POLITICA FAMÍLIA: FISCALIDADE E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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Transcrição:

POLITICA FAMÍLIA: FISCALIDADE E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 6.janeiro.2015

Índice Sintético Fecundidade Portugal (1960-2013) 3,40 3,20 1960: 3,20 3,00 2,80 2,60 2,40 2,20 2,1 2,00 1,80 1982: 2,08 1,60 1,40 1,20 1,00 2013: 1,21 Índice Sintético de Fecundidade decresce continuamente nas últimas 3 décadas, sendo que em 2012 regista o valor mínimo (1.28 nascimentos é media, por mulheres residente em Portugal em idade fértil), correspondente a uma redução de 57.2% do valor de 1971 (2.99) O valor mínimo que garante a renovação de população é 2.1 filhos em média (ISF=2.1), significando isto que 1981 foi o último ano a registar uma renovação da população Fonte: Pordata Análise: APFN

Índice Sintético Fecundidade (Europa) 2,50 2,1 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00 Fonte: Pordata, World Bank Análise: APFN

Fonte: INE Piramide Demográfica (Portugal)

FAMÍLIAS NUMEROSAS Representam: 4,7% do total das famílias portuguesas 15% das crianças e jovens Caracterização sócio-económica transversal

A sustentabilidade das finanças públicas encontra-se ameaçada pela via demográfica Importância da fiscalidade: assegurar um tratamento mais justo e equitativo para com as famílias com filhos a cargo

IRS: garantir a consideração do princípio per capita A dimensão do agregado familiar, deve ser integralmente considerada, garantido que o princípio per capita está presente em todos os itens do modelo. Quociente familiar: O ponderador utilizado deve ser um; Limites à sua aplicação devem ser definidos por filho. Deduções específicas: Todos os tetos de deduções devem ser definidos per capita: educação, saúde, imóveis, despesas gerais, benefício e-factura,.

Sempre que os pais não possuam um nível de rendimentos que possa assegurar o sustento dos seus filhos, sendo este assegurado pelos avós, estes, deverão poder incluir os netos no seu IRS em condições análogas às dos pais e em sua substituição. Propomos ainda que seja incluída a dedução da taxa social única correspondente a empregos criados pelas famílias para cuidadores familiares a ascendentes e dependentes, evitando assim a dupla tributação que hoje acontece.

IA e Imposto Único de Circulação: Alterar a tributação automóvel para as famílias com três ou mais filhos A aquisição e manutenção de uma viatura com maior número de lugares constituem uma necessidade, legalmente imposta, e não um luxo para os agregados com três ou mais filhos. Deverá ser criada legislação que contemple uma redução do IA em função da dimensão da família. Sugere-se o estabelecimento de condições para a alienação da viatura como forma de evitar o uso abusivo desta medida. A necessidade de uma viatura maior implica obrigatoriamente um IUC substancialmente mais elevado. Importa corrigir mais esta penalização.

IMI e IMT: Tributação na habitação para as famílias com três ou mais filhos Melhorar a legislação recentemente aprovada que permite às autarquias ajustar o cálculo do IMI à dimensão da família. Cada descendente e ascendente deve ser considerado, valendo como um. Criar um regime de isenção ou redução de IMT para famílias com três ou mais filhos a cargo e com um determinado limite de preço per capita, desde que se destine a habitação própria e permanente.

Administração Pública Melhorar as condições de conciliação entre família e trabalho na Administração Pública: Consideração da realidade familiar nas colocações, deslocações e transferências de serviços; Criação de condições para a possibilidade de trabalho a tempo parcial; Favorecer a existência de mais trabalhadores em regime de jornada contínua.