UNICESUMAR - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

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Transcrição:

UNICESUMAR - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA A PREVALÊNCIA DE LESÕES OSTEOMIOARTICULARES EM CICLISTAS AMADORES KATLYN NUNES PATRÍCIA DOS SANTOS FONSECA MARINGÁ PR 2017

KATLYN NUNES PATRÍCIA DOS SANTOS FONSECA A PREVALÊNCIA DE LESÕES OSTEOMIOARTICULARES EM CICLISTAS AMADORES Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Fisioterapia da UniCesumar Centro Universitário de Maringá como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel(a) em Fisioterapia, sob a orientação da Profa. Mestre Ana Lúcia de Sá Yamazaki. MARINGÁ PR 2017

FOLHA DE APROVAÇÃO KATLYN NUNES PATRÍCIA DOS SANTOS FONSECA A PREVALÊNCIA DE LESÕES OSTEOMIOARTICULARES EM CICLISTAS AMADORES Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de graduação em Fisioterapia da UniCesumar Centro Universitário de Maringá como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel(a) em Fisioterapia, sob a orientação da Profa. Mestre Ana Lúcia de Sá Yamazaki Aprovado em: de de. BANCA EXAMINADORA Marlos Marim Mestre em Ciências da Reabilitação Neuro-Motora Universidade Bandeirante de São Paulo. Alessandra Benatti Burkle Mestre em Fisiologia do Esforço Universidade Federal de São Paulo. Ana Lúcia de Sá Yamazaki Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento Universidade Presbiteriana Mackenzie.

A PREVALÊNCIA DE LESÕES OSTEOMIOARTICULARES EM CICLISTAS AMADORES Katlyn Nunes Patrícia dos Santos Fonseca RESUMO Este estudo tem como objetivo avaliar a prevalência de lesões osteomioarticulares em um grupo de ciclistas amadores residentes em Astorga/PR, que não possuíam orientação de um profissional de saúde para práticas esportivas. Para a coleta de dados foi aplicado o Inventário de Dor de Becker, validado na versão português para 52 ciclistas, de ambos os gêneros, com intuito de mensurar a ocorrência da dor, frequência, interferência na rotina diária e funcionalidade. Os resultados demonstraram que a dor não foi predominante entre os participantes da prática de ciclismo, porém estes que a referiram (32,7%), todos são tabagistas, sugerindo a hipótese de uma relação entre estilo de vida e presença de dor. A conclusão do estudo sugere que o profissional de saúde tem papel importante na prevenção de lesões, porém os hábitos de vida são fatores determinantes e condicionantes para a saúde e nas práticas esportivas. Palavras-chave: Ciclismo; Dor; Movimento; Prevenção de doenças. ABSTRACT PREVALENCE OF INJURIES OSTEOMIOARTICULAR IN AMAUTER CYCLIST This study have as object evaluates the prevalence of osteomioarticular injuries in a group of amateur cyclist residents in Astorga/PR, who did not have the orientation of a health professional for a sports practice. For data collection the Becker Pain Inventory was applied, validated in the Portuguese version for 52 cyclists, of both genders, in order to at measuring of pain, frequency, interference in daily routine and functionality. The results showed that pain was not predominant among participants of research, but the 32,7% who mentioned feeling some kind of pain, are smokers, being a hypothesis that the lifestyle may be related to the pain these cyclists. The conclusion of this study suggests that the health professional has an important function in the prevention of injuries, but the habits of life are determinants and conditioning factors for health and in sports practices. Keywords: Bicycling; Pain; Movement; Disease Prevention.

SUMÁRIO INTRODUÇÃO...5 MATERIAL E MÉTODOS...6 RESULTADOS E DISCUSSÃO...7 CONCLUSÃO...11 REFERÊNCIAS...12

5 INTRODUÇÃO A qualidade de vida envolve condições que podem afetar a percepção do indivíduo, seus sentimentos e comportamentos relacionados com sua dinâmica diária, incluindo, mas não se limitando, à sua condição de saúde e às possíveis intervenções médicas. O conceito de saúde depende das necessidades e preferências de cada indivíduo e do que é importante para ele dentro de sua realidade familiar, do trabalho e dos valores da comunidade a qual pertence. Nem sempre está ligada ao nível socioeconômico da pessoa. A Organização Mundial de Saúde (OMS) diz que ter saúde não é apenas viver sem doença, mas viver com qualidade, com direito à saúde, lazer, trabalho e moradia (AMARAL et al., 2015; ALMEIDA et al., 2015). Com a valorização da qualidade de vida é possível observar o aumento do interesse da população por atividades físicas, fator importante na qualidade uma vez que evita vários tipos de doenças degenerativas e diminui o estresse do cotidiano melhorando o perfil lipídico e a autoestima. A participação em atividades esportivas tem sido incentivada devido a seus benefícios à saúde, que predispõe o individuo a uma melhor qualidade de vida em contextos que variam desde uma simples pedalada ate os benefícios físicos, psicológicos, sociais e, por isso abrange diversas faixas etárias (OLIVEIRA et al. 2015; KRABBE et al. 2014). Há um aumento significativo de pessoas que tem se organizado em grupos para a prática esportiva, entre elas o ciclismo amador, que recebe várias denominações como grupos de pedalada, grupos de pedal, grupos de bicicleta, entre outras, que visam buscar práticas mais saudáveis de vida. Porém, muitas vezes esses grupos realizam tais atividades sem a orientação de um profissional da área da saúde, levando os participantes a utilizar a bicicleta sem preparo físico, ficando expostos aos riscos de lesões osteomioarticulares. Gregor (2003) cita inúmeras lesões referentes ao posicionamento inadequado na bicicleta, destacando como mais frequentes as tendinites, bursites, neuropatias de compressão, dores na região cervical, síndrome escapular, neuropatia ulnar, dor nas costas, irritações no períneo, dores no quadril, dores no joelho e dores no tornozelo. Refere-se também às lesões causadas pela falta de aquecimento a alongamento muscular como distensão muscular, estiramento, ruptura e contusão musculares e câimbras. Para melhora da amplitude de movimento articular, considera-se que deve haver um período de exercícios de aquecimento antes da sessão de qualquer treinamento. O período de aquecimento consiste em precaução contra lesões musculoesqueléticas e possíveis dores musculares, pois o corpo será preparado fisiologicamente para o trabalho

6 físico, com aumento da temperatura muscular que altera propriedades mecânicas, a elasticidade (limite de extensão que o músculo pode atingir) e a viscosidade (medida em que o músculo pode mudar de forma). Logo após a sessão de exercícios, um período de resfriamento pode ser benéfico, permitindo que o corpo esfrie e retorne ao estado de repouso, podendo durar de cinco a dez minutos. (PRENTICE, 2012). Partindo destes princípios e conceitos, o objetivo do estudo foi identificar se acontecem e quais as possíveis lesões que a prática da atividade esportiva sem acompanhamento, podem se originar em um grupo de ciclistas amadores. MATERIAL E MÉTODOS Este estudo teve uma abordagem descritiva, transversal e quantitativa. O projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de Maringá UNICESUMAR, e após sua aprovação todos os participantes receberam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram convidados a participar desta pesquisa, 60 integrantes de um grupo amador de ciclismo, de ambos os gêneros do município de Astorga/PR. O percurso realizado por estes ciclistas consistia em cerca de 50 km, sendo o ponto de partida o posto de combustível Paraná (Av. Rio de Janeiro 338), com destino à região leste do município de Astorga limite com as cidades de Pitangueiras e Sabáudia e fim do trajeto no local de partida. Era realizado uma vez por semana no período noturno, sem limite de tempo. Foram incluídos na pesquisa todos os participantes ativos e que fazem parte do grupo. O critério de exclusão foi para todos os que não estavam ativos na prática ou que estavam impossibilitados de realizar a atividade na época da pesquisa. Para coleta de dados de mensuração de dor, foi utilizado o Inventário de Dor de Becker, validado na versão em português (Anexo 1). Trata-se de um questionário de avaliação da dor cujo interior é composto por questões sobre a ocorrência de dor, frequência, localização e interferência na rotina de vida das pessoas (BECKER JR, 2002). RESULTADO E DISCUSSÃO

7 Participaram 52 ciclistas amadores, sendo 41 homens e 11 mulheres. A faixa etária variou de 20 a 60 anos com média de 40,3 anos para homens e 39,8 anos para mulheres. Quando avaliada por meio da dimensão gênero, a prática de atividade física tem refletido as construções sociais atribuídas aos homens e às mulheres. Isto esclarece, por exemplo, os diferentes interesses e preferências de homens e mulheres para prática de diferentes modalidades esportivas e atividades físicas (SILVA et al, 2011). Neste estudo predominou o gênero masculino para este tipo de atividade esportiva, corroborando também com os resultados encontrados por Silva et al (2011) que destacou em seu estudo que os homens se revelaram, significativamente, mais ativos do que as mulheres e que preferiam mais os esportes como o futebol, a corrida, a musculação e a prática de bicicleta e entre as mulheres, a caminhada, seguida da prática de bicicleta e da ginástica. Os resultados obtidos foram apresentados por meio de gráficos e tabelas, representados no decorrer do texto. Os participantes da pesquisa, ao serem questionados sobre a presença de dor relacionada à prática do ciclismo responderam predominantemente que não sentiam dores, estando a dor presente em apenas 32,7% dos participantes, conforme o gráfico 1 abaixo. Gráfico 1. Relação da dor com a prática do ciclismo em homens e mulheres. Fonte: Dados da pesquisa. Em relação ao tempo de dor referida, entre os 52 participantes, 23 referem dor com características de dor crônica, sendo 18 com dores há mais de 6 meses e 5 referem a dor no

8 período entre 1 a 6 meses. O restante não refere dor alguma, como representado no gráfico 2. Os participantes relataram a localização da sua dor mais presente nos membros inferiores, superiores e região dorsal. Em uma pesquisa similar sobre a etiologia da lombalgia em ciclistas, a postura inadequada na bicicleta, a falta de ajuste da bicicleta ao ciclista ou ajuste inadequado e a fraqueza da musculatura lombo-pélvica foram os fatores mais frequentemente apontados como causadores de dor lombar nesses praticantes desta modalidade (ALENCAR, 2011). Este aspecto observado pelo estudo justifica a importância da orientação do praticante feita por um profissional da área, o que possibilitaria a prevenção destas inadequações e as dores causadas pela má postura. Gráfico 2. Tempo de dor referida. Fonte: Dados da pesquisa A intensidade da dor foi avaliada pelo questionário em uma variação de 0 a 10, onde o valor 0 representou nenhuma dor e 10 a dor máxima. Em relação às respostas, não houve a referência de dor intensa, mas em uma escala considerada de intensidade mediana. Sobre a frequência desta queixa, trinta e sete participantes (71,2%) responderam senti-las raramente (grafico 3). Gráfico 3. Frequência da dor.

9 Fonte: Dados da pesquisa. Como na apresentação do gráfico 4, é possível observar que não há relatos negativos significativos em relação à realização das atividades diárias. Os praticantes têm uma vida sem restrições no desempenho das atividades, mesmo quando há presença da dor. Gráfico 4. Limitação das atividade de vida diária relacionada a dor. Fonte: Dados da pesquisa. Em relação à qualidade de vida dos praticantes de ciclismo, é importante destacar que durante a coleta de dados foi possível observar a boa convivência do grupo, o que sugere o favorecimento do relacionamento interpessoal, trazendo um aspecto positivo para o fator psíquico e emocional, gerando a autoestima.

10 Neste caso, os resultados apontaram que o nível de percepção de produtividade ou funcionalidade esteve presente em 100% das respostas dos participantes deste estudo (Gráfico 5). Gráfico 5. Percepção de produtividade. Fonte: Dados da Pesquisa Dados semelhantes foram encontrados por Krabbe e Vargas (2014), onde mulheres praticantes de voleibol referiram melhora da qualidade de vida e manutenção da independência nas atividades cotidianas em relação às não praticantes de atividade física. Além dos benefícios para o meio ambiente, o transporte e a prática de ciclismo contribuem para diversos aspectos da saúde como prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares, alguns casos de câncer, redução da mortalidade por causas gerais e controle de peso, sendo um fator benéfico para a melhora da qualidade de vida e bem-estar dos praticantes. Dentre as modalidades, a prática de atividade física com a bicicleta é especialmente atrativa, por ser especialmente econômica, de fácil manuseio, barata manutenção, além de ser acessível a todas as classes sociais, possibilitando uma vida ativa, funcional, reduzindo a taxa de morbidade (TEIXEIRA, et al. 2013). Em relação aos hábitos de vida, como etilismo e tabagismo, observar-se por meio dos resultados, que os participantes mais queixosos de dor eram fumantes (Gráfico 6).

11 Gráfico 6. Relação entre fumantes e a dor relacionada a prática do ciclismo. Fonte: Dados de pesquisa Os dados encontrados pela pesquisa são bastante interessantes e foram também relatados no estudo de Camões (2008) sobre fatores associados à atividade física na população portuguesa, que demonstrou que homens não fumantes mostraram-se mais ativos no lazer que os fumantes, assim como a proporção de homens não etilistas que realizavam exercício físico era maior que os que bebem bebidas alcoólicas envolvidos na mesma atividade. CONCLUSÃO Concluiu-se com este estudo que os dados apresentados não foram expressivos ao que se refere fator dor e limitação funcional entre praticantes de ciclismo amador. Foi possivel identificar indicios da relação entre estilo de vida (como tabagismo e etilismo) e dor na prática da prática do ciclismo. A presença de um profissional da saúde sempre tem a sua indicação quando se pensa em atitudes preventivas, porém a ausência do mesmo não trouxe impacto negativo sobre a vida dos participantes da prática do ciclismo a nível amador. Deve-se ressaltar que estudos futuros considerando outras váriaveis e de aspecto longitudinal possam comprovar novas evidências em relação aos beneficios de uma prática orientada e consciente.

12 REFERÊNCIAS ALENCAR, E. T.A. et al. Revisão etiológica da lombalgia em ciclista. Revista Brasileira ciência do esporte, Florianópolis, 2011. ALMEIDA, N. G. et al. Qualidade de vida e cuidado de enfermagem na recepção de mulheres mastectomizadas. Revista Enfermagem. Universidade Federal de Santa Maria, 2015. AMARAL, T. L. M. et al. Qualidade de Vida e Morbidades Associadas em Idosos Cadastrados na Estratégia de Saúde da Família do Município de Senador Guiomard, Acre. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, 2015. BECKER JR. Benno. Um estudo sobre a frequência de dor e de insônia entre universitários. Novo Hamburgo: Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, Feevale, 2002. CAMÕES, M; Lopes, C. Fatores associados á atividade física na população portuguesa. Revista saúde pública, Porto Portugal 2008. GREGOR, R. Biomecânica do ciclismo.. A ciência do exercício e dos esportes. Porto Alegre, 2003. KRABBE, S.; VARGAS, A. C. Qualidade de vida percebida por mulheres em diferentes tipos de exercício físico. Revista Kairós : Gerontologia, [S.l.], v. 17, n. 2, p. 193-204, jun. 2014. ISSN 2176-901X. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/view/21718/16001>. Acesso em: 03 out. 2017. OLIVEIRA, J. D. F. et al. Avaliação da qualidade de vida de um grupo de tabagistas no processo de cessação do tabaco: a questão da atividade física. Salusvita. Bauru, 2015. PRENTICE, W. E. Fisioterapia na Prática Esportiva. Uma abordagem baseada em competências. Porto Alegre 2012. TEIXEIRA, I.T. et al. Fatores associados ao uso de bicicleta como meio de transporte em um cidade de médio porte. Revista Brasileira de atividade física e saúde. Pelotas. 2013. SILVA, P. S. S. ; PEREIRA, G.S.; COSTA, R. S. Fatores sociodemográfico e atividade física de lazer entre homens e mulheres de Duque de Caxias. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 11, p. 4491-4501, Nov. 2011.