GEOGRAFIA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE UBERLÂNDIA (MG)

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Transcrição:

EIXO TEMÁTICO: ( ) Bacias Hidrográficas, Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos ( ) Biodiversidade e Unidades de Conservação ( ) Campo, Agronegócio e as Práticas Sustentáveis ( ) Cidade, Arquitetura e Sustentabilidade ( X ) Educação Ambiental ( ) Geotecnologias Aplicadas à Análise Ambiental ( ) Gestão dos Resíduos Sólidos ( ) Gestão e Preservação do Patrimônio Arquitetônico, Cultural e Paisagístico ( ) Mudanças Climáticas ( ) Novas Tecnologias Sustentáveis ( ) Paisagem, Ecologia Urbana e o Planejamento Ambiental ( ) Saúde, Saneamento e Ambiente ( ) Turismo e o Desenvolvimento Local GEOGRAFIA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE UBERLÂNDIA (MG) GEOGRAPHY AND ENVIRONMENTAL EDUCATION IN THE PUBLIC SCHOOLS OF UBERLÂNDIA (MG) GEOGRAFÍA Y EDUCACIÓN AMBIENTAL EN LAS ESCUELAS PÚBLICAS DE UBERLANDIA (MG) Reinaldo Silva Mariano 1 Mestrando em Geografia UFG-Catalão, Brasil. reinaldoeepnc@gmail.com Izabella Peracini Bento 2 Professora Doutora, UFG-Catalão, Brasil. Izabellaperacini@yahoo.com.br 1 Professor da rede pública de educação de Uberlândia (MG). Mestrando em Geografia na Universidade Federal de Goiás Regional Catalão, Catalão (GO). (Orientando). 2 Professora Doutora Adjunta do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Goiás Regional Catalão, Catalão (GO). (Orientadora). 1359

INTRODUÇÃO A Educação Ambiental é um tema de grande relevância e diante das constantes interferências humanas na natureza, tem sido cada vez mais importante sua discussão. O ensino de Geografia pode contribuir muito com a Educação Ambiental, pois além de fazer abordagens epistemológicas, tem como um de seus objetos de estudo, as relações sociedade-natureza. Diante das atuais mudanças ocorridas na educação em nosso país, os desafios para o ensino de Geografia trabalhar as questões ambientais, tem se tornado cada vez maiores. OBJETIVOS O pré-projeto de Pesquisa apresentado, busca investigar como a Educação Ambiental tem sido trabalhada pelo ensino de Geografia nas escolas da rede pública de educação de Uberlândia (MG). Nesse sentido, também serão abordados os desafios que a serem enfrentados pelo ensino de Geografia para garantir o trabalho com a Educação Ambiental diante da implantação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as propostas de mudanças do Novo Ensino Médio, que buscam inserir e dissolver a Geografia dentro uma área denominada Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) determina uma base nacional para todo o país, desconsiderando que este tem dimensões continentais, ou seja, não respeita as diferentes características e peculiaridades de cada região, cidade ou escola. No caso específico do ensino de Geografia, além de promover um currículo enxuto, não oferece subsídios para estudos complementares acerca das paisagens naturais de cada região, como por exemplo, o caso do Bioma Cerrado que abrange Minas Gerais e vários outros Estados brasileiros. As propostas do Novo Ensino Médio são ainda mais catastróficas, pois promove uma inserção da disciplina de Geografia nas Ciências Humanas, conforme a Base Nacional Comum Curricular, onde parte do conteúdo será obrigatório e outra parte será optativo. Dessa forma, será praticamente impossível trabalhar questões importantes como a Educação Ambiental e outros conteúdos nessa modalidade de ensino, diante dessa iminente fragmentação da disciplina. Dessa maneira, compreendendo que o homem faz parte da natureza, a Educação Ambiental assume caráter de grande importância, uma vez que os impactos ambientais provocados pelos seres humanos ao longo das últimas décadas tem sido catastróficos. A Geografia assume um importante papel nessa tarefa, pois tem como um de seus objetos de estudo, as relações sociedade-natureza, além de ser uma disciplina formadora de indivíduos mais críticos e conscientes, que possibilita a pratica de atos sustentáveis, objetivando a preservação de recursos naturais e um ambiente limpo para as gerações futuras. Portanto, a proposta de pesquisa sobre o ensino de Geografia e a Educação Ambiental nas escolas públicas de Uberlândia (MG), busca discutir e conseguir respostas e elementos necessários para questionar as atuais dificuldades enfrentadas pela Geografia no 1360

desenvolvimento da Educação Ambiental e os futuros desafios que estão por vir, com a implementação da Base Nacional Comum Curricular e o Novo Ensino Médio. METODOLOGIA / MÉTODO DE ANÁLISE A metodologia de estudo a ser utilizada leva em conta a possibilidade de poder contribuir, por meio da pesquisa, a partir de abordagens relacionadas ao ensino de Geografia e a Educação Ambiental, com a construção de um olhar diferente sobre o meio ambiente, diferente da concepção adotada pelo sistema econômico vigente que vem se perpetuando ao longo dos últimos anos. A pesquisa empírica contará com visitas in loco em algumas escolas públicas da rede pública de Uberlândia (MG), aplicação de formulários e questionários, entrevistas com professores de Geografia, professores de outras disciplinas, alunos e outros membros da comunidade escolar, estudo de legislações ambientais, legislações educacionais e material bibliográfico. A partir da consolidação das informações obtidas, serão feitas comparações com o material bibliográfico utilizado, para posteriores conclusões. Acreditando que a busca por metodologias e/ou experiências novas no trabalho com as questões ambientais, as capacitações e a formação continuada de professores e demais profissionais da educação, bem como a inserção dos alunos e de suas famílias nas atividades escolares, poderão trazer muitos benefícios tanto para a melhoria das práticas pedagógicas quanto para a preservação ambiental. Destacam-se as palavras de Freire (1992): [...] E hoje, tanto quanto ontem, contudo possivelmente mais fundamentado hoje do que ontem, estou convencido da importância, da urgência da democratização da escola pública, da formação permanente de seus educadores e educadoras entre quem incluo vigias, merendeiras, zeladores. Formação permanente, científica, a que não falte sobretudo o gosto das práticas democráticas, entre as quais a de que resulte a ingerência crescente dos educandos e de suas famílias nos destinos da escola. (FREIRE, 1992, p. 11). O desenvolvimento sustentável tem um componente educativo formidável: a preservação do meio ambiente depende de uma consciência ecológica e a formação da consciência depende da educação (GADOTTI, 2001). RESULTADOS O projeto de pesquisa está em desenvolvido e espera-se que os resultados obtidos ao final da pesquisa possam fornecer elementos necessários para uma melhor compreensão acerca do 1361

ensino de Geografia e suas práticas relacionadas à Educação Ambiental. Enfatizando que a Educação Ambiental, para ser efetivada depende também, do poder do Estado: A educação ambiental se inscreve como parte de um debate mais amplo que é a questão ambiental. Nesse sentido, a educação ambiental não pode estar dissociada da matriz que a originou, ou seja, a questão ambiental. Portanto, a educação ambiental, que é pautada pela questão ambiental, tem um forte vínculo com a gestão ambiental, que tem no Estado um de seus atores principais, responsável direto pelas políticas de ordenamento do uso e do gerenciamento dos riscos ambientais e tecnológicos. (OLIVEIRA, 2010, p. 23). A Educação Ambiental é compreendida então como um processo que promove a troca de experiências a partir dos vários sujeitos sociais, promovendo soluções para as inúmeras questões ambientais e com a finalidade de construir um ambiente socialmente mais justo e sustentável. O processo de orientação poderá definir os caminhos metodológicos mais adequados para a reflexão acadêmica, com argumentações teóricas e objetivando o adequado desenvolvimento da pesquisa. CONCLUSÃO Concordando que a Educação Ambiental é a busca pela garantia de um ambiente saudável para todos os seres humanos e seres vivos da Terra, o ensino de Geografia tem muito a contribuir com a Educação Ambiental, por se tratar de um de seus objetos de estudo: a relação sociedade-natureza. A pesquisa apresentada tem uma relevante importância social, pois estamos num cenário global onde as questões ambientais estão cada vez mais eminentes, principalmente devido às constantes e crescentes interferências humanas na natureza. AGRADECIMENTO À Professora Dra. Izabella Peracini Bento que gentilmente se propôs a me orientar. Agradeço também ao professor João Donizete Lima pelas orientações durante o processo de seleção para o Mestrado. Meus agradecimentos também aos colegas e demais professores do Programa de pós-graduação do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Goiás Regional Catalão (GO). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1362

ADAMS, B. G. A importância da Lei 9.795/99 e das diretrizes curriculares nacionais da Educação Ambiental para docentes. Monografias Ambientais - REMOA/UFSM, v(10), nº 10, p. 2148 2157, out/dez 2012. BRASIL. A implantação da educação ambiental no Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Coordenação de Educação Ambiental. Brasília. MEC, 1998. BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, v. 11, 2015. BRASIL. Lei n. 9795-27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental. Política Nacional de Educação Ambiental. Diário Oficial da União. Brasília, 1999. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base nacional comum curricular. Brasília, DF, 2016. Disponível em: < http:// http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 08 jun. 2018. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução: Ensino de primeira à quarta série. Brasília. MEC/SEF, 1997. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Ministério do Meio Ambiente e Ministério da Educação (Org.). Programa Nacional de Educação Ambiental ProNEA. 3. ed. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2005. 102 p. CASTELLAR, Sonia (Org.). Educação geográfica: teorias e práticas docentes. São Paulo-SP: Contexto, 2006. 167 p. (Coleção Novas abordagens. GEOUSP; v. 5). ISBN: 85-7244-311-8 CASTROGIOVANI, Antônio Carlos. et al. (org.) Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. 5. ed. Porto Alegre: editora da UFRGS, 2010. CAVALCANTI, L.S. Geografia e práticas de ensino. Goiânia: Alternativa, 2002. Científico- Informacional. São Paulo: Ed. Hucitec, 1994. FREIRE, P. (1997). Pedagogia da Esperança: Um reencontro com a Pedagogia do oprimido. 4ª ed. (1ª edición: 1992). Rio de Janeiro: Paz e Terra. GADOTTI, M. Pedagogia da Terra. São Paulo: Peirópolis, 2001. OLIVEIRA, Elísio Márcio de. Cidadania e Educação Ambiental: uma proposta de educação no processo de gestão ambiental Brasília: Ibama, 2010. 232 p. 1363