Breves observações LBI Lei Brasileira de Inclusão Lei n. o 13.146
Linha do tempo 2003 Estatuto do Portador de Deficiência PLS 06/2003 286 artigos Autoria: Senador Paulo Paim (PT/RS) http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=54729 Concepção: pessoas com deficiência com atuação social mais passiva, com demandas e interesses protegidos pelo Estado. Março 2015 Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência PL 7.699/2006 127 artigos Aprovado na Câmara dos Deputados relatora Mara Gabrilli (PSDB/SP) Concepção: proporcionar maior capacidade de autonomia e independência às pessoas com deficiência, visando ampliar sua participação na sociedade. O substitutivo foi elaborado com participação da sociedade pelo e-democracia (site da Câmara), tradução da proposta para Libras e audiências públicas em muitas Capitais, entre outras medidas de divulgação. http://www.camara.gov.br/proposicoesweb/fichadetramitacao?idproposicao=339407
Linha do tempo Julho 2015 A Lei Brasileira de Inclusão (Estatuto da Pessoa com Deficiência) é sancionada (aprovada) pela presidente Dilma Lei 13.146 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm 127 artigos Entra em vigor: 02/01/2016 (180 dias após a publicação oficial) Como sofreu vetos, a lei volta a ser apreciada por uma sessão específica do Congresso Nacional, que deverá ser conjunta e o escrutínio secreto. Caso os vetos presidenciais sejam derrubados (maioria absoluta de votos nas duas Casas 257 deputados e 41 senadores), a lei deverá ser promulgada pela Presidente. Altera artigos da CLT, do Código Civil e do Plano de Benefícios da Previdência Social, Código Eleitoral, entre outros diplomas legais Base da LBI a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e o seu Protocolo Facultativo, que tem status de Emenda Constitucional.
Trabalho/cotas Vetado: Artigo 101: previa a necessidade de contratar pelo menos uma pessoa com deficiência em empresas entre 50 e 99 funcionários; Redação original do artigo: As empresas com cinquenta ou mais empregados estão obrigadas a preencher seus cargos com pessoas com deficiência e beneficiários reabilitados da Previdência Social, na seguinte proporção: de cinquenta a noventa e nove empregados, um empregado.
Razão do veto Apesar do mérito da proposta, a medida poderia gerar impacto relevante no setor produtivo, especialmente para empresas de mão-de-obra intensiva de pequeno e médio porte, acarretando dificuldades no seu cumprimento e aplicação de multas que podem inviabilizar empreendimentos de ampla relevância social. Autor: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Mensagem 246 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/msg/vep-246.htm
(6) Vetos Artigo 29: Previa a reserva de 10% das vagas de cursos de ensino médio profissionalizante, ensino superior e de pós-graduação para pessoas com deficiência; Artigo 32: recomendava o desenho universal (ambientes a serem usados por todas as pessoas. Sem necessidade de adaptação) nas construções de moradias realizadas ou subsidiadas com recursos públicos; Artigo 82: assegurava à pessoa com deficiência prioridade na tramitação dos processos judiciais; Artigo 101: previa a necessidade de pelo menos uma pessoa com deficiência em empresas entre 50 e 99 funcionários; Artigo 106: previa a isenção de IPI de automóvel para surdos; Artigo 109: previa a obrigatoriedade de um carro adaptado em escolas de formação de condutores com frota a partir de 20 veículos.
Permanência da Lei de Cotas A Lei de Cotas, tal como está, permanece. O que foi vetado (e pode ser derrubado ou não) é a proposta de estendê-la a empresas com 50 a 99 empregados.
Lei Brasileira de Inclusão A Lei Brasileira de Inclusão conceitua deficiência da mesma maneira que a Convenção da ONU, ou seja, como resultado de interação das barreiras impostas pelo meio com as limitações de natureza física, mental, intelectual do indivíduo. Sendo assim, deficiência é compreendida como o resultado das respostas inacessíveis que a sociedade e o Estado dão às características de cada um.