Instituto de Ciências Sociais Departamento de Sociologia Licenciatura: Sociologia Unidade Curricular: Desenvolvimento, Sociedade e Estado Regime: 2º semestre Ano lectivo: 2007/2008 Docente: Maria Eugénia Rodrigues (eugenia@ics.uminho.pt) Departamento de Sociologia, Instituto de Ciências Sociais, Universidade do Minho, Gualtar, 4710-057 Braga Portugal, Telef. 253604212, Fax 253678850 Apresentação e objectivos A unidade curricular de Desenvolvimento, Sociedade e Estado situa-se na confluência dos três grandes temas que lhe dão nome para analisar, discutir e reflectir sobre as problemáticas clássicas e os desafios actuais do desenvolvimento. A partir das perspectivas teóricas fundamentais procuraremos compreender os processos de desenvolvimento nas suas diversas dimensões: do financiamento ao sistema político; dos actores às exigências de um mundo crescentemente globalizado; da regulação do comércio global ao impacto de factores ambientais, perceberemos o sentido e a pertinência da temática do desenvolvimento para além das clássicas (e questionáveis) distinções entre países desenvolvidos e sub-desenvolvidos, em vias de desenvolvimento, ou outras. Pretende-se que os alunos consigam situar os fenómenos do desenvolvimento nas sociedades actuais, fazendo uso de recursos teóricos, conceptuais e empíricos. O desenvolvimento de capacidades de análise crítica será fomentado através do referencial empírico e sua problematização. Para cada tópico do programa são indicadas as referências dos textos considerados de leitura obrigatória. Dependendo da sua natureza e acessibilidade, estes poderão: a) ser fornecidos pela docente; b) estar disponíveis na BGUM indicando-se a sua localização para consulta ou requisição por parte dos alunos; c) constituir artigos de revistas científicas disponíveis online através da Metalib. 1
Programa: 1) Como se desenvolvem os países? Perspectivas teóricas e análise de casos. 2) O financiamento do desenvolvimento: instituições, mecanismos e endividamento. Da explosão do débito ao comércio justo. 3) Como se mede o desenvolvimento? Medidas, indicadores e índices. 4) Globalização e desenvolvimento: modalidades de relacionamento e novos desafios 5) Actores, agentes e políticas de desenvolvimento: dos actores tradicionais às exigências das sociedades actuais. 6) Equidade e desenvolvimento: democracia para o desenvolvimento? 7) Desenvolvimento sustentável: expectativas iniciais, bloqueios actuais e o futuro do desenvolvimento. Plano Aula 1, semana 25 Fevereiro: Apresentação da disciplina, programa e modalidades de funcionamento. Elementos e momentos de avaliação. Aula 2 e 3, semana 3 & 10 de Março: Introdução geral à problemática e questões da Sociologia do Desenvolvimento. Como se desenvolvem os países? Perspectivas teóricas e análise de casos. Frank, André Gunder, 1961, Desenvolvimento e Subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura. (a fornecer pela docente) Rostow, Walt W., 1964 [1960], Etapas do Desenvolvimento Económico. Rio de Janeiro: Zahar Editores. (a fornecer pela docente) Fortuna, Carlos, 1987, Desenvolvimento e sociologia histórica: acerca da teoria do sistema mundial capitalista e da semiperiferia in Sociologia, Problemas e Práticas, 3:163-193. (a fornecer pela docente) Aula 4, semana 31 de Março: O financiamento do desenvolvimento: instituições, mecanismos e endividamento. Da explosão do débito ao comércio justo. Wood, Robert (1985), The Aid Regime and International Debt: Crisis and Structural Adjustment in Development and Change, 16, 179-212. (a fornecer pela docente) Young, William & Utting, Karla (2005), Fair Trade, Business and Sustainable Development (Editorial) in Sustainable Development, 13, 139-142 (disponível nas revistas online). Aula 5, semana 7 de Abril: Como se mede o desenvolvimento? Medidas, indicadores e índices. 2
Morse, Stephen et al (2001) Sustainability indicators: the problem of integration in Sustainable Development, 9, 1-15 (disponível nas revistas online). Morse, Stephen (2003) Greening the United Nations Human Development Index? in Sustainable Development,11, 183-198 (disponível nas revistas online). Miller, Clark A. (2005), New Civic Epistemologies of Quantification: Making Sense of Indicators of Local and Global Sustainability, Science, Technologies & Human Values, vol. 30, 3, 403-432. (a fornecer pela docente) Barrett, John; Birch, Rachel; Cherrett, Nia; Wiedmann, Thomas (2005), Exploring the application of the Ecological Footprint to sustainable consumption policy Journal of Environmental Policy & Planning, Volume 7, 4, 303 316. (disponível nas revistas online) Aula 6, semana 14 de Abril: Globalização e desenvolvimento: modalidades de relacionamento. Os processos de globalização e as implicações no desenvolvimento. As diferentes forças da globalização. Santos, Boaventura de Sousa, 2001, Os Processos da Globalização in Boaventura de Sousa Santos (org.), Globalização Fatalidade ou Utopia?, Vol.1. Porto: Afrontamento. Cap. 1: Os processos de globalização, pp: 31-106. (BGUM 301 G) Hirst, Paul & Grahame, Thompson (2000) [1996], Globalization in Question. Cambridge: Polity Press. Globalization, Governance and the Nation-State, pp: 256-280. (a fornecer pela docente) Aula 7, semana 21 de Abril: Actores, agentes e políticas de desenvolvimento: dos actores tradicionais às exigências das sociedades actuais. Griffin, Keith (2003) Economic Globalization and Institutions of Global Governance in Development and Change, 34 (5): 789-807. (a fornecer pela docente) Florini, Ann M. (2001) Transnational Civil Society in Edwards, M. & Gaventa, J. (eds.), Global Citizen Action. London: Earthscan. (BGUM 339: G) Aula 8, semana 28 de Abril: Equidade e desenvolvimento: democracia para o desenvolvimento? Rebelo, Sérgio, 2001, «Educação, Capital Humano e Desenvolvimento Económico» in Fundação Calouste Gulbenkian, Globalização, Desenvolvimento e Equidade. Lisboa : Dom Quixote. (BGUM 339 C) Mayor, Federico, 2001, «Desenvolvimento Endógeno e Governação Democrática» in Fundação Calouste Gulbenkian, Globalização, Desenvolvimento e Equidade. Lisboa : Dom Quixote. (BGUM 339 C) 3
Dollar, David, 2001, «Ajuda ao Desenvolvimento, Reformas e Educação Da Pobreza em África» in Fundação Calouste Gulbenkian, Globalização, Desenvolvimento e Equidade. Lisboa : Dom Quixote. (BGUM 339 C) Aula 9, semana 5 Maio: Desenvolvimento sustentável: expectativas iniciais e bloqueios actuais Comissão Mundial para o Ambiente e Desenvolvimento (1991), Rumo ao desenvolvimento sustentável in O Nosso Futuro Comum. Lisboa: Meribérica. (a fornecer pela docente) Baker, Susan; Kousis, Maria; Richardson, Dick e Young, Stephen (eds) (1997), The politics of Sustainable Development. Routledge: London. Introduction: The Theory and practice of sustainable development 1-40. (a fornecer pela docente) Redclift, Michael (2005) Sustainable development (1987-2005): An Oxymoron comes of Age in Sustainable Development, 13, 212-227 (disponível nas revistas online) Aula 10, semana 19 de Maio: Desenvolvimento sustentável: o futuro do desenvolvimento. Alterações climáticas e desenvolvimento. Yearley, Steven (2007) Globalization and the Environment in Ritzer, George (ed), The Blackwell Companion to Globalization. Massachusetts: Blackwell. pp: 201-213. (a fornecer pela docente) Stern Review on the Economics of Climate Change, 2006, Parte II, cap. 4: Implications of Climate Change for Development, pp: 92-121. Acessível em: http://www.hmtreasury.gov.uk/independent_reviews/stern_review_economics_climate_change/stern_ review_report.cfm Stern Review on the Economics of Climate Change, 2006, Parte II, cap. 5: Costs of Climate Change in Developed Countries, pp: 122-142. Acessível em: http://www.hmtreasury.gov.uk/independent_reviews/stern_review_economics_climate_change/stern_ review_report.cfm United Nations Development Programme (2008), Human Development Report 2007/2008, Fighting Climate Change: Human Solidarity in a Divided World, Overview Acessível em: http://hdr.undp.org/en/reports/global/hdr2007-2008/ Aula 11, semana 26 de Maio: Revisões e preparação para o teste. Aula 12, semana 2 de Junho: Realização de teste individual. 4
Regime de funcionamento: Desenvolvimento, Sociedade e Estado funcionará entre aulas teóricas e seminário. As aulas teóricas são de carácter expositivo referindo-se aos tópicos do programa de forma sistemática e, sempre que possível, com um referencial empírico. O tema a abordar nas aulas teóricas será depois retomado nos seminários incentivando-se os alunos a reflectir sobre as matérias propostas para o que serão previamente distribuídos os materiais, tarefas ou quaisquer outros elementos julgados adequados. O trabalho central a realizar em contexto de seminário, Retratos de desenvolvimento nas ex-colónias portuguesas, ocupará uma parte significativa das sessões e dele serão dados a conhecer oportunamente os contornos e programação detalhados. Da mesma forma, a data de realização do teste individual (sempre no fim do semestre) será definida oportunamente. Avaliação: A avaliação é contínua, repartindo-se entre dois elementos: 1 Realização de teste individual: 50% 2 Trabalho de grupo Retratos de desenvolvimento nas ex-colónias portuguesas : 50%. O trabalho de grupo Retratos de desenvolvimento nas ex-colónias portuguesas será realizado em contexto de aula, utilizando-se para tal o tempo das sessões de seminário e sob orientação da docente. Os alunos são incentivados a levar todos os materiais necessários para as sessões, bem como a realizar a pesquisa documental ou outra necessária, fazendo por exemplo, uso da rede wireless. Haverá um momento de apresentação intermédia perante os pares para, beneficiando dos comentários dos colegas, proceder a ajustamentos eventualmente necessários na direcção da pesquisa. O trabalho realizado será objecto apenas de apresentação oral podendo, no entanto, os alunos utilizar suportes vídeo, audio ou outros (power point, por exemplo). A avaliação contínua exige, evidentemente, a frequência às aulas. Assim, considerase como critério minímo uma assiduidade igual a 2/3 das sessões efectivamente ministradas, independentemente do regime de frequência às aulas pelo qual o estudante esteja abrangido. A aprovação na modalidade de avaliação contínua exige uma média final dos diferentes elementos de avaliação não inferior a 10 (dez) valores. Os alunos reprovados na modalidade de avaliação contínua poderão submeter-se a exame final apenas na época de recurso. Exame: Serão admitidos à realização de exame individual escrito na época de recurso os alunos que, tendo a sua situação devidamente justificada nos termos dos regulamentos da UM, se vejam totalmente impossibilitados de frequentar as aulas. O exame terá uma ponderação de 100% na classificação final. NOTA: Em qualquer das situações anteriores recomenda-se vivamente a entrega da ficha individual. 5
Horário de Atendimento: Terça-feira, 17.00-19.00 Gabinete 205, 2º piso do edifício do ICS. 6