CONSULTA PU BLICA MARÇO/2017 ESCOPO A Eucatex é uma organização detentora da certificação de Cadeia de Custódia FSC cujos produtos são produzidos com matéria-prima proveniente de florestas com certificação FSC Manejo Florestal e de fontes conhecidas como madeira controlada FSC. O padrão FSC-STD-40-005 V3-0 - Requisitos para Fornecimento de Madeira Controlada FSC, estabelece normas para que as organizações evitem matérias-primas oriundas de fontes inaceitáveis em produtos FSC, que são classificadas em cinco categorias: 1) Madeira explorada ilegalmente; 2) Madeira explorada em violação de direitos tradicionais e humanos; 3) Madeira oriunda de florestas nas quais altos valores de conservação estejam ameaçados por atividades de manejo; 4) Madeira oriunda de florestas sendo convertidas em plantações e uso nãoflorestal; e 5) Madeira de florestas nas quais árvores geneticamente modificadas sejam plantadas. O padrão FSC-CW-RA-020-BRA V1-0 - Avaliação de Risco para Madeira Controlada FSC serve de base no Brasil para avaliação e classificação do risco em cada categoria de madeira controlada, pelas organizações certificadas FSC que procuram evitar o consumo de madeira de fontes inaceitáveis. Desta forma, a empresa realizou a avaliação de risco sendo homologada pelo FSC e disponibilizada para consulta no site http://info.fsc.org/. Em resumo, o fornecimento de madeira para as Unidades Fabris da empresa no ano de 2017 é proveniente das mesorregiões de Bauru e Macro Metropolitana Paulista e o risco classificado para cada categoria foi:
Mesorregião Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3 Categoria 4 Categoria 5 Bauru Indeterminado Baixo Indeterminado N/A Baixo Macro Metropolitana Paulista Indeterminado Baixo Indeterminado N/A Baixo Nota: A categoria 4 não se aplica para florestas plantadas de espécies exóticas. Para risco indeterminado, a empresa adota medidas de controle para mitigação de riscos para fornecimento de madeira. Em atendimento aos requisitos das normas supracitadas, no caso de risco indeterminado ser designado para as categorias de madeira controlada 2 e 3, a organização deve realizar consulta pública das partes interessadas como uma das medidas de controle para mitigação de risco associado a matérias-primas fornecidas, neste caso, sendo aplicável para a empresa somente para a categoria 3. ANA LISE E RESULTADOS As áreas florestais fornecedoras de madeira para a empresa foram demarcadas e gerado planilhas de avaliação para verificação da existência de Áreas de Altos Valores de Conservação, conforme definição do Guia PROFOREST, disponível no site http://www.proforest.net. AVC Social Foram levantadas as concentrações populacionais e as reservas indígenas ou de populações tradicionais no entorno de 3 km dos limites das fazendas para caracterização socioambiental (através de engajamento) e avaliação da existência ou não de interdependências destas concentrações com valores socioeconômicos-ambientais das fazendas que configurem AVC 5 (necessidade das comunidades) ou 6 (valores culturais). Caso identificado, a empresa tem a responsabilidade de manter a área conservada para atender as necessidades das comunidades. As AVC de cunho social são: AVC 5 Se determinados como fundamentais para satisfazer necessidades básicas:
o Áreas de caça e captura (para carne, couro e peles). o Produtos florestais não madeireiros como castanhas e amêndoas, frutos, cogumelos, plantas medicinais e cipós. o Combustível para cozinhar, iluminar e aquecer o lar. o Peixe (como fonte essencial de proteínas) e outras espécies aquáticas das quais as comunidades locais dependam. o Materiais de construção (vigas, madeira, cobertura para telhados: palha, fibras, etc.). o Forragem para gado e pastagem sazonal. o Recursos d água necessários para água potável e higiene. o Itens que são permutados na troca por outros bens essenciais, ou vendidos por dinheiro para compra de produtos essenciais como medicamentos e roupas ou para pagar por educação. AVC 6 o Locais reconhecidos em políticas ou legislação nacional por ter alto valor cultural. o Locais com designação oficial pelos governos nacionais e/ou uma agência internacional como a UNESCO. o Locais com reconhecidos e importantes valores históricos ou culturais, mesmo se permanecem não protegidos pela legislação. o Locais religiosos ou sagrados, cemitérios ou locais onde cerimônias tradicionais são realizadas e que têm importância para populações locais ou tradicionais. o Recursos animais ou vegetais com valor totêmico ou usados em cerimônias tradicionais.
Mapa de Comunidades na zona de influência do manejo florestal em áreas de madeira controlada para o ano de 2017.
Mapa de Comunidades Tradicionais
Ademais, para os municípios prioritários (nos quais a Eucatex detém uma participação de área total igual ou superior a 5%) são feitas consultas com as principais lideranças municipais (OG e ONG) acerca de AVC e outros temas. A empresa mantém, monitora e atualiza uma planilha de caracterização socioeconômico ambiental, na qual AVC Social é um dos aspectos levantados. Estas planilhas serão disponibilizadas a quem por elas se interessar e nos solicitar. AVC Ambiental É realizada uma análise secundária em duas etapas para determinar se há ou não indícios de potenciais AVC ambientais. Para tanto, são levantadas informações de localização exata (coordenadas geográficas) por fazenda; bioma predominante e tipologia vegetal, vegetação total da área e do município e com essas informações e com base nos critérios estabelecidos é realizada a primeira etapa de depuração através da planilha Avaliação Secundária de Potenciais FAVC e AAVC. Os critérios de avaliação da primeira etapa são: o Dimensão do fragmento (> 100 ha). o Ter conectividade externa (> 100 ha). o Estar em áreas prioritárias para conservação (Extremamente alta ou muito alta). o Estar inserido ou ser continuidade de Unidades de Conservação tais como: Estação Ecológica; Reserva Biológica; Parque Nacional, Estadual e Natural; Monumento Natural; Refúgio da Vida Silvestre; Floresta Nacional e Estadual; Reserva Extrativista; Reserva de Fauna; Reserva de Desenvolvimento Sustentável; Reserva Particular do Patrimônio Natural. o Ter vegetação representativa do município (> 5%). o Ser importante na proteção de microbacias. As áreas que possuírem pelo menos uma das características avaliadas na primeira etapa de depuração serão submetidas à análise mais detalhada por imagens de satélites, constituindo então na segunda etapa de depuração. Os critérios de avaliação da segunda etapa são: o Estágio sucessional da vegetação:
o o Mata Atlântica: vegetação primária e secundária em estágio avançado de regeneração. Cerrado: Cerrado stricto sensu em estágio avançado de regeneração e Cerradão em estágio avançado de regeneração. Baixo índice de antropização. Baixo efeito de borda (largura/comprimento 0,2). Somente as áreas que apresentarem todas as evidências acima serão selecionadas para o estudo primário, que consistirá em estudos de Flora e Fauna. Caso sejam constadas excepcionalidades no tocante a: diversidade ecológica, ecossistemas frágeis, abundancias e extensões, vulnerabilidades, ameaças, endemismos, raridades, as áreas são consideradas AVC Ambientais. Igualmente para os municípios prioritários (nos quais a Eucatex detém uma participação de área total igual ou superior a 5%) são feitas consultas com as principais lideranças municipais (OG e ONG) acerca de AVC e outros temas. A empresa mantém uma planilha de caracterização socioeconômico ambiental, na qual AVC Ambiental é um dos aspectos levantados, monitorando e atualizando mapas de biomas, conectividade, hidrografia e unidades de conservação para gerenciamento da planilha de avaliação de AVC Ambiental, as quais serão disponibilizadas a quem por elas se interessar e nos solicitar. Conclusa o A Eucatex não identificou AVC Social nem Ambiental nas áreas de onde provém sua madeira controlada, consistentes com os critérios do PROFOREST.