MATERIAL DE COMÉRCIO EXTERIOR 5 - IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE EXPORTADORA. POR QUE EXPORTAR?



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Transcrição:

Melhoria da Empresa MATERIAL DE COMÉRCIO EXTERIOR 5 - IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE EXPORTADORA. POR QUE EXPORTAR? Geralmente, quando uma empresa passa a exportar ela obtém melhoras significativas, tanto dentro da empresa (novos padrões gerenciais, novas tecnologias, novas formas de gestão, qualificação da mão de obra, agregação de valor à marca) quanto fora (melhoria da imagem: frente a clientes, fornecedores e concorrentes). Ao tornar-se uma empresa exportadora, a sua imagem muda. O seu nome e a sua marca passam a ser uma referência em relação à concorrência, e ela passa a ser vista como uma empresa de produtos de qualidade. Os compradores no exterior são bastante exigentes, e tanto os clientes quanto os fornecedores sabem que a empresa que está exportando consegue colocar seu produtos no exterior graças ao seu esforço em se tornar mais competitiva. A empresa passa a gerar novos empregos, devido o aumento da produção, e os funcionários passam a sentir orgulho de trabalhar em uma empresa que exporta seus produtos. Diminuição da Carga Tributária As empresas que exportam podem utilizar mecanismos que contribuem para uma diminuição dos tributos que normalmente são devidos nas operações no mercado interno, são chamados de Incentivos Fiscais. Os Incentivos Fiscais são benefícios destinados a eliminar os tributos incidentes sobre os produtos nas operações normais de mercado interno. Quando se trata de uma exportação, é importante que o produto possa alcançar o mercado internacional em condições de competir em preço e, por isso, ela pode compensar o recolhimento dos impostos internos: IPI - Os produtos exportados não sofrem incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados; ICMS - O Imposto Sobre circulação de Mercadorias e Serviços não incide sobre operações de exportações de calçados; COFINS - As receitas decorrentes da exportação, na determinação da base de cálculo da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social são excluídas; PIS - As receitas decorrentes da exportação são isentas da contribuição para o Programa de Integração Social; IOF - As operações de câmbio vinculadas à exportação (serve também para outros bens e serviços) têm alíquota zero no Imposto sobre Operações Financeiras; Vantagens na exportação: Dentre as vantagens que a atividade exportadora oferece às empresas, podem ser assinaladas as seguintes: maior produtividade - exportar implica aumento da escala de produção, que pode ser obtida pela utilização da capacidade ociosa da empresa e/ou pelo aperfeiçoamento dos seus processos produtivos;

a empresa poderá, assim, diminuir o custo de seus produtos, tornando-os mais competitivos, e aumentar sua margem de lucro; redução da dependência das vendas internas - a diversificação de mercados (interno e externo) proporciona à empresa maior segurança contra as oscilações dos níveis da demanda interna; aumento da capacidade inovadora - as empresas exportadoras tendem a ser mais inovadoras que as não-exportadoras; costumam utilizar número maior de novos processos de fabricação, adotam programas de qualidade e desenvolvem novos produtos com maior frequência; aperfeiçoamento de recursos humanos - as empresas que exportam se destacam na área de recursos humanos: costumam oferecer melhores salários e oportunidades de treinamento a seus funcionários; aperfeiçoamento dos processos industriais (melhoria na qualidade e apresentação do produto, por exemplo) e comerciais (elaboração de contratos mais precisos, novos processos gerenciais, etc.) - a empresa adquire melhores condições de competição interna e externa; imagem da empresa - o caráter de "empresa exportadora" é uma referência importante, nos contatos da empresa no Brasil e no exterior; a imagem da empresa fica associada a mercados externos, em geral mais exigentes, com reflexos positivos para os seus clientes e fornecedores. Em resumo, a exportação assume grande relevância para a empresa, pois é o caminho mais eficaz para garantir o seu próprio futuro em um ambiente cada vez mais competitivo, que exige das empresas brasileiras plena capacitação para enfrentar a concorrência estrangeira, tanto no Brasil como no exterior. Para o Brasil, a atividade exportadora tem também importância estratégica, pois contribui para a geração de renda e emprego, para a entrada das divisas necessárias ao equilíbrio das contas externas e para a promoção do desenvolvimento econômico. 6 - A INTERNACIONALIZAÇÃO DA EMPRESA A internacionalização da empresa consiste em sua participação ativa nos mercados externos. Com a eliminação das barreiras que protegiam no passado a indústria nacional, a internacionalização é o caminho natural para que as empresas brasileiras se mantenham competitivas. Se as empresas brasileiras se dedicarem exclusivamente a produzir para o mercado interno, sofrerão a concorrência das empresas estrangeiras dentro do próprio País. Por conseguinte, para manter a sua participação no mercado interno, deverão modernizar-se e tornar-se competitivas em escala internacional. A atividade exportadora, contudo, não é isenta de dificuldades, inclusive porque o mercado externo é formado por países com idiomas, hábitos, culturas e leis muito diversos, dificuldades essas que devem ser consideradas pelas empresas que se preparam para exportar. As empresas podem participar do mercado internacional de modo ativo e permanente, ou de maneira eventual. Em geral, o êxito e o bom desempenho na atividade exportadora são obtidos pelas empresas que se inseriram na atividade exportadora como resultado de um planejamento estratégico, direcionado para os mercados externos. Etapas da internacionalização da empresa As empresas podem ser classificadas segundo as seguintes categorias, as quais revelam as etapas do caminho a ser percorrido até se transformarem em exportadoras ativas: não interessada: mesmo que eventualmente ocorram manifestações de interesse por parte de clientes estabelecidos no exterior, a empresa prefere vender exclusivamente no mercado interno; parcialmente interessada: a empresa atende aos pedidos recebidos de clientes no exterior, mas não estabelece um plano consistente de exportação;

exportadora experimental: a empresa vende apenas aos países vizinhos, pois os considera praticamente uma extensão do mercado interno, em razão da similaridade dos hábitos e preferências dos consumidores, bem como das normas técnicas adotadas; exportadora ativa: a empresa modifica e adapta os seus produtos para atender aos mercados no exterior - a atividade exportadora passa a fazer parte da estratégia, dos planos e do orçamento da empresa. Considerações Importantes As empresas brasileiras interessadas em transformar-se em exportadoras ativas devem ter, entre outros, os seguintes cuidados: para a conquista do mercado internacional, as empresas não devem considerar a exportação como uma atividade esporádica, ligada às flutuações do mercado interno - parcela de sua produção deve ser sistematicamente destinada ao mercado externo; a empresa exportadora deverá estar em condições de atender sempre às demandas regulares de seus clientes no exterior; a concorrência internacional é derivada, entre outros fatores, da existência de maior número de exportadores do que de importadores, no mundo - outros fornecedores potenciais estarão buscando conquistar os mercados já ocupados pelas empresas brasileiras; os exportadores brasileiros devem saber utilizar plenamente os mecanismos fiscais e financeiros colocados à sua disposição pelo Governo, a fim de aumentar o grau de competitividade de seus produtos; e todas as comunicações recebidas de importadores externos devem ser respondidas, mesmo que, em um determinado momento, o exportador não tenha interesse ou condições de atender aos pedidos recebidos - o bom diálogo com os importadores, tanto efetivos como potenciais, prepara o campo para vendas futuras. 7 - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA EXPORTAÇÃO Exportar pode ser um bom negócio para a empresa desde que os dirigentes se conscientizem da importância do planejamento e de uma política que levem em conta o conhecimento e o domínio das regras e usos do comércio internacional. Caso contrário, as vendas ao exterior podem resultar em prejuízos e numa péssima experiência para a empresa, com conseqüente reflexo negativo para o país. Exportar é uma postura empresarial, uma alternativa estratégica de desenvolvimento, ganho de experiência que propicia uma dimensão global à empresa. Com isso, a empresa ganha competitividade e estímulo para ser mais eficiente. As eventuais dificuldades deixarão de existir se os seguintes conselhos forem seguidos quando da formulação do planejamento para a atividade de exportação: a) somente começar a exportar se estiver decidido. Reservar determinada parcela da produção para o mercado externo. A exportação exige continuidade e não pode ser considerada como válvula de escape para as crises do mercado interno; b) estar disposto a investir na organização do seu mercado externo. Sem pesquisa de mercado, escolha cuidadosa dos agentes, definição do consumidor que se pretende atingir, e conhecimento das exigências de cada mercado, somente poderão ser realizados negócios esporádicos, nunca permanentes;

c) estudar o mercado com o qual deseja operar, de modo a avaliar suas efetivas possibilidades comerciais, focando primeiro o cliente e depois o produto, suas variedades e qualidades exigidas; d) estudar as táticas comerciais dos países, isto é, como são negociadas as mercadorias, quais as formas de concorrência ali existentes etc; e) conhecer o essencial sobre os regimes alfandegários, cambial e de impostos e taxas em vigor no país em questão, bem como o rito processual de liquidações burocráticas, a ação judicial etc, não descuidando de acompanhar suas modificações; f) dar atenção especial às disposições sobre embalagens, etiquetagem e requisitos fitossanitários, vigentes para o produto no mercado-alvo; g) colocar um profissional experiente à frente do seu departamento de exportação. Esse profissional deve falar as principais línguas usuais do comércio internacional, e deve ser capaz de tirar dos ombros da diretoria a responsabilidade sobre um setor que não pode merecer, apenas de vez em quando, as atenções de um diretor, já sobrecarregado pela administração de outros setores da empresa; h) manter alguma forma de representação no mercado a conquistar, de modo a oferecer um mínimo de serviço pós-venda; i) evitar trabalhar com amadores. A nomeação de parentes, amigos ou conhecidos como representantes no exterior sem o pleno conhecimento do ramo ou acesso aos compradores pode inviabilizar o negócio. Mesmo que leve algum tempo, procure o melhor profissional que puder encontrar. Uma pessoa que conheça o produto e o mercado. Examine com muito cuidado os eventuais interessados; l) calcular com cuidado os preços de exportação. Se tiver dúvidas, consultar um técnico dos órgãos oficiais ou não oficiais do comércio exterior (SECEX, Federações, Câmaras de Comércio, BB etc). Além de utilizar com perfeito equilíbrio os incentivos concedidos à exportação, às vezes é necessário apresentar o preço mais vantajoso possível, tendo sempre em conta o valor dos países e produtos concorrentes; m) lembrar que as formas de propaganda, publicidade e promoção de vendas de um produto devem estar sempre em perfeita harmonia com as peculiaridades de cada mercado. Para um bom produto sempre haverá um bom mercado; n)observar um comportamento de rigorosa seriedade comercial e moral, para conservar e ampliar relações com a clientela. Cumprir sempre o que prometer. Responder com presteza à correspondência recebida do exterior, mesmo que o assunto não tenha muita relevância e importância. Não fornecer mercadorias que não correspondam à amostra encaminhada ao cliente. Verificar e cumprir rigorosamente os prazos de embarque convencionados, mesmo que isso lhe represente um custo adicional; o)pagar em dia as comissões dos agentes, pois é disso que eles vivem e suas despesas são elevadas, e mantê-los informados sobre os planos e programas de sua empresa. Fornecer as indicações corretas sobre territórios a serem observados e as cotas a serem cumpridas. Os grandes clientes compram uma ou duas vezes por ano e não se pode perder as épocas de comprar. Não tumultuar o mercado, fazendo negócios à revelia de seus agentes; p) lembrar que ninguém compra por favor. Só há uma razão para que alguém comece a comprar de um fornecedor novo e tão distante: melhor preço, qualidade aceitável, garantia de fornecimento contínuo e atendimento tão eficiente quanto o dos fornecedores tradicionais;

q) não esperar resultados imediatos e grandiosos. A abertura de novos mercados necessita de trabalho a médio e longo prazo. Na realidade, trata-se de um investimento. Pesquisa de Mercado 8 - PLANEJAMENTO INTERNACIONAL O estudo mais importante para o empresário que se lança no comércio internacional deve estar voltado à pesquisa para determinar as perspectivas de venda de determinados produtos no mercado e à maneira de obter melhores resultados. Deve ser feito com clareza e de forma a permitir que o empresário tome a decisão de lançar-se ou não a um mercado, a fim de facilitar a adoção de medidas concretas. A pesquisa diminui a possibilidade de a empresa incorrer em erros de apreciação em mercados potenciais, tanto no País como no exterior. No caso do mercado externo, a análise deve ser minuciosa, pois a motivação dos consumidores é diferente. Ela objetiva revelar se o produto poderá ser vendido a um preço razoável e em quantidade satisfatória. Permite ainda analisar os mercados que oferecem melhores perspectivas, as modificações no produto para aumentar o nível de aceitabilidade e o tempo necessário para se alcançar o nível ideal de vendas. Para ingressar no mercado mundial sem o risco de ser malsucedido, o procedimento básico é recorrer a uma pesquisa de mercado por menor que seja a empresa. Há produtos que têm excelente aceitação no mercado interno, mas, lá fora, por contingência de costumes, gostos ou tradição de cada país importador, podem ter pouca aceitação e até mesmo ser rejeitados. A empresa deve oferecer o produto que o consumidor realmente deseja e não o que a empresa quer vender. Ao conseguir comercializar os produtos com razoável margem de lucratividade, o empresário não deve se acomodar e deve lembrar que o mercado é dinâmico, pois as motivações e as necessidades dos consumidores sempre se alteram. É preciso estar atento às mudanças de natureza econômica e de outra ordem que podem influenciar o mercado. A empresa que se estabelecer em determinado mercado deve regularmente: supervisionar as operações, verificando se os objetivos estão sendo cumpridos; observar o andamento do mercado e prevenir-se para as modificações que possam ocorrer; verificar sempre se, em termos de comercialização das exportações, o custo/benefício é compensador. A pesquisa poderá delinear uma projeção a curto, médio e longo prazo para as exportações de determinada empresa, com base em dados passados e atuais e nas tendências de consumo que se verificam no tempo e no espaço. A análise destas variáveis fornecerá a informação concreta sobre o seu produto. OS PRINCIPAIS FATORES DE OBSTÁCULOS A SEREM SUPERADOS SÃO: Regulamentação do comércio exterior de cada país Devem ser observadas as eventuais restrições para certos países e as normas que regulam a entrada de divisas. Os procedimentos burocráticos poderão inviabilizar uma exportação, o que poderá gerar gastos adicionais que influirão no custo final do produto. Dificuldades de acesso ao mercado de determinado país Os regulamentos de quase todos os países instituem um ou outro tipo de restrição, desde a imposição de barreiras alfandegárias até a proibição pura e simples. Alguns países controlam os gastos em divisas para a importação de bens e serviços. As questões econômico-financeiras a que estão sujeitos todos

países no mundo globalizado poderão inviabilizar a manutenção ou expansão das vendas. É necessário atentar para as restrições de caráter sanitário, principalmente para os gêneros alimentícios, e observar as leis de proteção ao meio ambiente e de utilização de conservantes. O volume e a expansão do mercado Para dimensionar a quantidade e o valor que se pretende exportar, é necessário levantar, no provável país comprador, a quantidade consumida, os países de procedência da mercadoria, a evolução na participação dos fornecedores e o preço oferecido por eles. Além disso, é importante verificar o volume e a tendência da produção do país importador e o efeito dos produtos no país destinatário, apurando com segurança, as tendências do mercado. Concorrência A concorrência existe em todos mercados e se estes forem amplos ou dinâmicos, ela será acirrada. Competição direta é aquela que vende o produto "x" que se pretende colocar no mercado, e a indireta vende os artigos "y" substancialmente diferentes, mas de uso semelhante ou substitutivo de "x", no mesmo mercado. A pesquisa deve considerar a força e a estrutura da concorrência, o motivo de êxito dos competidores mais importantes e a possibilidade de competição entre eles. Aceitabilidade dos preços O preço da venda de produtos a serem exportados deverá ser calculado de maneira que possa competir com similares nacionais do país importador e com os oferecidos por outros países. Definidos o preço e a quantidade dos produtos a serem comercializados, o exportador poderá conhecer as reais possibilidades de se estabelecer no mercado e verificar se a atividade terá efetiva rentabilidade. Para isso, é preciso prever, com exatidão, os custos da comercialização, ou seja, o valor que será gasto para concretizar a venda. Os preços devem ser estabelecidos entre os tetos mínimo e máximo. O desvio desta faixa de competitividade acarretará prejuízos. Aspectos a analisar no novo mercado: Tendências internacionais; Localização de fornecedores de matérias-primas e componentes; Tecnologia de produção; Normas de embalagem; Especificações técnicas; Ciclo de vida do produto; Dados geográficos, econômicos, sociais e políticos; Produtos mais comercializados; Sistema de distribuição; Legislação de importação; Concorrência local; Estrutura de custos operacionais; Níveis de preços praticados; Entidades reguladoras de comércio exterior; Meios de comunicação; Paridade cambial-moeda; Leis de proteção.

Requisito do Produto A pesquisa visa aferir no mercado a distância entre a concepção do produto idealizado pelo consumidor e aquele que o fabricante deseja efetivamente vender. Avaliam-se detalhes como tamanho, desenho e material de fabricação mais apropriado ao produto. São levantados aspectos ergonométricos, legais e até a compatibilidade dos padrões humanos se o tamanho médio das mãos femininas filandesas, por exemplo, se enquadra ao padrão médio da luva de lã brasileira a ser exportada. A escolha da cor da embalagem será determinante da rejeição ou não ao produto; por isso deverá ser avaliado se o exportador respeitou os costumes do país comprador. Ao julgar os produtos alimentícios, o fator preponderante é o sabor. Deve-se, portanto, atentar para o grau de doçura, amadurecimento, acidez, tamanho, grau de inoculação de defensivos e de composição de conservantes. O que é agradável ou correto em determinado país, pode não ser em outro. Preparação da mercadoria A qualidade da embalagem é item a ser avaliado tanto quanto o produto que se pretende exportar. Ao embalar o produto, o exportador deverá observar o tempo de viagem, a manipulação nas diversas fases do transporte e proteção contra roubo, condições ambientais e climáticas, custo de acondicionamento. Os produtos de consumo deverão ter embalagem que sirva como vitrine da mercadoria. Em especial, se forem destinados à venda em supermercados. Para melhor desempenho das vendas, o exportador deverá obter informações sobre: preferência dos consumidores pelo tamanho e forma das embalagens; cores, tipos de impressão gráfica e nível de esclarecimentos mais agradáveis aos consumidores; escolha adequada dos símbolos e nomes; estudo da legislação vigente no país comprador, para os produtos em exportação, quanto à validade, conteúdo, qualidade, e outros itens. Todos os produtos devem apresentar design ajustado aos seguintes padrões: fabricação de maneira econômica e que permita lucro; aspecto atrativo ao grupo de consumidores a que se destina; adequação à solidez e durabilidade exigidos pelo consumidor para produtos similares; tamanho conveniente para facilitar o manejo pelo usuário; adequação da mercadoria para facilitar o transporte, distribuição e exposição nas lojas. A apresentação do produto favorece sobremaneira, a comercialização, em especial a cor das embalagens, desde que a tonalidade não coincida com as cores da bandeira nacional nem se use figuras ou emblemas do país comprador. Na embalagem dos produtos alimentícios, devem constar os pesos líquido e bruto, data de validade e, no caso de produtos farmacêuticos, obrigatoriamente, texto explicativo no idioma do país do importador. Uma das principais características é a de ser auto-explicativa, ou seja, a embalagem, por si só, é capaz de promover o produto que nela está contido. A falta de critério ou erro na concepção de embalagem pode ocasionar graves conseqüências ao prestígio do exportador e prejudicar a aceitação do produto no mercado em que estiver sendo lançado. Canal de distribuição A avaliação do melhor canal de distribuição deve considerar a possibilidade de entrega direta do produto ao comprador ou da hipótese de intermediação, através da utilização de importadores, atacadistas e varejistas ou parte deles.

Assistência Técnica Um bom serviço de pós-venda pode fazer a diferença diante de preços semelhantes ao dos concorrentes no mercado importador, seja com agentes, seja com intermediários. Os itens mais usuais de assistência técnica a serem sondados junto ao consumidor são: manutenção e vistorias periódicas; reposição de partes e peças; garantia de funcionamento e durabilidade do produto; assessoria na manipulação e utilização das mercadorias; treinamento e aperfeiçoamento dos manipuladores; responsabilidade como fabricante em caso de reparos; tele atendimento. Divulgação A publicidade possibilita a inserção dos produtos em determinados mercados e estimula a demanda, principalmente em países altamente industrializados. As técnicas de promoção mais utilizadas são: oferta de descontos excepcionais, conforme a quantidade; divulgação do produto em publicações especializadas ou através de mala direta; envio de amostras; publicação de anúncios em veículos de comunicação de grande alcance; participação em feiras e exposições. A qualidade do material impresso na confecção de folhetos, catálogos e fôlderes mantém o interesse do comprador e incrementa as vendas. Contudo, o uso da melhor peça publicitária deve ser pesquisado, sob risco de ser imediatamente descartada. A visualização deve salientar a qualidade do produto e a impressão do texto adequado ao tempo de leitura. http://www.schualm.com.br/2fipe.htm#2 9 - SISCOMEX O QUE É SISCOMEX O Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX, é um instrumento informatizado, por meio do qual é exercido o controle governamental do comércio exterior brasileiro. É uma ferramenta facilitadora, que permite a adoção de um fluxo único de informações, eliminando controles paralelos e diminuindo significativamente o volume de documentos envolvidos nas operações. É um instrumento que agrega competitividade às empresas exportadoras, na medida em que reduz o custo da burocracia. O Siscomex promove a integração das atividades de todos os órgãos gestores do comércio exterior, inclusive o câmbio, permitindo o acompanhamento, orientação e controle das diversas etapas do processo exportador e importador. O Siscomex começou a operar em 1993, para as exportações e, em 1997, para as importações. É administrado pelos chamados órgãos gestores, que são: a Secretaria de Comércio Exterior - SECEX, a Secretaria da Receita Federal - SRF e o Banco Central do Brasil - BACEN.

As operações registradas via Sistema são analisadas online tanto pelos órgãos gestores, quanto pelos órgãos anuentes que estabelecem regras específicas para o desembaraço de mercadorias dentro de sua área de competência. O módulo Drawback Eletrônico está incorporado ao Siscomex desde 2001. Você sabia.. Que o Brasil é o único país do mundo a dispor de um sistema de registro de exportações totalmente informatizado? Pois é, o SISCOMEX EXPORTAÇÃO é isso. Um sistema que permitiu um enorme ganho em agilização, confiabilidade, rápido acesso a informações estatísticas e redução de custos, dentre outras vantagens. USUÁRIOS DO SISCOMEX importadores, exportadores, depositários e transportadores, por meio de seus empregados ou representantes legais; a Secretaria da Receita Federal - SRF, a Secretaria de Comércio Exterior - SECEX, os Órgãos Anuentes e as Secretarias de Fazenda ou de Finanças dos Estados e do Distrito Federal, por meio de seus servidores; as instituições financeiras autorizadas pela SECEX a elaborar licença de importação, por meio de seus empregados; o Banco Central do Brasil - BACEN e as instituições financeiras autorizadas a operar em câmbio, mediante acesso aos dados transferidos para o Sistema de Informações do Banco Central - SISBACEN, por meio de seus servidores e empregados. POR INTERMÉDIO DO SISCOMEX O EXPORTADOR PODE: Fazer o registro e o acompanhamento das suas exportações; Receber mensagens e trocar informações com os órgãos responsáveis por autorizações e fiscalizações. COMO HABILITAR-SE NO SISCOMEX? Para operar o SISCOMEX, o exportador (pessoa física ou jurídica) deve estar habilitado por meio de senha obtida junto à SRF. De acordo com o art. 22, 5º da Instrução Normativa SRF nº 455, estão dispensadas de procedimento de habilitação as pessoas físicas, ou seus representantes, que realizarem as seguintes operações: I. Importações ou exportações ao sujeitas a registro no Siscomex; II. Importações ou exportações em que a legislação faculte a transmissão da declaração simplificada por servidor da SRF. A Instrução Normativa da SRF nº 455, de 05.10.2004 estabelece os procedimentos de habilitação para operação no Siscomex e credenciamento de representantes de pessoas físicas e jurídicas para a prática de atividades relacionadas ao despacho aduaneiro. A nova IN revoga as Instruções Normativas SRF nº 286 de 15.01.2003 e nº 332 de 28.05.2003 que tratavam desse assunto. Com a publicação da IN SRF 455, passam a vigorar 03 modalidades de habilitação no Siscomex:

I. ordinária, para pessoas jurídicas que atuem habitualmente no comércio exterior ou na internação de mercadorias oriundas da ZFM; II. III. especial, para órgãos da administração pública direta, autarquias e fundações públicas, organismos internacionais e outras instiutições extraterritoriais, identificados pelos códigos 101-5 a 115-5 e 450-2 da Tabela II do Anexo II à Instrução Normativa SRF nº 200, de 13 de setembro de 2002, ou simplificada, para pessoas físicas, para pessoas jurídicas que atuem eventualmente no comércio exterior ou na internação da ZFM ou para as pessoas jurídicas que exerçam atividades sem fins lucrativos. 11 - RELAÇÕES INTERNACIONAIS As Relações Internacionais são uma área de estudos dedicada à compreensão das relações entre Estados, sejam elas diplomáticas, comerciais, legislativas, etc. Difere-se da antropologia, direito, economia, filosofia, geografia, história e da sociologia, ainda que se valha de diversos conceitos e noções destes. Um dos problemas básicos das Relações Internacionais, é o estudo da paz, diplomacia e guerra entre os Estados como um ator internacional, assim como o estudo de organizações internacionais, transnacionais e ONGs no Sistema Internacional. As linhas de pesquisa dividem-se basicamente em política externa, economia política, segurança internacional, legislação internacional, instituições internacionais e o processo de globalização. Como ciência, dificilmente se percebe um objeto de estudo restrito apenas às relações internacionais. Alguns autores propõem vagamente que os estudos limitem-se aos acordos comerciais, diplomáticos, de paz, etc., bem como declarações formais de guerra. Contra essa idéia, argumenta-se que a mera formalidade burocrática não é suficiente para configurar a relação internacional. Estas questões não impedem as relações internacionais de configurarem uma ciência própria. O que é Globalização Definição 12 GLOBALIZAÇÃO Podemos dizer que é um processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam idéias, realizam transações financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta. O conceito de Aldeia Global se encaixa neste contexto, pois está relacionado com a criação de uma rede de conexões, que deixam as distâncias cada vez mais curtas, facilitando as relações culturais e econômicas de forma rápida e eficiente. Muitos historiadores afirmam que este processo teve início nos séculos XV e XVI com as Grandes Navegações e Descobertas Marítimas. Neste contexto histórico, o homem europeu entrou em contato com povos de outros continentes, estabelecendo relações comerciais e culturais. Com os mercados internos saturados, muitas empresas multinacionais buscaram conquistar novos mercados consumidores, principalmente dos países recém saídos do socialismo. A concorrência fez

com que as empresas utilizassem cada vez mais recursos tecnológicos para baratear os preços e também para estabelecerem contatos comerciais e financeiros de forma rápida e eficiente. Neste contexto, entra a utilização da Internet, das redes de computadores, dos meios de comunicação via satélite etc. Na economia de mercado contemporâneo, aldeia global, blocos econômicos, relações comerciais e financeiras internacionais, concorrência comercial, as multinacionais, Internet, língua inglesa, vantagens. Exemplo: Computadores e Internet: grande impulso para o processo de globalização. Uma outra característica importante da globalização é a busca pelo barateamento do processo produtivo pelas indústrias. Muitas delas, produzem suas mercadorias em vários países com o objetivo de reduzir os custos. Optam por países onde a mão-de-obra, a matéria-prima e a energia são mais baratas. Um tênis, por exemplo, pode ser projetado nos Estados Unidos, produzido na China, com matéria-prima do Brasil, e comercializado em diversos países do mundo. Características da Globalização: Os tigres asiáticos (Hong Kong, Taiwan, Cingapura e Coréia do Sul) são países que souberam usufruir dos benefícios da globalização. Investiram muito em tecnologia e educação nas décadas de 1980 e 1990. Como resultado, conseguiram baratear custos de produção e agregar tecnologias aos produtos. Atualmente, são grandes exportadores e apresentam ótimos índices de desenvolvimento econômico e social. Introdução 13 - BLOCOS ECONÔMICOS Com a economia mundial globalizada, a tendência comercial é a formação de blocos econômicos. Estes são criados com a finalidade de facilitar o comércio entre os países membros. Adotam redução ou isenção de impostos ou de tarifas alfandegárias e buscam soluções em comum para problemas comerciais. Em tese, o comércio entre os países constituintes de um bloco econômico aumenta e gera crescimento econômico para os países. Esta é a nova tendência mundial, pois cada vez mais o comércio entre blocos econômicos cresce. Dentro deste processo econômico, muitos países se juntaram e formaram blocos econômicos, cujo objetivo principal é aumentar as relações comerciais entre os membros. Neste contexto, surgiram a União Européia, o Mercosul, o NAFTA, o Pacto Andino e a Apec. Estes blocos se fortalecem cada vez mais e já se relacionam entre si. Desta forma, cada país, ao fazer parte de um bloco econômico, consegue mais força nas relações comerciais internacionais. Economistas afirmam que ficar de fora de um bloco econômico é viver isolado do mundo comercial.

O que são Blocos Econômicos Blocos Econômicos são reuniões de países que têm como objetivo a integração econômica e/ou social. Podem ser classificados em quatro categorias distintas: Áreas ou Zonas de Livre Comércio Uniões Aduaneiras Mercados Comuns União Monetária ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO OMC Em 1947, o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT - General Agreement on Tariffs and Trade) foi firmado com o objetivo de regulamentar as relações comerciais entre os países signatários, entre os quais o Brasil. Um dos principais resultados da última rodada de negociações multilaterais no âmbito do GATT, a "Rodada Uruguai" (1986-1994), foi a criação, em janeiro de 1995, da Organização Mundial do Comércio (OMC). A OMC fortaleceu e aperfeiçoou o sistema multilateral de comércio, surgido nos anos que se seguiram ao final da Segunda Guerra Mundial com o propósito de garantir a livre competição entre os países membros, eliminar os obstáculos ao comércio internacional e permitir o acesso cada vez mais amplo de empresas ao mercado externo de bens e serviços. A OMC incorporou as regras do GATT, que se restringem ao comércio de BENS, e acrescentou os setores de SERVIÇOS e PROPRIEDADE INTELECTUAL ao seu campo normativo. Constituem atribuições da OMC: supervisionar a implementação das regras acordadas no âmbito do sistema multilateral de comércio; atuar como fórum de negociações comerciais; proporcionar mecanismos de solução de controvérsias; supervisionar as políticas comerciais dos 134 países membros; fornecer assistência técnica e cursos de formação para países em desenvolvimento, em matéria de comércio. Os países que não fazem parte do bloco da OMC, exige uma alíquota maior para compra dos seus produtos. PRINCIPAIS ACORDOS COMERCIAIS MERCOSUL, ALCA, NAFTA, APEC, PACTO ANDINO, UNIÃO EUROPEIA E ALADI É fundamental que o empresário que deseja atuar no comércio exterior conheça os principais acordos comerciais firmados pelo Brasil. No mundo globalizado em que vivemos, participar do mercado internacional de trocas significa, essencialmente, manter um bom relacionamento comercial com os demais países ou blocos de países, participando efetivamente das negociações de acordos comerciais dos mais variados moldes, bem

como estar sempre atualizado em relação às mudanças de comportamento dos diversos atores internacionais. Nas negociações dos acordos comerciais, os países buscam ampliar o acesso aos mercados externos, sobretudo no que diz respeito à elevação das margens de preferência para seus produtos, ou seja, por meio da redução das alíquotas do imposto de importação praticado. O MERCADO COMUM DO SUL - MERCOSUL O Mercado Comum do Sul - MERCOSUL foi instituído pelo Tratado de Assunção, em 26/03/91, por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com o objetivo de promover o desenvolvimento dos quatro países mediante a conformação de um Mercado Comum, com as seguintes características: Livre circulação de bens, serviços e fatores de produção; Eliminação das barreiras tarifárias e não-tarifárias no comércio entre os Estados-Partes; Adoção de uma Tarifa Externa Comum (TEC); e " Coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais. País entrante: Venezuela Junho de 2006 (aguardando aprovação do Brasil). ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO DAS AMERICAS ALCA Em 1990, o Presidente dos Estados Unidos, George Bush, lança a idéia de estabelecer um bloco de livre comércio nas américas - do Alasca à Patagônia, com exceção de Cuba - para integrar seus países e estimular o crescimento econômico. Na época, americanos, canadenses e mexicanos já acertavam o lançamento do NAFTA, o Mercado Comum da América do Norte. Com o NAFTA já em vigência, o sucessor de Bush, Bill Clinton, reúne os líderes de 34 países americanos num encontro de cúpula em Miami e formaliza o projeto da Alca. Os americanos propõem que os países do continente derrubem todas as suas barreiras alfandegárias até 2005. O Brasil e a Alca A decisão sobre a Alca será mais importante para o futuro do país do que qualquer medida que o governo possa adotar internamente. É justamente esse o argumento usado pelos negociadores brasileiros na hora de explicar por que o país vem travando uma disputa tão acirrada com os estados unidos, os principais interessados no acordo - e, por conseqüência, assumindo o papel de peça chave na montagem da Alca. A área de livre comércio das américas (alca) é um acordo comercial idealizado pelos estados unidos. Este acordo foi proposto para todos os países da américa, exceto cuba, segundo o qual seriam gradualmente derrubadas as barreiras ao comércio entre os estados-membros e prevê a isenção de tarifas alfandegárias para quase todos os itens de comércio entre os países associados. Este acordo foi delineado na cúpula das américas realizada em miami, eua, em 9 de dezembro de 1994. O projeto é resultado da tendência, no contexto da globalização, onde os países procuram estreitar as relações comerciais por meio de uma integração mais efetiva, onde as trocas comerciais possam acontecer de forma menos burocrática e com maiores incentivos.

Alca em números Chance de se transformar no maior bloco comercial do planeta; 800 milhões de consumidores; 34 países; Pib total de 13 trilhões de dólares; Para cada país que negocia seu ingresso no grupo, está em jogo o destino de sua economia: o resultado do acordo pode fazer seu setor produtivo naufragar ou detonar um ciclo de desenvolvimento jamais visto. ASSOCIAÇÃO LATINO-AMERICANA DE INTEGRAÇÃO - ALADI A Associação Latino-Americana de Integração - ALADI foi instituída pelo Tratado de Montevidéu, em 12/08/80, para promover a expansão da integração na região, a fim de assegurar seu desenvolvimento econômico e social, tendo como objetivo final o estabelecimento de um mercado comum. É o maior grupo latino-americano de integração, compreendido por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela, representando 20 milhões de quilômetros quadrados e mais de 430 milhões de habitantes. COMUNIDADE ANDINA - "Pacto Andino" A Comunidade Andina foi criada em 1969, com a assinatura do Acordo de Cartagena, que ficou conhecido como "Pacto Andino". Trata-se de uma organização sub-regional, hoje integrada por cinco países: Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. Em dezembro de 1996, o MERCOSUL celebrou com a Bolívia um Acordo de Complementação Econômica (ACE 36), mediante o qual esta passou a ter a condição de membro associado ao MERCOSUL. O Acordo firmado com a Bolívia prevê a liberalização completa do comércio de bens, dentro de um prazo de oito a dez anos, bem como futuras negociações nos setores de serviços, propriedade intelectual, compras governamentais e outros. Em 3 de julho de 1999, foi celebrado o Acordo de Alcance Parcial de Complementação Econômica (ACE 39) entre os Governos das Repúblicas da Colômbia, do Equador, do Peru e da Venezuela, de um lado, e do Brasil, de outro. Entrou em vigor em 16 de agosto de 1999, e estabelece preferências tarifárias para 2739 produtos. O ACE 39 constitui um primeiro passo para a criação de uma zona de livre comércio entre o MERCOSUL e a Comunidade Andina. ACORDO DE LIVRE-COMÉRCIO DA AMÉRICA DO NORTE - NAFTA Em dezembro de 1992, o Canadá, os Estados Unidos e o México assinaram o "North American Free Trade Agreement (NAFTA)" que entrou em vigor em primeiro de janeiro de 1994. O acordo prevê redução gradativa das tarifas aduaneiras no comércio de bens entre os três países, no prazo de dez anos. O Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (North American Free Trade Agreement) ou NAFTA é um tratado envolvendo Canadá, México e Estados Unidos da América numa atmosfera de livre comércio, com custo reduzido para troca de mercadorias entre os três países.

O NAFTA entrou em vigor em 1º de janeiro de 1994. As finalidades deste bloco econômico, são: Eliminar as barreiras alfandegárias, e facilitar o movimento de produtos e serviços entre os territórios dos países participantes; Promover condições para uma competição justa dentro da área de livre comércio; Aumentar substancialmente oportunidades de investimento dos países participantes; Oferecer proteção efetiva e adequada e garantir os direitos de propriedade intelectual no território de cada um dos participantes; Criar procedimentos efetivos para a implementação e aplicação deste tratado, para sua administração conjunta e para a resolução de disputas; Estabelecer uma estrutura para futura cooperação trilateral, regional e multilateral para expandir e realçar os benefícios deste acordo.; Diminuir a imigração clandestina partindo do México para os Estados Unidos. UNIÃO EUROPÉIA - UE A União Européia, cujos tratados de fundação remontam a 1957 (ano da assinatura do Tratado de Roma), conta hoje com quinze Estados membros: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Reino Unido e Suécia. Os tratados de 1957 foram submetidos a três revisões: em 1987 (Ato Único, que estabeleceu as bases para a criação do mercado único europeu a partir de 1992), em 1992 (Tratado de Maastricht, que prevê a união econômica e monetária dos Estados membros) e em 1997 (Tratado de Amsterdã, especialmente voltado para temas sociais e de direitos humanos). Os principais objetivos da União Européia para os próximos anos inscrevem-se nos seguintes domínios: execução das disposições do Tratado de Amsterdã; alargamento da União aos países da Europa Central e Oriental candidatos à adesão (Agenda 2000); implantação do Euro (moeda única). A adoção do Euro como moeda comum compreende três fases. A primeira, encerrada em 31 de dezembro de 1998, preparou os mercados e agentes operadores dos onze países que optaram por compor a "Zona Euro" (Dinamarca, Reino Unido e Suécia escolheram não participar, por enquanto) e atenderam aos critérios estabelecidos para tanto em Maastricht (a Grécia ainda não logrou cumpri-los). A segunda fase teve início em primeiro de janeiro de 1999, quando o Euro foi adotado como moeda única apenas em transações bancárias e em bolsas de valores). A terceira fase teve início em primeiro de janeiro de 2002, quando moedas e notas de euro deverão passar a circular nos onze Estados que compõe a Zona Euro e em 2004 contou com a inserção de novos países. Em 2006 passou a ser composta por 27 países membros. SGP - Sistema Geral de Preferências Os países desenvolvidos, membros da OCDE - Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, por meio de acordo aprovado em outubro de 1970 pela Junta de Comércio e Desenvolvimento da UNCTAD,estabeleceram o Sistema Geral de Preferências (SGP), mediante o qual concedem redução parcial ou total do imposto de importação incidente sobre determinados produtos, quando originários e procedentes de países em desenvolvimento. A administração do SGP, no Brasil, é exercida pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC, por meio do Departamento de Negociações Internacionais - DEINT.

UNCTAD A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento - UNCTAD é uma entidade intergovernamental permanente, criada em 1964, como principal órgão da Assembléia Geral das Nações Unidas na esfera de comércio e desenvolvimento. Tem como objetivo principal aumentar as oportunidades de comércio, de investimentos e de progresso nos países em desenvolvimento. Conta atualmente com 188 membros, entre os quais o Brasil. O SGPC Sistema Global de Preferências Comerciais O SGPC foi criado com o objetivo de funcionar como uma instância para o intercâmbio de concessões comerciais entre os membros do Grupo dos 77, e pretende ser um instrumento para a promoção do comércio entre os membros do Grupo. Entretanto, dos 77 países, apenas 40 são países participantes do SGPC, entre os quais o Brasil. Para saber mais sobre acordos comerciais e negociações internacionais, consulte os seguintes sites: Organização Mundial do Comércio - OMC União Européia - UE Área de Livre Comércio das Américas - ALCA Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior/SECEX Portal do Exportador. Outras informações sobre o Grupo dos 77 poderão ser obtidas no site http://www.g77.org. APEC ÁSIA PACÍFICO A APEC (Asia-Pacific Economic Cooperation, traduzido, Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) é um bloco que engloba economias asiáticas, americanas e da Oceania. Sua formação deveu-se à crescente interdependência das economias da região da Ásia-Pacífico. A APEC tem hoje 21 membros, são eles: Austrália; Brunei; Canadá; Chile; China; Hong Kong; Indonésia; Japão; Coréia do Sul; Malásia; México; Nova Zelândia; Papua-Nova Guiné; Peru; Filipinas; Rússia; Cingapura; Taiwan; Tailândia; Estados Unidos da América; Vietname. O principal objetivo do bloco é reduzir taxas e barreiras alfandegárias da região Pacífico-asiática, promovendo assim o desenvolvimento da economia da região. B R I C s Brasil, Rússia, Índia, China e Africa Sul Este material está na apresentação no Power Point, que vou enviar para o e-mail da sala.