ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS N. 17/2015



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ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS N. 17/2015 TÓPICO DE ESTUDO: DISCIPLINA EM SALA 1 DISCIPLINA OU INDISCIPLINA ESCOLAR, EIS A QUESTÃO! A disciplina em sala de aula, ou melhor, sua ausência, tem sido verificada com maior frequência no contexto escolar e continua sendo um fator dificultador das relações interpessoais na escola, contribuindo muitas vezes para um baixo desempenho escolar. Pesquisas, segundo (LÜCK, 2014, p. 71), indicam que professores gastam mais de um quarto do tempo de suas aulas chamando a atenção dos seus alunos, passando lição de moral, criticando seu comportamento, o que promove a desconcentração da atenção da turma toda do foco da aprendizagem. Parece que entendemos mais de indisciplina do que disciplina. No livro Conselhos a Pais, professores e estudantes, p.153, a autora afirma: [...] Tanto na escola como no lar, deve haver sábia disciplina. Deve o professor organizar regras para dirigir a conduta de seus estudantes. Tais regras devem ser poucas e bem consideradas, e uma vez feitas, ponham-se em execução. Todo princípio nelas envolvido deve de tal maneira ser colocado perante o estudante para que ele se convença da justiça de cada exigência. Assim sentirá a responsabilidade de fazer com que sejam obedecidas as regras que ele próprio ajudou a organizar. (WHITE, CPPE, p. 153). Aqui, provavelmente, esteja o segredo para cultivar um bom ambiente e melhorar o clima escolar. De um modo geral, atribuímos aos estudantes as situações de indisciplina, sem nos darmos conta que a vida é vivida em processos de inter-relação. Isso nos alerta sobre o perigo de vermos apenas no outro, e neste caso em particular, no estudante, o motivo para atitudes ou comportamentos que consideramos inadequados. O modo de ser e de fazer do professor é fundamental para a orientação do estudante no processo de desenvolvimento pessoal. 1

Disciplina é algo que se constrói, demandando por parte de toda a comunidade escolar a observação e a atenção. Desse modo, entenderemos que: Disciplina é uma condição que se instala no modo de ser e de fazer das pessoas a partir das circunstâncias e experiências que vivenciam. Disciplina na escola e sala de aula corresponde a um processo formador de consciência pessoal e social. A disciplina passa por uma contínua organização dos processos sociais para realização os objetivos de formação dos alunos. Disciplina na sala de aula é diretamente relacionada ao que o professor faz, a como se relaciona com os alunos, às atividades que promove e às atitudes que demonstra. (LÜCK, 2014, p. 78) A questão não é simples problema de comportamento (externo). Antes de mais nada é necessário que as pessoas desenvolvam o autocontrole das emoções e de impulsos (interno). Isto é, que desenvolvam o domínio próprio. Trata-se, portanto, de um exercício humano apreendido no contexto social, em caráter de reciprocidade. (LÜCK, 2014, p. 85). Quais são os propósitos da disciplina? Ensinar o estudante o governo de si mesmo; Contribuir para o educando ver e reconhecer uma falta; Desenvolver atitudes responsáveis e de respeito mútuo. 2 O QUE NÃO APRECIAMOS NO OUTRO? O que um professor NÃO aprecia num estudante? Podemos listar alguns itens, como: Dedicar-se o estudante a atividades estranhas à aula; Dedicar-se à leitura de livros e revistas em aula; Sentar-se inconvenientemente na carteira; Dirigir ao professor perguntas estranhas à aula; Entreter-se em conversa com outro estudante, durante o transcurso da aula; Não trazer o material escolar solicitado; Não fazer os exercícios ou tarefas; Consultar o relógio durante a aula (todo tempo); Bocejar ruidosamente durante a exposição do professor; Mostrar ar de desagrado, enfado ou desleixo, quando o professor entra em classe ou durante a aula; Reclamar que o professor vem dando muita matéria; 2

Reclamar desapontamento contra as notas que lhe foram atribuídas; Interromper a aula, para perguntar: - Professor, isso cai na prova?; Faculdade Adventista da Bahia Acercar-se constantemente da mesa do professor. Certamente será possível acrescentar outros itens à lista. Mas, será que os estudantes também têm algo que não apreciam em seus professores? Segundo relatos dos próprios estudantes, eles não apreciam: A falta de justiça no atribuir notas; Chamar apenas determinados As repreensões, em voz alta, na estudantes, evidenciando preferências; presença de todos os colegas; Realizar chamadas orais, arguições, sem Usar os intervalos de aula para terminar avisar com antecedência; o ponto (conteúdo), dar exercícios para casa ou usá-los para outros fins; Não tomar conhecimento das outras matérias, dando muitos exercícios para Conversar em voz alta com outro casa e matéria e mais matéria; professor, funcionário, enquanto os estudantes realizam as provas; Tratar os estudantes sem considera sua faixa etária, exigindo absoluto silêncio Dar nota zero ou tirar ponto por indisciplina; em classe, a toda hora, chamando o diretor, para repreender; Responder mal, ou com palavras Escrever no quadro, com letra que não ásperas, as perguntas dos estudantes; se entende; Viver ameaçando os estudantes, com ameaças que não se cumprem; Dar aula sentado o tempo todo, sem usar piloto (giz), nem dar quadros Falar em voz muito baixa, de forma que sinóticos ou resumos; os estudantes não entendam; Professores inseguros. Falar em termos difíceis, incompreensíveis, como se estivesse o professor discursando; 3

2 QUANDO O PROFESSOR CONTRIBUI COM A INDISCIPLINA Talvez os professores não tenham pensado sobre isso, mas há algumas posturas, atitudes e procedimentos docentes que contribuem para a presença indisciplina em sala de aula. Podemos listar alguns deles: Falta de preparo, planejamento, dosagem de matéria, aula desinteressante; Falta de pontualidade; Incoerência de atitude; Falta de motivação; Falta de dosagem da voz; Ironia; Falta de domínio de Classe logo no início do ano; Substituições frequentes; Colocar estudante fora de classe; Disposição dos estudantes em classe; Professor que permite o mesmo sistema da faculdade; Falta de objetivos no trabalho; Falta de limpeza e ordem; Promessas não cumpridas; Incoerência nas exigências; Problemas emocionais; Falta de conhecimento (domínio do conteúdo); Personalidade Individual; Aturar demais o estudante problema, sem tomar providências (permissividade e negligência); Falta de ética profissional. Em tempos atuais muitos estudantes não têm medo de repreensões ou sanções disciplinares. Assim, mediante alguns cuidados pode-se praticar um trabalho educacional de qualidade. NÃO SE CONTROLA OS ALUNOS, E SIM A SITUAÇÃO EM QUE ELES ESTÃO ENVOLVIDOS. (LÜCK, 2014, p. 86) 3 QUANDO A INDISCIPLINA É GERADA PELO ESTUDANTE A indisciplina também pode ser gerada pelo estudante e normalmente isso acontece por algumas razões, a saber: Vive em contexto familiar conturbado; Falta de material; Desnutrição; Problemas de saúde (visão, audição, Falta de base; etc.); Falta de limpeza e ordem em sala; Dependência dos pais; 4

Problemas emocionais; Falta de interesse. 4 QUANDO A ESCOLA CONTRIBUI PARA A INDISCIPLINA A Escola também pode estar contribuindo para o processo de indisciplina escolar. Isso acontece, entre outros, quando: O ambiente físico é pouco atraente quente, frio, mal iluminado, mal ventilado; Salas superlotadas; Falta de espaço; Falta de limpeza e ordem; Interrupção da aula para dar avisos ou similares; Horário escolar construído inadequadamente; As regras não estão claras ou não são cumpridas. Nesse sentido, conhecer e fazer cumprir o que está previsto no regimento escolar é condição essencial. 5 FATORES EXTERNOS QUE CONTRIBUEM PARA A AUSÊNCIA DE DISCIPLINA Por fim e não menos importante, há fatores externos que impactam a escola e que normalmente estão relacionados à estrutura familiar e à ausência de parceria escola/lar. Nestes casos cabe à escola promover permanentemente o diálogo com a família e o monitoramento a tais estudantes. Para tanto, é preciso ter um plano de ação que contemple as questões disciplinares. 6 PISTAS PARA A MELHORIA DA DISCIPLINA EM SALA disciplina. Vejamos algumas dicas que podem auxiliar na construção do ambiente favorável à Aplicar ao estudante as devidas penalidades, seguindo respectiva graduação, prevista no regimento; Atualizar-se; Chegar ao estudante descendo do Pedestal ; Conhecer os interesses dos estudantes; Criar oportunidades para que todos participem e expressem suas dúvidas; Dialogar com os estudantes, pais e direção da escola; Dialogar particularmente com o estudante; Dirigir-se ao estudante pelo nome; 5

Dominar o conteúdo; Dosar bem a matéria; Esperar o estudante já dentro da sala; Evidenciar ética profissional; Explicar bem ao estudante o sistema que vai adotar; Falar em particular, com certos estudantes problemáticos, se possível orar com eles, principalmente nos primeiros dias de aula; Fazer permanente autocrítica; Incluir estudantes tímidos ou que ficam isolados; Manter controle emocional (tom de voz, constância, ser metódico); Manter tom de voz enérgico sem ser gritante; Ministrar aulas bem preparadas; Faculdade Adventista da Bahia Não deixar a classe desocupada; Organizar-se quanto a provas e trabalhos passados aos estudantes, sendo pontual na devolução dos mesmos; Pensar muito antes de prometer algo; Procurar resolver os problemas dentro da sala de aula; Proporcionar 5 minutos livres de cada aula, para higiene mental do estudante; Respeitar as diferenças individuais dos estudantes; Ser pontual; Só retirar os estudantes da classe em casos extremos; Ter posição definida, coerência (sim, sim ou não, não); Utilizar linguagem simples. 7 A TÍTULO DE IN (CONCLUSÃO) 1 Mardones (2004, p. 52-53) afirma que o espírito de disciplina precisa ser ensinado à criança, pois assegura a limitação necessária, contribuindo para a vida regular da sociedade e, ainda, para a saúde e felicidade do indivíduo. Isso implica no desenvolvimento de hábitos corretos. Com pouquíssima idade, as crianças podem compreender o que lhes é dito clara e simplesmente, e mediante uma direção bondosa e cuidadosa podem ser ensinadas a obedecer. Nunca se deve permitir que a obstinação passe sem ser reprimida. O futuro bem-estar da criança requer disciplina bondosa e amável, mas firme. (WHITE, CPPE, p. 112). 1 Extraído e transcrito do livro Pedagogia Adventista (2009). 6

de: Faculdade Adventista da Bahia A disciplina desejável no contexto da educação adventista é a que se manifesta através a) Poucas regras as regras devem apresentar limites importantes dentro dos princípios educativos; b) Regras claras e adequadas isso contribui bastante para a compreensão do estudante e dos professores; c) Regras conhecidas, respeitadas e aplicadas por todos não há sentido existirem regras obscuras ou que apenas alguns considerem adequadas. d) Regras construídas com a participação de todos esse aspecto provoca o comprometimento individual e coletivo; e) Regras com consequências é preciso deixar claro que as consequências devem ter relação direta com as regras descumpridas. 8 HORA DO CHECK LIST É hora do autoexame. Seja franco consigo próprio vá assinalando a sua conduta em classe. No final, verifique quantos são os seus pontos positivos e quantos são os negativos. ATITUDES POSITIVAS 1. Mostro interesse, compreensão, simpatia para com os estudantes; 2. Procuro ser humano e razoável com os estudantes. Afinal são seres humanos e merecem a nossa estima; 3. Não gosto de falar da minha vida particular com os estudantes; 4. Sou exigente com os meus estudantes, porém explico-lhes a razão disso; 5. Poupo minha autoridade não a expondo ao desgaste com problemas de pouca importância; 6. O respeito se impõe, sem necessidade de humilhar o estudante. Assim eu faço; 7. Corto de início qualquer momento de indisciplina; 8. Não faço ameaças sem necessidade e quando as faço, cumpro. ATITUDES NEGATIVAS 1. Não tomo conhecimento do estudante, eles não merecem a minha compreensão. São todos uns antipáticos; 2. Esses estudantes são uns desalmados. É preciso ser duro com eles; 3. É sempre interessante comentar problemas pessoais com os estudantes, assim eles aprendem com a minha experiência; 4. Sou exigente e acho que não devo esclarecer a razão dessas exigências; 5. A autoridade do mestre precisa ser mostrada a todo instante ao estudante, para que ele saiba que com professor não se brinca; 6. É preciso intimidar o estudante. Ele precisa sentir o peso da autoridade do mestre; 7. Aguardo um momento mais oportuno para coibir um movimento de indisciplina da classe; 8. É bom ameaçar o estudante, pois assim ele permanece disciplinado e é isso o que eu faço sempre; 7

9. Quando o estudante erra, aplico, de imediato, as sanções; 10. Faço advertência uma só vez, depois não tolero reincidência; 11. Quando termina o incidente com o estudante, não tomo conhecimento mais do caso, procurando não guardar ressentimentos; 9. Quando o estudante erra, espero alguns dias e assim posso pensar melhor na pena que devo aplicar; 10. Faço diversas advertências ao estudante antes de agir; 11. O incidente com o estudante não termina. Ele precisa pagar pelo que fez. Ele vai pagar nas provas e testes; 12. Eu interpreto a indisciplina como uma conduta inconveniente e antissocial que depõe contra os indivíduos que a praticam. 13. Quando um estudante erra, ele deve sofrer as punições e não a classe inteira. 14. Procuro isolar os estudantes indisciplinados, trazendo-os às primeiras carteiras. 12. A indisciplina é um desacato, uma afronta à autoridade do mestre e como tal deve ser punida; 13. A classe toda deve pagar pelas faltas cometidas por alguns; 14. Nunca procuro isolar os estudantes indisciplinados, mudando-os de carteiras; 15. Evito tratar os estudantes pelos seus apelidos; 15. Acho interessante tratar os estudantes pelos apelidos. Isso revela familiaridade e os predispõe no estudo. PARA SABER +! AQUINO, Julio Groppa. Indisciplina na escola: alternativas teóricas e práticas. Editora Summus, 1996. Como se resolve a indisciplina? Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/como-resolve-indisciplinaautoridade-moral-convencao-cooperacao-autonomia-503230.shtml LUCK, Heloísa. Disciplina como foco e circunstância da aprendizagem. In: Gestão do processo de aprendizagem pelo professor. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014. (Série Cadernos de gestão, v. VIII). Cap. 3. MARDONES, Simone. Quando eu mando, você não obedece. Aracaju: FANESE, 2004. 127p. WHITE, Ellen G. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes. 5 ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2000. 8