ESTADO NUTRICIONAL E DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR DE CRIANÇAS MATRICULADAS EM UMA CRECHE FILANTRÓPICA



Documentos relacionados
PERFIL NUTRICIONAL DE PRÉ - ESCOLARES E ESCOLARES DE UMA INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA DA CIDADE DE MARINGÁ, PR

ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE 0 A 10 ANOS COM CÂNCER ASSISTIDAS EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO

EVOLUÇÃO DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR DE CRIANÇAS PRÉ ESCOLARES

Novas curvas de avaliação de crescimento infantil adotadas pelo MS

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE 2 A 5 ANOS NO NORTE DE MINAS

Assessment of nutritional status in children attending of CREI Dra. Rita Gadelha de Sá, located in the city of João Pessoa/PB.

EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NA INFÂNCIA: INTRODUÇÃO DOS VEGETAIS NA REFEIÇÃO DAS CRIANÇAS

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE MENINOS DA CIDADE DE AMPARO - SÃO PAULO

Projeto Ação Social. Relatório equipe de Nutrição Responsável pelos resultados: Vanessa de Almeida Pereira, Graduanda em Nutrição.

EXCESSO DE PESO E SUA ASSOCIAÇÃO COM A ALIMENTAÇÃO ESCOLAR ENTRE CRIANÇAS DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DE MINAS GERAIS 1

A Organização da Atenção Nutricional: enfrentando a obesidade

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ÍNDIVIDUOS IDOSOS

RELAÇÃO DA CONDIÇÃO SOCIOECONÔMICA DE GESTANTES E SEUS HÁBITOS ALIMENTARES E POSSÍVEL INFLUÊNCIA NO PESO AO NASCER

PROMOVENDO A REEDUCAÇÃO ALIMENTAR EM ESCOLAS NOS MUNICÍPIOS DE UBÁ E TOCANTINS-MG RESUMO

Suplementação de Micronutrientes: Vitamina A Ferro. Paula Regina Lemos de Almeida Campos Nutrição e Saúde Publica

PALAVRAS CHAVE: Promoção de saúde, paciente infantil, extensão

EDUCAÇÃO NUTRICIONAL PARA PRÉ-ESCOLARES DO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL EM VIÇOSA-MG

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ESCOLARES E A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NO CONSUMO DE ALIMENTOS

TÍTULO: PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM CRIANÇAS DE 4 A 6 ANOS DE ESCOLAS PÚBLICAS DAS REGIÕES LESTE E SUL DE SÃO PAULO.

A importância da primeira infância

Nathallia Maria Cotta e Oliveira 1, Larissa Marques Bittencourt 1, Vânia Mayumi Nakajima 2

MINAS, IDEB E PROVA BRASIL

Avaliação do Estado Nutricional e de Saúde de Crianças e Adolescentes do Município de Belmiro Braga (MG) Resumo. 1 Introdução

IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NA INFÂNCIA

Perfil nutricional de crianças de 6 a 10 anos de idade das escolas municipais na cidade de Picos/PI.

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA SEGUNDO A PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DA REDE PÚBLICA INCLUSOS NO PROJOVEM ADOLESCENTE

A AMAMENTAÇÃO PODE PREVENIR A OBESIDADE INFANTIL?

ESTUDO TÉCNICO N.º 05/2015

CORRELAÇÕES ENTRE AS CONDIÇÕES DE NASCIMENTO E O DESENVOLVIMENTO DE BEBÊS NOS DOIS PRIMEIROS MESES DE VIDA RESUMO

A influência da prática de atividade física no estado nutricional de adolescentes

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E CONHECIMENTO ALIMENTAR DE PRÉ-ESCOLARES DE UMA E.M.E.I. NA CIDADE DE SERRA NEGRA SP.

PROJETO DE EXTENSÃO TÍTULO DO PROJETO:

Comparação da força da musculatura respiratória em pacientes acometidos por acidente vascular encefálico (AVE) com os esperados para a idade e sexo

BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO MATERNO EXLUSIVO ATÉ O SEXTO MÊS DE VIDA, E AS PRINCIPAIS CAUSAS DO DESMAME PRECOCE

Imagem Corporal de adolescentes estudantes do IF Sudeste MG Câmpus Barbacena

ANÁLISE DE ASPECTOS NUTRICIONAIS EM IDOSOS ADMITIDOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

A NUTRIÇÃO COMO FATOR FUNDAMENTAL NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA.

CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS DOS NEONATOS PREMATUROS NASCIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ H.U.O.P.

Data: 27/03/2014. NTRR 54/2014 a. Medicamento x Material Procedimento Cobertura

HÁBITOS ALIMENTARES E ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES

Sobrepeso, obesidade e importância da prática de atividade física em um grupo de crianças

Aluno: Carolina Terra Quirino da Costa Orientador: Irene Rizzini

Campus de Botucatu PLANO DE ENSINO. CURSO: Nutrição ( X ) OBRIGATÓRIA ( ) OPTATIVA. DOCENTE RESPONSÁVEL : Maria Antonieta de Barros Leite Carvalhaes

A situação do câncer no Brasil 1

EDUCAÇÃO NUTRICIONAL ENTRE CRIANÇAS

ESCRITÓRIO TÉCNICO DE ESTUDOS ECONÔMICOS DO NORDESTE ETENE INFORME RURAL ETENE PRODUÇÃO E ÁREA COLHIDA DE CANA DE AÇÚCAR NO NORDESTE.

JORNALZINHO DA SAÚDE

AVALIAR SE O USUÁRIO DO AMBULATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA CONHECE SEUS DIREITOS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS

PROJETO DE EXTENSÃO. Curso de Nutrição PROGRAMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL INFANTIL (PVANI)

TÍTULO: AVALIAÇÃO DE UM PROGRAMA ESPECÍFICO DE ATENÇÃO À SAÚDE DO ADOLESCENTE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA MG.

Perfil comunicativo de crianças de 2 a 24 meses atendidas na atenção primária à saúde

DESENVOLVIMENTO INFANTIL EM DIFERENTES CONTEXTOS SOCIAIS

Os programas de promoção da qualidade de vida buscam o desenvolvimento

Mudanças demográficas e saúde no Brasil Dados disponíveis em 2008

NUTRIÇÃO. TipoTrabalho TRABALHO LinhaPesquisa LOCAL DATA HORARIO SALAS 6,7 OU 8 SE FOR INTERDISCIPLINAR SALA 72 SE FOR CONGRESSO

Os Números da Obesidade no Brasil: VIGITEL 2009 e POF

DESENVOLVIMENTO DE ATIVIDADES PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM EDUCAÇÃO NUTRICONAL: realização de dinâmicas educativas. SIMARA MARIA LOPES DE ARAÚJO

PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E DE OBESIDADE EM ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL I DA ESCOLA ESTADUAL ANTONIA DE FARIAS RANGEL

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE ADULTOS E IDOSOS EM UMA UBS DE APUCARANA-PR

Nº 07 / 13 TEMA: As Crianças em Goiás

Professor Doutor titular de Geometria do Curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Santa Cecília Santos SP.

PALAVRAS-CHAVE: avaliação antropométrica; oficina de culinária; Síndrome de Down.

PREVALÊNCIA DA SÍNDROME DO COMER NOTURNO EM UNIVERSITÁRIAS

CAPÍTULO 12 BIOLOGIA SOCIAL DA DOENÇA FALCIFORME

Universidade Federal de Viçosa Campus de Rio Paranaíba - MG. Normas do Ambulatório de Atenção Nutricional Curso de Nutrição (UFV/CRP)

PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DA TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL EM MATERNIDADE NA CIDADE DE BARBALHA-CE

PIBID EDUCAÇÃO EM SAÚDE: UMA ANÁLISE DO CONCEITO DE SAÚDE DOS ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE MONTES CLAROS MG.

SAÚDE DO ESCOLAR. Profa.Andrea Polo Galante

INDICE ANTROPOMÉTRICO-NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE BAIXA RENDA INCLUSAS EM PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE TRÊS A NOVE ANOS DE IDADE DE INSTITUIÇÕES FILANTRÓPICAS DE CAMPO GRANDE / MATO GROSSO DO SUL RESUMO

PROJETO. Saúde, um direito Cívico

Apoio. Patrocínio Institucional

TÍTULO: AUTORAS INSTITUIÇÃO: ÁREA TEMÁTICA:

Floripa Saudável 2040: Impacto do monitoramento e da educação em saúde nos indicadores nutricionais de crianças de 2 a 6 anos.

A REGULAMENTAÇÃO DA EAD E O REFLEXO NA OFERTA DE CURSOS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

2014 JUNHO. Caderno de Informação da Saúde Suplementar. Beneficiários, Operadoras e Planos

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUL DE MINAS GERAIS CÂMPUS MUZAMBINHO Licenciatura em Educação Física

Mostra de Projetos 2011 RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS NO MUNICÍPIO DE LONDRINA/PR 2011

ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR

ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS: PERFIL E CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS PROFESSORES EM FEIRA DE SANTANA Simone Souza 1 ; Antonia Silva 2

Departamento de Ciências Econômicas DCECO. Tel.:

O PRÉ-ESCOLAR DE DOIS A CINCO ANOS DE IDADE: COMO ANDA SUA ALIMENTAÇÃO?

Palavras-chave: Conservação da água, Educação ambiental, Escola.

A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DOS HÁBITOS ALIMENTARES

ASSISTÊNCIA À SAÚDE ENTRE CRIANÇAS RESIDENTES EM ÁREAS ATENDIDAS E NÃO ATENDIDAS PELA PASTORAL DA CRIANÇA NA REGIÃO DE CAMPINAS, SP

Elevada auto-estima materna no pós-parto: um fator de proteção ao aleitamento exclusivo?

Estudo sobre o Uso de Drogas entre estudantes do Ensino Médio e EJA na Escola Estadual Silveira Martins/Bagé-RS

CUIDADOS NA ESCOVAÇÃO DENTÁRIA DE CRIANÇAS COM IDADE ENTRE 3 A 6 ANOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL MUNICIPAL 1

Brasil avança em duas áreas da Matemática

Área: km População

Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2012

Inquéritos em saúde e nutrição disponíveis no Brasil

MÃES MULHERES ENCARCERADAS: A PENA É DUPLICADA

PROC. Nº 0838/06 PLL Nº 029/06 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS MATRICULADAS EM DUAS ESCOLAS MUNICIPAIS DA CIDADE DE MARIALVA PR

PROJETOS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: DO PLANEJAMENTO À AÇÃO.

Desigualdade Entre Escolas Públicas no Brasil: Um Olhar Inicial

Transcrição:

ESTADO NUTRICIONAL E DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR DE CRIANÇAS MATRICULADAS EM UMA CRECHE FILANTRÓPICA NUTRITIONAL STATUS AND NEUROPSYCHOMOTOR DEVELOPMENT OF CHILDREN ATTENDING A PHILANTHROPIC DAY NURSERY Andiara Nunes Araújo Especialista em Saúde Pública. Nutricionista do Hospital Municipal Eliane Martins, Ipatinga/MG. E-mail: andiara31@hotmail.com Nilcemar Rodrigues Carvalho Cruz Mestre em Ciência da Nutrição. Docente do Curso de Nutrição da Universidade Federal de Viçosa/campus de Rio Paranaíba. Email:nilcemar.cruz@ufv.br RESUMO Este estudo teve como objetivo avaliar o perfil nutricional e neuropsicomotor em crianças matriculadas em uma creche filantrópica no município de Timóteo, Minas Gerais. Foram analisados o peso e a estatura através dos índices antropométricos Peso/Idade (P/I), Estatura/Idade (E/I) e Peso/Estatura (P/E) que foram expressos pelo escore Z e avaliados segundo o padrão da OMS (2006). Foi realizada a dosagem dos níveis de hemoglobina para investigar a prevalência de anemia. Realizou-se também a avaliação neuropsicomotora utilizando o teste de Denver II. A amostra foi constituída por 22 crianças na faixa etária de 6 a 48 meses. Foi observado 4,54% e 22,72% de crianças com sobrepeso de acordo com os índices P/I e P/E, respectivamente. Quanto ao índice E/I, encontrou-se 13,63% de crianças com baixa estatura. A prevalência de anemia foi de 31,82% e de suspeita de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor foi de 77,27%. Através do presente estudo observou-se alta prevalência de crianças com baixa estatura, anêmicos, excesso de peso e com déficit neuropsicomotor. Palavras-chave: baixa estatura; anemia; desnutrição; sobrepeso; Teste de Denver. 999

ABSTRACT This study aimed to evaluate the nutritional status and neuro-psychomotor children attending a philantropic nursery in the city of Timóteo, Minas Gerais. The weight and height were analysed by anthropometric index weight/age (W/A), height/age (H/A) and weight/height (P/H) that were expressed by Z scores and evaluated according to WHO standard (2006). Was performed the dosage of hemoglobin levels to investigate the prevalence of anemia. The evaluation neuropsychomotor was carried using the Denver II test. The sample consisted of 22 children aged 6 to 48 months. Overweight prevalence was 4.54% (n = 1) and 22.72% (n = 5) according to the index W/A and P/H, respectively. The H/A, was found 13.63% (n = 3) of children with short stature. The prevalence of anemia was 31.82% (n = 7) and suspected developmental delay was 77.27% (n = 17). Through this study we observed a high prevalence of children with short stature, anemia, excess weight and neuro-psychomotor deficits. Key words: under height, anemia, malnutrition, overweight, Denver II Test. INTRODUÇÃO A desnutrição energético-protéica atinge 32% das crianças menores de cinco anos no Brasil, sendo que 5% delas apresentam grau moderado ou grave. Os grupos etários mais atingidos são os lactentes e pré-escolares, apresentando geralmente retardo no desenvolvimento neuropsicomotor. Algumas áreas parecem ser mais afetadas como a memória, a coordenação viso motora e a linguagem, podendo acarretar prejuízo no rendimento em idade escolar (MANSUR; NETO, 2006). Por outro lado, em alguns países da América Latina observou-se tendência temporal de diminuição da desnutrição infantil associado ao aumento da prevalência da obesidade. No Brasil, esta transição nutricional ainda não é muito evidente, porém existem relatos de que a prevalência de obesidade supera a de desnutrição infantil (BUENO; FISBERG, 2006; LEAL et al., 2012). Apesar de o baixo peso apresentar índices cada vez menores entre as crianças, a deficiência de micronutrientes, principalmente relacionada ao ferro é bastante preocupante, sendo esta a principal etiologia da anemia em países em desenvolvimento. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que o número de pessoas anêmicas no mundo seja de aproximadamente 2 bilhões (ASSUNÇÃO; 1000

SANTOS, 2007). A anemia é a carência nutricional mais comum no mundo, sendo mais freqüente em crianças por elas possuírem maior necessidade de ferro (ASSUNÇÃO et al., 2007). A anemia pode ser definida como um estado no qual ocorre uma redução na concentração de hemoglobina do sangue, ficando abaixo do esperado, podendo ser evidenciada pela diminuição da qualidade ou quantidade de células vermelhas no sangue (HEIJBLOM; SANTOS, 2007). Entre as conseqüências desta deficiência estão: o retardo no crescimento e desenvolvimento motor, a diminuição da atividade física, a desatenção, alterações cognitivas e de aquisição de conceitos, bem como baixa pontuação nos testes de rendimento mental (PEREIRA et al., 2007). Tendo em vista a importância da nutrição no desenvolvimento infantil, este estudo tem por escopo avaliar o perfil nutricional e neuropsicomotor em crianças na faixa etária de 6 a 48 meses, matriculadas em uma creche filantrópica no município de Timóteo, Minas Gerais. MATERIAIS E MÉTODOS Participaram da pesquisa todas as crianças matriculadas em uma creche filantrópica, situada no município de Timóteo, MG, sendo amostra constituída por 22 crianças com idade de 6 a 48 meses, de ambos os sexos. Foi realizada avaliação antropométrica, bioquímica e do desenvolvimento neuropsicomotor. Na avaliação antropométrica foram aferidos o peso e a estatura de acordo com as técnicas propostas OMS (WHO, 1995). As crianças menores de 2 anos foram pesadas em balança pediátrica mecânica marca Filizola com capacidade de 16 Kg e precisão de 10g. As crianças acima de dois anos foram pesadas na balança plataforma, marca Filizola com capacidade se 150 Kg e precisão de 100g. O comprimento das crianças menores de dois anos foi aferido com antropômetro horizontal, com a criança deitada em decúbito dorsal apoiados pela base de madeira da régua. A estatura das crianças maiores de dois anos foi aferida pelo próprio estadiomêtro da balança Filizola. Os índices antropométricos utilizados foram: peso para idade (P/I), estatura para idade (E/I) e peso para estatura (P/E) que foram expressos pelo escore Z, e analisado nas Novas Curvas de 1001

Crescimento da OMS (WHO, 2006). Foram consideradas desnutridas todas as crianças cujas relações P/E, P/I, E/I estiveram abaixo de 2 desvios padrão (DP) e obesas quando P/E e P/I foram maiores que +2 desvios padrão (DP). O risco nutricional foi considerado para escore Z igual ou maior -2 até -1 para os três indicadores. Valores de escores Z maior ou igual a 1 até 2 foi considerado risco de sobrepeso para os índices P/E e P/I. Na avaliação bioquímica foi utilizada para diagnóstico de anemia a concentração de hemoglobina do sangue informada no hemograma completo. Esta avaliação foi realizada por um laboratório de análises clínicas da rede privada localizado no mesmo município, sendo a responsabilidade técnica do farmacêutico do local. Foi considerado anêmico quando a criança apresentou hemoglobina menor que 11g/dl, ponto de corte proposto pela OMS (WHO, 1978). Para a avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor foi aplicado o Teste de Denver II (FRANKENBURG et al., 1990), utilizando o formulário próprio, com o auxílio de uma terapeuta ocupacional. Para a realização do teste foi utilizado um kit com brinquedos e utensílios e os itens foram registrados no formulário através da observação direta. Foram considerados casos indicativos de suspeita de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor a criança que não realizou o item quando 90% ou mais das crianças da faixa etária o realiza, independente da área em que ocorreu (PILZ; SCHERMANN, 2007). Para a realização da pesquisa foi elaborado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, no qual os pais das crianças assinaram. Foram respeitados todos os cuidados éticos considerando a Resolução nº. 196/96 CNS Conselho Nacional de Saúde (Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos) e respeitando todos os direitos dos participantes da amostra como cidadãos (BRASIL, 1996). O critério de exclusão foi a não participação em todas as avaliações realizadas. RESULTADOS E DISCUSSÃO A amostra foi constituída por 22 crianças na faixa etária de 6 a 48 meses, sendo 54,54% (n=12) do sexo masculino e 45,45% (n=10) do sexo feminino. 1002

Foram observados 4,54% (n=1) e 22,72% (n=5) de crianças com sobrepeso e 36,36% (n=8) e 31,82% (n=7) de crianças com risco de sobrepeso de acordo com os índices P/I e P/E, respectivamente (Tabela 1). No presente estudo não foi observado baixo peso, mas 13,63% (n=3) estavam com risco para baixo em ambos os sexos (Tabela 1). Tabela 1 Estado nutricional segundo os índices P/I e P/E das crianças atendidas em uma creche filantrópica do município de Timóteo-MG - 2007. Risco de baixo peso Eutrófico Risco de sobrepeso Sobrepeso Classificação P/I 13,63 (n= 3) 45,45 (n= 10) 36,36 (n= 8) 4,54 (n= 1) P/E 13,63 (n= 3) 31,82 (n= 7) 31,82 (n= 7) 22,72 (n= 5) Fonte: dados da pesquisa Um estudo realizado no município de Matão-SP com 47 crianças na fase pré-escolar, atendidas em uma creche municipal, verificou uma prevalência de 6,38% de obesidade como também de baixo peso. O risco de desnutrição foi de 25,53%, sendo maior quando comparado ao risco de obesidade (8,51%) (GUANDALINI; DUTRA-DE-OLIVEIRA, 2005). No entanto, vários estudos realizados em diversas localidades do Brasil, como em São Paulo/SP (VENÂNCIO et al., 2007 e PINTO; OLIVEIRA, 2009), Recife/PE (GRANVILLE-GARCIA et al., 2009), Antônio Prado/RS (MENEGUZZO, et al., 2010) vem demonstrando o aumento de sobrepeso e obesidade infantil entre as crianças da fase pré-escolar, superando os índices de baixo peso. Estes resultados são preocupantes e indicam a necessidade de políticas públicas voltadas para o controle desta situação, visto que, crianças com sobrepeso já podem apresentar fator de risco cardiovascular como distribuição central da gordura corporal e pressão arterial elevada (NOVAES et al., 2009). 1003

% de crianças Segundo Simon, Souza e Souza (2009) a prática do aleitamento materno confere uma proteção contra o sobrepeso e a obesidade durante toda a infância, indicando, neste caso, uma importante estratégia de ação. Foi observado que, 13,63% (n=3) das crianças apresentaram baixa estatura e 18,18% (n=4) estavam com risco de baixa estatura (Figura 1). Os distúrbios encontrados podem ser, pelo menos parcialmente, explicados pela alimentação em creches filantrópicas e públicas que geralmente é caracterizada por grande quantidade do consumo de produtos de alta densidade energética, pela monotonia dos cardápios servidos e pela falta de programas de educação alimentar que incentivem a introdução de novos alimentos (TUMA; COSTA; SCHMITZ, 2005). Figura 1 Estado nutricional segundo o índice E/I, das crianças atendidas em uma creche filantrópica do município de Timóteo-MG - 2007. 80 70 68,18 60 50 40 30 20 10 13,63 18,18 0 Baixa estatura Risco de baixa estatura Eutrófico O déficit de estatura encontrado neste estudo foi superior ao observado por Fisberg, Marchioni e Cardoso (2004) em crianças assistidas por creches públicas no município de São Paulo e por Castro et al. (2005) em crianças de 24 a 72 meses de idade atendidas em creches municipais de Viçosa, Minas Gerais que encontraram 7% e 3,5% de baixa estatura, respectivamente. A criança deve consumir a quantidade de alimento necessária para alcançar seu potencial genético de crescimento. O tamanho corporal a ser alcançado na vida adulta não é de primordial 1004

% de crianças importância, entretanto, o atraso no crescimento, devido às circunstâncias nutricionais e ambientais, está associado com maiores taxas de morbidade e mortalidade, com deficiências no aprendizado e com menor capacidade física e intelectual na vida adulta (PHILLIPPI; CRUZ; COLUCCI, 2003). Em estudo realizado por Menezes e Osório (2007), no estado de Pernambuco em crianças menores de cinco anos, foi observado que a média de escore-z para o índice E/I foi maior nas crianças que apresentaram consumo energético e protéico adequado para idade, de acordo com o requerimento energético estimado (EER) e requerimento médio estimado (EAR) respectivamente. A Figura 2 mostra a prevalência de anemia de acordo com o sexo. Observa-se que 31,81% (n=7) das crianças estavam anêmicas, sendo 18,18% (n=4) do sexo masculino e 13,63% (n=3) do sexo feminino. A maior prevalência de anemia entre os meninos desta faixa etária pode ser explicada pela maior velocidade de crescimento o que acarreta maior necessidade de ferro pelo organismo (OSÓRIO, 2002). Figura 2 Prevalência de anemia entre as crianças, segundo o sexo, atendidas em uma creche filantrópica no município de Timóteo-MG - 2007. 40 35 30 25 36,36 31,81 20 15 10 5 18,18 13,63 Masculino Feminino 0 Anêmicos Não Anêmicos Os resultados de alguns estudos epidemiológicos realizados em crianças no Brasil verificaram uma prevalência de aproximadamente 30% de crianças anêmicas com idade variando entre zero a sete 1005

% de crianças anos (ALMEIDA et al., 2004; ASSUNÇÃO et al. 2007; PINHEIRO et al., 2008; LEAL, 2011) estando de acordo com a prevalência de anemia encontrada no presente estudo. No entanto, na Zona da Mata (LIMA et al., 2004) e no município de Viçosa (MIRANDA et al., 2003) foram observados 73,2% e 63,2% de crianças anêmicas, respectivamente. No primeiro caso as crianças tinham 12 meses e no segundo compreendiam a faixa etária de 12 a 60 meses. Em relação à faixa etária, 27,27% (n=6) das crianças que apresentaram anemia estavam entre 6 a 23 meses e apenas 4,54% (n=1) estavam entre 24 a 48 meses (Figura 3). Essa maior prevalência de anemia em crianças menores de dois anos de idade foi significativa (p=0,02). Este achado foi confirmado pelo estudo de Pinheiro et al., (2008), realizado em crianças de Campina Grande, o qual encontrou os menores valores médios de hemoglobina para as faixas etárias de 6 a 24 meses. Figura 3 Prevalência de anemia, de acordo com a faixa etária, das crianças atendidas em uma creche filantrópica no município de Timóteo-MG - 2007. 60 50 50 40 30 20 27,27 18,18 6-23 meses 24-48 meses 10 0 4,54 Anêmicos Não Anêmicos As crianças do grupo de menor faixa etária avaliadas são mais susceptíveis à ocorrência de anemia devido ao intenso crescimento desta fase e pela pouca oferta de alimentos ricos em ferro (ALMEIDA et al., 2004). Sabe-se que as crianças com dietas à base de leite de vaca têm maior risco de desenvolver anemia ferropriva, pois neste alimento a quantidade de ferro é pequena e tem baixa 1006

biodisponibilidade. O ferro do leite humano, mesmo sendo de baixa concentração, apresenta elevada biodisponibilidade, atendendo as necessidades fisiológicas do lactente até os seis meses, quando permanece em amamentação exclusiva (KONSTANTYNER; TADDEI; PALMA, 2007). Foi observado, de acordo com o teste de Denver II, que 77,27% (n=17) das crianças apresentaram suspeita de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, sendo 40,91% (n=9) do sexo masculino e 36,36% (n=8) do sexo feminino. Em relação a faixa etária, 36,36% (n= 8) das crianças que apresentaram suspeita de atraso estavam entre 6-23 meses, e 40, 91% (n= 9) entre 24-48 meses (Tabela 2). Tabela 2 - Distribuição das crianças atendidas em uma creche filantrópica no município de Timóteo- MG, segundo o sexo, a faixa etária e a classificação neuropsicomotora - 2007. Teste de Denver II Masculino Feminino 6-23 meses 24-48 meses Total 13,63 9,09 9,09 13,63 22,72% Normal (n= 3) (n= 2) (n= 2) (n= 3) (n= 5) 40,91 36,36 36,36 40,91 77,27 Suspeita de Atraso (n= 9) (n= 8) (n= 8) (n= 9) (n= 17) 54,54 45,45 45,45 54,54 100 Total (n= 12) (n= 10) (n= 10) (n= 12) (n= 22) A Figura 4 mostra a relação entre a anemia e o desenvolvimento neuropsicomotor das crianças estudadas. Apesar de muitos anêmicos apresentarem suspeita de atraso no desenvolvimento, os não anêmicos apresentaram maior índice. Existem evidências de que a ocorrência de anemia ferropriva em uma fase precoce da vida, considerado um período crítico para formação de novas conexões cerebrais 1007

% de crianças poderia causar efeitos deletérios que persistiriam em idades posteriores (BRAGA; VITALLE, 2010). Este fato poderia explicar, pelo menos em parte, o alto percentual de crianças com suspeita de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor na faixa etária de 24 a 48 meses (40,9%), onde se encontrou menor prevalência de anemia (4,54%). Figura 4 - Relação entre anemia e desenvolvimento neuropsicomotor de crianças atendidas em uma creche filantrópica no município de Timóteo-MG 2007. 60 50 50 40 30 20 27,27 18,18 Suspeita de atraso Desenvolvimento normal 10 0 4,54 Anêmicos Não Anêmicos A identificação da anemia como um dos fatores causais de inadequado desenvolvimento cognitivo, social, motor, e redução da capacidade de aprendizagem entre as crianças, colocou-as, como um dos grupos prioritários dos programas de intervenção nutricional de controle da deficiência de ferro (SZARFARC, 2010). Não foi determinado o tipo de anemia no presente estudo. No entanto, o ferro, o folato e a vitamina B12 são os elementos essenciais mais significativos para a manutenção da eritropoiese normal (TIMM, 2005), sendo a deficiência de ferro a causa mais freqüente do ponto de vista epidemiológico. Estima-se que 50 a 90% de todos os tipos de anemia ocorram por deficiência de ferro (VIEIRA; FERREIRA, 2010). Segundo os relatórios de 2004 do Fundo das Nações Unidas para a 1008

Infância (Unicef), 45% a 50% das crianças brasileiras apresentaram anemia por deficiência de ferro (COELHO, 2007 citado por PINHEIRO et al., 2008). Apesar do desenvolvimento neuromotor ser extremamente sensível às condições de nutrição da criança, o meio social possui grande influencia no desenvolvimento infantil e, assim, a educação materna, as condições socioeconômicas e a prática de estímulos também são preditores importantes. Certamente a ausência de um sinal de desenvolvimento neuromotor esperado para uma determinada idade e/ou a precocidade com que esse aparece, depende, e muito, do estímulo que é oferecido à criança (ANDRADE; SOUZA; SZARFARC, 2007). Além da privação de estímulo físico e social, a pobreza, o estresse e a exposição pré-natal a drogas, podem comprometer a função do cérebro quando existem condições predisponentes (HALPERNS; FIGUEIRAS, 2004). Desta forma, uma avaliação mais criteriosa do desenvolvimento neuropsicomotor deve considerar, além do estado nutricional, o perfil sócio-ambiental da criança. CONCLUSÃO Através do presente estudo observou-se prevalência preocupante de crianças com baixa estatura, anêmicas e com déficit neuropsicomotor. O excesso de peso corporal também se mostrou preocupante. REFERÊNCIAS ALMEIDA, C. A. N.; RICCO, R. G.; CIAMPO, L. A. D.; SOUZA, A. M.; PINHO, A. P.; OLIVEIRA, J. E. D. Fatores associados à anemia por deficiência de ferro em crianças pré-escolares brasileiras. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, v. 80, n. 3, p. 229-234, mar. 2004. ANDRADE, K. C. D.; SOUZA, S. B. D.; SZARFARC, S. C. Desenvolvimento neuromotor e dentição de crianças atendidas em serviços públicos de saúde do Brasil, no primeiro ano de vida. Revista Brasileira de Crescimento Desenvolvimento Humano, São Paulo, v. 17, n. 2, p. 37-44, fev. 2007. 1009

ASSUNÇÃO, M. C. F.; SANTOS, I. S. Efeito da fortificação de alimentos com ferro sobre anemia em crianças: um estudo de revisão. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 269-281, fev. 2007. ASSUNÇÃO, M. C. F.; SANTOS, I. S.; BARROS, A. J. D.; GIGANTE, D. P.; VICTORA, C. G. Efeito da fortificação de farinhas com ferro sobre anemia em pré-escolares, Pelotas, RS. Revista Saúde Pública, São Paulo, v. 41, n. 4, p. 539-548, ago. 2007. BRAGA, J. A. P.; VITALLE, M. S. S.; Deficiência de ferro na criança. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, Rio de Janeiro, v. 32, Supl.2, p. 38-44, maio 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 196/96: Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília, DF, 1996, 19p. BUENO, M. B.; FISBERG, R. M. Comparação de três critérios de classificação de sobrepeso e obesidade entre pré-escolares. Revista Brasileira Saúde Materno Infantil, Recife, v. 6, n. 4, p. 411-428, out./dez. 2006. CASTRO, T. G.; NOVAES, J. F.; SILVA, M. R.; COSTA, N. M. B.; FRANCESCHINI, S. C. C; TINÔCO, A. L. A.; LEAL, P. F. G. Caracterização do consumo alimentar, ambiente socioeconômico e estado nutricional de pré-escolares de creches municipais. Revista Nutrição, Campinas, v. 18, n. 3, p. 321-330, maio/jun. 2005. FISBERG, R. M.; MARCHIONI, D. M. L.; CARDOSO, R. M. A. Estado nutricional e fatores associados ao déficit de crescimento de crianças freqüentadoras de creches públicas do Município de São Paulo, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, n. 3, p. 812-817, maio/jun. 2004. FRANKENBURG, W. K.; DODDS, J.; ARCHER, P.; BRESNICK, B.; MASCHKA, P.; EDELMAN, N.; SHAPIRO, H. Denver II: Technical Manual and Training Manual. Denver: Denver Developmental Materials, 1990. 1010

GUANDALINI, V. R.; DUTRA-DE-OLIVEIRA, J. E. Caracterização do estado nutricional e presença de anemia em pré-escolares de Matão- SP. Alimentos e Nutrição, Araraquara, v. 16, n. 4, p. 343-348, 2005. GRANVILLE-GARCIA, A. F.; MENEZES, V. A.; LIRA, P. I. C.; SERQUEIRA, L. A.; FERREIRA, J. M. S.; CAVALCANTI, A. L. Prevalência de sobrepeso e obesidade em pré-escolares de escolas públicas e privadas em Recife, Pernambuco, Brasil. Cadernos de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 4, p. 989-1000, out./dez. 2009. HALPERNS, R. E.; FIGUEIRAS, A. C. M. Influências ambientais na saúde mental da criança. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, v. 80, n. 2, p. 104-110, abr. 2004. HEIJBLOM, G. S.; SANTOS, L. M. P. Anemia ferropriva em escolares da primeira série do ensino fundamental da rede pública de educação de uma região de Brasília, DF. Revista Brasileira Epidemiologia, São Paulo, v. 10, n. 2, p. 258-266, jun. 2007. KONSTANTYNER, T.; TADDEI, J. A. A. C., PALMA, D. Fatores de risco de anemia em lactentes matriculados em creches públicas ou filantrópicas de São Paulo. Revista Nutrição, Campinas, v. 20, n. 4, p. 349-359, jul./ago. 2007. LEAL, L. P.; FILHO, M. B.; LIRA, P. I. C.; FIGUEIROA, J. M.; OSÓRIO, M. M. Prevalência da anemia e fatores associados em crianças de seis a 59 meses de Pernambuco. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 45, n. 3, p. 457-466, jun. 2011. LEAL, V. S.; LIRA, P. I. C.; OLIVEIRA, J. S.; MENEZES, R. C. E.; SEQUEIRA, L. A. S.; NETO, M. A. A.; ANDRADE, S. L. L. S.; FILHO, M. B. Excesso de peso em crianças e adolescentes no Estado de Pernambuco, Brasil: prevalência e determinantes. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.28, n. 6, p. 1175-1182, jun. 2012. 1011

LIMA, A. C. V. M. S.; LIRA, P. I. C.; ROMANI, S. A. M.; EICKMANN, S. H.; PISCOYA, M. D.; LIMA, M. C. Fatores determinantes dos níveis de hemoglobina em crianças aos 12 meses de vida na Zona da Mata Meridional do Pernambuco. Revista Brasileira Saúde Materno Infantil, Recife, v. 4, n. 1, p. 35-43, jan./mar. 2004. MANSUR, S. S.; NETO, F. R. Desenvolvimento neuropsicomotor de lactentes desnutridos. Revista Brasileira de Fisioterapia, São Paulo, v. 10, n. 2, p. 185-191, nov. 2006. MENEGUZZO, C.; RICALDE, S. R.; SANTOS, J. S.; MENDES, K. G. Prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças atendidas em uma unidade básica de saúde no município de Antônio Prado (RS). Cadernos de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 18, n. 2, p. 275-281, abr./jun. 2010. MENEZES, R. C. E; OSÓRIO, M. M. Consumo energético-protéico e estado nutricional de crianças menores de cinco anos, no estado de Pernambuco, Brasil. Revista Nutrição, Campinas, v. 20, n. 4, p. 337-347, jul/ago. 2007. MIRANDA, A. S.; FRANCESHINI, S. C. C.; PRIORE, S. E.; EUCLYDES, M. P.; ARAÚJO, R. M. A.; NETTO, M. P.; FONSECA, M. M.; ROCHA, D. S.; SILVA, D. G.; LIMA, N. M. M.; MAFFIA, U. C. C. Anemia Ferropriva e estado nutricional de crianças com idade de 12 a 60 meses do município de Viçosa, MG. Revista Nutrição, Campinas, v. 16, n. 2, p. 163-169, abr./jun. 2003. NOVAES, J. F.; LAMOUNIER, J. A.; FRANCESCHINI, S. C. C.; PRIORE, S. E. Fatores ambientais associados ao sobrepeso infantil. Revista Nutrição, Campinas, v. 22, n. 5, p. 661-673, set./out. 2009. OSÓRIO, M. M. Fatores determinantes da anemia em crianças. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, v. 78, n. 4, p. 269-278, 2002. PEREIRA, R. C.; FERREIRA, L. O. C.; DINIZ, A. S.; BATISTA FILHO, M.; FIGUEIRÔA, J. N. Eficácia da suplementação de ferro associado ou não à vitamina A no controle da anemia em escolares. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 6, p. 1415-1421, jun. 2007. 1012

PHILLIPPI, S. T.; CRUZ, A. T. R.; COLUCCI, A. C. A. Pirâmide alimentar para crianças de 2 a 3 anos. Revista Nutrição, Campinas, v. 16, n. 1, p. 5-19, jan./mar. 2003. PILZ, E. M. L.; SCHERMANN, L. B. Determinantes biológicos e ambientais no desenvolvimento neuropsicomotor em uma amostra de crianças de Canoas/RS. Revista Ciência & Saúde Coletiva, v. 12, n. 1, p. 181-190, jan./mar. 2007. PINHEIRO, F. G. M. B.; SANTOS, S. L. D. X.; CAGLIARI, M. P. P.; PAIVA, A. A.; QUEIROZ, M. S. R.; CUNHA, M. A. L.; JANEBRO, D. I. Avaliação da anemia em crianças da cidade de Campina Grande, Paraíba, Brasil. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, Rio de Janeiro, v. 30, n. 6, p. 457-462, nov./dez. 2008. PINTO, M. C. M.; OLIVEIRA, A. C. Ocorrência da Obesidade infantil em pré-escolares de uma creche de São Paulo. Einstein, Santos, v. 7, n. 2, p. 170-175, 2009. SIMON, V. G. N.; SOUZA, J. M. P.; SOUZA, S. B. Aleitamento materno, alimentação complementar, sobrepeso e obesidade em pré-escolares. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 43, n. 1, p. 60-69, fev. 2009. SZARFARC, S. C.; Políticas públicas para o controle da anemia ferropriva. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, Rio de Janeiro, v. 32, Supl. 2, p. 207, jun. 2010. TIMM, G. Anemias: causas e implicações das alterações eritrocíticas. 2005. 52p. Monografia (graduação em Ciências Biológicas) Instituto de Biologia, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2005. TUMA, R. C. F. B.; COSTA, T. H. M.; SCHMITZ, B. A. S. Avaliação antropométrica e dietética de pré-escolares em três creches de Brasília, Distrito Federal. Revista Brasileira Saúde Materno Infantil, Recife, v. 5, n. 4, p. 419-428, out./dez. 2005. 1013

VENÂNCIO, S. I.; LEVY, R. B.; SALDIVA, S. R. D. M.; MONDINI, L.; STEFANINI, L. R. Sistema de vigilância alimentar e nutricional no Estado de São Paulo, Brasil: experiência da implementação e avaliação do estado nutricional de crianças. Revista Brasileira Saúde Materno Infantil, Recife, v. 7, n. 2, p. 213-220, abr./jun. 2007. VIEIRA, R. C. S.; FERREIRA, H. S. Prevalência de anemia em crianças brasileiras, segundo diferentes cenários epidemiológicos. Revista Nutrição, Campinas, v. 23, n. 3, p. 433-444, maio/jun. 2010. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Nutritional anaemia: a major controllable public health problem. Bull. WHO, v. 56, n. 5, p. 659-675, 1978.. Physical status: the use and interpretation of antropometry. Geneva, 1995. 35p. (Technical Report Series, 854).. WHO Child growth standards. 2006. Disponível em: <http://www.who.int/childgrowth> 1014