Comentários para Adultos: Lição 06 A Canção do Amor do Rei 04 a 11 de Maio 2019 SÁBADO A TARDE 04 DE MAIO 2019 INTRODUÇÃO Comentário por: Gerson Benedito Prado Casamento é o sonho de muitos, mas, não de todos. É sonho que resulta em bênçãos e desafios para os cônjuges. Desafios da vida em comum de origens, formação e, algumas vezes, culturas diferentes e que, ao se casarem, se tornam uma só carne. Bênçãos do amor, carinho e afeto que só cabem aos casados, dentre elas, o dom da intimidade sexual. Cantares, também denominado Cântico dos Cânticos de Salomão, pois se acredita que foi escrito pelo rei Salomão, é um lindo poema de amorem que noivo e noiva se revezam em declarações de afirmação de amor e também de expectativas que cada um
tem em relação ao outro. Como quando o esposo pede à esposa que ela o tenha como um selo sobre o coração fonte do amor, carinho e relevância, e sobre o braço fonte de força, proteção, amparo e cuidado. É o que diz o verso para memorizar das reflexões desta semana (Cantares 8:6). Em Cantares se conceitua a indivisibilidade da vida do casal que, mantendo sua individualidade, se formatam num só e único ser através de propósitos únicos e da conjunção carnal provida pelo maravilhoso dom do sexo. Refletiremos sobre os muitos tipos de amores proporcionados pelo casamento, só conhecidos pelo amor recíprocona família. Tanto o amor, quanto o presente reservado por Deus aos que se amam, o sexo, não podem, nem devem ser experimentados em tempos inadequados. Isto é, há tempo certo para o amor e a vida conjugal. É privilégio do jovem e dos seres humanos reservar-se, enquanto não casados, para a pessoa com quem compartilhará sua vida, ou, se já casado, preservar-se apenas para a pessoa escolhida para cônjuge. Pense: Deus celebrou o primeiro casamento. Assim esta instituição tem como seu originador o Criador do Universo. foi esta uma das primeiras dádivas de Deus ao homem, e é uma das duas instituições que, depois da queda, Adão trouxe consigo além das portas do Paraíso. Quando os princípios divinos são reconhecidos e obedecidos nesta relação, o casamento é uma bênção; preserva a pureza e felicidade do gênero humano, provê as necessidades sociais do homem, eleva a natureza física, intelectual e moral. (EGW, PP, p. 19.1). Desafio: Dispor-se a ter a pessoa escolhida para a vida como selo sobre o coração e sobre o braço. DOMINGO, 05 DE MAIO 2019 VIDA INDIVISÍVEL Muitos creem que o ser humano é formado por duas entidades autônomas: corpo (físico, carnal) e alma (espírito, derivado do corpo, mas, independente). A Bíblia tem outra explicação para formação do ser humano. Deus formou o ser humano com um corpo, constituído do pó da terra, e fôlego de vida soprado por Deus nas narinas deste boneco. E o corpo inerte, com o sopro de Deus, se torna um ser integral, denominado alma vivente (Gênesis 2:7).A alma vivente é uma unidade que, ao ter uma de suas partes separada, deixa de existir. O ser humano raciocina, escolhe e sente necessidade de comunhão com seu Criador
(Salmo 63:1, 84:2). É comparado a um templo, o templo do Espírito Santo, e não pertence a si mesmo, como declaram alguns o corpo é meu, faço dele o quiser. Não! Porque fomos comprados por bom preço vosso corpo, e vosso espírito pertencem a Deus (1 Coríntios 6:19-20). E a Bíblia ensina todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam conservados irrepreensíveis (1 Tessalonicenses 5:23). Criado para crescer e desenvolver-se, inclusive suas características sexuais, porém, tudo deve ser empregado na adoração a Deus (Salmo 63:1, 84:2) e separado ao propósito de Deus. Pois para Deus até a relação sexual, somente admitida no contexto do casamento, é santificada e envolve toda a atenção dos cônjuges, como carinhos e carícias desejáveis e apropriadas, que ambos devem dar-se(cantares 1:2). Para cada pessoa o cônjuge deve representar o mais ansiado de seus desejos, que lhe completa na intimidade (Cantares 1:13) e na necessidade de amparo e proteção (Cantares 2:6). E tenha no parceiro tudo que é importante, não haja, ainda que por brincadeira, alguém mais importante, valoroso, belo ou de hábitos louváveis que a pessoa amada (Cantares 5:10-16, 7:1-9). Pense: A religião é necessária no lar. Só ela pode prevenir os ofensivos erros que tantas vezes amarguram a vida conjugal. Unicamente onde Cristo reina, pode haver amor profundo, verdadeiro, altruísta. Então uma pessoa e outra se unirão, e as duas vidas se fundirão em harmonia. Anjos de Deus serão hóspedes do lar, e suas santas vigílias santificarão a câmara matrimonial. Será banida a vil sensualidade. (EGW, PP, p. 19.1). Desafio: Cônjuges e casadoiros, tenham Jesus Cristo como centro e Rei de suas vidas amorosas. SEGUNDA-FEIRA, 06 DE MAIO 2019 OS AMORES DA CANÇÃO DE AMOR Cantares expõe a construção do altar do amor, que noivo e noiva constroem a partir de um conhecimento que cada vez mais faz desejar um a companhia do outro. Esse conhecimento cria uma amizade que passa a sentir necessidade de mais tempo juntos, evoluindo para namoro, noivado e casamento. Descreve esses momentos declarando os beijos da sua boca como melhor que o vinho e a pessoa amada são como um ramalhete de mirra (Cantares 1:2, 13). Nesse enlevo há o convite para contemplar flores, cantar com os pássaros e colher frutos saborosos. Há uma poesia bela e emocionante, finalizando com a entrega total ao
arrebatamento do enlevo da relação sexual sendo a coroação do amor entre duas pessoas que se casam (Cantares 2:10-13, 3:11). Cantares é poesia atrativa, destacando insistentemente as melhores qualidades de cada um dos amantes. O noivo destaca cada detalhe da beleza da noiva, sua face, cabelos, olhos e evolui por cada centímetro de seu corpo e a noiva responde correspondentemente (Cantares 4:1-7, 5:16). Mas, o amor verdadeiro, após o pecado, não é natural ao ser humano. É preciso que o Espírito Santo implante em nós o amor de Deus, verdadeiro, imutável, redentor (Romanos 5:5). E o mesmo Espírito é quem nos ensina que o amor terreno, seja de pais a filhos ou vice-versa ou conjugal, é concedido para demonstrar o amor de Deus por nós e a amorosa intimidade que Ele deseja ter conosco reciprocamente. A intimidade de uma entrega total ao SENHOR, que faça desejar passar mais tempo com Deus, mantendo longas conversas com o SENHOR, além de desfrutar longos momentos de Sua companhia em silêncio, como ocorre num casamento. Pense: Precisamos ter o Espírito de Deus ou jamais teremos harmonia no lar. A esposa, se tem o Espírito de Cristo, terá cuidado de suas palavras; controlará seu espírito, será submissa, e não sentirá, contudo, que seja uma escrava, mas uma companheira de seu marido. Se o marido é servo de Deus, não procederá como senhor de sua esposa; não será arbitrário e exator. Nunca é excessivo o zelo com que acariciamos as afeições do lar, pois se o Espírito do Senhor habita aí, o lar é um tipo do Céu. (EGW, LA, p.118.1). Desafio: Manter a poesia e o encanto do namoro em cada dia da vida conjugal até Jesus voltar. TERÇA-FEIRA, 07 DE MAIO 2019 UM CONHECIMENTO AMOROSO A Escritura retrata a união carnal de marido e mulher de muitas formas. Desde a criação, quando Deus realizou o primeiro casamento, os abençoou, e determinou Frutificai e multiplicai-vos, pois daí em diante seriam ambos uma carne (Gênesis 1:28, 2:24). Essa união é expressa em palavras de apreciação e amor entre os cônjuges. O noivo declara Tu és toda formosa, meu amor, e em ti não há mancha. Vem comigo do Líbano, ó minha esposa.a noiva responde como convite a desfrutar as delícias da relação íntima entre esposos Ah! entre o meu amado no jardim. Prontamente aceito
e confirmado: JÁ entrei no meu jardim, minha esposa (Cantares 4:7-8, 16, 5:1). Intimidade e tratamento fidalgo entre esposos e respeitado o estabelecido por Deus que no casamento A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher, embora isso não signifique qualquer servidão de um ao outro, mas mutuo consentimento, por amor (1 Coríntios 7:3-5). É sempre um convite. Do esposo (Cantares 4:8) ou da esposa (4:16) que, ao ser aceito, motivará expressões de afeto e apreciação. Como em Cantares, que até os nomes dos noivos, Salomão e Sulamita, simbolizam o propósito de Deus, pois ambos vêm do hebraico shalom, significando paz ou plenitude, que é o sentimento que deve resultar do relacionamento entre esposos. Outra metáfora bíblica é a palavra conhecer significando o relacionamento íntimo do casal e que resulta na concepção de um filho. Assim foi com Adão e Eva (Gênesis 4:1, 25); com Elcana e Ana, pais de Samuel (Samuel 1:19); com Maria, ao receber o anúncio da maternidade de Jesus (Lucas 1:34); e Jesus, ao ensinar o relacionamento da humanidade com Deus e Jesus, visando a vida eterna (João 17:3). Também assinala que amamos a Deus (1 Coríntios 8:3). Pense: O amor divino que procede de Cristo nunca destrói o amor humano, mas o inclui. Por ele é o amor humano refinado e apurado, elevado e enobrecido. O amor humano jamais produz seus preciosos frutos até que esteja unido com a natureza divina e treinado para crescer rumo ao Céu. Jesus deseja ver casamentos e lares felizes. (EGW, LA, p. 99.4) Desafio: Esforçar-se em toda a vida conjugal para manter a poesia e o encanto dos primeiros momentos. C QUARTA-FEIRA, 08 DE MAIO 2019 AMOR NO TEMPO CERTO O centro da mensagem de Cantares está no trecho do capítulo 4:8-5:1, pois retrata a consumação do casamento, com Salomão e a Sulamita declarando que adentrara o máximo da intimidade que um casal pode chegar, usufruindo desse prazer em todas as vias sensoriais do corpo, no tato, no olfato, no paladar, na audição e na visão (Cantares 4:16, 5:1). A consumação é prazerosa aos sentidos, mas vai além do prazer carnal, sendo também
um prazer mental e espiritual, porquanto o casamento une os dois numa só carne física e espiritualmente (Cantares 4:12).Há segurança de ambos em convidar o outro a desfrutar esse jardim imaculado (Cantares 4:16). O noivo tentou levar a noiva para fora de sua fortaleza e foi malsucedido, até que, no tempo certo, com o casamento já realizado, ela o convida ao seu jardim e ele a convida a sair do Líbano e ambos aceitam. A segurança em dizer não e manter a pureza é o que Deus deseja de Seus filhos. E os filhos de Deus devem divulgar esse ideal de Deus, como a Sulamita que aconselhou suas amigas, as filhas de Jerusalém, a não provocarem em seus amigos sensações que, despertadas, se tornam de difícil controle, mas, como ela, no tempo certo, convidar o noivo a entrar em seu jardim (Cantares 4:16), e desfrutar todo o aroma e delícias do manancial recluso e fonte selada. Essa ideia de pureza, plantada por Deus no coração humano, é a forma como quer que seja nosso relacionamento com Ele. Os irmãos da noiva questionaram, quando juvenil, se ela seria um muro ou uma porta (Cantares 8:8,9). A resposta dela é contundente eu sou um muro (Cantares 8:10). A Sulamita conquistou o rei pela beleza e, também, seu coração (Cantares 4:9) pelo amor dela que o envolveu Que belos são os teus amores (Cantares 4:10). Para esposos que se completam, o casamento é como ter alcançando a terra prometida (Cantares 4:11). Pense: Por que os homens e as mulheres não leem, tornando-se inteligentes nesses assuntos que tão decididamente afetam sua força física, intelectual e moral? Deus vos deu uma habitação, para dela cuidardes e a preservardes nas melhores condições, para Seu serviço e glória. Vosso corpo não vos pertence. (EGW, MCP, v. 1,p. 233.1). Desafio: Esperar o tempo certo para amar e, quando chegar, amar todo tempo, como Deus deseja. QUINTA-FEIRA, 09 DE MAIO 2019 GUARDANDO O PRESENTE DO CRIADOR Deus colocou reflexos da Divindade no homem e na mulher ao criá-los. E unindo masculino e feminino, destaca-se uma marca de Deus, cumprindo Sua função criadora ao originar outro ser humano. Portanto, a prática da relação sexual no casamento é ato santo (Gênesis 1:26, 28).
O pecado desvirtuou tudo, tornando-nos reféns de nossas paixões. Homem e mulher deveriam olhar apenas para seus companheiros de vida, mas ao olhar para outras pessoas, formam-se pensamentos lascivos, e daí, o adultério. O SENHOR previu que muitos iriam além do adultério, tendo relações fora do casamento ou relações incestuosas, isto é, entre pais e filhos, ou entre irmãos, ou com aparentados (Levítico 20:7-21). Também nos preveniu de paixões infames como relações homossexuais (Romanos 1:24-27), ou prostituição(1 Coríntios 6:9-20). Se os cristãos estão em Cristo Jesus não andam segundo a carne (Romanos 8:1-14) e não satisfazem suas tendências e prazeres, mas a vontade do Espírito, sendo seu corpo templo do Espírito Santo (1 Coríntios 6:15-20), obedecendo em tudo a Cristo (2 Coríntios 10:5). Porque quem se entregou a Cristo crucificou com Ele suas paixões (Gálatas 5:24). Portanto, o cristão vê a sexualidade em oposição à forma como a trata a mídia, que massifica práticas pecaminosas, pois se nossa vida foi crucificada com Cristo, estamos mortos para o pecado, e temos vida nova em Cristo, que refaz Sua imagem em nós (Colossenses 3:3-10). Assim, somos santificados e irrepreensíveis, prontos para encontrar Jesus(1 Tessalonicenses 5:23-24). E, porque Deus perdoa todos os pecados, todos que os confessam (1 João 1:9) são transformados em novas criaturas (2 Coríntios 5:17), mesmos aqueles que mantiveram relações sexuais pecaminosas, os quais são convidados a participar da comunidade dos filhos de Deus na Terra. Pense: Muitos há que erram e sentem a sua vergonha e loucura. Consideram seus enganos e erros até serem arrastados quase ao desespero. Não devemos desprezar estas pessoas. Quando alguém tem que nadar contra a correnteza, toda a força da mesma o impele para trás. Estenda-se-lhes uma mão auxiliadora, como o fez a Pedro quando se afogava, a mão do Irmão mais velho. Fale-lhe palavras de esperança, palavras que fortaleçam a confiança e despertem amor Nunca devemos passar por uma alma sofredora sem tentar comunicar-lhe o conforto com que fomos consolados por Deus. (EGW, PJ, p. 210.5) Desafio: Compartilhar o amor de Deus em cada momento de sua vida. SEXTA-FEIRA, 10 DE MAIO 2019 PONTOS PARA REFLEXÃO Um antigo hino diz Não há dor, não há pesar, com amor no lar, porque a família é
um muro de proteção e refúgio, lugar de repouso e restauração das energias. O lar deve ser fortaleza do amor de Deus, pela presença de Cristo nas vidas, refletindo-se no amor entre os cônjuges e na família. Antes de preparar a recepção, a lista de convidados e de testemunhas para o casamento, deve ser preparada a base para uma relação de amor e convivência para a vida toda, aprovada pelo Céu. Para isso, embora individualmente oriundos de famílias, culturas e etnias diferentes, os nubentes devem estar dispostos a se unirem de forma indissolúvel, em uma só carne, em corpo, alma e propósitos de vida. O aconchego do lar deve proporcionar os diversos amores que uma união marital deve ter: amor conjugal, amor paternal e maternal, amor familiar, etc. Marido e mulher devem buscar o conhecimento recíproco, completo, profundo, tão íntimo que não haja espaço para mágoas. E tanto os que estão iniciando o conhecimento, quanto os que se conhecem há muito tempo, terão certeza de que para tudo há um tempo certo, inclusive a intimidade. Na continuidade de nossas reflexões sobre as Estações da família, estudaremos o tema Segredos para a unidade familiar, destacando-se a centralidade de Cristo na família, que por Seu amor, pode nos tornar um com Ele e um entre nós. Como evitar a destruição de nossas famílias, fugindo do egoísmo e praticando a submissão, cumprindo nossa promessa de amar e cuidar até que a morte nos separe. Boa semana. Pense: Marido e mulher devem ter como privilégio e dever, reservar para a intimidade da sociedade mútua a troca de sinais de amor entre si. Pois conquanto a manifestação de amor mútuo seja correta quando no lugar devido, pode produzir dano tanto aos casados como aos solteiros. Existem pessoas de caráter e mentalidade inteiramente diversos, e de diferente educação e preparo, que se amam justamente tão dedicada e saudavelmente como os que se educam no sentido de manifestar francamente suas afeições; e há perigo de que, por contraste, essas pessoas mais reservadas sejam julgadas mal, e sofram desvantagem. (EGW, LuC [MM 1967, 19/07], p. 211.2). Desafio: Ter a canção de amor do rei como a canção de nossas vidas, tendo Jesus Cristo no centro.