SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO - SNE

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SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO - SNE Maria Beatriz Mandelert Padovani

CONTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a: [...]

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO O Plano Nacional de Educação, aprovado pela Lei nº. 13.005, de 25 de junho de 2014, não logrou êxito na articulação do Sistema Nacional de Educação, remetendo a matéria para lei posterior a ser aprovada no prazo de dois anos: Art. 13. O poder público deverá instituir, em lei específica, contados 2 (dois) anos da publicação desta Lei, o Sistema Nacional de Educação, responsável pela articulação entre os sistemas de ensino, em regime de colaboração, para efetivação das diretrizes, metas e estratégias do Plano Nacional de Educação.

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO O Plano Nacional de Educação, aprovado pela Lei nº. 13.005, de 25 de junho de 2014, não logrou êxito na articulação do Sistema Nacional de Educação, remetendo a matéria para lei posterior a ser aprovada no prazo de dois anos: Art. 13. O poder público deverá instituir, em lei específica, contados 2 (dois) anos da publicação desta Lei, o Sistema Nacional de Educação, responsável pela articulação entre os sistemas de ensino, em regime de colaboração, para efetivação das diretrizes, metas e estratégias do Plano Nacional de Educação.

DOCUMENTO REFERÊNCIA CONAE 2018 EIXO I - O PNE na Articulação do Sistema Nacional de Educação: Instituição, Democratização, Cooperação Federativa, Regime de Colaboração, Avaliação e Regulação da Educação; EIXO II Planos Decenais e o SNE: Qualidade, Avaliação e Regulação das Políticas Educacionais; EIXO III Planos Decenais, SNE e Gestão Democrática, Participação Popular e Controle Social; EIXO IV - Planos Decenais, SNE e a Democratização da Educação: Acesso, Permanência e Gestão; EIXO V Planos Decenais, SNE e Educação e Diversidade: Democratização, Direitos Humanos, Justiça Social e Inclusão; EIXO VI - Planos Decenais, SNE e Políticas Intersetoriais de Desenvolvimento e Educação: Cultura, Desporto, Ciência, Trabalho, Meio Ambiente, Saúde, Tecnologia e Inovação; EIXO VII - Planos Decenais, SNE e Valorização dos Profissionais da Educação: Formação, Carreira, Remuneração e Condições de Trabalho e Saúde; EIXO VIII - Planos Decenais, SNE e Financiamento da educação: Gestão, Transparência e Controle Social.

PROJETOS DE LEI NO CONGRESSO PLPs nºs 15 de 2011 e 413, de 2014 Deputado GLAUBER BRAGA

Art. 1º Esta Lei Complementar institui o Sistema Nacional de Educação - SNE e fixa normas para cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. A redação sugere que o SNE e as normas de cooperação são coisas distintas?

Art. 2º O Sistema Nacional de Educação e a cooperação federativa serão organizados com base nos princípios estabelecidos no art. 206 da Constituição Federal e atenderão, ainda, às seguintes diretrizes: [...] XV proibição do retrocessos, no tocante à efetivação do direito à educação. Redação é subjetiva.

Art. 4º O Sistema Nacional de Educação é constituído pela integração do Sistema Federal, dos Sistemas Estaduais, do Sistema Distrital e dos Sistemas Municipais de Ensino. Pelo projeto, o SNE se constitui, apenas por meio da implementação das regras de cooperação constantes do projeto. Toda a matéria normativa foi afastada da proposta.

Art. 5º Os sistemas de ensino são organizados com autonomia e liberdade por lei específica de cada ente da Federação, observados o regime de colaboração estabelecido nesta Lei e as disposições da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. [...] 2º O regime de colaboração inclui medidas de compensação financeira aos estados e aos municípios nas hipóteses em que ente da Federação assumir a prestação dos serviços de responsabilidade de outro. Constitucionalidade duvidosa: Existe a função supletiva para auxilio dos entes federados que não alcançarem os padrões de qualidade. Contudo, este dispositivo abre a possibilidade de descumprimento de obrigação constitucional a ser assumida por outro órgão.

3º É responsabilidade comum a todos os sistemas de ensino promover a articulação dos programas da área da educação, de âmbito local e nacional, com os de outras áreas, como saúde, segurança, proteção da criança e do adolescente, trabalho e emprego, assistência social, previdência, esporte e cultura. Depende da anuência dos demais órgãos é complexo atribuir essa responsabilidade aos sistemas de ensino.

5º O Conselho Nacional de Educação terá composição tripartite entre os entes da Federação e paritária entre a representação do Poder Público e da Sociedade Civil na forma da lei; É justificável estabelecer composição tripartite ou bipartite para os órgãos normativos dos sistemas de ensino, tendo em vista a previsão da existência de instâncias de pactuação federativa?

6º Os sistemas de ensino têm os Fóruns de Educação como órgãos consultivos de proposição, planejamento, mobilização e articulação de políticas de educação com a sociedade, instituídos por regulamento específico de cada ente da Federação. Os Fóruns de Educação devem possuir funções de mobilização social para as conferencias de educação e de ouvidora da sociedade. Da forma como o dispositivo está redigido, pode haver conflitos sérios de competência com os Conselhos de Educação e Comissões de Pactuação Federativa.

Art. 14. A ação redistributiva e supletiva da União e dos Estados objetiva democratizar as oportunidades educacionais, de forma a corrigir progressivamente as disparidades de acesso e garantir a equidade e o padrão nacional de qualidade da educação. Parágrafo único. O exercício da função supletiva e redistributiva deve: I - observar as competências prioritárias de cada ente da Federação; Universidades Estaduais e outros estabelecimentos de ensino já existentes??????

Art. 15 À União compete, na forma da lei, a complementação de recursos financeiros a todos os Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não conseguirem atingir o valor do custo aluno qualidade (CAQ), por meio de transferência direta, instituída em lei específica. 1º A ação a que se refere este artigo obedecerá à fórmula de domínio público que inclua a capacidade de atendimento e a medida do esforço fiscal do respectivo Estado, do Distrito Federal ou do Município em favor da manutenção e do desenvolvimento do ensino. Há subjetividade no dispositivo que pode acarretar na ineficácia do dispositivo.

Dispositivos conflitantes Art. 17. A função supletiva exercida pela União e pelos Estados, prestada mediante assistência técnica e financeira, deve promover políticas públicas voltadas à concretização das diretrizes, metas e estratégias dos Planos de Educação. Art. 20. A ação de assistência técnica e financeira entre os entes da Federação será prestada de forma a articular as diretrizes e definir as estratégias para atingir as metas pactuadas nas comissões a que se referem os arts. 18 e 19.

Art. 23. A Comissão Tripartite de Cooperação Federativa CTC, órgão vinculado ao Ministério da Educação para efeitos administrativos, é instância permanente de negociação, cooperação e pactuação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 1º A CTC possui autonomia técnica e suas deliberações não estão sujeitas a recurso hierárquico, homologação ou revisão por outros órgãos. Dispositivo restritivo perigoso!!!!!!!!!!! Não seria prudente pelo menos mencionar a possibilidade de mecanismo de revisão das próprias decisões em face de solicitação dos entes federados?

Art. 24. À Comissão Tripartite de Cooperação Federativa compete: [...] II - pactuar a divisão de responsabilidades administrativas sobre ações da educação básica; Já definido pela LDBEN III - estabelecer as diretrizes das medidas de compensação financeira previstas no 2º do artigo 5º desta Lei; Conforme exposto anteriormente, não deve existir!!!

VIII - definir diretrizes e metas da expansão das redes públicas de educação básica conforme padrão nacional de qualidade, consideradas as peculiaridades locais; Já definido pelo PNE

IX - estabelecer parâmetros mínimos de qualidade dos serviços da educação básica, a serem utilizados como referência para infraestrutura das escolas, recursos pedagógicos, entre outros insumos relevantes, observado o disposto no artigo 13 desta Lei; art.12-2º A metodologia de cálculo e o ato de fixação do CAQ são de competência da Comissão Tripartite de Cooperação Federativa, do Fórum Nacional de Educação, do Conselho Nacional de Educação e das Comissões de Educação da Câmara dos Deputados e de Educação, Cultura e Esportes do Senado Federal.

X - pactuar a implantação dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base nacional comum curricular da Educação Básica, respeitada a diversidade regional, estadual e local; A BNCC é obrigatória!

XII - exercer todas as competências atribuídas pelos artigos 12 e seguintes da Lei nº 11.494/2007 à Comissão Intergovernamental de Financiamento para a Educação Básica de Qualidade; XIII - exercer todas as competências do Comitê Estratégico do PAR atribuídas pelo artigo 3º da Lei nº 12.695/2012 (a composição inclui outras representações); Esses incisos repetem o art. 36.

Parágrafo único. A pactuação de distribuição de recursos adicionais dirigidos à educação deve considerar a necessidade de equalização das oportunidades educacionais, a vulnerabilidade socioeconômica e o compromisso técnico e de gestão dos sistemas de ensino. O dispositivo é subjetivo e a distribuição de recursos adicionais devem obedecer à lógica do CAQ.

Arts. 30 a 32 - DA GESTÃO COLABORATIVA Contempla proposta inovadora que implica em reflexos nos critérios de distribuição de recursos. Demanda tempo para análise mais aprofundada.

Art. 33. O 1º do art. 19 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso: Art. 19... 1º... VII relativas ao cumprimento do disposto no art. 60, XII, do Ato das Disposições Constitucionais Transitória e na legislação referente ao disposto no art. 206, VIII, da Constituição Federal. (NR). Proposta tem impacto econômico significativo!!!!!!!!!!!

Art. 35. Enquanto não for implementado o CAQ definido nesta Lei Complementar, será implementado o Custo Aluno-Qualidade inicial (CAQi), referenciado no conjunto de padrões mínimos estabelecidos na legislação educacional e no artigo 13 desta Lei Complementar, cujo cálculo será progressivamente reajustado até a implementação plena do CAQ. Não contém os padrões mencionados: Art. 13. Ao Ministério da Educação, diretamente ou por intermédio do INEP, compete desenvolver estudos e acompanhamento regular dos investimentos do CAQ, em todas as suas etapas e modalidades. Parágrafo Único. Os resultados obtidos serão divulgados com periodicidade máxima de 01 (um) ano para orientar os entes da Federação no investimento dos recursos.

Art. 35. 1º À União compete, na forma da lei, a complementação de recursos financeiros a todos os Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não conseguirem atingir o valor do CAQi. Art. 15 À União compete, na forma da lei, a complementação de recursos financeiros a todos os Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios que não conseguirem atingir o valor do custo aluno qualidade (CAQ), por meio de transferência direta, instituída em lei específica. Não seria melhor incluir o CAQi nesse artigo, evitando repetição.

Art. 35. 2º O CAQi deve ser instituído até 2016, com valor específico para cada etapa e modalidade da educação básica, considerando os insumos indispensáveis ao processo de ensino-aprendizagem, tais como piso salarial nacional a todos os profissionais da educação, política de carreira aos profissionais da educação, número adequado de alunos por turma, garantia de formação continuada, alimentação e transporte escolar condigno aos alunos e a garantia de equipamentos educacionais com biblioteca, internet de banda larga, laboratórios de ciências, laboratórios de informática e quadra poliesportiva coberta. 3º Os valores do CAQi para cada etapa e modalidade da educação básica não poderão ser inferiores a vinte por cento do valor do PIB por capita mais atualizado em maio de cada ano (???). Deve-se averiguar a sustentação financeira da proposta.

4º A atualização do CAQi, com valor específico para cada etapa e modalidade da educação básica, deverá ser calculada anualmente pela Comissão Tripartite de Cooperação Federativa CTC, assessorada pelo Fórum Nacional de Educação e pelo Conselho Nacional de Educação. O Fórum não deveria constar. O INEP seria mais adequado para assessorar a CTC

Art. 36. As competências atribuídas pela Lei nº 11.494 de 2007 à Comissão Intergovernamental de Financiamento para a Educação Básica de Qualidade e pela Lei nº 12.695 de 2012 ao Comitê Estratégico do PAR são, a partir da publicação desta lei, atribuídas à Comissão Tripartite de Cooperação Federativa prevista nos artigos 22 e seguintes desta Lei (XII e XIII do art. 24). Essas disposições já constam dos incisos XII e XIII do artigo 24.

OUTRAS PROPOSTAS PROJETO ANTERIOR DO MEC; PROPOSTA FNCEE. SUGESTÃO DE ENCAMINHAMENTO: PROJETO ANTERIOR DO MEC COM ALTERAÇÕES, INCLUSIVE ALGUMAS CONSTANTES DA PROPOSTA DO FNCEE.