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Nota Técnica n 0023/2012-SRD/ANEEL Em 6 de março de 2012. Processo n : 48500.006021/2011-95 Assunto: Estabelecimento dos limites dos indicadores de continuidade DEC e FEC dos conjuntos da Energisa Minas Gerais - Distribuidora de Energia S.A. - EMG, para o período de 2013 a 2016. I. DO OBJETIVO Apresentar os procedimentos e a metodologia utilizada para o estabelecimento dos limites dos indicadores de continuidade coletivos Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora DEC e Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora FEC dos conjuntos de unidades consumidoras da EMG para o período de 2013 a 2016. II. DOS FATOS 2. O Módulo 8 dos Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional PRODIST define os atributos que caracterizam os conjuntos de consumidores, conforme item 2.7 da seção 8.2 do PRODIST: 2.7 Os conjuntos serão caracterizados pelos seguintes atributos: a) área em quilômetros quadrados (km 2 ); b) extensão da rede MT, segregada em urbana e rural, em quilômetros (km); c) energia consumida nos últimos 12 meses, segregada pelas classes residencial, industrial, comercial, rural e outras classes, em megawatt-hora (MWh); d) número de unidades consumidoras atendidas, segregadas pelas classes residencial, industrial, comercial, rural e outras classes; e) potência instalada em kilovolt-ampère (kva); f) padrão construtivo da rede (aérea ou subterrânea); g) localização (sistema isolado ou interligado). 3. O item 5.10.2 da seção 8.2 do Módulo 8 do PRODIST estabelece que: 5.10.2 No estabelecimento dos limites de continuidade para os conjuntos de unidades

Fl. 2 da Nota Técnica n 0023/2012-SRD/ANEEL, de 06/03/2012. consumidoras será aplicado o seguinte procedimento: a) seleção dos atributos relevantes para aplicação de análise comparativa; b) aplicação de análise comparativa, com base nos atributos selecionados na alínea a ; c) cálculo dos limites para os indicadores DEC e FEC dos conjuntos de unidades consumidoras de acordo com o desempenho dos conjuntos; e d) análise por parte da ANEEL, com a definição dos limites para os indicadores DEC e FEC. 4. Ainda, o item 5.10.3 da seção 8.2 do Módulo 8 do PRODIST estabelece que: Os valores dos limites anuais dos indicadores de continuidade dos conjuntos de unidades consumidoras serão disponibilizados por meio de audiência pública e serão estabelecidos em resolução específica, de acordo com a periodicidade da revisão tarifária da distribuidora. 5. A ANEEL apresentou à EMG proposta preliminar de limites para os indicadores DEC e FEC por meio do Ofício nº 0291/2011-SRD/ANEEL, de 06 de dezembro de 2011. No referido ofício também ficou estabelecido um cronograma com as etapas a serem seguidas pela distribuidora e pela ANEEL. 6. Em 16 de janeiro de 2012, por meio da Correspondência ENERGISAMG/DTEC-ANEEL/Nº 005/2012, a EMG apresentou sua manifestação ao ofício citado anteriormente, apresentando sua contraproposta de limites de DEC e FEC. III. DA ANÁLISE 7. O objetivo desta nota técnica é apresentar os procedimentos adotados para aplicação da análise comparativa de desempenho dos conjuntos, de forma a estabelecer os limites de DEC e FEC da EMG, os quais serão submetidos à audiência pública juntamente com a revisão tarifária da distribuidora. Também será analisada a manifestação da distribuidora quanto à proposta de limites, de forma a considerar eventuais questões diversas da área de concessão da EMG, não visualizadas pelo modelo matemático. III.1 APLICAÇÃO DA ANÁLISE COMPARATIVA 8. Os limites dos indicadores coletivos DEC e FEC são considerados como referência, dadas as características do conjunto de unidades consumidoras, para uma continuidade média a ser fornecida pela distribuidora aos consumidores pertencentes ao conjunto. 9. Para o estabelecimento dos limites, foram analisados os atributos estabelecidos no item 2.7 da seção 8.2 do Módulo 8 do PRODIST. Os atributos foram encaminhados pelas distribuidoras para cada um de seus conjuntos de unidades consumidoras. Destaca-se que os atributos representam um conjunto de informações disponíveis para um modelo matemático especificamente, um método de análise de agrupamentos. As variáveis que efetivamente servirão de entrada para o método de agrupamento serão definidas com base nos atributos disponíveis, havendo a possibilidade de formação de variáveis por combinação dos atributos. Por exemplo, pode-se compor uma variável que represente a densidade de um conjunto através da relação da energia consumida com a área.

Fl. 3 da Nota Técnica n 0023/2012-SRD/ANEEL, de 06/03/2012. 10. Uma vez que a redundância de variáveis de entrada não é desejável em análises de agrupamento, torna-se fundamental a análise e seleção do menor número possível de variáveis que representem as características fundamentais que diferenciam os conjuntos em termos de continuidade do serviço. A seleção dessas variáveis para aplicação da análise comparativa evita a redundância de informações, o que levaria à atribuição de um peso maior para uma característica. 11. As variáveis de entrada foram selecionadas por meio de Análise Fatorial e Análise de Correlações e constam na Tabela I. O procedimento para a seleção de variáveis está detalhado na Nota Técnica nº 0048/2010-SRD/ANEEL. Tabela I Variáveis utilizadas para aplicação da análise comparativa. Variável Sigla Unidade Área do Conjunto Área km² Extensão de Rede MT Urbana ERMT_Urb km Extensão de Rede MT Rural ERMT_Rur km Número de Unidades Consumidoras Total NUC Consumo Médio Classe Residencial MWh_NUC_Res MWh Consumo Médio Classe Industrial MWh_NUC_Ind MWh Consumo Médio Classe Comercial MWh_NUC_Com MWh Consumo Médio Classe Rural MWh_NUC_Rur MWh Energia Consumida por Potência Instalada MWh_kVA MWh/kVA Número de Unidades Consumidoras por Área NUC_Area km -2 Percentual de Unidades Consumidoras Classe Residencial Perc_NUC_Res % Percentual de Unidades Consumidoras Classe Industrial Perc_NUC_Ind % Percentual de Unidades Consumidoras Classe Comercial Perc_NUC_Com % 12. Estabelecidas as variáveis que irão caracterizar os conjuntos, busca-se agrupar os conjuntos semelhantes por meio de técnicas estatísticas de agrupamento. Para aplicação de qualquer método de agrupamento é necessário adotar uma medida de similaridade. A medida de similaridade adotada é a distância Euclideana. Tal medida é sensível a diferentes escalas ou magnitudes entre as variáveis, sendo necessária uma padronização dos dados. A padronização adotada (escore Z) foi obtida pela subtração da média e divisão do desvio padrão para cada variável. 13. O método de agrupamento adotado foi o dinâmico, que dado um conjunto de referência, identifica os conjuntos mais semelhantes a este por meio da distância euclidiana entre os conjuntos, considerando-se as variáveis padronizadas. Dessa forma, para cada conjunto de referência é formado um agrupamento de conjuntos que são os mais comparáveis a ele. 14. Para aplicação do método dinâmico foram adotados os parâmetros informados na Tabela II. O grau de heterogeneidade máximo permitido foi obtido conforme Equação (1).

Fl. 4 da Nota Técnica n 0023/2012-SRD/ANEEL, de 06/03/2012. Tabela II Parâmetros do método dinâmico para os conjuntos elétricos e os treze atributos selecionados. Parâmetro Valor Heterogeneidade 20% Mínimo de Conjuntos Semelhantes 50 Número Desejável de Conjuntos Semelhantes 100 onde: j P Max( Disti ) Heterogeneidade i 100 (1) 3 k - distância euclidiana do conjunto i para o conjunto j; i - índice do conjunto de referência; j - conjuntos próximos ao conjunto i; k - número de atributos. 15. Para a obtenção dos limites de DEC e FEC foi considerada a média dos valores apurados dos conjuntos nos últimos três anos. Os conjuntos semelhantes foram ordenados de acordo com a média do DEC apurado e o percentil 20 foi aplicado para obter o limite dos conjuntos pertencentes ao sistema interligado. Já para os conjuntos que não estão conectados ao sistema interligado foi considerado o percentil 50. O mesmo procedimento foi adotado para estabelecer os limites de FEC. Os conjuntos subterrâneos foram analisados conjuntamente (considerados semelhantes), e os limites de DEC e FEC foram obtidos aplicando-se o percentil 50. 16. A transição dos limites já estipulados para os patamares dos limites obtidos utilizando o percentil é feita gradualmente, através de limites anuais decrescentes, calculados da seguinte forma: t 0 final 0 t T se 0 final (2) onde: t 0 se 0 final (3) T - período de transição, considerado de 8 anos; t - ano em que se deseja calcular os limites; t - limite a ser calculado para o ano t; 0 - último limite já estabelecido para o conjunto; final - limite obtido aplicando o percentil. 17. Vale ressaltar que os limites dos conjuntos são estabelecidos como valores inteiros, razão pela qual se toma o primeiro inteiro superior dos valores calculados nas equações (2) e (3).

Fl. 5 da Nota Técnica n 0023/2012-SRD/ANEEL, de 06/03/2012. III.2 ANÁLISE DOS LIMITES PROPOSTOS PARA A EMG 18. Os resultados advindos da aplicação da análise comparativa são valores iniciais, advindos de um modelo matemático. Baseado em manifestações da distribuidora e em informações diversas, realiza-se uma análise posterior à modelagem matemática para, enfim, disponibilizar os valores em Audiência Pública. Somente após a análise das contribuições os limites finais serão estabelecidos. 19. A SRD enviou à EMG, por meio do Ofício nº 0291/2011-SRD/ANEEL, proposta de limites para os conjuntos da distribuidora. Tal proposta foi obtida pela aplicação da metodologia comparativa, descrita na seção anterior. A EMG apresentou manifestação quanto à proposta encaminhada pela SRD. 20. A Tabela III apresenta a contraproposta da EMG para 12 conjuntos de unidades consumidoras, com as alterações em relação à proposta da ANEEL em destaque. Para os demais conjuntos a distribuidora acatou a proposta da ANEEL. Código Tabela III Contraproposta de limites apresentada pela EMG. Conjunto de Unidades Consumidoras DEC (Horas) FEC (Nº de Interrupções) Nº de UC's 2013 2014 2015 2016 2013 2014 2015 2016 13746 Sumidouro 20 19 18 17 20 18 15 14 3358 13748 Nova Usina Maurício 21 20 20 19 18 17 15 14 5915 - Cataguases 2 10 10 10 10 12 12 11 9 15419 13754 Divinésia 20 18 18 18 18 15 13 13 7907 13762 Matipó 10 10 10 10 12 11 10 10 6433 13764 Muriaé 2 8 8 8 8 8 8 7 7 15084 13766 Pirapetinga 14 14 14 13 14 12 11 10 4298 13773 Santana do Manhuaçú 17 17 17 17 14 13 13 12 12129 13776 Ubá 1 10 10 10 9 11 11 10 10 14038 13777 Ubá 2 10 10 9 9 9 9 9 7 23120 13780 Visconde do Rio Branco 1 10 10 10 10 14 13 12 11 13996 13781 Visconde do Rio Branco 2 19 18 17 16 16 14 12 12 2017 Legenda (variação em relação à proposta da ANEEL): Elevação de 1 ponto Redução de 1 ponto Elevação de 2 pontos 21. A distribuidora EMG apresentou pedido de criação de um novo conjunto de unidades consumidoras denominado MIRAÍ. Trata-se de uma nova subestação, a qual absorveu parte do conjunto CATAGUASES 2.

Fl. 6 da Nota Técnica n 0023/2012-SRD/ANEEL, de 06/03/2012. 22. Em função da criação deste conjunto, a EMG solicita algumas adequações nos conjuntos listados acima (12 conjuntos), sendo que para os demais (25 conjuntos) a distribuidora acatou a proposta do DEC e FEC da ANEEL. Os ajustes elevaram o DEC em 1 ou 2 pontos para 4 conjuntos e reduziram o DEC em 1 ponto para 1 conjunto. Os ajustes elevaram o FEC em 1 ponto para 7 conjuntos e reduziram o FEC em 1 ponto para 4 conjuntos. 23. A distribuidora argumenta que os ajustes indicados foram propostos considerando a realidade operativa da área de concessão e as premissas estabelecidas no item 3 do Ofício nº 0291/2011-SRD/ANEEL. Todas as alterações propostas foram acatadas, a menos do conjunto SUMIDOURO no que se refere ao indicador DEC, em razão da grande diferença entre o valor apurado e o limite. A Tabela IV apresenta os limites propostos para os conjuntos da EMG. Tabela IV s propostos para os conjuntos da EMG. Código Conjunto de Unidades DEC (Horas) FEC (Nº de Interrupções) Consumidoras 2013 2014 2015 2016 2013 2014 2015 2016 NUC 13745 Além Paraíba 10 10 10 9 9 9 8 8 14550 13746 Sumidouro 20 19 18 16 20 18 15 14 3358 13747 São Miguel do Anta 15 15 15 15 15 14 13 12 8071 13748 Nova Usina Maurício 21 20 20 19 18 17 15 14 5915 13749 Astolfo Dutra 12 12 12 12 12 10 10 9 7902 13750 Cachoeira da Neblina 23 22 22 21 20 18 16 15 1107 13751 Cataguases 1 9 9 9 9 10 9 9 8 13197 - Cataguases 2 10 10 10 10 12 12 11 9 15419 13753 Coimbra 16 16 16 15 16 15 13 12 7672 13754 Divinésia 20 18 18 18 18 15 13 13 7907 13755 Ervália 13 13 13 13 14 13 12 11 8068 13756 Eugenópolis 11 11 11 11 10 10 9 9 7740 13757 Guiricema 17 17 17 16 18 16 14 14 3877 13758 Laranjal 11 11 11 11 10 10 9 9 6573 13759 Leopoldina 9 9 9 9 8 8 7 7 19585 13760 Manhuaçú 10 10 10 10 10 10 9 9 30223 13761 Manhumirim 13 13 13 13 10 9 9 8 12044 13762 Matipó 10 10 10 10 12 11 10 10 6433 13763 Muriaé 1 10 10 10 10 9 9 8 8 26812 13764 Muriaé 2 8 8 8 8 8 8 7 7 15084 13765 Padre Fialho 19 19 19 19 10 10 10 10 1785 13766 Pirapetinga 14 14 14 13 14 12 11 10 4298 13767 Realeza 16 16 16 15 14 13 12 11 14084 13768 Recreio 15 15 15 15 11 10 10 9 5401 13769 Rio Novo 11 11 11 11 11 10 10 9 7172

Fl. 7 da Nota Técnica n 0023/2012-SRD/ANEEL, de 06/03/2012. Código Conjunto de Unidades DEC (Horas) FEC (Nº de Interrupções) Consumidoras 2013 2014 2015 2016 2013 2014 2015 2016 NUC 13770 Rio Pomba 15 15 15 15 15 13 12 11 14097 13771 Rodeiro 13 13 13 12 13 12 11 10 6257 13772 Santa Margarida 13 13 13 13 10 10 10 10 5779 13773 Santana do Manhuaçú 17 17 17 17 14 13 13 12 12129 13774 São João Nepomuceno 9 9 9 9 8 8 8 7 14227 13775 Tocantins 9 9 9 9 13 12 11 10 11022 13776 Ubá 1 10 10 10 9 11 11 10 10 14038 13777 Ubá 2 10 10 9 9 9 9 9 7 23120 13778 Usina Coronel Domiciano 18 18 18 18 17 15 14 13 6504 13779 Usina do Glória 15 15 15 15 11 11 11 10 4451 13780 Visconde do Rio Branco 1 10 10 10 10 14 13 12 11 13996 13781 Visconde do Rio Branco 2 19 18 17 16 16 14 12 12 2017 - Miraí 10 9 9 9 9 8 8 8 3591 24. Nas figuras 1 e 2 são apresentados os histogramas dos limites de 2012 (vigentes) e 2016 (propostos) dos conjuntos da EMG. Para o DEC, verifica-se que não haverá mais conjuntos com limites superiores a 22 em 2016. Já para o FEC, não haverá mais conjuntos com limites superiores a 16 nesse mesmo ano. Com base nos histogramas apresentados, a proposta para o período de 2013 a 2016 irá reduzir a distância entre os limites dos conjuntos, levando a uma maior uniformização da continuidade prestada pela distribuidora aos seus consumidores.

Fl. 8 da Nota Técnica n 0023/2012-SRD/ANEEL, de 06/03/2012. Figura 1 Histograma do limite do DEC dos conjuntos da EMG.

Fl. 9 da Nota Técnica n 0023/2012-SRD/ANEEL, de 06/03/2012. Figura 2 Histograma do limite do FEC dos conjuntos da EMG. 25. Na Figura 3 é apresentado o histórico de apuração global da EMG. Percebe-se que a distribuidora vem apurando valores superiores aos limites globais desde 2008 a 2010. Os limites para o período de 2012 a 2016 foram obtidos considerando o número de unidades consumidoras de 2010. 26. Em relação aos limites propostos para o período 2013 a 2016, a proposta é uma redução média geométrica anual de 0,84% no DEC e 5,40% no FEC. Destaca-se que os limites estão sendo reduzidos nos conjuntos que possuem os maiores limites de forma a uniformizar a continuidade do fornecimento na área de concessão.

Fl. 10 da Nota Técnica n 0023/2012-SRD/ANEEL, de 06/03/2012. Figura 3 Histórico de apuração e limites globais propostos da EMG. 27. Como forma de avaliar os limites globais da EMG foram analisados os limites das distribuidoras com menos de um milhão de consumidores localizadas na região Sudeste. Os limites são apresentados nas Figuras 4 e 5. Os valores para o período de 2013 a 2016 para as distribuidoras ainda não foram estabelecidos. Observa-se que os limites de DEC e FEC da EMG encontram-se na média dos limites da região. Em síntese, os limites globais propostos para EMG estão aderentes com os limites estabelecidos para outros conjuntos de unidades consumidoras situados na região Sudeste.

Fl. 11 da Nota Técnica n 0023/2012-SRD/ANEEL, de 06/03/2012. Figura 4 s de DEC de distribuidoras da região Sudeste com NUC < 1 milhão.

Fl. 12 da Nota Técnica n 0023/2012-SRD/ANEEL, de 06/03/2012. Figura 5 s de FEC de distribuidoras da região Sudeste com NUC < 1 milhão. IV. DO FUNDAMENTO LEGAL 28. Os dispositivos legais aplicáveis ao caso são: V. DA CONCLUSÃO a) art. 6º da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; b) art. 2º da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996; c) art. 25 da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995; d) Resolução ANEEL nº 395, de 15 de dezembro de 2009. e) Módulo 8 dos Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional PRODIST 29. Conclui-se que os limites dos indicadores DEC e FEC propostos para a EMG estão de acordo com a regulamentação vigente, e são adequados à realidade da distribuidora.

Fl. 13 da Nota Técnica n 0023/2012-SRD/ANEEL, de 06/03/2012. VI. DA RECOMENDAÇÃO 30. Recomenda-se que os limites para os indicadores DEC e FEC apresentados nesta Nota Técnica sejam submetidos à Audiência Pública para análise e contribuição da sociedade. DAVI VIDAL RÔLA ALMEIDA Especialista em Regulação SRD RENATO EDUARDO FARIAS DE SOUSA Especialista em Regulação SRD De acordo: IVAN MARQUES DE TOLEDO CAMARGO Superintendente de Regulação dos Serviços de Distribuição