Lucas Nicácio Gomes Médico Veterinário UNESC Colatina-ES Piometra em Cadelas A piometra é a inflamação uterina. Essa patologia está estruturada pelo desenvolvimento de conteúdo supurativo por conta de uma infecção associadamente a um desequilíbrio endócrino. Possivelmente, esse morbo é categorizado como a perturbação reprodutiva elementar em cadelas e uma das mais assíduas da clínica médica de cães e gatos de muitos profissionais de estabelecimentos veterinários. WEISS et. al. (2004); TONIOLLO et. al. (2000); JONES et. al. (2007) mencionados por GARCIA FILHO et. al. (2012) discursam que a debilidade é gerada quando há uma divergência na homeostasia orgânica compreendendo a aparelhagem endócrina conectadamente a um processo nocivo envolvendo microrganismos. NELSON & COUTO (2006) citados por GARCIA FILHO et. al. (2012) entendem que um dos fatores propensos para a consumação da patologia é a desarmonização entre o estrógeno e a progesterona, contribuindo para o espessamento da parede da organização. Ainda de acordo com NELSON & COUTO (2006) referidos por GARCIA FILHO et. al. (2012), a microbiota própria da vagina garante sua acessibilidade para fixar e irradiar-se pelo útero. As evidências indicam que a principal espécie bacteriana imputada pela eclosão da piometra é Escherichia coli, um bacilo gram-negativo com eminente capacidade patogênica e que pode ser despreocupadamente detectada nos sistêmicas biológicos do homem e dos animais.
Smith (2006) declarado por GARCIA FILHO et. al. (2012) distingue a infecção do útero em duas organizações: a piometra aberta, com escoamento purulento oriundo do canal vaginal e a piometra fechada, quando as paredes do órgão demonstram estar finas e o seu volume expandido. Segundo Ettinger & Feldman (2004) alegados por GARCIA FILHO et. al. (2012), a piometra fechada está mais passível de sofrer uma ruptura espontânea do útero, desbloqueando e espargindo o conteúdo repleto em pus na cavidade abdominal, engendrando então, peritonite, choque séptico e óbito da paciente. Conforme FERREIRA (2006); HAGMAN et. al. (2006) referenciados por GARCIA FILHO et. al. (2012), a clínica da piometra é muito vaga. As cadelas, usualmente, exteriorizam sinais de de fadiga, febre e distensão da área abdominal, no caso da piometra fechada, podendo progredir para alguma nefropatia por conta da desidratação, o que pode conduzir a fêmea ao óbito. Além disso, o escoamento vaginal típico da piometra aberta tem uma coloração peculiar amarronzada e fétida. BOJRAB (1996); SHAW & IHLE (1999); FRANSSON & RANGLE (2003); FERREIRA (2006); HAGMAN et. al. (2006) expressados por GARCIA FILHO et. al. (2012) ponderam que o diagnóstico é respaldado pela história da paciente, simultaneamente com uma boa anamnese, exame físico e a ultrassonografia, além dos sinais transmitidos. O hemograma pode ser solicitado para constatar a apresentação do processo infeccioso. Por conseguinte, FRANSSON & RANGLE (2003) aludidos por GARCIA FILHO et. al. (2012) finalizam que a terapia de predileção é ovariohisterectomia. Os rins devem ser fiscalizados durante a operação e os cuidados para não gerar um rompimento acidental das alças uterinas precisam ser promovidos. A antibioticoterapia e a fluidoterapia fazem-se indispensáveis durante e após a intervenção cirúrgica, com o escopo de impedir implicações perniciosas.
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Lucas Nicácio Gomes Médico Veterinário UNESC Colatina-ES