº 237/97, art. 10, 1º); 19

Viabilidade ambiental: 2) a outorga para o uso da água, quando for o caso, emitida por órgão competente (Res. CONAMA nº 237/97, art. 10, 1º); e 3) estudo de capacidade de suporte de carga do corpo de água receptor (Res. CONAMA nº 357/05, art. 26, 1º e 2º), que demonstre condições para receber esse efluente. >>estes estudos e os critérios e exigências do órgão licenciador deverão ser demonstrados e integrar, como anexo, o edital. 20

VARIAM CONFORME AS CARACTERÍSTICAS DO SERVIÇO A SER CONCEDIDO, MAS ESTARÃO RELACIONADOS A: Estudos de viabilidade técnica os fins propostos podem ser concretizados e com a melhor tecnologia? Estudos viabilidade econômica-financeira (estimativas) há equilíbrio entre receitas, despesas, investimentos, impostos e tarifa módica? (Fluxo de Caixa Descontado) Estudos ambientais licença ambiental ou viabilidade ambiental foi obtida, as condicionantes foram orçadas, o passivo como fica? >> elaboração de adequada Matriz de Riscos, pelo Poder Concedente. 21

A. SANEAMENTO BÁSICO 22

I - diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida, utilizando sistema de indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e apontando as causas das deficiências detectadas; II - objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a universalização, admitidas soluções graduais e progressivas, observando a compatibilidade com os demais planos setoriais; 23

III - programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais correlatos, identificando possíveis fontes de financiamento; IV - ações para emergências e contingências; V - mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações programadas. 24

B. OBRAS RODOVIÁRIAS C. GERAÇÃO DE ENERGIA D. DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA E. OUTRAS 25

o contexto das concessões é complexo, técnica e economicamente, sendo inegável importância da plena definição dos elementos de projeto básico que caracterizem as obras; estes elementos técnicos não podem ser confundidos com meros indicativos, sem fundamentação em estudos preliminares / diagnósticos qualificados; o projeto básico é estratégico, pois é a partir dele que são estabelecidos os parâmetros técnicos, econômico-financeiros e sociais envolvidos; 26

nas diferentes fases da concessão, há necessidade de elementos com diferentes níveis de precisão e complexidade, a verificar caso a caso; mesmo que não execute as obras e serviços, o Poder Concedente deverá ter expertise suficiente para estimar antecipadamente padrões sob os quais seria possível executar o Objeto a conceder, mesmo que não obrigue a adoção dos elementos que se utiliza para isto; 27

a concessionária deve fornecer seus projetos à fiscalização do Poder Concedente; a concessão através de indicadores de desempenho, deve ocorrer apenas em condições de excepcional conhecimento das condições do mercado, com uso de indicadores confiáveis e plenamente confiáveis; nas concessões tradicionais e PPPs, o projeto básico são na verdade elementos de projeto básico, não seguem exatamente a Lei 8.666/93; 28

a licença ambiental pode ser viabilidade ambiental; o orçamento não precisa detalhar os custos unitários (lei 8.666/93), mas demonstrar a compatibilidade (estimativa) em bases claras e reais (não global!); definir objetivamente os elementos de projeto básico para os mais diversos tipos de obras! 29

Cezar Motta cmotta@tce.rs.gov.br Pedro Jorge pedroj@tce.sc.gov.br 30