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Transcrição:

CONTEÚDOS Boletim meteorológico para a agricultura Nº 49, janeiro 2015 IPMA,I.P. 01 Resumo 02 Situação Sinóptica 03 Descrição Meteorológica 05 Informação Agrometeorológica 12 Previsão 12 Situação agrícola 13 Anexos RESUMO Boletim Meteorológico para a Agricultura Janeiro 2015 Produzido por Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. O mês de janeiro foi caracterizado por valores de temperatura média abaixo do valor normal (1971-2000). Na primeira década do mês os valores médios da temperatura média do ar foram inferiores ao valor normal em quase todo o território. Nas duas últimas décadas os desvios em relação ao valor médio mantiveram-se negativos apenas nas regiões do Norte e em alguns locais do Centro, tendo sido superiores nas restantes regiões do território do Continente. O número de dias com temperatura mínima inferior a 0 C foi cerca de 1.5 a 4 vezes superior ao normal em quase todo o território do Continente. Ocorreu uma onda de frio 1 em Setúbal, Alcácer do Sal e Alvalade entre 30 de dezembro 2014 e 5 de janeiro 2015. O mês de janeiro classifica-se como seco, apresentando um valor de precipitação inferior ao valor médio (117.3 mm). O número de horas de frio (temperaturas inferiores a 7.2ºC) acumulado entre 1 de outubro de 2014 e 31 de janeiro de 2015 é superior a 500 horas nas regiões do Norte e interior Centro, sendo mesmo superior a 1000 noras na região Nordeste. 1 Considera-se que ocorre uma onda de frio (do ponto de vista climatológico) quando num intervalo de pelo menos 6 dias consecutivos, a temperatura mínima é inferior em 5 C ao valor médio diário (no período de referência 1961-1990). Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 1 14

Situação Sinóptica Descrição meteorológica e agrometeorológica 1ª Década, 01-10 de janeiro de 2015 O estado do tempo na primeira década do ano foi condicionado por uma vasta região anticiclónica sobre a Europa e que se estendia em crista sobre o Atlântico. A partir do dia 5, verificou-se um deslocamento para oeste, da referida região, passando o núcleo principal a estar localizado no Atlântico, na região dos Açores. O céu apresentou-se geralmente pouco nublado, o vento soprou fraco, tendo predominado o fluxo de quadrante leste em grande parte da década. Houve acentuado arrefecimento noturno com formação de gelo e geada. Verificou-se a ocorrência de neblinas ou nevoeiros, que persistiram, por vezes durante todo o dia, em Trás-os-Montes. Nos dias 6 e 7, para além da região transmontana, verificou-se a persistência de neblinas ou nevoeiros nas regiões da Beira Interior, Alentejo e Vale do Tejo. Registou-se uma descida acentuada da temperatura entre os dias 6 e 8, tendo-se verificado uma subida gradual da máxima a partir de dia 8. 2ª Década, 11-20 de janeiro de 2015 O estado do tempo nos primeiros dois dias da década foi condicionado por uma região anticiclónica, com núcleo principal a oeste dos Açores e que se estendia em crista até à Península Ibérica. A partir de dia 13, a localização da região anticlónica no Atlântico, com núcleo principal a sudoeste dos Açores, bem como a aproximação e passagem de sucessivos sistemas frontais influenciaram as condições meteorológicas. Nos primeiros dois dias da década o céu esteve geralmente pouco nublado. A partir do dia 13, o céu apresentou-se geralmente muito nublado, ocorreram períodos de chuva ou aguaceiros, que foram por vezes fortes nos dias 15 e 18, e, sob a forma de granizo e acompanhados de trovoada no dia 16. Nas terras altas do Norte e Centro, nos últimos 6 dias da década, registou-se queda de neve tendo a cota descido para os 600m no dia 17. O vento foi em geral fraco, tendo-se tornado, a partir do dia 15, fraco a moderado predominando do quadrante norte e temporariamente do quadrante sul. A partir do dia 17, o vento soprou do quadrante norte, moderado a forte nas terras altas e litoral, tendo as rajadas sido da ordem dos 95km/h, no dia 17, na Pampilhosa da Serra e da ordem dos 90 km/h nos Cabos Carvoeiro e Roca, nos dias 18 e 19, registando-se, no dia 19, rajadas da ordem dos 130km/h no Cabo da Roca. Verificou-se a ocorrência de neblinas ou nevoeiros persistentes nos vales e em Trás-os-Montes, em especial entre os 11, 14 e no dia 17. Houve formação de geada em alguns locais, durante toda a década. Registou-se uma descida gradual da temperatura até dia 18, em especial da máxima. 3ª Década, 21-31 de janeiro de 2015 O estado do tempo na terceira década de janeiro foi condicionado por um anticiclone, com núcleo principal geralmente localizado na região dos Açores. Entre os dias 24 e 28 verificou-se uma intensificação do referido anticiclone que se estendeu em crista sobre o Golfo da Biscaia. Fora deste período, a passagem de sistemas frontais e/ou massas de ar frio e instável condicionaram também o estado do tempo. Entre os dias 21 e 23, o céu apresentou períodos de muito nublado, ocorreram aguaceiros, que por vezes foram de neve em alguns locais das terras altas do Norte e Centro. O vento predominou de noroeste fraco a moderado, por vezes forte e com rajadas nas terras altas e no litoral, tendo atingido os 95 km/h no Cabo da Roca no dia 21. De 24 a 28, o céu apresentou-se geralmente pouco nublado e o vento foi em geral fraco do quadrante norte. Ocorreram neblinas ou nevoeiros que foram por vezes persistentes em Trás-os- Montes e nos vales e terras baixas do restante território. A partir de dia 29, o céu esteve geralmente muito nublado, ocorreram períodos de chuva ou aguaceiros que foram por vezes fortes, sob a forma de granizo e acompanhados de trovoada, nas regiões do Norte nos dias 30 e 31. O vento predominou do quadrante oeste tendo soprado forte e com rajadas no litoral e terras altas. Nas terras altas, as rajadas foram da ordem dos 94 km/h nas Penhas Douradas, no dia 20; dos 120 km/h, na Covilhã no dia 30 e da ordem dos 113 km/h na Pampilhosa da Serra, no dia 31. No litoral atingiram no Cabo da Roca, os 90 km/h, no dia 31. Relativamente à temperatura do ar, registou-se, em geral, uma descida gradual dos valores da máxima a partir de dia 24 e até ao fim da década e uma subida acentuada da mínima entre os dias 28 e 30, seguida por uma descida acentuada deste parâmetro no último dia da década. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 2 14

1. Descrição Meteorológica 1.1 Temperatura Os valores médios da temperatura média do ar na 1ª década de janeiro foram inferiores ao valor normal em quase todo o território. Na 2ª e 3ª década os valores de temperatura média mantiveram-se inferiores ao valor normal apenas nas regiões do Norte e em alguns locais do Centro, tendo sido superiores nas restantes regiões do território do Continente (Quadro I e Figura 1). Quadro I - Temperatura média do ar e respetivas anomalias nas 3 décadas do mês de janeiro de 2015 ( C) Valores da temperatura média do ar e respetivas anomalias ( C ) Estações 1ª Dec 2ª Dec 3ª Dec Tmed Anomalia Tmed Anomalia Tmed Anomalia Bragança 3.0-1.0 3.0-1.1 4.9-0.1 Vila Real 5.4 +0.3 4.1-1.4 6.9 +0.2 Coimbra 7.8-1.7 8.9-0.5 9.0-0.9 Castelo Branco 6.6-1.1 7.5-0.1 9.8 +1.5 Santarém 7.7-1.7 9.4 +0.1 11.3 +1.3 Lisboa 8.0-2.6 10.9 +0.7 11.7 +0.9 Viana do Alentejo 7.3-2.3 9.4 +0.2 10.0 +0.1 Beja 9.5-0.2 10.3 +1.1 10.1 +0.3 Faro 11.4-0.5 11.7 +0.2 12.4 +0.6 1ªd. 2ªd. 3ªd. Figura 1 - Distribuição espacial da temperatura média do ar nas 1ª, 2ª e 3ª décadas de janeiro de 2015 1.2 Precipitação acumulada Na Figura 2 apresentam-se os valores da quantidade de precipitação mensal e acumulada no ano hidrológico 2014/15, assim como o valor acumulado da normal 1971-2000 nas regiões agrícolas do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 3 14

Figura 2 - Precipitação mensal e acumulada no ano hidrológico 2014/15 e média da quantidade de precipitação mensal acumulada (1971-2000) em algumas estações meteorológicas e mapa com a percentagem da precipitação acumulada no ano hidrológico em Portugal Continental Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 4 14

1.3 Temperatura e Precipitação a Norte e a Sul do Tejo Apresentam-se os valores médios decendiais da temperatura e da precipitação a Norte e a Sul do rio Tejo e respetivos desvios em relação a 1971-2000 para o mês de janeiro de 2015 (Quadro II). Quadro II - Temperatura e Precipitação a Norte e a Sul do Tejo janeiro de 2015 2. Informação Agrometeorológica 2.1 Temperatura acumulada 2 /Avanço-Atraso das Culturas Na Figura 3 apresentam-se para alguns locais das regiões Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve (de acordo com as regiões agrícolas) os valores da temperatura acumulada desde o início do ano hidrológico (1 de outubro de 2014) considerando a temperatura base de 0 C e desde 1 de janeiro de 2015 para a temperatura base de 6 C. 2 Método das temperaturas acumuladas (Ta)/graus-dia: permite analisar o efeito da temperatura na fenologia das plantas. Admitindo que a temperatura base (Tb) é aquela a partir da qual determinada espécie se desenvolve, num período de n dias a Ta é o somatório das diferenças entre a temperatura média diária e a Tb. Sempre que a temperatura média diária for inferior à Tb, a Ta considera-se nula. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 5 14

Figura 3 Temperaturas acumuladas calculadas para a temperatura base de 0 C para o ano hidrológico (outubro de 2014 a setembro de 2015) e para a temperatura base de 6 C no ano civil (janeiro a dezembro de 2015). Comparação com valores normais 1971-2000. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 6 14

No Quadro III apresentam-se os valores da temperatura acumulada e o número de dias potencial do avanço e atraso das culturas no mês de janeiro de 2015, para algumas localidades do Continente, para temperaturas base de 0, 4, 6 e 10 C. Quadro III - Temperaturas acumuladas (graus-dia) e número de dias potencial do avanço e atraso das culturas no mês de janeiro de 2015 para diferentes temperaturas base Temperaturas acumuladas Estações T0 ºC Nº dias avanço atraso T4 ºC Nº dias avanço atraso T6 ºC Nº dias avanço atraso T10 ºC Bragança 115.2-5.6 17.7-11.0 4.9 0.0 0.0 - Vila Real 170.4-1.1 57.7-5.5 21.2 10.7 0.0 - Nº dias avanço atraso Porto 272.6-1.4 152.6-2.4 92.6-3.8 6.2-10.0 Viseu/C.C. 229.3 2.3 110.6 5.7 65.5-0.6 8.5 - Coimbra 265.3-2.4 141.3-4.2 79.3-6.6 5.9 - Castelo Branco 248.9 0.2 127.8 0.2 75.1-0.8 10.2 - Portalegre 271.6 0.8 149.5 1.7 96.1 3.3 17.5 - Lisboa/I.G. 343.6-1.2 219.6-1.8 159.6-2.5 46.2-3.1 Évora 263.1-1.5 144.8-2.6 86.8-4.1 9.4 0.0 Beja 297.2 1.3 177.6 2.3 119.6 3.7 22.3 0.0 Faro 351.3 0.2 231.3 0.4 171.3 0.5 53.7 1.9 2.3 Temperatura acumulada da Vinha Na Figura 4 apresenta-se a distribuição espacial da temperatura acumulada para a vinha entre 01 e 31 de janeiro de 2015, para Portugal Continental e no Quadro III apresentam-se os valores da temperatura acumulada no mesmo período para as regiões vitivinícolas, estimados a partir de análises do modelo numérico ALADIN. Figura 4 - Temperaturas acumuladas entre 01 e 31 de janeiro de 2015 para uma temperatura base de 3.5ºC, estimadas a partir de análises do modelo numérico ALADIN Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 7 14

Quadro III - Temperaturas acumuladas entre 01 e 31 de janeiro de 2015 para a temperatura base de 3.5ºC na vinha Regiões Vitivinícolas T acumuladas (ºC) desde 01 de janeiro 2015 Tb = 3.5ºC Média Mínimo Máximo Valor na Sede distrito Algarve 203 121 335 Faro 262 Península Setúbal 186 146 298 Setúbal 202 Lisboa 175 106 318 Lisboa - 250 Leiria 147 Tejo 155 114 257 Santarém 180 Alentejo 149 84 274 Beiras 113 10 216 Minho 104 11 203 Portalegre - 117 Évora 150 Beja 170 Viseu - 114 Aveiro - 148 Guarda - 49 Coimbra - 149 Castelo Branco 145 Viana do Castelo - 174 Braga 113 Douro 61 21 95 Porto 139* Vila Real 63 Pinhão 7 Trás-os-Montes 35 3 99 Bragança - 37 * Inclui-se o valor da sede do distrito do Porto apesar de não pertencer à região vitivinícola Douro e Porto 2.2 Número de horas de frio Na Figura 5 apresenta-se o número de horas de frio (temperaturas inferiores a 7.2ºC) acumulado desde 1 de outubro de 2014 e estimado a partir de análises do modelo numérico ALADIN 3. Verifica-se que o número de horas de frio acumulado é superior a 500 horas nas regiões do Norte e interior Centro, sendo mesmo superior a 1000 horas na região Nordeste. No quadro IV apresentam-se os valores do número de horas de frio acumulado entre 1 de outubro e 31 de janeiro de 2015 nas sedes de distrito de Portugal Continental, com o valor mais elevado na Guarda (1522 horas). No quadro V apresentam-se as horas de frio para a pera rocha, estimado para os concelhos da região oeste, os 8 maiores valores médios do número de horas de frio, assim como os respetivos valores máximos e mínimos e na sede de concelho. 3 Modelo de previsão numérica, de área limitada, desenvolvido e aplicado no âmbito do consórcio europeu ALADIN Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 8 14

Quadro IV - Número de horas de frio entre 01 de outubro 2014 e 31 de janeiro de 2015 Distrito Valor sede distrito V. Castelo 533 Bragança 1368 Vila Real 1155 Braga 889 Porto/P.R 737 Viseu 1003 Aveiro 603 Guarda 1522 Coimbra 720 C. Branco 716 Leiria 680 Portalegre 903 Santarém/F.B 551 Lisboa/I.G. 136 Setúbal 463 Évora 740 Beja 624 Faro 157 Figura 5 - Número de horas de frio acumulado entre 01 de outubro 2014 e 31 de janeiro 2015 em Portugal Continental (análises do modelo Aladin). Quadro V - Número de horas de frio entre 01 de outubro 2014 e 31 de janeiro de 2015 na região Oeste (análises do modelo numérico Aladin) Estações Média do Concelho Mínimo no Concelho Máximo no Concelho Sede de Concelho Porto de Mós 757 583 836 739 Batalha 752 667 837 669 Leiria 668 3 821 684 Alcobaça 595 106 774 616 Santarém 551 498 754 549 Rio Maior 536 493 722 549 Cartaxo 510 477 556 508 Marinha Grande 499 11 697 678 Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 9 14

2.3 Evapotranspiração de referência (ET0) Na Figura 6 apresenta-se a distribuição espacial, por décadas, dos valores de evapotranspiração de referência (ET 0, Penman-Monteith) em janeiro de 2015, estimada com base em análises do modelo numérico ALADIN, e segundo o método da FAO. Apresenta-se também a distribuição espacial da evapotranspiração de referência (ET 0, Penman-Monteith) acumulada entre 1 de outubro 2014 e 31 de janeiro de 2015 (ano hidrológico). 1ªd. 2ªd. 3ªd. Figura 6 Evapotranspiração de referência nas 1ª, 2ª e 3ª décadas de janeiro de 2015 e evapotranspiração de referência acumulada de 1 de outubro 2014 a 31 de janeiro de 2015 2.4 Balanço hídrico climatológico Na Figura 7 apresenta-se a evolução decendial, durante o ano de 2015, do défice e excesso de água. Este procedimento segue a metodologia adotada por Thornthwaite & Mather (1955). Consideraram-se os valores de capacidade máxima de água disponível no solo, para os diferentes tipos de solo, propostos pela FAO. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 10 14

Figura 7 Balanço hídrico climatológico decendial em 2015 2.5 Água no solo Na Figura 8 apresentam-se os valores em percentagem de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, no final de janeiro de 2015. Em relação a 31 de dezembro de 2014, verificou-se uma diminuição da percentagem de água no solo em todo o território do Continente. Os valores estavam abaixo dos valores normais para esta época do ano. Figura 8 - Percentagem de água no solo a 31 de janeiro de 2015 Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 11 14

Previsão 2.6 Previsão de precipitação para 5 dias Para os próximos 5 dias prevê-se a ocorrência de precipitação inferior ao normal em todo o território do Continente. Figura 9 Previsão da precipitação total acumulada do ECMWF (período: de 13/02/2015 a 17/02/2015) 2.7 Previsão mensal 4 Período de 16/02 a 15/03 de 2015: Na precipitação total semanal prevêem-se valores abaixo do normal, para todo o território, nas semanas de 16/02 a 22/02 e de 02/02 a 08/03 e apenas para as regiões norte e centro na semana de 23/02 a 01/03. Na semana de 09/03 a 15/03 não é possível identificar a existência de sinal estatisticamente significativo. Na temperatura média semanal prevêem-se valores abaixo do normal, em todo o território, para as quatro semanas abrangidas pela previsão, entre 16/02 e 15/03. 3. Situação agrícola (Fonte: INE) As previsões agrícolas, em 31 de dezembro, apontam para uma campanha de cereais de outono/inverno a decorrer sem grandes incidentes, apesar dos atrasos provocados pela instabilidade meteorológica registada no início do outono, não se prevendo alterações significativas da superfície semeada face ao ano anterior. Relativamente à produção de azeitona, os lagares encontram-se em plena laboração, confirmando-se a diminuição prevista de 25% face à campanha anterior, sendo o azeite produzido de menor qualidade, devido às más condições sanitárias da matéria-prima (muito afetada por ataques de mosca da azeitona e gafa). 4 Previsão com base no modelo do Centro Europeu de Previsão do Tempo a Médio Prazo (ECMWF) Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 12 14

Anexo I - Valores de alguns elementos meteorológicos em janeiro de 2015 por década (1ª, 2ª e 3ª) Estação Tmin (ºC) Tmáx (ºC) Prec (mm) HR (%) V (Km/h) ( a 10m) Década 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª V. Castelo 1.5 3.6 5.1 12.3 11.5 13.2 0.3 91.7 42.0 97.6 96.4 94.3-356.4-356.4-356.4 Bragança -2.7-1.2-0.6 8.6 7.1 10.4 0.0 21.2 26.8 93.1 90.3 88.1 2.2 6.2 10.4 Vila Real 0.5 0.2 3.0 10.2 8.0 11.0 0.0 31.9 57.7 85.5 93.6 88.7 2.2 5.3 7.5 Braga -2.2 2.0 2.3 14.7 12.4 13.9 0.7 71.6 68.5 100.0 95.2 95.8 0.5 0.6 0.8 Porto/P.R. 3.8 5.2 5.7 14.1 12.8 13.2 0.0 80.5 35.8 69.4 81.8 83.3 9.8 13.0 12.1 Viseu 4.2 2.3 3.1 13.8 9.9 11.1 0.0 63.3 69.8 54.5 88.8 86.2 13.5 12.9 17.6 Aveiro 2.9 5.4 5.7 14.1 13.6 13.8 0.0 68.9 26.4 75.4 85.5 86.3 4.1 9.5 10.9 Guarda 1.7-0.3 0.1 10.7 6.3 6.1 0.5 30.7 40.6 48.3 86.7 87.8 7.8 15.6 26.1 Coimbra 3.5 4.0 5.3 13.9 13.0 13.1 0.0 46.0 52.9 85.9 97.9 94.6 7.3 8.5 9.6 C. Branco 0.4 3.1 5.6 12.7 11.9 14.0 0.6 35.9 1.6 79.7 92.0 78.5 5.3 9.1 14.1 Leiria -1.4 3.5 5.0 16.0 14.8 14.2 0.7 69.3 51.1 95.4 89.4 92.8 2.7 7.1 8.5 Portalegre 2.6 4.2 3.8 14.2 13.6 14.1 0.1 36.2 16.1 39.7 79.2 72.9 6.2 12.2 18.6 Santarém/F.B 1.3 4.6 7.2 14.2 14.1 15.3 0.3 48.2 18.3-99.0-99.0-99.0 5.0 8.1 9.2 Lisboa/I.G. 3.2 7.6 8.4 12.7 14.3 14.9 0.1 77.7 14.9 89.8 94.0 95.8 8.6 11.3 15.5 Setúbal -2.2 4.0 6.9 16.1 15.8 16.7 0.2 55.1 5.4-99.0-99.0-99.0 4.3 6.4 10.2 Évora 0.0 3.5 5.4 15.1 14.6 14.4 0.4 57.2 9.7-99.0-99.0-99.0 6.0 10.9 16.9 Beja 3.8 5.3 5.5 15.2 15.3 14.8 0.6 47.8 4.8 64.0 86.7 86.9 8.1 11.8 16.0 Faro 6.2 7.0 7.8 16.6 16.4 17.1 0.0 40.2 0.2 66.7 76.7 71.8 10.5 11.7 13.8 No Anexo I apresentam-se os valores médios decendiais da temperatura mínima (Tmin), temperatura máxima (Tmax), humidade relativa às 09UTC (HR) a 1.5 m, os valores totais decendiais da precipitação (Prec) e o vento médio diário (V) a 10 m. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 13 14

Anexo II - Valores de alguns elementos agrometeorológicos em janeiro de 2015 por década (1ª, 2ª e 3ª) Estação Trelva (ºC) Tsolo 5cm(ºC) Tsolo 10cm(ºC) ET0 (mm) Água Solo (%) Acumulado Década 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 31 janeiro V. Castelo -0.4 2.3 3.2 2.5 5.6 6.1 3.3 6.1 6.7 8.9 9.8 12.5 160.2 68.5 Bragança -4.8-1.8-2.3 - - - - - - 5.5 7.2 11.6 142.3 67.8 Vila Real -1.9-0.6 0.3 1.3 2.8 3.6 2.4 3.5 4.5 6.1 7.7 10.6 133.0 69.0 Braga - - - - - - - - - 8.6 8.7 11.2 149.8 67.7 Porto/P.R. - - - - - - - - - 10.2 10.3 12.4 169.5 68.6 Viseu - - - - - - - - - 11.6 8.4 12.9 143.6 67.9 Aveiro -2.0 1.6 2.3 4.5 7.0 7.7 6.7 8.4 9.2 7.7 10.2 12.2 164.7 68.3 Guarda -6.3-2.9-0.5 8.2 7.7 7.2 8.0 7.9 7.8 8.0 8.4 12.5 152.3 68.1 Coimbra 2.4 3.4 5.0 6.9 7.8 8.5 7.4 8.2 8.7 9.4 9.7 12.0 169.4 68.4 C. Branco -2.5 1.5 3.6 - - - - - - 8.9 11.0 22.1 203.7 67.9 Leiria -4.6 0.5 2.3 3.3 7.1 8.6 - - - 9.7 10.9 12.0 175.9 67.8 Portalegre - - - - - - - - - 12.3 10.1 16.0 194.5 67.6 Santarém/F.B 1.3 3.7 5.9 8.3 9.5 10.0 9.1 10.1 10.5 11.2 12.3 17.1 210.4 69.1 Lisboa/I.G. -0.9 3.9 6.1 5.2 8.4 9.4 6.7 9.3 10.2 12.9 12.4 17.4 208.5 67.5 Setúbal -1.7 2.4 4.6 4.7 8.0 9.2 5.4 8.2 9.4 12.5 13.5 19.5 223.3 69.0 Évora -4.7 0.3 2.8 4.2 6.9 7.5 5.4 7.6 8.1 12.6 11.6 16.9 209.7 68.5 Beja -0.3 2.5 3.7 7.0 9.0 9.3 7.9 9.8 9.8 10.9 12.2 17.0 219.2 68.1 Faro 10.0 10.7 10.5 11.1 11.9 11.5 11.8 12.4 12.0 20.5 16.6 22.4 263.6 59.1 No Anexo II apresentam-se os valores decendiais da temperatura da relva (Trelva), temperatura do solo a 5 e a 10cm de profundidade (Tsolo), da evapotranspiração de referência (ET0 das 00UTC às 24UTC) estimada com base em análises do modelo numérico ALADIN e segundo o método da FAO para as 3 décadas do mês e o valor acumulado no ano hidrológico em curso (com início a 1 de outubro e fim a 30 de setembro), e percentagem de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas. Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P. 14 14