AUTOR(ES): LUIZ DO NASCIMENTO AZEVEDO, TÁTILA MARIANA SARUBO RODRIGUES

Documentos relacionados
Erly Catarina de Moura NUPENS - USP

Licitacao Pregao Numero /2017 PAGINA 1 A N E X O - I

adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação:

FICHA TÉCNICA 3 WHEY GAINERS. 25g de PROTEINAS POR DOSE WPI + WPC HIGH PROTEIN PROTEÍNAS DE ALTO VALOR BIOLÓGICO

PREFEITURA MUNICIPAL DE VIGIA DE NAZARE. Termo de Homologação do Pregão Eletrônico Nº 00006/2018 (SRP)

Nutrição Aplicada à Educação Física. Cálculo da Dieta e Recomendações dietéticas. Ismael F. Freitas Júnior Malena Ricci

BOLO, CHOCOLATE, NEGA MALUCA

ARROZ INTEGRAL SEM GLÚTEN. SEM LACTOSE. SEM OVOS. SEM TRANSGÊNICOS.

FICHA TÉCNICA MASS GFF 27000

Número: Cidade: UF: CPF/CNPJ:

FICHA TÉCNICA. 45g PROTEÍNAS POR DOSE ALTO VALOR BIOLÓGICO WPC + WPI 25 VITAMINAS E MINERAIS CARBOIDRATOS SIMPLES E COMPLEXOS

- avaliar os hábitos alimentares e o consumo de energia e nutrientes de adultos e idosos; - analisar e adequar macro e micronutrientes de planos

PRIMEIRO ADENDO DE Nº /2017 AO EDITAL - 013/2017

TERMO DE ADJUDICAÇÃO. Item 0001

FICHA TÉCNICA WHEY ISO FAST 100% ISOLADA HIGH PROTEIN FAT FREE LOW SODIUM ZERO CARBOIDRATOS

PREFEITURA MUNICIPAL DE MARACANÃ Secretaria Municipal de Educação CNPJ/ /

Lei8080,19set.1990-Art.3º(BRASIL,1990) A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes,

PREÇO TOTAL PREÇO UN ÍTEM QUANT UN ESPECIFICAÇÃO DAS MERCADORIAS MARCA

Unidade: APLICAÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NO PLANEJAMENTO DE DIETAS. Unidade I:

ISO WHEY V3 AGE ISO WHEY V3 AGE

Brasil é um dos principais apoiadores da agenda de nutrição adotada pela ONU

NUTRIÇÃO DO IDOSO. Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Nutrição e Metabolismo Nutrição Humana

Inquérito Alimentar. Profa. Assoc. Regina Mara Fisberg 2012

PRIMEIRO ADENDO DE Nº /2017 AO EDITAL - 004/2017

Propuestas y Avances del Etiquetado Frontal en Brasil

Estudo Multicêntrico do Consumo Alimentar de Pré-escolares

1 Estado da Bahia PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FRANCISCO DO CONDE DECRETO Nº 924/ DE 05 DE MARÇO DE 2011.

CESTA BÁSICA do Município de Catalão-GO

CESTA BÁSICA do Município de Catalão-GO

CESTA BÁSICA do Município de Catalão-GO

PREFEITURA MUNICIPAL DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

PODER EXECUTIVO. A Prefeitura Municipal de Iaçu, Estado da Bahia, visando a transparência dos seus atos vem PUBLICAR.

ANEXO I MÉDIO ESPECIFICAÇÃO DO PRODUTO

PERSPECTIVAS DO GOVERNO

RELAÇÃO DE ITENS - PREGÃO ELETRÔNICO Nº 00001/ SRP

Licitacao Pregao Numero /2016 PAGINA 1 A N E X O - I

FICHA TÉCNICA MASS GAINERS 4400 AGE SYN SYNERGIC MASS GROWTH

SECRETARIA ESPECIAL DE ESTADO DE GESTÃO SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO DIRETORIA DE GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS E SERVIÇOS LOGÍSTICOS

ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS: QUALIDADE DA DIETA E SAÚDE. Renata Bertazzi Levy

AZEITE DE OLIVA POST CRN3 JOVEM

CESTA BÁSICA do Município de Catalão-GO

Terça-feira, 26 de março de 2019 Ano VI Edição nº 1209 Página 1 de 28

CUSTO DA CESTA BÁSICA Município de Catalão-GO

Relação de vencedores TOMADA DE PREÇOS Nr.:1/2017 Impresso em: 21/02/2017 às 18:01

CESTA BÁSICA do Município de Catalão-GO

ASSISTÊNCIA - CESTA NATALIDADE + CESTA ALIMENTÍCIA OS SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA SÃO PRESTADOS PELA MAPFRE ASSISTÊNCIA LTDA. CNPJ:

CESTA BÁSICA do Município de Catalão-GO

VITAMINAS. Valores retirados de Tabela da composição de Alimentos. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge

CONSUMO ALIMENTAR DE ESCOLARES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO NO MUNICÍPIO DE PALMAS TO

O Custo da Cesta Básica

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE SEGREDO SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO

Pregão 2016 ADOÇANTE, ASPECTO FÍSICO LÍQUIDO LÍMPIDO TRANSPARENTE, INGREDIENTES CICLAMATO + FRASCO SACARINA, CARACTERÍSTICAS ADICIONAIS BICO

ALIMENTOS PROCESSADOS E ULTRAPROCESSADOS: EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL COM POPULAÇÃO IDOSA

CUSTO DA CESTA BÁSICA Município de Catalão-GO

CUSTO DA CESTA BÁSICA DE SÃO JOÃO DEL REI

NUTRIÇÃO NA TERCEIRA IDADE. Como ter uma vida mais saudável comendo bem.

ASSISTÊNCIA - CESTA NATALIDADE (MULHER) + CESTA ALIMENTÍCIA + BÔNUS RECARREGÁVEL

ANEXO 2 INGESTÃO NUTRICIONAL

Avaliação do Consumo Alimentar de Escolares da Rede Publica de Ensino Fundamental de Piracicaba

AMÉRICA LATINA MATRIZES ROSS 308 AP (AP95) Especificações Nutricionais. An Aviagen Brand

PESQUISA DE CESTA BÁSICA NA CIDADE DE FRANCA/SP DEZEMBRO 2014


FICHA TÉCNICA. PROTEIN BAR AGE é uma barra prática e saborosa que apresenta 39% de proteínas em sua formulação, além de 22 vitaminas e minerais.

LOTE 01 V.TOTAL MARC A Nº GÊNERO PERECÍVEL E NÃO PERECÍVEIS UNID. TOTAL

CESTA BÁSICA do Município de Catalão-GO

CESTA BÁSICA do Município de Catalão-GO

BOLETIM DE DIVULGAÇÃO MENSAL

BOLETIM DE DIVULGAÇÃO MENSAL

BOLETIM DE DIVULGAÇÃO MENSAL

PESQUISA DE CESTA BÁSICA NA CIDADE DE FRANCA/SP Março/2017

TERMO DE HOMOLOGAÇÃO. Item 0001

TERMO DE HOMOLOGAÇÃO

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACI ESTADO DA BAHIA CNPJ nº / SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA

CESTA BÁSICA do Município de Catalão-GO

CESTA BÁSICA do Município de Catalão-GO

2. FONTE DE RECURSO Projeto/Atividade Fonte de Recurso Natureza da Despesa

Prefeitura Municipal de Gandu publica:

CESTA BÁSICA do Município de Catalão-GO

CESTA BÁSICA do Município de Catalão-GO

DESENVOLVIMENTO DE DIETA ENTERAL ARTESANAL COM ALIMENTOS FUNCIONAIS E ANÁLISE BROMATOLÓGICA - UNIMED CAMPINAS

CESTA BÁSICA do Município de Catalão-GO

CESTA BÁSICA do Município de Catalão-GO

CUSTO DA CESTA BÁSICA Município de Catalão-GO

TÍTULO: INGESTÃO DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS RICOS EM SÓDIO E ADIÇÃO DE SAL ÀS PREPARAÇÕES PRONTAS

VENCEDORES DE PREÇOS SIMPLES POR SECRETARIA. Pregão Presencial Nº / /03/ Processo Nº /2013

Introdução. Nutricionista FACISA/UNIVIÇOSA. 2

CUSTO DA CESTA BÁSICA Município de Catalão-GO

NÚCLEO DE ECONOMIA DO SINCOMÉRCIO: PESQUISA DA CESTA BÁSICA

APÓS TRÊS MESES DE AUMENTO, CUSTO DO CESTO BÁSICO CAI EM CHAPECÓ

Ata Parcial. Item 0001

Princípios de formulação de alimentos para cães e gatos. Aulus Carciofi

MAPA DE APURAÇÃO DE RESULTADOS

BOLETIM DE DIVULGAÇÃO MENSAL

CESTA BÁSICA do Município de Catalão-GO

SABES O QUE ESTÁS A COMER?

CESTA BÁSICA do Município de Catalão-GO

Transcrição:

TÍTULO: MELHORA QUALITATIVA SEM ALTERAÇÃO DE CUSTO DA CESTA BÁSICA DISPONIBILIZADA PELA PREFEITURA DE JAGUAR CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: Nutrição INSTITUIÇÃO(ÕES): FACULDADE DE JAGUARIÚNA - FAJ AUTOR(ES): LUIZ DO NASCIMENTO AZEVEDO, TÁTILA MARIANA SARUBO RODRIGUES ORIENTADOR(ES): JOSIANE FERREIRA DE MELLO

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JAGUARIÚNA UNIFAJ CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JAGUARIÚNA - UNIFAJ GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO LUIZ PAULO DO NASCIMENTO AZEVEDO TÁTILA SARUBO MELHORA QUALITATIVA, SEM ALTERAÇÃO DE CUSTO, DA CESTA BÁSICA DISPONIBILIZADA PELA PREFEITURA DE JAGUARUNA NO ANO DE 2017 A SEUS FUNCIONÁRIOS. JAGUARIÚNA 2018 1

LUIZ PAULO DO NASCIMENTO AZEVEDO TÁTILA SARUBO MELHORA QUALITATIVA, SEM ALTERAÇÃO DE CUSTO, DA CESTA BÁSICA DISPONIBILIZADA PELA PREFEITURA DE JAGUARUNA NO ANO DE 2017 A SEUS FUNCIONÁRIOS. Projeto apresentado ao curso de nutrição do Centro Universitário de Jaguariúna UNIFAJ, como Trabalho de Conclusão de Curso, como parte dos requisitos para graduação em Nutrição. Orientadora: Profª. Josiane Ferreira de Mello JAGUARIÚNA 2018 2

SUMARIO 1.INTRODUÇÃO... 2.OBJETIVO... 3.MÉTODO... 4.RESULTADOS ESPERADOS... REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS... ANEXOS... 3

1. INTRODUÇÃO A Constituição Federal garante o direito à alimentação e à realização do mesmo, devendo o poder público adotar as políticas e ações para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população. Segundo o SISAN (Sistema Nacional de segurança Alimentar e Nutricional), em seu artigo 2º da LEI nº 11.346, de setembro de 2006, a alimentação adequada é direito fundamental do ser humano. Esse direito assegurado por lei vem sofrendo algumas mudanças ao decorrer dos anos, e o Brasil vive um período de transição epidemiológica, com mudanças no perfil de saúde pública, ocorrendo a diminuição da desnutrição e o aumento da obesidade, afirma Soares (2014). No último levantamento realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2008/2009, aponta que mais de 50% da população está com excesso do peso, estando na faixa de sobrepeso e obesidade e as crianças em torno de 15%, (ABESO, 2012) Um dos fatores que influenciou essa transição epidemiológica foi o aumento na renda média da população brasileira nas últimas décadas, acarretando aumento das DCNT (Doenças Crônicas Não Transmissíveis), sendo em adultos, a principal causa de morte no Brasil, passando apresentar taxas semelhantes entre todos os grupos etários adultos, PNAN (2012). O Guia Alimentar da População Brasileira (BRASIL, 2014) justifica e ressalta outro importante fator para essa transição epidemiológica, as mudanças nos padrões alimentares da população, principalmente no que tange aos grupos economicamente em crescimento, havendo a substituição de alimentos in natura ou minimamente processados, por alimentos prontos para o consumo, processados e ultraprocessados, acarretando o desequilíbrio na oferta de nutrientes e na ingestão excessiva de calorias. Ainda, segundo o Guia Alimentar da População Brasileira (BRASIL, 2014), a alimentação é um direito humano básico, respeitando os aspectos biológicos, sociais e culturais de cada indivíduo, levando em consideração a quantidade e a qualidade, respeitando o direito do trabalhador em receber mensalmente uma cesta básica previsto no Decreto-Lei, N 399, de 30 de abril de 1938. Ocorre anualmente desde 1959, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA), realizada pelo DIEESE (Departamento Intersindical de 4

Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), onde há um levantamento contínuo dos preços e produtos que são considerados essenciais. Atualmente a pesquisa abrange todas as capitais do Brasil e com esses dados é possível conhecer o valor da alimentação básica no Brasil. O DIEESE (2009) aponta que os itens básicos foram definidos pela Lei N 399, determinando que cesta de alimentos fosse composta por 13 produtos alimentícios, tendo quantidade suficiente para garantir o bem estar e a saúde de um trabalhador adulto. Não há um padrão para as cestas básicas, sendo que seus produtos e suas respectivas quantidades mensais são diferentes por regiões e foram definidos pelo Decreto-Lei 399 de 30 de abril de 1938, em vigor até a atualidade, (DIEESE, 2009). De acordo com o explanado, em virtude o atual problema relacionado com o aumento das DCNT, em decorrência à oferta e alta ingestão de alimentos processados e ultraprocessados, evidencia-se a necessidade de adequar nutricionalmente a cesta básica fornecida ao trabalhador, visando saúde e melhor qualidade de vida. O presente projeto visa melhorar nutricionalmente a cesta básica fornecida mensalmente para 2.050 colaboradores do município de Jaguariúna, tendo visto a necessidade, pela quantidade excessiva de alimentos processados e ultraprocessados, que é disponibilizado através da cesta. 5

2. OBJETIVO 2.1 Gerais: Analisar qualitativamente e quantitativamente as cestas básicas fornecidas no ano de 2017 aos funcionários públicos da prefeitura municipal da cidade de Jaguariúna, SP, elaborando propostas de melhorias na qualidade geral e equilíbrio das cestas, sem alteração de custos. 2.2 Específicos Realizar levantamento dos itens de composição das cestas básicas ofertadas pela prefeitura municipal de Jaguariúna a seus funcionários no ano de 2017, calculando o valor nutricional de macronutrientes, micronutrientes e o equilíbrio qualitativo da mesma, e posteriormente realizar proposta de melhoria da composição, com sugestões de substituição por alimentos melhor aporte nutricional, com mais equilíbrio entre os nutrientes, sem alteração do custo financeiro. 6

3. MÉTODO A prefeitura Municipal de Jaguariúna-SP fornece mensalmente para seus colaboradores uma cesta básica contendo 13 diferentes produtos alimentícios, no Art. 153 do estatuto do servidor público de Jaguariúna (Anexo 2), diz que fica a Administração Pública municipal autorizada a fornecer mensalmente aos seus servidores ativos um vale alimentação ou uma cesta básica contendo produtos alimentícios, inclusive para servidores em condições especiais como licença para tratamento de saúde, aposentados e pensionistas No primeiro momento do estudo foi solicitado previamente a autorização para realização do trabalho de análise da cesta básica de alimentos através da submissão de requerimento do setor de protocolo da prefeitura municipal, documento esse que deixa claro o objetivo da pesquisa e a necessidade dos valores total da cesta e unitário de cada componente da mesma. Assim, foi oficializado o pedido de copia contrato vigente de fornecimento da cesta básica (Anexo 1). Os itens atuais, juntamente com os valores da cesta, foram disponibilizados pela Prefeitura Municipal de Jaguariúna, mediante cópia do contrato n 361/2013, o qual constitui documento formal de acordo entre Prefeitura e empresa contratada para fornecer as cestas. (Anexo 2) Para análise da quantidade de macronutrientes (Carboidratos, Proteínas e Lipídeos) e também a quantidade de micronutrientes ( Fibras, Cálcio, Magnésio, Manganês, Fósforo, Ferro, Sódio, Potássio, Cobre, Zinco, Retinol, Tiamina, Riboflavina, Piridoxina, Niacina e Vitamina C), de todos os itens alimentícios da cesta básica foram utilizados como base de dados para levantamento de cálculo, a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos - TACO (NEPA/UNICAMP,2011) e a Tabela de Composição de Alimentos: Suporte para decisão nutricional (PHILIPPI,2016) A tabela Taco apresenta confiabilidade em seus dados já que suas análises utilizando métodos validados foram realizadas por estudos interlaboratoriais com amostragem significativa que levou a valores representativos com objetivo central de produzir dados sobre os alimentos mais consumidos no Brasil.(NEPA, 2011.) 7

A tabela de composição de Alimentos: Suporte para decisão nutricional, apresenta confiabilidade por combinar no seu banco de dados um conjunto de trabalhos publicados sobre composição de alimentos, entre eles a TACO, e foi utilizada na implantação em 2001 pelo Ministério da Saúde na política de rotulagem obrigatória de alimentos e adotada como referência bibliográfica em cursos de graduação em Nutrição de todo Brasil. Embasado nos dados de todas as quantidades dos itens que compõem a cesta, foi realizada a tabulação de macronutrientes e micronutrientes, chegando as quantidades totais dos mesmos disponibilizadas na cesta, que posteriormente serão comparados a necessidade média de um homem de 30 anos de idade com necessidade energética de 2000 kcal/dia. Para tal analise do excesso ou deficiências de determinados nutrientes serão utilizadas as recomendações indicadas pelas DRI`s - Dietary Reference Intakes, instrumento internacionalmente conhecido por profissionais da área da Nutrição que traz confiabilidade a análise e recomendações sugeridas pelo Instituto de Medicina Americano em parceria com a Agencia de Saúde Canadense que desenvolvem desde 1997 o aperfeiçoamento em riscos de avaliação em dietas e devem orientar a elaboração de planos alimentares segundo o consumo dietético de referência. (PADOVANI,2006) 4. RESULTADOS ESPERADOS: A partir dos achados, foram propostas as sugestões de alterações, com substituição de itens da cesta para melhoria da qualidade e equilíbrio dos nutrientes respeitando o custo financeiro da mesma. Os itens alimentícios inseridos visam uma melhor qualidade na composição nutricional da cesta respeitando o hábito alimentar local. A cesta básica de alimentos fornecidas pela Prefeitura de Jaguariúna a seus colaboradores é constituída dos itens detalhadamente descritos e conforme a seguir: 8

Alimento/ Quantidade Característica Embalagem Marca 1º: 10 kg de arroz grupo beneficiado, subgrupo polido, classe longo fino, tipo 1 pacotes plásticos de 5 kg Manjarsul 2 : 02 pacotes de feijão 3º: 05 pacotes de açúcar classe cores, tipo 1 plástica com 1 Kg Prato Cheio refinado especial plástica com 1 Kg Caravelas 4 : 01 kg de café em pó torrado e moído aluminizado com 500g Moraes 5 : 01 pacote de sal refinado extra iodado plásticas com 1 Kg MOC 6 : 02 pacotes de enriquecida com ferro e plástica com 1 Kg Dona Benta farinha de trigo ácido fólico, tradicional, tipo 1 7 : 04 pacotes de macarrão de sêmola com ovos plásticas com 500g. Renata 8 : 02 pacotes de enriquecido com ferro e de 500g Zanin fubá mimoso ácido fólico 9º: 1 kg de biscoito recheado sabor chocolate plástica com até 200g Bauduco 10 : 01 kg de farinha amarela com pacote de 500g Capivariana de milho ou 1Kg. 11 : 05 Frascos de óleo 12 : 04 latas de sardinha de soja com 900mL Vila Velha com óleo comestível latas com 125g 88 13 : 04 unidades de extrato de tomate em lata ou tetrapack com no mínimo 130g. Tarantella 9

Primeiramente foi calculado o valor financeiro aproximado dos itens que compõem a cesta básica, para tal calculo foi utilizado a FONTE X, os valores dos itens estão dispostos na TABELA 1. Fez-se necessária a busca por uma fonte de valor diferente da original já que o contrato disponibilizado só possuía o valor total do mesmo e não especificava item a item os valores dos mesmos. TABELA VALORES DA CESTA BASICA ATUAL Após a primeira etapa de custo, utilizando as referências previamente citada, foram realizadas as análises de composição nutricional, macronutrientes/fibras e micronutrientes, cesta básica de alimentos do ano de 2017. 10

11

12

Analisados os dados observa-se uma elevada quantidade de lipídeos e carboidratos nos componentes da cesta básica atual que contrastam com uma baixa quantidade de proteínas, fibras e micronutrientes. Para o ajuste necessário, a fim de alcançar o objetivo do estudo, outros alimentos de melhor qualidade nutricional foram pesquisados utilizando a FONTE X de custo e estão dispostos na TABELA 3 TABELA DE VALORES DE ALIMENTOS PARA SUBSTITUIÇÕES Posteriormente alguns alimentos da cesta atual foram substituídos por outros com objetivo de melhora na qualidade nutricional da cesta, os alimentos retirados e/ou diminuídos foram A,B,C,D etc e os adicionados foram E,F,G,H etc, como exemplifica a tabela a seguir: (TABELA 4) TABELA DE TROCAS Ao final foi sugerida uma nova cesta básica de alimentos, sem alteração de custo, exemplificada na TABELA 5. TABELA DA NOVA CESTA COM MACRO E MICRO E VALORES Dentro dessa perspectiva de pesquisa, julga-se possível a substituição de alguns alimentos por outros e alcançar o objetivo proposto. Espera-se que o trabalho aponte a necessidade de melhora qualitativa da cesta básica fornecida aos funcionários do município de Jaguariúna, apontando a necessidade da substituição de alimentos com alto teor de calorias e baixo teor de nutrientes por alimentos de melhor qualidade nutricional respeitando o custo financeiro atual da cesta. 13

REFERÊNCIAS: 1. BRASIL. Decreto nº 11.346, de 15 de setembro de 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional Sisan com vistas em assegurar o direito humano à alimentação adequada, e dá outras providências. 'Diário Oficial >da@ 5epública Federativa do Brasil, Brasília, DF, v. 143, n. 179, 18 set. 2006. p. 1. 2. BRASIL. Decreto-Lei nº 399, de 30 de abril de 1938. Aprova o regulamento para execução da lei n. 185, de 14 de janeiro de 1936, que institui as Comissões de Salário Mínimo. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Rio de Janeiro, 30 abr. 1938. 3. BRASIL. Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 4. DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS (DIEESE). Metodologia da pesquisa cesta básica Dieese & Procon, São Paulo, 2009. 5. DRI, Dietary reference intakes< http://www.nationalacademies.org/hmd/~/media/files/activity%20files/nutritio n/dri-tables/5summary%20tabletables%2014.pdf?la=en.> Acesso em: 05 mar. 2018. 6. FISBERG M, Possa G. Por que Estamos Engordando Tão Cedo? ABESO 59 outubro 2012, 5p. Disponível em. Acesso em 03 de Março de 2018. 7. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Brasília, 2012. Disponível em: < http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/pnan 2011.pdf>. Acesso em 03 Ma. 2018. 8. NEPA NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM ALIMENTAÇÃO. Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TACO). 4ª ed. Campinas: NEPA UNICAMP, 2011. 9. PADOVANI, Renata Maria et al. Dietary reference intakes: aplicabilidade das tabelas em estudos nutricionais. Rev. Nutr., Campinas, v. 19, n. 6, Dec. 2006 10. PHILIPPI, Sonia Tucunduva. Tabela de Composição de Alimentos: Suporte para decisão nutricional. 5ª ed. São Paulo: Manole, 2016. 14

11. SOARES, Leticia Ramos et al. A transição da desnutrição para a obesidade. Braz. J. Surg. Clin. Res., v.5, n.1, p. 64-68, fev. 2014. 15

ANEXO 1 16

ANEXO 2: 17

18

19

20

21

22