Estatísticas sobre conciliação da vida profissional com a vida familiar em Portugal

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Transcrição:

Estatísticas sobre conciliação da vida profissional com a vida familiar em Portugal Sónia Torres Departamento de Estatísticas Demográficas e Sociais Lisboa, 4 de Abril de 2019

Estatísticas sobre conciliação da vida profissional com a vida familiar em Portugal 1. Contexto 2. Operações estatísticas do INE com informação sobre o tema 2.1. Inquérito ao Emprego 2.2. Módulos ad hoc do Inquérito ao Emprego 2.3. Índice de Bem-estar 2.4. Algumas notas sobre o Inquérito à Fecundidade e Inquérito à Ocupação do Tempo 2

1. Contexto Crescente relevância na agenda política europeia e nacional Resolução do PE (13/09/2016) sobre a criação de condições no mercado de trabalho favoráveis ao equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional. Proposta de diretiva do PE e do CE (16/04/2017) relativa à conciliação entre a vida profissional e a vida dos progenitores e cuidadores. Estratégia Nacional para a Igualdade e a Não Discriminação 2018-2030 Portugal + Igual. 3 em linha, Programa para a conciliação da vida profissional, pessoal e familiar 2018-2019. 3

1. Contexto Mudanças na sociedade portuguesa Crescente participação das mulheres no mercado de trabalho. Reduzida expressão do trabalho a tempo parcial. Envelhecimento da população e aumento do número de idosos dependentes. Novos modelos de parentalidade com participação ativa de ambos os progenitores. Mas, persistência de desigualdades de género e obstáculos na conciliação da vida profissional com a vida familiar. 4

2. Operações estatísticas do INE com informação sobre o tema Principais operações estatísticas do INE com informação sobre o tema, ao nível do indivíduo: Recenseamento da População (decenal). Inquérito ao Emprego (trimestral). + Alguns módulos ad hoc do Inquérito ao Emprego. Inquérito à Educação e Formação de Adultos (quinquenal). Índice de Bem-estar (anual). Inquérito à Fecundidade (periodicidade irregular). Inquérito à Ocupação do Tempo (periodicidade irregular). 5

2.1. Inquérito ao Emprego Informação relevante De caracterização geral dos indivíduos/famílias: Sexo, idade, nível de escolaridade, região de residência, país de nacionalidade/naturalidade, composição do agregado familiar/alojamento, relações de parentesco, número e idade dos filhos, etc.. Diretamente relacionada com o Mercado de Trabalho: Condição perante o trabalho, setor de atividade económica da empresa, profissão, situação na profissão e relação contratual, número de horas trabalhadas, situação um ano antes, percurso profissional, procura de emprego, duração do desemprego, rendimento salarial, subemprego, variáveis que permitem medir o desencorajamento, etc.. 6

2.1. Inquérito ao Emprego Principais características Inquérito harmonizado ao nível europeu (conceitos da Organização Internacional do Trabalho) comparabilidade Inquérito por amostragem c/ amostra de grande dimensão (± 40 mil indivíduos inquiridos em cada trimestre). Cobertura nacional (Continente + RAA + RAM). Dirigido a todas as pessoas residentes no país. Periodicidade trimestral (+ mensal + anual). Recolha da informação por entrevista direta assistida por computador (presencial e telefónica). Informação recolhida referente a 1 semana pré-definida (semana de referência). 7

2.1. Inquérito ao Emprego alguns resultados Taxa de emprego por sexo e país da União Europeia (28) 2017 (%) Suécia Países Baixos Reino Unido Dinamarca Estónia Alemanha Áustria Lituânia Irlanda Luxemburgo Letónia Finlândia Chequia Chipre Eslovénia Portugal Eslováquia UE28 Bulgária França Hungria Polónia Bélgica Malta Roménia Espanha Croácia Itália Grécia Mulheres Homens +10,1 p.p. +11,9 p.p. - 80-60 - 40-20 0 20 40 60 80 8

2.1. Inquérito ao Emprego alguns resultados Países Baixos Áustria Alemanha Reino Unido Bélgica Islândia Dinamarca Suécia Luxemburgo Itália UE28 Irlanda França Malta Espanha Finlândia Chipre Eslovénia Estónia Grécia Portugal Chéquia Letónia Polónia Lituânia Eslováquia Roménia Croácia Hungria Bulgária Proporção de trabalhadores a tempo parcial por sexo e país da União Europeia (28), 2017 (%) Mulheres +22,4 p.p. Homens +4,2 p.p. - 80-60 - 40-20 0 20 40 9

Inquérito à Estrutura dos Ganhos Luxemburgo Dinamarca Bélgica Irlanda Países Baixos Suécia Finlandia Alemanha Áustria Reino Unido França Itália EU28 Espanha Chipre Eslovénia Grécia Malta Portugal Croácia Estónia Eslováquia República Checa Polónia Hungria Letónia Lituânia Roménia Bulgária Remuneração média anual por sexo e país da União Europeia (28), 2014 (Euros) Mulheres Homens +20% +33% -60 000-40 000-20 000 0 20 000 40 000 60 000 80 000 10

2.2. Módulo ad hoc de 2018 do Inquérito ao Emprego Principais características Conciliação da vida profissional com a vida familiar Inserido no programa de módulos ad hoc do Eurostat 2016-2018. Realizado no 2.º trimestre de 2018, juntamente com o Inquérito ao Emprego (mesma amostra). População-alvo: 18 a 64 anos. 11 variáveis, organizadas em 3 submódulos: 1. Responsabilidade de prestação de cuidados. 2. Flexibilidade das modalidades de trabalho. 3. Interrupções de carreira e licença parental. 11

2.2. Módulo ad hoc de 2018 do Inquérito ao Emprego Principais características Edições anteriores: 2.º trimestre de 2015 e 2.º trimestre de 2010 (comparabilidade limitada). Próxima edição: 2025 (comparabilidade c/ 2018 assegurada). Divulgação dos resultados de 2018: 1. Destaque à Comunicação Social (7/11/2018). 2. Bases de microdados anonimizadas para investigadores Possibilidade de ligação com a base de microdados do Inquérito ao Emprego do mesmo trimestre Cruzamento das variáveis do Inquérito ao Emprego com as do módulo. 12

2.2. Módulo de 2018 alguns resultados 34,0% dos inquiridos tinham responsabilidades de prestação de cuidados (filhos <15 anos e/ou familiares dependentes 15+ anos). 49,0% dos inquiridos que cuidam regularmente de filhos <15 anos não recorriam a serviços de acolhimento de crianças, principalmente porque os cuidados eram assegurados pelo próprio ou c/ o cônjuge (38,7%). Existência de responsabilidades de cuidados, por sexo (%) Sem responsabilidades em matéria de prestação de cuidados Cuida apenas de filhos menores de 15 anos que vivem no agregado Cuida apenas de familiares dependentes com 15 e mais anos Outras situações Utilização de serviços de acolhimento de crianças, por sexo (%) 60 50 40 30 20 10 0 10 20 30 40 50 60 70 Total Homens Mulheres 0 Não Só para alguns dos filhos Total Homens Mulheres Para todos os filhos 13

2.2. Módulo de 2018 alguns resultados Efeitos das responsabilidades parentais no emprego, por sexo (%) Sem efeito Outro efeito Mudança de emprego ou de empregador para facilitar a conciliação ou redução do horário de trabalho 0 20 40 60 80 100 84,3% das pessoas empregadas que cuidam regularmente de filhos <15 anos indicaram que estas responsabilidades não têm efeito na sua atividade profissional corrente. Total Homens Mulheres 14

2.2. Módulo de 2018 alguns resultados 55,9% dos trabalhadores por conta de outrem com responsabilidades parentais afirmaram ser geralmente possível alterar o seu horário de trabalho diário para prestarem cuidados, mas 58,5% mencionaram ser raramente possível ou mesmo impossível poder ausentar-se do trabalho durante dias completos pelo mesmo motivo. Flexibilidade de horário de trabalho para prestação de cuidados, por sexo (%) 60 50 40 30 20 10 0 Geralmente possível Raramente possível Não é possível Flexibilidade para tirar dias para prestação de cuidados, por sexo (%) 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Geralmente possível Raramente possível Não é possível Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres 15

2.2. Módulo de 2018 alguns resultados Principal obstáculo à conciliação, por sexo (%) Não há obstáculos Imprevisibilidade do horário ou horário atípico Horário de trabalho longo Trabalho exigente ou extenuante Longas deslocações pendulares Outro obstáculo 0 10 20 30 40 50 60 70 80 22,4% dos cuidadores referiram ter obstáculos no seu trabalho que condicionam a conciliação deste com a vida familiar, o maior dos quais é a imprevisibilidade do horário ou horário atípico (6,8%). Total Homens Mulheres 16

2.2. Módulo de 2018 alguns resultados 24,5% das pessoas inquiridas já interromperam a atividade profissional para cuidar de filhos menores de 15 anos, 70,6% das quais ficaram até 6 meses ausentes do trabalho e 84,1% eram mulheres. Interrupção na carreira para cuidar de filhos, por sexo (%) Duração das interrupções de carreira para cuidar de filhos, por sexo (%) 60 100 50 90 80 40 70 60 30 50 40 20 30 10 20 10 0 Sim Não (mas tem/teve emprego e tem/teve filhos) Total Homens Mulheres Nunca teve filhos 0 Até 6 meses Mais de 6 meses até 1 ano Mais de 1 ano Total Homens Mulheres 17

2.2. Módulo de 2018 alguns resultados 60 50 40 30 20 10 0 Uso da licença parental, por sexo (%) Só gozo de licença Só gozo de licença Combinação de parental inicial parental alargada a tempo completo licença parental inicial com licença parental alargada a tempo completo Total Homens Mulheres Nenhuma das duas 30,4% dos entrevistados que alguma vez interromperam a atividade profissional para cuidar de filhos com menos de 15 anos fizeram-no sem recurso à licença parental (inicial ou alargada). 18

2.3. Índice de Bem-estar Principais características Estatística derivada. Publicação anual. Divulgação dos resultados de 2017: Destaque à Comunicação Social (7/11/2018). Índice base 2004=100. Índice de Bem-estar + 2 sub-índices sintéticos: Condições materiais de vida (3 domínios). Qualidade de vida (5 domínios). Balanço vida-trabalho. ( ) 19

2.3. Índice de Bem-estar Domínio Balanço vida-trabalho Média aritmética (não ponderada) de 5 índices (cada um deles calculados com base em 2/3 indicadores de base) : 1. Proporção da população empregada a trabalhar habitualmente 50+ horas por semana (profissão principal). 2. Índice de realização de atividades de apoio familiar. 3. Índice de conciliação do trabalho com as responsabilidades familiares. 4. Índice de autoapreciação do tempo empregue nos contactos familiares ou outros e em atividades de lazer. 5. Índice de satisfação com o trabalho, vida familiar e social. Fontes: 1: INE (Inquérito ao Emprego). 2 a 5: Eurofound (European Quality of Life Survey 2007, 2011, 2016). 20

2.3. IBE Domínio Balanço vida-trabalho 160 Índice de Bem-estar, Índice de Qualidade de vida e Domínio Balança vida-trabalho (2004=100) 140 120 100 80 60 40 20 Índice de Bem-Estar Qualidade de vida Balanço vida-trabalho 0 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Desde 2012: Diminuição do Índice BVT, apesar da diminuição da % da população empregada a trabalhar habitualmente 50+ horas por semana e do aumento Índice de autoapreciação do tempo em contactos familiares ou outros e em atividades de lazer. Diminuição nos outros 3 indicadores. 21

2.4. Notas sobre o Inquérito à Fecundidade Principais características Inquérito por amostra (cerca de 10 mil alojamentos). 1ª edição: 2013. 2ª edição: 2019 (em curso). População-alvo: H 18 a 54 anos; M 18 a 49 anos. Principais módulos: 1. Informação sobre o alojamento. 2. Informação individual (incluindo a situação laboral). 3. Composição familiar e situação marital. 4. Filhos e opinião sobre ter filhos. 5. Atitudes e valores (sobre a partilha das tarefas em casa gerais e associadas à existência de filhos pequenos; tomada de decisões). 6. Rendimento mensal líquido. 22

2.5. Notas sobre o Inquérito à Ocupação do Tempo Principais características Inquérito por amostra. 1ª edição, do INE (estatística oficial): 1999. 2ª edição, do Centro de Estudos para a Intervenção Social (CESIS): 2015 ( Inquérito Nacional aos Usos do Tempo de Homens e Mulheres ). 3ª edição, do INE (estatística oficial e harmonizada ao nível europeu), em avaliação: 2020-2022. 23

2.5. Notas sobre o Inquérito à Ocupação do Tempo Acompanhamento dos desenvolvimentos União Europeia: Participação em TF e WG específicos deste inquérito. Atualização de conceitos e metodologia. Introdução de ferramentas inovadoras para a recolha de dados. Harmonized European Time Use Survey (HTEUS). Articulação com a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG): Conteúdos para aprofundar o conhecimento e que permitam definir e avaliar políticas públicas relativas à igualdade entre homens e mulheres e à conciliação entre trabalho e vida familiar. Articulação com o Instituto de Estatística da Noruega: Com experiência na recolha desta informação. Procura de soluções inovadoras (questionário; recolha; tecnologia) que facilitem a resposta das famílias e permitam melhorar a taxa de resposta e a qualidade dos resultados. 24

2.5. Notas sobre o Inquérito à Ocupação do Tempo Informação relevante Distribuição do tempo quotidiano (e diferenças entre H e M). Medição dos tempos de trabalho pago e não pago, incluindo: Cuidados a descendentes e ascendentes. Trabalho doméstico. Voluntariado. Novas formas de trabalho. Tempos e meios de deslocação. Tempos de lazer, cultura e desporto. Utilização de tecnologias. Solidão e isolamento. Elementos sobre a qualidade de vida, incluindo perceções subjetivas sobre bem-estar. Informação com grande potencial analítico e passível de ser apropriada, entre outros fins, para as Contas Nacionais (sector institucional das famílias). 25

Obrigada. 26