REVISTA CIENTÍFICA ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA ISSN: 1679-7353. Ano X Número 19 Julho de 2012 Periódicos Semestral



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Transcrição:

MACERAÇÃO FETAL EM GATA EM DECORRÊNCIA DO USO DE CONTRACEPTIVOS RELATO DE CASO FETAL MACERATION IN A CAT AS A RESULT OF USE OF CONTRACEPTIVES CASE REPORT MONTANHA, Francisco Pizzolato Docente da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça FAMED Garça/SP. E-mail: faef.estagio@gmail.com CORRÊA, Carmen Silvia de Souza Discente da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça FAMED Garça/SP. E-mail: csscarmen@hotmail.com PARRA, Thais Carvalho Discente da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça FAMED Garça/SP RESUMO Maceração Fetal é caracterizada por infecção ascendente no útero, causando destruição do feto retido na cavidade uterina. A afecção caracteriza-se pela presença de estruturas ósseas no útero, exsudato purulento de odor fétido, que eventualmente é aquoso e sem odor. Os principais sintomas em gatas são desconforto abdominal e corrimento vaginal de coloração variada, em alguns casos observam-se peritonites. A Maceração Fetal pode ser diagnosticada pela anamnese, sinais clínicos, exames laboratoriais e exames por imagem, sendo a ultra-sonografia o mais eficiente. O tratamento indicado é a remoção dos órgãos fetais do sistema reprodutor. O método para contracepção com compostos progestacionais podem causar maceração fetal. Este estudo teve por objetivo relatar um caso de maceração fetal em uma gata, sem raça definida, com 5 anos de idade. Palavra-chave: felinos, parto complicado, progestágenos.

ABSTRACT Fetal maceration is characterized by ascending infection in the uterus, leading to destruction of the fetus within the uterine cavity retained. The disease is characterized by the presence of bone structures in the uterus, foul-smelling pus, which eventually is watery and odorless. The main symptoms in cats are abdominal discomfort and vaginal discharge varied coloration, some cases peritonitis was observed. The Fetal Maceration can be diagnosed by medical history, clinical signs, laboratory tests and imaging, ultrasound is the most efficient. The recommended treatment is removal of the fetal organs of the reproductive system. The method of contraception with progestational compounds can cause fetal maceration. This study aimed to report a case of fetal maceration in a cat, breed, with 5 years of age. Keyword: cats, complicated delivery, progestagens. INTRODUÇÃO Os métodos de controle do ciclo podem ser temporal (farmacológico) e definitivo (cirúrgico), de acordo com as necessidades ciscunstâncial, periódica ou pemanente da reprodução (Prats et al, 2005). Os compostos progestacionais têm por finalidade evitar gestações indesejáveis, atuando como métodos contraceptivos (LORETTI et al., 2004), como o Acetato de Medroxiprogesterona. Este pode resultar, quando utilizado inadequadamente, em aumento de peso, aumento da glicemia, hiperplasia ou neoplasia mamária, piometra, diabete melito, supressão adrenal e parto complicado por insuficiente relaxamento da cérvix (ADAMS, 2003; INIBIDEX, 2011). O Acetato de Medroxiprogesterona, esteróide sintético, ativo nos animais por via subcutânea, é uma preparação de atividade prolongada, apresenta propriedades e ações antiestrogênicas e antigonadotropínicas. Em doses apropriadas manifesta-se tanto sobre o sistema endócrino, como sobre a atividade celular. É contra-indicado para as gatas nas seguintes circunstâncias: fases do ciclo estral, como proestro, estro e metaestro; antecedentes de doenças geniturinárias; corrimento vaginal persistente ou anormal; períodos irregulares de cio ou ninfomania; falsa prenhez ou antecedente de falsa prenhez em alguns casos; tumores mamários, que podem ser estimulados sob a

influência de atividade progestacional e outras anormalidades reconhecíveis do sistema endócrino ou reprodutor (INIBIDEX, 2011). Casos de maceração fetal podem ocorre após o emprego de contraceptivos em gatas (TONIOLLO e VICENTE, 2003). A interrupção da gestação na gata tem causas multifatoriais, podendo estar relacionada a fatores endócrinos, nutricionais, traumáticos, infecciosos e a alterações congênitas do trato reprodutivo (SAMPAIO apud, 2009). Morte fetal antes de 28 dias de gestação leva a maceração fetal e, em seguida, a fetos enfisematosos (FRITSCH e GERWING apud 1996). Etimologicamente o termo maceratione é originado do latim, significando alterações degenerativas desintegradoras do feto. Tem como definição, processo séptico de destruição do feto retido no útero, com amolecimento e liquefação dos tecidos moles fetais, levando-o a uma esqueletização (TONIOLLO e VICENTE, 2003). Essa afecção caracteriza-se pela presença de estruturas ósseas no útero, exsudato purulento de odor fétido, que eventualmente, é aquoso e sem odor. A parede uterina apresenta-se espessa, consistente e, às vezes, intensamente fibrosada ou até mesmo perfurada (NASCIMENTO e SANTOS, 2003). Acomete esporadicamente fêmeas domésticas, aproximadamente na metade da gestação (TONIOLLO e VICENTE, 2003). O útero grávido e seu conteúdo, a placenta e o embrião ou feto em desenvolvimento, têm maior tendência para a infecção que o útero não grávido (JONES, 2000). A maceração de um feto morto requer a presença de microorganismos no útero. Esses microorganismos podem ser os que causaram a morte fetal ou podem ser microorganismos da putrefação que penetraram no útero após a morte fetal, por infecção ascendente através da cérvix e vagina materna. Junto com a desintegração do feto, o útero também é envolvido no processo (ACLAND, 1998; JONES, 2000). Vários são os sintomas em gatas, entre eles desconforto abdominal; corrimento vaginal de coloração variada com odor fétido, podendo estar presentes neste conteúdo, fragmentos de tecidos e ossos fetais; diminuição gradativa do apetite e emagrecimento; em outros casos se observa peritonites, devido a perfuração uterina por ossos; podendo

provocar ainda aderências; dispnéia e, ás vezes, hipertermia (TONIOLLO e VICENTE, 2003). O diagnóstico é confirmado através da história clínica, sinais clínicos, exames laboratoriais e por imagem (NELSON e COUTO, 1998). A ultra-sonografia é o método mais eficiente para verificar a viabilidade fetal (FRITSCH e GERWING, 1996; NELSON e COUTO, 1998). Há casos que, anamnese, sinais clínicos e exames por imagem não são suficientes para confirmação do diagnóstico, sendo necessária a laparotomia exploratória, realizada em caráter de urgência, antes que ocorra choque (BOLSON et al, 2004). O tratamento indicado é a remoção dos órgãos fetais do sistema reprodutor, além do tratamento paliativo (NESON e COUTO, 1998) RELATO DE CASO Foi atendido no Hospital Veterinário da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça, Garça - SP, um animal da espécie felina, sem raça definida, com 5 anos de idade, do sexo feminino e peso de 3 quilogramas, cujo a queixa do proprietário era que o animal estava apresentando sangramento vaginal de coloração marromavermelhada com início há um dia. Durante a anamnese o proprietário relatou que há três meses foi administrado um medicamento contraceptivo no animal e desde então o mesmo apresentou-se com aumento de volume abdominal, porém o animal não pariu. No exame físico percebeu-se aumento de volume abdominal sugestivo de piometra. Demais parâmetros fisiológicos apresentaram-se dentro dos valores de referência normais para a espécie. O animal foi submetido à cirurgia Ovario-Salpingo-Histerectomia (OSH), onde foi constatado maceração fetal. Após procedimento cirúrgico foi prescrito 5 mg de cetoprofeno, uma vez ao dia, durante seis dias e ¼ do comprimido de enrofloxacina (50 mg) uma vez ao dia, durante 7 dias. Marcado retorno para uma semana. O animal retornou ao hospital para retirada dos pontos cirúrgicos. O mesmo apresentou-se bem ao exame clínico e recebeu alta.

DISCUSSÃO O sangramento vaginal de coloração marrom-avermelhada no caso relatado condiz com a literatura, pois conforme Toniollo e Vicente (2003), dentre os sinais clínicos da maceração fetal, pode estar presente corrimento vaginal de coloração variada e com odor fétido. Ainda, Nascimento e Santos (2003) cita exsudato purulento de odor fétido, que eventualmente, é aquoso e sem odor. No caso relatado houve aplicação, há três meses antes do início dos sinais clínicos, de um fármaco anticoncepcional, corroborando com Toniollo e Vicente (2003), que cita a possível ocorrência de maceração fetal em gatas após o emprego de contraceptivos. Em relação aos sinais clínicos, houve aumento de volume abdominal sugestivo de piometra que, como descrito por Nascimento e Santos (2003), a parede uterina pode apresentar-se espessada, consistente e, às vezes, intensamente fibrosada ou até mesmo perfurada. Quando o animal foi submetido à cirurgia Ovario-Salpingo-Histerectomia (OSH) foi constatado maceração fetal, que conforme Bolson et al (2004), há casos que, anamnese, sinais clínicos e exames por imagem não são suficientes para confirmação do diagnóstico, sendo necessária a laparotomia exploratória, realizada em caráter de urgência, antes que ocorra choque. CONCLUSÃO O uso de fármacos anticoncepcionais são contra-indicados para as gatas nas fases do ciclo estral, como proestro, estro e metaestro, podendo provocar a ocorrência prenhez com o risco de maceração fetal pelo deficiente relaxamento da cérvix. Pode haver casos em que a anamnese, os sinais clínicos e os exames por imagem sejam insuficientes para constatação da maceração fetal, sendo necessário, em caráter emergencial a laparotomia exploratória. O prognóstico é bom quando o animal é atendido rapidamente.

REFERÊNCIAS ACLAND, H.M. Sistema reprodutor da fêmea. In: CARLTON,W.W.; McGAVIN, M.D. Patologia veterinária especial, 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 541-572. ADAMS, H. R. Farmacologia e Terapêutica em Veterinária. 8ª ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2003. BOLSON, J.; GODOY, C.B.; ORNES, R.C.; SCHOSSLER, J.E.W.; PACHALY, J.R. Fisometra em cadela (Canis familiaris Linnaeus, 1758) Relato de caso. Arq. ciên. vet. zool. UNIPAR, 7(2): p. 171-174, 2004. FRITSCH, R., GERWING, M. Ecografía de perros y gatos. Zaragoza: Acribia, 1996. p. 79-83. In BOLSON, J.; GODOY, C.B.; ORNES, R.C.; SCHOSSLER, J.E.W.; PACHALY, J.R. Fisometra em cadela (Canis familiaris Linnaeus, 1758) Relato de caso. Arq. ciên. vet. zool. UNIPAR, 7(2): p. 171-174, 2004. INIBIDEX: Acetato de Medroxiprogesterona. ELISEI, A. M. M. Minas Gerais: Jofadel, [2011]. Bula de remédio. JONES, T. C.; HUNT, R. D.; KING, N. W. Patologia Veterinária. 6ª ed. Manole: São Paulo, 2000. p. 1200. LORETTI, A. P.; ILHA, M. R. S.; BREITSAMETER, I.; FARACO, C. S. Clinical and Pathological Study of Feline Mammary Fibroadenomaous Change Associated with Epot Medroxyprogesterone Acetate Therapy. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. v. 56, n. 2, Belo Horizonte, 2004. NASCIMENTO, E. F.; SANTOS, R. L. Patologia da Reprodução dos Animais Domésticos. 2ª ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2003. TONIOLLO, G. H.; VICENTE, W. R. R. Manual de Obstetrícia Veterinária. Editora Varela: São Paulo, 2003.