Aula lá fora. Episódio 07: Comércio. Palavras-chave Aula lá fora, formação de professores, aula-passeio, conceitos matemáticos e alfabetização.

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Transcrição:

Aula lá fora Episódio 07: Comércio Resumo Este vídeo exibe o episódio n o 07 da série Aula lá fora e trata do tema Comércio, que demonstra todas as etapas da realização de uma atividade de campo desenvolvida pela professora Elza Marcon Granela da EMEIEF Madre Tereza de Calcutá, localizada em Santo André/SP, onde os alunos da Educação Infantil se preparam para conhecer o comércio local, próximo à escola, que também propulsiona o desenvolvimento da cidade. Antes do passeio, as crianças fazem uma lista coletiva das frutas que irão comprar. Com o objetivo de explorar o comércio e fazer uma salada de frutas, elas vão à feira para comprar os ingredientes. Na escola fazem e degustam a salada de frutas, criam uma maquete da feira e fazem pesquisas sobre curiosidades que surgiram durante o passeio. Palavras-chave Aula lá fora, formação de professores, aula-passeio, conceitos matemáticos e alfabetização. Nível de ensino Este vídeo se destina à formação inicial e continuada da equipe gestora, de professores e de membros do quadro de funcionários da equipe escolar. Modalidade Formação inicial e continuada de professores e/ou gestores de escolas.

Componente curricular Disciplinas Pedagógicas, currículo e programas, projetos e planejamento. Aspectos relevantes do vídeo O principal objetivo da série Aula lá fora é demonstrar experiências bem sucedidas de escolas municipais de Santo André/SP que realizam aulas de campo com diferentes temas. Este episódio mostra todas as etapas de uma atividade que busca explorar e conhecer o comércio local. A professora Elza inicia uma roda de conversa sobre quais tipos de comércio estão localizados no entorno da escola, ela procura ouvir os alunos, extrair a realidade e o que possuem de vivência sobre o tema. Conversa sobre a necessidade de se ter uma lista de compras e elabora, juntamente com os alunos, a escrita de uma lista de frutas para preparar uma salada de frutas. Elza explica que a faixa etária dos alunos é de alfabetização, por isso aproveita tudo o que os alunos trazem de interessante para trabalhar com a alfabetização. Foi combinado que cada aluno trouxesse para as compras um valor simbólico para gastar na feira e a professora agrupou os alunos por fruta. Em uma das atividades, os componentes do grupo desenharam a fruta que comprariam na feira e esse mesmo grupo ficaria responsável pelo dinheiro das compras. Nesse momento, a professora comentou que procura organizar o trabalho em pequenos grupos para promover a socialização entre os alunos e que isso é muito importante para a educação infantil. Também comentou que organiza a sala de diferentes maneiras para favorecer a integração dos alunos e utiliza até mesmo o chão para facilitar a exploração do espaço, tornando a atividade prazerosa para a faixa etária.

A consultora pedagógica Beatriz Tragtenberg ressalta a importância de o professor ficar atento à atuação dos alunos, para perceber se estão interessados pela aula ou se terá de mudar a estratégia. Em outro momento da atividade, a professora listou com os alunos a quantidade de frutas que comprariam na feira e conversou com eles sobre os tipos de frutas e quais delas não eram da época. As crianças fazem suas contribuições de maneira simples e inesperada, a professora se coloca de maneira atenta, recebe com acolhimento e respeito as hipóteses formuladas. É importante que o professor atue com flexibilidade e liberdade para permitir que os alunos se expressem a qualquer momento. Para dar apoio à aula-passeio e acompanhar os alunos, a professora Elza contou com três mães de alunos. Chega o momento da aula passeio, as crianças se organizam em seus grupos e são surpreendidas com o tempo chuvoso. A professora apresenta o problema para a turma e questiona como podem resolver a situação. Alguns sugerem ir outro dia e outros sugerem esperar a chuva passar. As crianças, juntamente com a professora, resolvem esperar a chuva passar brincando no pátio da escola. Inicia-se, então, a aula-passeio. As crianças visitam os comércios e fazem perguntas aos comerciantes sobre a profissão e os produtos que vendem. Na feira as crianças procuram e analisam as frutas que terão de comprar, pesquisam melhores preços e até mesmo negociam descontos. Essa negociação de preços contribui para o desenvolvimento de conceitos matemáticos desde a educação infantil. A consultora Beatriz aponta que as crianças são muito curiosas e acrescenta que essa curiosidade ultrapassa o que foi definido como tema para a aula, por isso o professor precisa estar preparado e aproveitar a curiosidade para ampliar o conhecimento dos alunos e integrá-lo ao que foi proposto.

As mães consideraram a atividade muito produtiva e muito rica, pois os alunos estavam imersos em um contexto real e rodeados de letras e números com funções sociais. Com certeza, as crianças levarão esse tipo de aprendizagem para a vida delas e jamais esquecerão. Elza afirma que o professor precisa se colocar como aprendiz juntamente com seus alunos e reconhece que não detém todo o saber. Nesse tipo de atividade, surgem questionamentos inesperados que terá que buscar para discutir com os alunos. Ao retornar à escola, as crianças fizeram a contagem e a lavagem das frutas, descascaram-nas, cortaram-nas, auxiliaram na preparação da salada de frutas e saborearamna. Durante o passeio, surgiu um questionamento sobre o coco: descobriram que ele não é considerado como fruta e por isso não era vendido na feira, a professora orientou que todos deveriam pesquisar sobre isso em casa e compartilhar com os colegas na aula. Para finalizar a atividade, socializaram suas descobertas sobre o coco, construíram uma maquete da feira, utilizando massinha de modelar e cartões para identificar as frutas e seus respectivos os preços. A professora resgata tudo o que aprenderam e faz um registro coletivo de todas as etapas: as crianças elaboram o texto e a professora assume o papel de escriba. Duração da atividade A atividade proposta pode ser realizada em um encontro com duração de 4 horas. O que professor poderá aprender com esta aula Conhecer práticas pedagógicas que envolvem aulas-passeio. Refletir sobre sua prática docente.

Refletir sobre a experiência bem sucedida de uma escola que busca estimular e ampliar o conhecimento de mundo. Explorar o contexto local e interagir com ele, tornando-o espaço de aprendizagem. Perceber diferentes formas de dinamizar o ambiente escolar. Reconhecer práticas pedagógicas baseadas no diálogo entre aluno e professor com tomadas de decisões coletivas e democráticas na sala de aula. Conhecimentos prévios que devem ser trabalhados pelo professor/mediador com o aluno/professor Organização de aulas-passeio. Organização curricular. Reflexão sobre práticas docentes voltadas para ampliação de conhecimento. Reflexão sobre alfabetização e letramento. Projetos multidisciplinares. Estratégias e recursos da aula/descrição das atividades Etapa 1 Apresentação do grupo e reflexão inicial (1 hora) Solicitar inicialmente que os professores se apresentem, pode-se realizar uma dinâmica sorteando os pares para que conversem entre si e depois um apresente o outro e vice-versa. Conversar com o grupo explicitando que a intenção do encontro será refletir sobre a ação educativa do professor. A reflexão implica uma análise crítica do trabalho que cada profissional da educação realiza cotidianamente. Para que cada um pense sobre sua prática, nesse encontro proporciona-se a troca de experiências para que possam se perceber como

atuantes no processo do qual participam no sentido de compreender os outros, questionar ações, construir uma cultura juntos. Iniciar uma discussão sobre as questões apresentadas a seguir: Que tipo de educador sou? Gosto do que faço? Qual é o perfil de educador ideal para atuar na educação infantil? Apresentar para cada grupo, em uma folha, as frases abaixo, que representam perfis de educadores. Solicitar que selecionem três frases com as quais o grupo se identifica e justificar a escolha com exemplos práticos. 01 O professor deve estar preparado para transmitir a todos os conhecimentos acumulados historicamente através de aulas expositivas. 02 Ao negar a experiência cotidiana, o professor dificulta e inibe a curiosidade do educando. 03 Ensinar e aprender para a vida é estimular a busca por soluções de problemas e recolocação de experiências. 04 Reflete sobre sua formação aquele professor que pensa em sua ação preocupando-se com teorias mais amplas e estratégias pedagógicas que fazem sentido para julgar seus resultados. 05 O bom professor possui capacidade de selecionar e organizar linearmente os conteúdos a serem apresentados aos alunos. 06 O professor exercita a criticidade e promove a curiosidade epistemológica, reconhecendo o valor da sensibilidade, da afetividade e da intuição. 07 Na relação aluno-professor, há espaço para ambos se posicionarem como

indivíduos, para darem ao outro a possibilidade de se relacionar com o saber. 08 Valorizar o cultivo intelectual e o bom comportamento faz parte das tarefas do professor. Etapa 2 Apresentação do vídeo e reflexão (3 horas) Comentar que assistirão a um vídeo que demonstrará momentos de uma atividade que visa explorar o comércio local como contexto de aprendizagem e as intervenções que o professor faz durante o processo. Em seguida exibir o programa Aula lá fora, Episódio 07 Comércio, na íntegra (30 min). Após o término, solicitar que façam comentários sobre as partes que mais acharam interessantes referentes à atuação da professora Elza. Solicitar que, nesse momento, cada grupo selecione duas frases da lista anterior que representem o perfil da professora Elza. O grupo deverá justificar a escolha e exemplificar citando o trecho do vídeo em que a frase é representada. Propor uma discussão sobre as frases escolhidas anteriormente para caracterizar o perfil do grupo e agora o da professora Elza. Ainda em grupos, propor a leitura de alguns excertos de textos extraídos do livro Pedagogia da Autonomia do autor Paulo Freire (1996), conforme indicado na bibliografia, que tratam de questões relacionadas à prática educativa. Primeiramente, sintetizarão cada excerto em uma frase ou palavra destacando a ideia central e relacionarão à prática da professora Elza, citando as ações demonstradas no vídeo e fazendo uma breve apresentação reflexiva.

Excerto 1 Ensinar exige rigorosidade metódica O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. (FREIRE, 1996, p.26). Excerto 2 Ensinar exige pesquisa Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. (FREIRE, 1996, p.29). Excerto 3 Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos (...) Por que não discutir com os alunos a realidade concreta a que se deva associar a disciplina cujo conteúdo se ensina (...)?. (FREIRE, 1996, p.30). Excerto 4 Ensinar exige criticidade (...) a curiosidade ingênua que, desarmada, está associada ao saber do senso comum é a mesma curiosidade que, criticizando-se, aproximando-se de forma cada vez mais metodicamente rigorosa do objeto cognoscível, se torna curiosidade epistemológica (...). (FREIRE, 1996, p.31). Excerto 5 Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática A prática docente crítica, implicante do pensar certo, envolve o movimento dinâmico, dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer. (FREIRE, 1996, p.38).

Excerto 6 Saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. (FREIRE, 1996, p.47). Excerto 7 Ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando. (FREIRE, 1996, p.59). Posteriormente, cada grupo apresentará em um cartaz suas conclusões e considerações. O mediador deve ainda promover o debate de idéias, a partir dos questionamentos formulados abaixo. Já atuaram em escolas com esse tipo de prática de aula lá fora? Já desenvolveram alguma atividade envolvendo passeio e contexto local? Como foi a aula? Acha importante esse tipo de prática? Por quê? Como é a postura da professora Elza? É possível identificar qual a sua concepção de aprendizagem e de relação professor-aluno? É possível realizar esse tipo de atividade? São necessários muitos recursos? Esse tipo de trabalho, além de contribuir com a aprendizagem em contexto real, próprio para a idade, desperta e incentiva a leitura e a escrita com uma função social, tornando-a significativa. Enfatizar que é muito importante trazer para dentro da escola esse tipo de discussão motivada por questões oriundas de vivências reais da comunidade em que os alunos estão inseridos.

Questões para a discussão O que é ser professor reflexivo? Que tipo de cidadão a prática da professora Elza pretende formar? O que é autonomia? A postura da professora Elza, observada no vídeo, contribui para o desenvolvimento da autonomia? Por quê? Sugestões de leituras FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 35. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. ARROYO, Miguel G. Ofício de mestre: imagens e auto-imagens. Petrópolis: Vozes, 2000. RIOS, Teresinha A. Compreender e ensinar: por uma docência da melhor qualidade. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2008. Dica de site para o professor Educarede: <http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm> Portal do Professor: http://portaldoprofessor.mec.gov.br> Consultora: Diane Mota Mello Freire