TÍTULO: ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL E AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS DO QUESTIONÁRIO HOLANDES DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR

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Transcrição:

TÍTULO: ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL E AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS DO QUESTIONÁRIO HOLANDES DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: NUTRIÇÃO INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO AUTOR(ES): BRUNA APARECIDA DA SILVA ORIENTADOR(ES): DIANA CÂNDIDA LACERDA MOTA, TELMA MARIA BRAGA COSTA

1.Resumo Atualmente a obesidade é considerada como um dos mais graves problemas de saúde pública, sendo uma das doenças crônicas não transmissíveis que mais cresce no mundo tanto em países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento. Indivíduos obesos podem apresentar comportamentos alimentares inadequados, os quais podem ser avaliados através de três estilos alimentares: a ingestão do alimento envolvendo fatores emocionais, externos e restritos. O estudo tem como objetivo realizar a adaptação transcultural e avaliar as propriedades psicométricas do Dutch Eating Behaviour Questionnaire (DEBQ) para a língua portuguesa do Brasil, em indivíduos adultos. Participaram do estudo 330 indivíduos adultos, de ambos os sexos, matriculados em uma Faculdade Particular de Ribeirão Preto/SP. Foram aplicados: Critério de Classificação Econômica Brasil; Dutch Eating Behaviour Questionnaire (DEBQ) e o Questionário dos Três Fatores Alimentares (TFEQ-R21), os quais avaliam o comportamento alimentar de um indivíduo através dos estilos alimentares. Para a classificação do Estado Nutricional (EN), foram coletados dados de peso e altura para obtenção de Massa Corporal (IMC) (OMS, 2000). Serão realizadas análises estatísticas para a fidedignidade, bem como as evidências de validade de conteúdo e de construto fatorial e convergente da versão traduzida do DEBQ. Foram avaliados 165 homens e 165 mulheres, com idade média de 27,5 anos (± 6,24), sendo que 51,5% era pertencente à classe social C1. Em relação à média do IMC, em geral, os participantes foram classificados com eutrofia. Os dados do DEBQ apontaram maiores escores dos estilos alimentares avaliados no sexo feminino em relação ao sexo masculino, sendo que a maior pontuação, em ambos os sexos, foi atribuída ao estilo alimentar emocional. Em relação ao TFEQ-R21, os dados estão sendo analisados e serão utilizados para avaliar as evidências de construto convergente através da comparação dos escores de ambos os instrumentos. Os resultados observados reforçam a necessidade e utilidade desses instrumentos, em relação aos estilos alimentares predominantes, na elaboração de estratégias de controle de peso corporal em âmbito clinico e epidemiológico sendo que, o questionário mostrou-se ser de fácil aplicação e entendimento ao público alvo. 2. Introdução: A obesidade é caracterizada como uma doença crônica não transmissível (DCNT) na qual o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de comprometer a saúde do indivíduo. Instrumentos que avaliam o

comportamento alimentar são necessários para diagnóstico e elaboração dos planos de intervenção, o que pode contribuir para a prevenção e tratamento da obesidade (ANDRADE, 2005). No Brasil, existe uma escassez de instrumentos para avaliação do comportamento alimentar, o que torna relevante a adaptação de uma ferramenta confiável e válida para ser utilizada por profissionais de saúde pública e pesquisadores a fim de proporcionar uma melhor compreensão do comportamento alimentar no contexto brasileiro. 3.Objetivo: Realizar a adaptação transcultural e avaliar as propriedades psicométricas do Dutch Eating Behaviour Questionnaire (DEBQ) para a língua portuguesa do Brasil, em indivíduos adultos. 4.Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo transversal de abordagem quantitativa. Após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade de Ribeirão Preto (CAAE: 38989114.9.0000.5498). Foram coletados dados de 330 indivíduos adultos, de ambos os sexos, com idade entre 20 e 60 anos, em uma Faculdade particular de Ribeirão Preto/SP. Instrumentos: Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE); Questionário sociodemografico e Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB) (ABEP, 2012), para caracterização da amostra; versão traduzida para a língua portuguesa do Dutch Eating Behaviour Questionnaire (DEBQ) (VAN STRIEN, 2010), para avaliação dos estilos alimentares restrito, emocional e externo, os itens tiveram o formato de resposta (1) nunca, (2) raramente, (3) às vezes, (4) frrequentemente e (5) muito frequentemente contendo 33 itens, na seguinte estrutural fatorial: alimentação restrita (10 itens), alimentação externa (10 itens) e alimentação emocional (13 itens), onde os formatos de resposta são pontuados de 1 a 5 e em seguida é feita a média de cada estilo e Questionário dos Três Fatores Alimentares (TFEQ - R21) contendo 21 questões divididos em 3 escalas: escala de restrição cognitiva (6 itens); escala de alimentação emocional (6 itens); escala de descontrole alimentar (9 itens) com formato de respostas e análise semelhante ao QHCA. 5.Desenvolvimento: A coleta de dados foi realizada em uma sala disponibilizada pela Faculdade. Os indivíduos responderam individualmente aos questionários com duração de média 25 minutos. Em seguida foram aferidos peso e estatura corporais de cada indivíduo de acordo com os padrões preconizados pela OMS (2000).

6.Resultados Preliminares: Foram coletados dados de 330 participantes, 165 mulheres e 165 homens, com médias de idade de 26,30 (±5,39) e 28,81 (±7,10) anos, respectivamente. Verificou-se que a maioria (67,5%) eram solteiros e grande parte (51,5%) era pertencente à classe econômica C1. As médias obtidas através do Índice de Massa Corporal (IMC) foram de 26,5 Kg m² (±3,30) para as mulheres e de 25,21 Kg m² (±2,97) para os homens. Os dados do DEBQ, apontaram que as mulheres apresentaram maiores médias de pontuação total (43,38 pontos) quando comparadas aos homens (33,87 pontos). Além disso, o estilo alimentar mais pontuado foi relativo à alimentação emocional (20,9 (±4,51) para mulheres e 16,57 (±4,36) para os homens), seguindo da alimentação externa (11,75 (±2,59) para mulheres e 8,8 (±2,98) para os homens) e alimentação restrita (9,73 (±1,34) e 7,89 (±2,01), respectivamente). Ouwens e et al. (2014) realizou um estudo no EUA, com 450 voluntários obesos, com idade de 22 a 49 anos, sendo que a classificação nutricional de acordo com o IMC era de 57% obesidade grau ll e 43% obesidade grau lll tendo como resultado mais significativo o escore do estilo alimentar restrito, corroborando parcialmente com o presente estudo que está em fase final das análises estatísticas e interpretação dos dados. 7.Fontes Consultadas BATISTA FILHO, M.; RISSIN, A. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, Sup. 1, p. 181-191, 2003. MOTTA, D. G.; BOOG, M. C. F. Educação Nutricional. São Paulo, v. 80, n. 3, p. 173-182, 2004. VAN STRIEN, T.; FRIJTERS, J. E. R.; BERGERS, G. P. A.; DEFARES, P. B. The Dutch Eating Behaviour Questionnaire (DEBQ) for assessment of restrained, emotional and external eating behaviour. International Journal of Eating Disorders, v. 5, p. 747-755, 1986. VIANA, V.; SINDE, S. Estilo Alimentar. Adaptacao e validacao do questionario Holandes do comportamento alimentar (Eating style. A validation study of the Dutch Eating Behavior Questionnaire for the Portugese population). Psicologia Teoria Investigacae Practica, v. 8, p. 59 71, 2003. STUNKARD, A. J., MESSICK, S. The Three Factor Eating Questionnaire to measure dietary restraint, disinhibition and hunger. Journal of Psychosomatic Research, v. 29, n. 1, p. 71-83, 1985.