UFABC Fenômenos Térmicos Prof. Germán Lugones. Aula 3: lei zero da Termodinâmica; expansão térmica

Documentos relacionados
UFABC - Fenômenos Térmicos - Prof. Lugones AULA 2. o termômetro de gás a volume constante o expansão térmica

BC0205. Fenômenos Térmicos Gustavo M. Dalpian Terceiro Trimestre/2009. Aula 2 Dalpian

Termodinâmica. Lucy V. C. Assali

FÍSICA TÉRMICA. Prof. Neemias Alves de Lima Instituto de Pesquisa em Ciência dos Materiais Universidade Federal do Vale do São Francisco 1

Cap 18 (8 a edição) Temperatura, Calor e Primeira lei da termodinâmica

Fisica do Calor ( ) Prof. Adriano Mesquita Alencar Dep. Física Geral Instituto de Física da USP A01. Introdução

1ª Aula do cap. 19 Termologia

Capítulo 21 Temperatura

2. Conceitos e Definições

1.3.2 Temperatura, equilíbrio térmico e escalas de temperatura

9. (Uel 95) Uma escala de temperatura arbitrária X está relacionada com a escala Celsius, conforme o gráfico a seguir.

ESCALAS TERMOMÉTRICAS E DILATAÇÃO

TEMPERATURA. Os constituintes da matéria (moléculas, átomos etc.) movem-se continuamente em um movimento de agitação.

FÍSICA TÉRMICA TEMPERATURA, DILATAÇÃO TÉRMICA, CALORIMETRIA E TRANSMISSÃO DE CALOR

Bacharelado em Engenharia Civil. Disciplina: Física Geral e Experimental II 2º período Prof. Cristiano Ferrari

2.1 Breve história da termodinâmica

Fenômenos Térmicos : primeiro conjunto de problemas

Linguagem da Termodinâmica

COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação

Dilatação de sólidos e líquidos

Física II FEP 112 ( ) 1º Semestre de Instituto de Física - Universidade de São Paulo. Professor: Valdir Guimarães

Turma: 2301 Turno: Manhã Professor: Douglas Baroni

Universidade Federal Rural do Semiárido - UFERSA

Fís. Fís. Monitor: Leonardo Veras

NOME: TURMA: 33AA / 33IA / 33MA Nº PROFESSOR: ELIO ASSALIN TRABALHO DE RECUPERAÇÃO DE FÍSICA (VALOR DE 2,0 PONTOS) NOTA:

Aprofundamento Profº. JB

Licenciatura em Física Termodinâmica (TMDZ3) Professor Osvaldo Canato Júnior 1º semestre de 2016

Instrumentação Eletroeletrônica AULA 6. Prof. Afrânio Ornelas Ruas Vilela

Professor Marco Antonio

A termodinâmica estuda os fenómenos térmicos.

Plano de Aulas. Física. Módulo 10 Dilatação térmica

SUMÁRIO FÍSICA TEMPERATURA E CALOR 3 CELSIUS E FAHRENHEIT 5 KELVIN E CELSIUS 6 EXERCÍCIOS DE COMBATE 8 GABARITO 13

Dilatação Térmica Prof. Neto

2. (Fatec 2003) O gráfico a seguir relaciona as escalas termométricas Celsius e Fahrenheit.

Física do Calor Licenciatura: 2ª Aula (07/08/2015)

PROF.: Henrique Dantas

L L T. Expansão (dilatação) térmica linear. No SI: [ L] =m; [L 0 ] = m; [ T]= 0 C; [ ]= 0 C -1

Note que, no Sistema Internacional de Unidades (SI) o calor é medido em calorias (cal) ou joules (J).

(* Preparado por C.A. Bertulani para o projeto de Ensino de Física a Distância)

Física Geral e Experimental -3 Termodinâmica. Prof. Ettore Baldini-Neto

TERMOMETRIA. T.3 (UERJ) Um líquido cuja temperatura é de 59 0 F, está, em Kelvin, a: a) 28 K b) 112 K c) 56 K d) 318 K e) 288 K

A descrição macroscópica de um gás leva em consideração apenas um pequeno numero de

Física Geral e Experimental III

Conceitos Fundamentais

DILATAÇÃO TÉRMICA DOS SÓLIDOS

Cap 03: Dilatação térmica de sólidos e líquidos

Termometria. Temperatura

O sistema A é posto em contato térmico com T até atingir o equilíbrio térmico.

TEMPERATURA, CALOR E A PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS. Departamento de Matemática e Física Coordenador da Área de Física

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RN CAMPUS: CURSO: ALUNO:

PROVA DE FÍSICA 2º ANO - 2ª MENSAL - 1º TRIMESTRE TIPO A

RESOLUÇÃO RESOLUÇÃO. Resp. D

Podemos definir como quente um corpo que tem suas moléculas agitando-se muito, ou seja, com alta energia cinética. Analogamente, um corpo frio, é

Termodinâmica - 2. Alexandre Diehl. Departamento de Física - UFPel

PROF.: Henrique Dantas

cm, quando a temperatura varia

Resoluções das Atividades

Termologia. Temperatura é a grandeza física escalar que nos permite avaliar o grau de agitação das moléculas de um corpo.

BC Fenômenos Térmicos

Aula anterior: Esta Aula: Próxima aula:

Capitulo-4 Calor e Temperatura

Temperatura e Calor. Leis da Termodinâmica

Profa. Dra. Ana Maria Pereira Neto

CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATERIAIS

Física 3 aulas 3 e 4.

Bacharelado em Engenharia Civil. Disciplina: Física Geral e Experimental II 2º período Prof.a: Erica Muniz

Testes gerais

TERMODINÂMICA. Prof. Otávio Castellani

Sua prova deve ser feita à caneta azul ou preta. Não rasure e não use corretivo. Entregue no dia da prova.

PROVA DE FÍSICA 2º ANO - 1ª MENSAL - 1º TRIMESTRE TIPO A

Temperatura. Escalas de Temperatura. Aula 8 Termodinâmica por Luiz Otávio Limurci. Lei zero da termodinâmica. Conversão de Temperaturas

TERMOLOGIA DILATAÇÃO DOS SÓLIDOS

ENERGIA BARREIROS LISTA FÍSICA 1 DILATAÇÃO DE LÍQUIDOS PROFESSOR: JOHN

Lista de exercícios LOB1019 Física 2

TM362 - Sistemas de Medição 2. Prof. Alessandro Marques.

INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL. Prof. Eduardo Calsan. Polímeros/Engenharias

Dilatação dos sólidos e dos líquidos

Fís. Fís. Monitor: Arthur Vieira

Professora : Elisângela Moraes

Sala de Estudos FÍSICA 1 trimestre Ensino Médio 2º ano classe: Prof.LUCAS Nome: nº Sala de Estudos:Dilatação Térmica

Medição de Temperatura

ENERGIA INTERNA, CALOR, TEMPERATURA...

Aluno(a): nº: Professor: Fernanda TonettoSurmas Data: Turma: ORIENTAÇÕES DE ESTUDO REC 2º TRI PRIMEIRO ANO FSC II

Aluno (a): Data: / / Professor (a): ESTEFÂNIO FRANCO MACIEL

Propriedades Físicas da Matéria

Temperatura, Calor e a Primeira Lei da Termodinâmica

TC 1 Revisão UECE 1 a. fase Física Prof. João Paulo

Termodinâmica. Lucy V. C. Assali

Jornal de Física Único Jornal do Pará

Olimpíada Brasileira de Física ª Fase

Fís. Fís. Monitor: Arthur Vieira

Fonte: Disponível em: < Termorreg.pdf>. Acesso em: 10 jun (adaptado)

1. Um feixe permamente de partículas alfa (q = +2e) deslocando-se com energia cinética constante de 20MeV transporta uma corrente de 0, 25µA.

Física Geral e Experimental III. Dilatação

25/Mar/2015 Aula /Mar/2015 Aula 9

Diretoria de Ciências Exatas. Laboratório de Física. Roteiro 02. Física Geral e Experimental III 2012/1

Cap 03: Dilatação térmica de sólidos e líquidos

Exp 2 - Calibração de um Termistor

Turma: 2101 Turno: Manhã Professor: Douglas Baroni

Transcrição:

UFABC Fenômenos Térmicos Prof. Germán Lugones Aula 3: lei zero da Termodinâmica; expansão térmica

Introdução Vamos iniciar o estudo de uma nova área da física, a TERMODINÂMICA, que lida com fenômenos associados aos conceitos de temperatura e calor. A termodinâmica é muito diferente da mecânica.

Mecânica Termodinâmica número gigantesco (~10 24 ) de variáveis dinâmicas (v i,x i ). A conexão entre o mundo microscópico e o macroscópico é dada pela: Teoria Cinética dos Gases e pela Mecânica Estatística Número pequeno de variáveis macroscópicas (P,V,T)

Leis da Termodinâmica Partindo de um pequeno número de leis básicas, a termodinâmica permite obter conclusões de grande generalidade sobre o comportamento dos sistemas macroscópicos: Lei Zero: temperatura e equilíbrio térmico. 1 lei da termodinâmica: extensão do princípio de conservação da energia, levando em conta o calor como forma de energia. 2 Lei da Termodinâmica: aparece pela primeira vez na física a "seta do tempo", ou o fato de que existe uma direção espontânea de ocorrência dos fenômenos. A conexão entre a Segunda Lei e a irreversibilidade é um dos problemas mais profundos da física. 3 lei: Entropia do zero absoluto.

Equilíbrio Térmico entre dois corpos Considere dois sistemas termodinâmicos A e B (e.g. gases confinados) separados por uma parede adiabática, que é um isolante térmico, ou seja, não permite a troca de calor (energia térmica). Nesta situação, as variações das propriedades termodinâmicas de um sistema não influenciam as propriedades do outro sistema. Ex.: a variação na temperatura T A não acarreta mudança em T B. Se agora substituímos as paredes de separação adiabáticas por uma parede de separação diatérmica, que é um condutor térmico, haverá troca de calor, até que o sistema atinja o equilíbrio térmico. Quando dois sistemas estão em equilíbrio térmico, dizse que ambos possuem a mesma temperatura.

Lei Zero da Termodinâmica Enunciado da Lei Zero: Se cada um dos sistemas A e B está em equilíbrio térmico com um terceiro sistema C, então A e B estão em equilíbrio térmico entre si. Numa situação prática, o sistema C da lei zero pode ser um termômetro. Se o termômetro estiver em equilíbrio com A e B separadamente, e indicar a mesma leitura, então A e B possuem a mesma temperatura.

Termômetros As propriedades de muitos corpos variam quando alteramos suas temperaturas, por exemplo: Em geral, o volume de um líquido aumenta quando sua temperatura T aumenta. Uma haste de metal fica um pouco mais longa quando T aumenta. A resistência elétrica de um fio aumenta com T. A pressão exercida por um gás confinado muda com T. O volume de mercúrio liquido aumenta com T. Um termômetro é um dispositivo que mede a temperatura de um corpo ou sistema, fazendo uso de alguma propriedade física que exibe uma mudança com a temperatura.

EXEMPLO: um termômetro de mercúrio consiste num tubo capilar de vidro fechado e evacuado, com um bulbo numa extremidade, contendo mercúrio. O volume V do mercúrio é medido através do comprimento l da coluna líquida. Na realidade, este comprimento não reflete apenas a dilatação ou contração do mercúrio, mas a diferença entre ela e a dilatação ou contração correspondente do tubo de vidro que contém o mercúrio. Entretanto, a variação de volume do mercúrio é geralmente bem maior do que a do recipiente.

Temperatura O ponto de partida de nossa discussão da termodinâmica é o conceito de temperatura e como ela é medida. o Os físicos medem a temperatura na escala Kelvin, que é graduada em unidades chamadas de kelvins. o Não existe um limite superior aparente para a temperatura de um corpo. o A temperatura tem um limite inferior; este limite inferior de temperatura é tomado como o zero da escala de temperatura Kelvin. o A temperatura ambiente está em torno de 290 kelvins, ou 290 K, como a escrevemos, acima deste zero absoluto.

Escala Kelvin de Temperatura Aparentemente, não existe um limite superior para a temperatura de um sistema. Existe um limite de quão baixa ela pode ser (um zero absoluto de temperatura). Define-se esse zero absoluto como sendo zero na escala Kelvin (K). Para definir o tamanho do grau na escala Kelvin, selecionamos um fenômeno térmico reprodutível e, arbitrariamente, lhe atribuímos uma certa temperatura Kelvin. Por razões técnicas, selecionamos o ponto triplo da água: T 3 = 0.01 C P 3 = 4.58 mm Hg.

Ponto triplo da água: a água (líquido), o gelo (sólido) e o vapor d'água (gás) podem coexistir, em equilíbrio térmico, em apenas um único conjunto de valores de pressão e temperatura.

Por acordo internacional, foi atribuído ao ponto triplo da água o valor de 273,16 K como a temperatura de ponto fixo padrão para a calibragem de termômetros; ou seja, T 3 = 273,16 K onde o sub-índice 3 significa "ponto triplo". Este acordo também estabelece o tamanho do kelvin como 1/273,16 da diferença entre o zero absoluto e a temperatura do ponto triplo da água.

Escala Celsius de Temperatura A definição da escala Celsius de temperatura empírica foi associada com a escolha de dois pontos fixos correspondentes a temperaturas bem definidas, uma delas sendo a do gelo em fusão e a outra a da água em ebulição. o Mais precisamente, o ponto de gelo corresponde à temperatura de equilíbrio térmico de gelo e água saturada de ar, à pressão de 1 atmosfera, o e o ponto de vapor é a temperatura de equilíbrio de vapor de água e água pura, à pressão de 1 atmosfera. Na escala Celsius, assinalamos arbitrariamente as temperaturas: Ponto de vapor: T = 100 C Ponto de gelo: T = 0 C Este é um padrão antigo (pureza da substancia afeta o ponto de fusão e ebulição).

O grau Celsius tem o mesmo tamanho do Kelvin. Contudo, o zero da escala Celsius está deslocado, i.e. T C = T K 273,16

Escala Celsius de Temperatura Para calibrar o termômetro de mercúrio nesta escala, convencionamos a seguir que T e o comprimento L da coluna guardam entre si uma relação linear. Assim, se L 100 e L 0 são os comprimentos no ponto de vapor e no ponto de gelo, respectivamente, e L é o comprimento quando em equilíbrio térmico com o sistema cuja temperatura queremos medir, assinalamos a T o valor: T = 100 L L 0 L 100 L 0 ( C) Isto equivale a dividir a escala entre L 100 e L 0 em 100 partes iguais, cada subdivisão correspondendo a 1 C, ou seja, equivale a definir a dilatação da coluna de mercúrio como sendo linear com T.

O termômetro de gás a volume constante

P = at + b com a = ΔP ΔT Exemplo 1 Em um termômetro de gás a volume constante, a pressão a 20 C é de 0,98atm. (a) Qual é a pressão a 45,0 C? (b) Qual é a temperatura se a pressão for 0,500 atm? Em um termômetro a gás a volume constante a pressão varia linearmente com a temperatura. T = 273 C P = 0!atm a = 0,980 0 20 + 273 0 = 3,34 10! 3 ( 273) + b b = 0,91 P = 3,34 10 3 T + 0,91 a = 3,34 10 3 (a) P = 3, 34 10 3 45 + 0, 91 P = 1, 06!atm (b) 0,5 = 3,34 10 3 T + 0,91 0,5 0,91 T = 3,34 10 3! T = 123 C

Expansão Térmica Para a maioria das substâncias, quando a temperatura aumenta ocorre um aumento em seu volume. Esse é o fenômeno da expansão (ou dilatação) térmica. Origem: Aumento da separação média entre os átomos ou moléculas constituintes da substância com o aumento da temperatura (exceções, comportamento anômalo da água. )

Exemplos de Expansão Térmica (1) Freqüentemente, podemos afrouxar uma tampa metálica de um pote de vidro segurando-o em fluxo de água quente. Tanto o metal da tampa quanto o vidro do pote se expandem quando a água quente adiciona energia a seus átomos. (Com a energia adicionada, os átomos podem se afastar mais uns dos outros do que o normal, em oposição às forças elásticas interatômicas que mantêm os átomos unidos em um sólido.) Contudo, como os átomos no metal conseguem se afastar uns dos outros mais do que aqueles do vidro, a tampa se expande mais do que o pote e, portanto, fica frouxa. Seções de uma ponte são separadas por juntas de dilatação para que as seções possam se expandir em dias quentes sem provocar rachaduras.

Exemplos de Expansão Térmica Quando uma cavidade em um dente é preenchida, o material utilizado na restauração deve ter as mesmas propriedades de expansão térmica que o dente ao seu redor; de outro modo, o consumo de um sorvete seguido de um café quente poderia ser bastante doloroso. Quando o jato Concorde foi construído, o projeto teve que levar em consideração a expansão térmica da fuselagem resultante do aquecimento pelo atrito com o ar durante um vôo supersônico.

Expansão Térmica Linear Se a temperatura de uma haste metálica de comprimento L for aumentada de uma quantidade ΔT, observamos que seu comprimento aumenta de uma quantidade: ΔL = L 0 α ΔT, ou seja, L = L 0 + L 0 α ΔT α é uma constante chamada de coeficiente de expansão linear. ΔT = T - T 0 (ou seja, T final T inicial ) ΔL = L - L 0 (ou seja, L final L inicial ) O coeficiente α tem unidade "por grau" ou "por kelvin" e depende do material.

Expansão Térmica Linear Embora α varie um pouco com a temperatura, em muitas aplicações ele pode ser considerado constante para um determinado material. Sólidos b [K 1 ou ( C) 1 ] Líquidos b [K 1 ou ( C) 1 ] Alumínio 7,2 10 5 Etanol 75 10 5 Latão 6,0 10 5 Dissulfeto de carbono 115 10 5 Cobre 5,1 10 5 Glicerina 49 10 5 Vidro 1,2 2,7 10 5 Mercúrio 18 10 5 Invar (liga de ferro-níquel) Quartzo (fundido) Aço 0,27 10 5 0,12 10 5 3,6 10 5

Este trilho de linha férrea possui uma lacuna entre os segmentos, para permitir a dilatação térmica. Os sons de estalos que são familiares aos passageiros de trens vêm das rodas passando sobre essas lacunas. Em dias quentes, os segmentos se expandem e preenchem a lacuna. Se houvesse menos lacunas, o trilho poderia se deformar sob condições muito quentes. Lacuna

Expansão Volumétrica Ou seja, em geral: V = V 0 (1 + β ΔT ) β = 3 α = coeficiente de expansão volumétrica Se todas as dimensões de um sólido se expandem com a temperatura, o volume deste sólido também deve se expandir. Para líquidos, a expansão volumétrica é a única que faz sentido. Consideremos a expansão térmica de um cubo de lado L. Se cada lado do cubo se expande linearmente segundo L = L 0 + L 0 α ΔT, o volume final será: V = L 3 = ( L 0 + L 0 α ΔT ) 3 = L 0 3 (1 + α ΔT ) 3 Em geral, a quantidade α ΔT é muito menor que 1, logo podemos usar uma expansão binomial (1 + x) n 1 + n x +... Temos então: V = L 3 = L 0 3 (1 + α ΔT ) 3 L 0 3 (1 + 3 α ΔT ) = V 0 (1 + 3 α ΔT )

Exemplo 2

Exemplo 3

Exemplo 4

Comportamento anômalo da água A água, não se comporta como outros líquidos. Acima de 4 C, a água se expande à medida que T aumenta, como esperado. Entre 0 e 4 C, contudo, a água se contrai com o aumento de T. Em torno de 4 C, a densidade da água passa por um máximo. Para qualquer outra T a densidade da água é menor do que este valor máximo. O volume de um grama de água no intervalo de 0 c até 100 c. A 100 c, o volume aumenta para 1,043 cm 3. Se o coeficiente de dilatação volumétrica fosse constante, a curva seria uma linha reta. 1,04 1,02 Embora a água geralmente se expanda com o aumento da temperatura... 1,00 0 20 40 60 80 100 T ( C) V (cm 3 )...entre 0 C e 4 C, o volume diminui com o 1,0004 aumento da temperatura. 1,0003 1,0002 1,0001 V (cm 3 ) A água é mais densa a 4 C 1,0000 T ( C) 0 2 4 6 8 10

O comportamento anómalo da água é a razão pela qual os lagos congelam da superfície para o fundo e não o contrário. Quando a água na superfície é resfriada a partir de ~ 10 C, em direção ao ponto de congelamento, ela fica mais densa do que a água abaixo dela e afunda. Abaixo de 4 C, contudo, um resfriamento adicional faz com que a água que está na superfície fique menos densa do que a água abaixo dela, e então ela fica na superfície até congelar.