I3N / Universidad Nacional del Sur / Instituto Hórus ANÁLISE DE RISCO PARA PLANTAS - Versão 1.0 (Julho 2008)

Documentos relacionados
I3N / Universidad Nacional del Sur / Instituto Hórus ANÁLISE DE RISCO PARA PLANTAS - Versão 1.0 (Julho 2008)

I3N / Universidad Nacional del Sur / Instituto Hórus ANÁLISE DE RISCO PARA PLANTAS - Versão 1.0 (Julho 2008)

I3N / Universidad Nacional del Sur / Instituto Hórus ANÁLISE DE RISCO PARA PLANTAS - Versão 1.0 (Julho 2008)

I3N / Universidad Nacional del Sur / Instituto Hórus ANÁLISE DE RISCO PARA PLANTAS - Versão 1.0 (Julho 2008)

I3N / Universidad Nacional del Sur / Instituto Hórus ANÁLISE DE RISCO PARA PLANTAS - Versão 1.0 (Julho 2008)

I3N / Universidad Nacional del Sur / Instituto Hórus ANÁLISE DE RISCO PARA PLANTAS - Versão 1.0 (Julho 2008)

I3N / Universidad Nacional del Sur / Instituto Hórus ANÁLISE DE RISCO PARA PLANTAS - Versão 1.0 (Julho 2008)

I3N / Universidad Nacional del Sur / Instituto Hórus ANÁLISE DE RISCO PARA PLANTAS - Versão 1.0 (Julho 2008)

I3N / Universidad Nacional del Sur / Instituto Hórus ANÁLISE DE RISCO PARA PLANTAS - Versão 1.0 (Julho 2008)

I3N / Universidad Nacional del Sur / Instituto Hórus ANÁLISE DE RISCO PARA PLANTAS - Versão 1.0 (Julho 2008)

Planta exóticas invasoras de ambientes naturais Invasive plants Plantas invasivas

BIOLOGIA DA CONSERVAÇÃO IBB021 AULA 8. I. Disturbios e Processos Ecológicos. Interações ecológicas envolvidas

Disciplina: BI63 B ECOSSISTEMAS. Tema da aula - Distúrbios: Sucessão Ecológica: principais conceitos e aplicações.

Comunidade é a assembléia de populações de várias espécies que vivem no mesmo lugar.

Escola: Nome: Turma: N.º: Data: / / FICHA DE TRABALHO 1. originárias ambientes Portugal. Austrália autóctones diversidade. exóticas nativas habitat

BIE-212: Ecologia Licenciatura em Geociências e Educação Ambiental. Biomas

Ciências Naturais, 5º Ano. Ciências Naturais, 5º Ano FICHA DE TRABALHO 1. Escola: Nome: Turma: N.º: Escola: Nome: Turma: N.º: Conteúdo: As Plantas

Principais problemas da pecuária na Amazônia

Manual de Análise de Risco para Plantas Exóticas. Estado de São Paulo 2012

SAF implantado em linhas e em média diversidade de arbustos e árvores.

Acacia dealbata Link. 20 Exemplares no Parque

Curso de graduação em ENGENHARIA AGRONÔMICA MATOLOGIA. Origem e evolução de plantas daninhas

PROGRAMA DE DISCIPLINA

Lote 1: Floresta (Florestal Ombrófila Densa) Lote 2: Campos (Estepe) e Floresta (Floresta Ombrófila Mista)

UNIDADE 1. Conteúdos. Ser humano: semelhanças e diferenças (características físicas e comportamentais; gostos pessoais) Partes do corpo humano

FRAGMENTOS FLORESTAIS

Espécies exóticas plantadas em SC

Colégio São Paulo. Bioma. adapt ações. Biologia 9º ano Prof. Marana Vargas

GEOGRAFIA PROFºEMERSON

SUCESSÃO ECOLÓGICA LCB Prof. Sergius Gandolfi (Texto adaptado - Meiners, J. S. and Pickett, S.T.A. (2011) Succession.)

BIOLOGIA. Ecologia e ciências ambientais. Biomas brasileiros. Professor: Alex Santos

PERSPECTIVAS E NOVAS VARIEDADES DE GRAMA (I) SEASHORE PASPALUM, MINI ZOYSIA E ZOYSIA MEYER

Lagarosiphon major (elódea-africana)

Ecologia do Fogo 4/7/08 O FOGO. O fogo é

BIE-212: Ecologia Licenciatura em Geociências e Educação Ambiental. Comunidades I

Uso de Adubos Verdes na Agricultura Familiar. Semestre 2018/1 Professor: - Fernando Domingo Zinger

Recuperação de Habitats Costeiros no Litoral de Sines. Departamento de Conservação da Natureza e das Florestas do Alentejo

Formação e manejo de pastagem

1 - Quais são os tipos de cerrado encontrados no Brasil? Explique suas diferenças

Dispersão. Biogeografia. Maratona de Biogeografia Fundamentos de Ecologia e Modelagem Ambiental Aplicados à Conservação da Biodiversidade

COMO FUNCIONAM AS ESTUFAS DE PLANTAS

Ecossistemas Brasileiros

Biodiversidade e prosperidade económica

DOENÇAS DE PLANTAS CULTIVADAS

O que são factores abióticos? Factores dependentes do meio que influenciam a vida dos seres vivos

ECOLOGIA IBB-057. Classificação dos Biomas Terrestres. Classificação dos Biomas Terrestres. Biomas Terrestres. Forma - Função - Ambiente

Bioma é um conceito estabelecido para classificar ambientes com base na

Ecologia de ecossistemas: aula de revisão

GENÉTICA E MELHORAMENTO FLORESTAL

Agenda de P&D da Embrapa Cerrados

FORMAÇÕES VEGETAIS DA TERRA

LISTA DE EXERCÍCIOS CIÊNCIAS

CARACTERIZAÇÃO, ESTRUTURA FUNGOS AULA TEÓRICA 3

CULTIVO DE PLANTAS MEDICINAIS. Prof. Drielly R Viudes

Restauração ecológica

Biologia. Professor Eugenio Lyznik Junior 2016

ANÁLISE DE COBERTURAS DO SOLO EXISTENTES NO BANCO DE DADOS DO MODELO SWAT PARA ASSOCIAÇÃO COM A VEGETAÇÃO CAATINGA DO NORDESTE BRASILEIRO

Ecossistemas BI63B Profa. Patrícia Lobo Faria

METODOLOGIA E ESTRATÉGIAS PARA A DEGRADADOS

Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre. Processo de Seleção de Mestrado 2015 Questões Gerais de Ecologia

Moacyr Bernardino Dias-Filho

Material didático do Prof. Leonardo Bianco de Carvalho UNESP - Câmpus de Jaboticabal MATOLOGIA. Disseminação e Sobrevivência

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Edson Vidal Prof. Manejo de Florestas Tropicais ESALQ/USP

Cultivo de Girassol na Bolívia

WORKSHOP - Monitorizar a Saúde da Floresta Seminário Nacional Eco-Escolas Guimarães

Metapopulação. Evolução. Espécie chave por Robert Paine (1966) Interações complexas, cascatas tróficas 05/12/2013

Formação Vegetal PROFESSORA NOELINDA NASCIMENTO

O ORDENAMENTO CINEGÉTICO

PLANO DE ENSINO Unidade: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA) / EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL / UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA (UFRA).

FFA Aula 3. Fatores ambientais. Vânia R. Pivello Depto. de Ecologia, IB-USP

Biologia. Rubens Oda e Alexandre Bandeira (Hélio Fresta) Ecologia

UM PROGRAMA COMPLETO PARA CONTROLAR AS DANINHAS RESISTENTES.

AULÃO UDESC 2013 GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA PROF. ANDRÉ TOMASINI Aula: Aspectos físicos.


Fatores climáticos importantes, Climas e vegetações da América Latina:

LCE 306 Meteorologia Agrícola. Importância Agroecológica dos Ventos. Aula # 13. Prof. Paulo Cesar Sentelhas Prof. Luiz Roberto Angelocci

Agroecologia e Sistemas Agroflorestais

Moisés Myra de Araújo. Por Bioloja.com

Banco de sementes. Evitar novas introduções de sementes ( chuva de sementes ):

Adubos verdes para Cultivo orgânico

PLANTAS DANINHAS NO BRASIL: AMARGOSO

Prof. Dr. Francisco Soares Santos Filho (UESPI)

C6l11ara Setorial, Bovinocultura Bubalinocultura. Mato Grosso do Sul

BIOMAS. Professora Débora Lia Ciências/Biologia

Renascimento de florestas

Domesticação E Cultivo. Plantas Medicinais e Fitoterapia

Ciclos biogeoquímicos. A energia flui. A matéria é cíclica. Esses elementos são fundamentais para os seres vivos e embora em abundancia são finitos.

COLÉGIO LUCIANO FEIJÃO ENSINO FUNDAMENTAL ATIVIDADE DE FÉRIAS Ciências Humanas

Biologia. Rubens Oda (Julio Junior) Ecologia

Produtividade. Prof. Dr. Francisco Soares Santos Filho (UESPI)

Clima e Solo. Oom~n?o Haroldo R. C. Reinhardt Cet~/1O Augusto Pinto da Cunha Lwz Francis~o da Silva Souza

TRABALHO DE CAMPO DE BIOGEOGRAFIA

Plantio do amendoim forrageiro

Biomas Terrestres. Prof. Bosco Ribeiro

Região Nordestina. Cap. 9

Teste de avaliação Teste de avaliação Teste de avaliação 3 26

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E SEUS EFEITOS SOBRE OS PLANTIOS DE EUCALIPTO

MORTALIDADE DE PLANTAS ADULTAS DE E. grandis e E. saligna NA REGIÃO CENTRAL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Edson Antonio Balloni * I - INTRODUÇÃO

LISTA DE EXERCÍCIOS 2º ANO

Transcrição:

Nome da espécie: Acacia holosericea I3N / Universidad Nacional del Sur / Instituto Hórus ANÁLISE DE RISCO PARA PLANTAS - Versão 1.0 (Julho 2008) Nome da pessoa que realizou a análise: Michele de Sá Dechoum A- RISCO DE ESTABELECIMENTO E INVASÃO A1- Antecedentes de invasão A espécie está citada como invasora em dois ou mais bancos de dados da I3N e/ou está citada como invasora de alto impacto em outras bases de dados A espécie está citada como estabelecida em dois ou mais bancos de dados da I3N A espécie está citada como presente em dois ou mais bancos de dados da I3N Não se conhecem antecedentes de introdução da espécie em outros países ou regiões A espécie tem sido extensamente introduzida sem que registre antecedentes de estabelecimento ou invasão 1 A2- Qual é o grau de semelhança climática entre a área de origem ou outras regiões onde a espécie invade e a área na qual ela será introduzida? 1 Moderado Nula A3- Qual é o grau de especialização da espécie em relação a seus requerimentos de hábitat? Qual é seu grau de oportunismo em relação às alterações humanas no ambiente? Trata-se de uma planta generalista e capaz de prosperar espontaneamente em ambientes alterados 1 É uma planta especialista, que tolera ou se beneficia com as alterações humanas no ambiente É uma planta especialista, sensível às alterações humanas no ambiente É uma planta que depende de cultivo para sua sobrevivência, mas ocasionalmente pode crescer fora de áreas de cultivo É uma planta que depende estritamente de cultivo A4- Qual é a capacidade da espécie de estabelecer populações a partir de um ou de poucos indivíduos? Muito alta Alta 1 Moderada Baixa ou nula Pontuação 8 A5- Taxa de crescimento e maturação Plantas anuais ou perenes com rápido desenvolvimento desde a semente ou a partir de raízes ou brotos 1 Plantas com ciclo de vida longo, espécies perenes com desenvolvimento lento a partir de estruturas vegetativas A6- Reprodução vegetativa As plantas se reproduzem a partir de órgãos vegetativos como caules e rizomas As plantas não têm capacidade de reprodução vegetativa 1 A7- Produção de sementes As plantas produzem grandes quantidades de sementes viáveis (mais de 10000 por m 2 ) As plantas produzem entre 1000 e 10000 sementes viáveis por m 2 As plantas produzem entre 1 e 1000 sementes viáveis por m 2 As plantas não produzem sementes viáveis 1 A8- Dispersão natural das sementes As sementes são dispersadas por aves ou mamíferos (somados ou não a outros fatores como vento, água, etc.) 1 As sementes são dispersadas por outros agentes (vento, água, etc.), mas não por aves ou mamíferos A planta não produz sementes viáveis A9- Dispersão associada a atividades humanas (intencional) Sabe-se que a espécie é dispersada intencionalmente por pessoas nos lugares onde é nativa ou invasora 1

Desconhece-se que a espécie seja dispersada intencionalmente, mas ela tem características de interesse humano (valor alimentar, ornamental, silvicultural, medicinal, etc.) A espécie não é dispersada intencionalmente nem tem características de interesse humano A espécie tem características que a tornam prejudicial e estimulam seu controle por parte da população (ervas daninhas) A10- Dispersão associada a atividades humanas (acidental) A espécie cresce em áreas transitadas (beira de estradas e canais de navegação) e tem estruturas que favorecem seu transporte por vetores associados a atividades humanas (veículos, máquinas agrícolas, embarcações, pecuária, etc.) 1 A espécie não cresce em áreas transitadas e/ou não tem estruturas que favorecem seu transporte por vetores associados a atividades humanas B- IMPACTO POTENCIAL B1- Capacidade de crescer formando núcleos densos e fechados A espécie é capaz de crescer formando núcleos de alta densidade (manchas, aglomerados ou bosques fechados) Os indivíduos que se estabelecem estão separados uns dos outros ou ao menos não têm a capacidade de formar núcleos fechados 1 B2- Capacidade de produzir compostos alelopáticos A espécie é capaz de produzir compostos alelopáticos 1 A espécie não produz compostos alelopáticos B3- Risco de hibridização com espécies nativas Existem plantas nativas do mesmo gênero com as quais pode haver risco de hibridização Não existem plantas nativas do mesmo gênero na região ou se descarta o risco de hibridização 1 B4- Toxicidade para a fauna silvestre Todas ou alguma parte da planta são tóxicas para a fauna silvestre Nenhuma parte da planta é tóxica para a fauna silvestre 1 B5- A espécie é hospedeira de parasitas ou patógenos conhecidos? Existem trabalhos que documentam que a espécie hospeda parasitas e/ou patógenos conhecidos Não existem antecedentes que mostrem que a espécie hospeda parasitas e/ou patógenos conhecidos, mas existem dados que permitem supor que isso pode ocorrer A espécie não hospeda parasitas e/ou patógenos conhecidos 1 B6- Aumento na freqüência e/ou intensidade de incêndios Existem trabalhos que documentam que a espécie aumenta a freqüência e/ou a intensidade dos incêndios Não existem antecedentes que mostrem que a espécie aumenta a freqüência e/ou intensidade dos incêndios, mas a planta reúne características que permitem supor que isso pode ocorrer Não existem antecedentes que mostrem que a espécie aumenta a freqüência e/ou intensidade dos incêndios. A planta não tem características que permitam supor que isso possa ocorrer. 1 Não se aplica por se tratar de uma planta aquática B7- Alteração de outros processos ou funções ecossistêmicas Existem trabalhos que documentam que a espécie é capaz de modificar processos ecossistêmicos tais como a concentração de nutrientes no solo ou a disponibilidade de água subterrânea 1 Não existem antecedentes que mostrem que a espécie modifica processos ecossistêmicos, mas a planta reúne características que permitem supor que isso possa ocorrer (plantas fixadoras de nitrogênio, plantas freatófitas) Não existem antecedentes que mostrem que a espécie modifica processos ecossistêmicos. A planta não tem características que permitem supor que isso possa ocorrer B8- Mudanças na estrutura do hábitat e/ou na forma de vida dominante A invasão representa uma mudança significativa na estrutura do hábitat ou na forma de vida dominante (por exemplo, árvores ou arbustos que poderiam se estabelecer em ecossistemas de campos abertos/savana) A invasão não representa uma mudança significativa na estrutura do hábitat ou na forma de vida dominante 1 B9- Qual é o impacto potencial da espécie sobre a economia? Moderado 1

Baixo ou nulo B10- Qual é o impacto potencial da espécie sobre a saúde humana? Moderado Baixo ou nulo 1 Pontuação 2 B11- Qual é o impacto potencial da espécie sobre valores culturais e usos tradicionais da terra? Moderado 1 Baixo ou nulo C- VIABILIDADE DE CONTROLE C1- Tipo de ambiente (terrestre ou aquático) A espécie é encontrada em ambientes aquáticos Trata-se de uma planta terrestre 1 C2- Presença de espinhos ou acúleos A planta tem espinhos ou acúleos A planta não tem espinhos ou acúleos 1 C3- Capacidade de rebrotamento A planta tem alta capacidade de rebrotar a partir de caules cortados A planta tem capacidade moderada de rebrotar A planta é incapaz de rebrotar 1 C4- Tempo de reprodução mínimo A planta produz sementes em um ano ou menos 1 A planta produz semente aos dois ou três anos A planta produz semente aos quatro anos ou mais A planta não produz sementes viáveis C5- Banco de sementes As sementes permanecem viáveis durante mais de vinte anos 1 As sementes permanecem viáveis de dez a dezenove anos As sementes permanecem viáveis durante dois a nove anos A planta não produz sementes viáveis ou as sementes não superam um ano de viabilidade no solo C6- Resposta ao pastoreio As plantas são favorecidas pelo pastoreio do gado e/ou de outros grandes herbívoros (aumenta o crescimento, a capacidade de dispersão ou a capacidade competitiva por deslocamento de espécies mais sensíveis à herbivoria) As plantas toleram a ação do gado e de outros grandes herbívoros As plantas são prejudicadas pela ação do gado e de outros grandes herbívoros 1 C7- Resposta ao fogo As plantas são favorecidas por incêndios (aumenta o crescimento, a capacidade competitiva ou a capacidade de dispersão) As plantas toleram incêndios 1 As plantas são prejudicadas pelo fogo Não se aplica por se tratar de uma planta aquática C8- Métodos de controle conhecidos Os antecedentes internacionais mostram que a dificuldade de controle da espécie é muito alta Os antecedentes internacionais mostram que o controle é possível, porém não existe experiência ou meios em nível local para realizá-lo de maneira efetiva Existem antecedentes e experiência local para o controle efetivo da espécie 1

CÁLCULO DO RISCO DE INTRODUÇÃO Espécie: Acacia holosericea Risco associado a sua introdução: 7,05 Nível de risco: ALTO Nível de incerteza (porcentagem de perguntas "sem informação"): 34,48 INFORMAÇÃO DE APOIO A1- Antecedentes de invasão : A espécie foi introduzida em 69 países, mas não há registro de invasão em nenhum desses países. A2- Qual é o grau de semelhança climática entre a área de origem ou outras regiões onde a espécie invade e a área na qual ela será introduzida? :Ampla distribuição na Austrália (Northern, Western e Queensland) - climas BSh, BWh,Am, Aw, Cwa, Cfa, Cfb. Clima nos locais de ocorrência no Brasil - Aw. Como o tipo de clima na região de ocorrência no Brasil é o mesmo do que em uma das regiões de ocorrência na Austrália (Aw - clima equatorial úmido com inverno frio), optou-se pela alta similaridade. A3- Qual é o grau de especialização da espécie em relação a seus requerimentos de hábitat? Qual é seu grau de oportunismo em relação às alterações humanas no ambiente? ; http://www.winrock.org/fnrm/factnet/factpub/factsh/a_holosericea.html : Populações da espécie podem ser encontradas em uma grande variedade de climas tropicais. A espécie é tolerante a uma grande variedade de solos, mas não tolera climas muito secos - adapta-se a pluviosidades variáveis entre 300 a 1500 mm, ou até mais. A4- Qual é a capacidade da espécie de estabelecer populações a partir de um ou poucos indivíduos? : A reprodução ocorre por sementes. A produção de plântulas é abundante, o que pode aumentar seu potencial de ser invasora. É uma espécie que ocupa agressivamente áreas abertas e degradadas. A5- Taxas de crescimento e maturação : A6- Reprodução vegetativa : Como a maior parte das acácias, reproduz-se por sementes, mas não se sabe se também apresenta reprodução assexuada. A7- Produção de sementes : as fontes de referência comentam que a quantidade de sementes produzidas é grande, mas não há uma estimativa de A8- Dispersão natural das sementes : As dispersão de sementes ocorre pela abertura das vagens deiscentes. As sementes também podem ser dispersas por vertebrados. A9- Dispersão associada a atividades humanas (intencional) : Foi introduzida em 69 países no mundo, e é utilizada para fins diversos (uso ornamental, forrageamento, lenha, recuperação de áreas, quebra-vento). A10- Dispersão associada a atividades humanas (acidental) : A espécie tem capacidade de regeneração em áreas degradadas. B1- Capacidade de crescer formando núcleos densos e fechados : http://www.winrock.org/fnrm/factnet/factpub/factsh/a_holosericea.html : A espécie apresenta uma copa bem densa mas não há informações sobre núcleos densos e fechados formados. B2- Capacidade de produzir compostos alelopáticos B3- Risco de hibridização com espécies nativas

B4- Toxicidade para a fauna silvestre : Folhas verdes não são palatáveis para o gado e para ovelhas, e há registros de morte de cabras após a ingestão dessas folhas. Não há trabalhos mostrando toxicidade para fauna silvestre, mas esses dados de toxicidade para animais de criação foram considerados para a avaliação dessa questão. B5- A espécie é hospedeira de parasitas ou patógenos conhecidos? : (1) http://www.winrock.org/fnrm/factnet/factpub/factsh/a_holosericea.html : (1) A espécie parece estar livre de pragas e patógenos B6- Aumento na frequência e/ou intensidade de incêndios : Bowman, D.M.J.S., B.A. Wilson, R. J. Hooper. 1988. Response of Eucalyptus forest and woodland to four fire regimes and MunMarlary, Northern Territory, Australia. Journal of Ecology 76:215-232. : Não há evidências de que a espécie aumente o risco de incêndios. B7- Alteração de outros processos ou funções ecossistêmicas : Remigi et al, 2008. The Exotic Legume Tree Species Acacia holosericea Alters Microbial Soil Functionalities and the Structure of the Arbuscular Mycorrhizal Community. Appl Environ Microbiol., 74(5): 1485 1493. : Alterações na microbiota do solo, afetando a estrutura e as funções das comunidades microbianas. Reduz a resistência do solo a situações de stress (salinidade, congelamento, ciclos quentes e frios). B8- Mudanças na estrutura do hábitat e/ou na forma de vida dominante : Como não há invasão da espécie registrada em nenhum lugar, não é possível responder esta pergunta. B9- Qual é o impacto potencial da espécie sobre a economia? : A espécie pode prejudicar a produção de gado, ovelhas e cabras, caso esses animais ingiram folhas verdes da planta, uma vez que essas folhas são tóxicas. O uso da espécie como forrageira é feito com folhas secas. B10- Qual é o impacto potencial da espécie sobre a saúde humana? B11- Qual é o impacto potencial da espécie sobre valores culturais e usos tradicionais da terra? : A espécie pode prejudicar a produção de gado, ovelhas e cabras, caso esses animais ingiram folhas verdes da planta, uma vez que essas folhas são tóxicas. Em regiões de criação desses animais, os impactos sobre valores culturais podem ser grandes. C1- Tipo de ambiente (terrestre ou aquático) C2- Presença de espinhos e acúleos C3- Capacidade de rebrotamento : É provável que sim, pois muitas espécies de acácia que são invasoras são capazes de brotar após o corte. C4- Tempo de geração mínimo : CAB International, 2005. Forestry Compendium. Wallingford, UK: CAB International. : A. holosericea tem características de espécies colonizadoras, tais como alta e precoce produção de sementes, rápido crescimento e curto ciclo de vida (10 a 12 anos). A produção de sementes em um indivíduo ocorre entre 6 e 12 meses de vida. C5- Banco de sementes : Liu, K., Eastwood, R.J., Flynn, S., Turner, R.M., and Stuppy, W.H. 2008. Seed Information Database (release 7.1, May 2008) http://www.kew.org/data/sid : As sementes são dormentes e há 11% de viabilidade perdida após 14 anos de armazenamento. Esses são sinais de que a espécie é capaz de formar um banco de sementes de alta durabilidade. C6- Resposta ao pastoreio C7- Resposta ao fogo : Bowman, D.M.J.S., B.A. Wilson, R. J. Hooper. 1988. Response of Eucalyptus forest and woodland to four fire regimes and MunMarlary, Northern Territory, Australia. Journal of Ecology 76:215-232.; http://savanna.cdu.edu.au/research/fire_rubber_vine2.htm : A espécie é capaz de rebrotar após o fogo. C8- Métodos de controle conhecidos : Não há dados disponíveis sobre métodos para controle da espécie.