A Ouvidoria é um canal de atendimento diferenciado, que tem como objetivo defender os direitos dos clientes dentro de uma empresa.

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Transcrição:

Ouvidoria A Ouvidoria é um canal de atendimento diferenciado, que tem como objetivo defender os direitos dos clientes dentro de uma empresa. Para alcançar o objetivo proposto, cabe à Ouvidoria: receber, registrar, instruir, analisar e tratar as solicitações dos reclamantes; prestar os esclarecimentos necessários e dar ciência aos reclamantes acerca do andamento de suas demandas; informar aos reclamantes o prazo previsto para a resposta final, o qual não pode ultrapassar 15 dias contados após a realização do protocolo da ocorrência; propor ao Conselho de Administração, ou à Diretoria, medidas corretivas ou de aprimoramento de rotinas, em decorrência das relações recebidas; elaborar e encaminhar, ao final de cada semestre, relatórios qualitativos e quantitativos sobre a atuação da Ouvidoria à auditoria interna ou Comitê de Auditoria e ao Conselho de Administração ou Diretoria. Em julho de 2007, o Banco Central do Brasil estabeleceu a exigência da criação da Ouvidoria. Essa resolução, além de exigir a criação da área, com a atribuição de atuar como canal de comunicação entre a instituição e os clientes ou usuários de seus produtos e serviços, orienta a sua atuação na mediação de conflitos. A resolução exige que as empresas do segmento bancário: garantam o acesso gratuito dos clientes e usuários de produtos e serviços ao atendimento de Ouvidoria, por meio de canais ágeis e eficazes; disponibilizem o acesso telefônico gratuito, cujo número deve ser divulgado em todos os meios de contato com os clientes; informem sobre a existência da Ouvidoria, sua finalidade e forma de utilização. Ouvidoria do Banco BMG O Banco BMG atende a essa resolução do Banco Central e oferece o serviço de Ouvidoria, que atua como última instância de recorrência quando a solução ou resposta apresentada pelos demais canais de atendimento não for satisfatória. A equipe de ouvidores, recebe, avalia e acompanha as reclamações dirigidas à Ouvidoria, trabalhando com total independência e imparcialidade no tratamento das reclamações até sua solução. A Ouvidoria defende os direitos e interesses dos clientes, com base no Código de Defesa do Consumidor. O Código de Defesa do Consumidor CDC (Lei no. 8.078, de 1990) é um conjunto de normas que visa a: proteger os direitos do consumidor;

disciplinar as relações e as responsabilidades entre o fornecedor com o consumidor final, estabelecendo padrões de conduta, prazos e penalidades. O Código de Defesa do Consumidor regulariza todas as relações de consumo, que são compostas por um vínculo estabelecido entre: consumidor, fornecedor e produto ou serviço. Atenção: para entrar no escopo do Código de Defesa do Consumidor, esses 3 requisitos são obrigatórios, caso contrário a situação não se aplica ao CDC e sim ao direito comum. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, são direitos básicos: proteção da vida e da saúde; educação para o consumo; liberdade de escolha; proteção contra a publicidade enganosa ou abusiva; proteção contratual; indenização; acesso à Justiça; facilitação da defesa dos seus direitos e qualidade dos serviços públicos. CAPÍTULO III Dos Direitos Básicos do Consumidor IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas Art. 6º São direitos básicos do consumidor: abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços; I a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; III a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;

Art. 7 Os direitos previstos neste código não VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; IX - (Vetado); excluem outros decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e eqüidade. X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo. Embora o conhecimento de todo o Código de Defesa do Consumidor seja importante, dois capítulos que merecem destaque: as Práticas Comerciais; a Proteção Contratual. As Práticas Comerciais envolvem leis relacionadas à: Oferta; Publicidade; Práticas abusivas; Cobrança de dívidas; Banco de dados e Cadastro de consumidores. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, as práticas comerciais relacionadas à oferta devem atender aos seguintes requisitos: informações ou publicidade veiculadas devem constar no contrato; as informações sobre o produto ou serviço devem ser claras e precisas; o fornecedor do produto ou serviço é responsável pelos atos de seus representantes. Em caso de não cumprimento de uma oferta, o consumidor pode exigir seu cumprimento forçado, aceitar outro produto ou serviço equivalente ou reincidir o contrato com direito à restituição de valores. CAPÍTULO IV Das Práticas Comerciais Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a SEÇÃO II Da Oferta produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela

se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. nome do fabricante e endereço na embalagem, publicidade e em todos os impressos utilizados na transação comercial. Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, Parágrafo único. É proibida a publicidade de bens e serviços por telefone, quando a chamada for onerosa ao consumidor que a origina. (Incluído pela Lei nº 11.800, de 2008). garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou representantes autônomos. Parágrafo único. As informações de que trata este artigo, nos produtos refrigerados oferecidos ao consumidor, serão gravadas de forma indelével. (Incluído pela Lei nº 11.989, de 2009). Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha: Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças de reposição enquanto não cessar a fabricação ou I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade; importação do produto. II - aceitar outro produto ou prestação de serviço Parágrafo único. Cessadas a produção ou equivalente; importação, a oferta deverá ser mantida por período razoável de tempo, na forma da lei. III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada, Art. 33. Em caso de oferta ou venda por monetariamente atualizada, e a perdas e danos. telefone ou reembolso postal, deve constar o Para as práticas comerciais relacionadas à publicidade, o Código de Defesa do Consumidor orienta que: a publicidade deve ser de fácil identificação; é proibida a publicidade enganosa ou abusiva; a prova da veracidade das informações e correção destas cabe ao patrocinador. CAPÍTULO IV Das Práticas Comerciais SEÇÃO III Da Publicidade

Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal. 2 É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de seus produtos ou serviços, manterá, em seu poder, para informação dos legítimos interessados, os dados fáticos, técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem. superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. 3 Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar de 1 É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter informar sobre dado essencial do produto ou serviço. publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, 4 (Vetado). capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da informação ou comunicação publicitária cabe a quem as patrocina. serviços. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, as práticas abusivas são situações que geram desvantagem ou prejuízo ao consumidor, em benefício ao fornecedor, como: venda casada; fornecimento de produto ou serviço sem a solicitação prévia; utilização da fraqueza ou falta de conhecimento do consumidor para vender um produto ou serviço; elevação do preço do produto ou serviço sem justa causa; recusa à venda de produto ou à prestação de um serviço a quem deseja adquiri-lo; aplicação de índices de reajustes fora da legalidade; não manter o consumidor ciente sobre os valores e formas de pagamento do produto ou serviço no momento da aquisição. CAPÍTULO IV Das Práticas Comerciais Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas SEÇÃO IV Das Práticas Abusivas abusivas:(redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)

Conselho Nacional de Metrologia, Normalização I condicionar o fornecimento de produto ou de e Qualidade Industrial (Conmetro); serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos; IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de ressalvados os casos de intermediação regulados em leis especiais; (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994) conformidade com os usos e costumes; X - elevar sem justa causa o preço de produtos III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço; ou serviços. (Incluído pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994). XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de 22.10.1999, transformado em inciso XIII, IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, quando da conversão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999. conhecimento ou condição social, para impingirlhe seus produtos ou serviços; XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva; fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério. (Incluído pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes; XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente estabelecido. (Incluído pela Lei nº 9.870, de 23.11.1999) VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exercício de seus direitos; Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese prevista no inciso III, VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as equiparam-se às amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento. normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor orçamento prévio discriminando o valor da mão-de-obra, dos

materiais e equipamentos a serem empregados, as condições de pagamento, bem como as datas de início e término dos serviços. 3 O consumidor não responde por quaisquer ônus ou acréscimos decorrentes da contratação de serviços de terceiros não previstos no orçamento prévio. 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá validade pelo prazo de dez dias, contado de seu recebimento pelo consumidor. Art. 41. No caso de fornecimento de produtos ou de serviços sujeitos ao regime de controle ou de tabelamento de preços, os fornecedores 2 Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento obriga os contraentes e somente pode ser alterado mediante livre negociação das partes. deverão respeitar os limites oficiais sob pena de não o fazendo, responderem pela restituição da quantia recebida em excesso, monetariamente atualizada, podendo o consumidor exigir à sua escolha, o desfazimento do negócio, sem prejuízo de outras sanções cabíveis. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, as práticas comerciais relacionadas à cobrança de dívidas, devem atentar-se aos seguintes itens: o consumidor inadimplente não pode ser constrangido ou ridicularizado; cobranças indevidas que forem pagas deverão ser ressarcidas em dobro; documentos de cobrança apresentados ao consumidor devem constar nome, endereço e CFP. CAPÍTULO IV Das Práticas Comerciais em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável. SEÇÃO V Da Cobrança de Dívidas Art. 42-A. Em todos os documentos de cobrança de débitos apresentados ao Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça. consumidor, deverão constar o nome, o endereço e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica CNPJ do fornecedor do produto ou serviço Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do correspondente. (Incluído pela Lei nº 12.039, de 2009). indébito, por valor igual ao dobro do que pagou Em relação aos Bancos de Dados e Cadastros de Consumidores, o Código de Defesa do Consumidor orienta que:

o consumidor tem direito ao acesso às informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo sobre ele; os órgãos públicos de defesa do consumidor manterão cadastros atualizados de reclamações contra fornecedores de produtos e serviços, devendo divulgá-los. CAPÍTULO IV Das Práticas Comerciais 4 Os bancos de dados e cadastros relativos a consumidores, os serviços de proteção ao crédito e congêneres são considerados SEÇÃO VI entidades de caráter público. Dos Bancos de Dados e Cadastros de Consumidores 5 Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidor, não serão Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer informações que possam impedir ou dificultar novo acesso ao crédito junto aos fornecedores. ele, bem como sobre as suas respectivas fontes. Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do consumidor manterão cadastros atualizados de 1 Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas referentes a período superior a cinco anos. reclamações fundamentadas contra fornecedores de produtos e serviços, devendo divulgá-lo pública e anualmente. A divulgação indicará se a reclamação foi atendida ou não pelo fornecedor. 2 A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de consumo deverá ser comunicada por escrito ao consumidor, quando 1 É facultado o acesso às informações lá constantes para orientação e consulta por qualquer interessado. não solicitada por ele. 2 Aplicam-se a este artigo, no que couber, as 3 O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus dados e cadastros, poderá mesmas regras enunciadas no artigo anterior e as do parágrafo único do art. 22 deste código. exigir sua imediata correção, devendo o arquivista, no prazo de cinco dias úteis, Art. 45. (Vetado). comunicar a alteração aos eventuais destinatários das informações incorretas. Em relação às Disposições Gerais dos contratos, o Código de Defesa do Consumidor estabelece que:

contratos que não permitam conhecimento prévio do conteúdo ou de difícil compreensão desobrigam o consumidor; as cláusulas são interpretadas de maneiras mais favoráveis ao consumidor. o consumidor pode desistir do contrato dentro do período previsto por lei. CAPÍTULO VI Da Proteção Contratual ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do SEÇÃO I Disposições Gerais estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio. Art. 46. Os contratos que regulam as relações de consumo não obrigarão os consumidores, se não lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados. e alcance. Art. 50. A garantia contratual é complementar à Art. 47. As cláusulas contratuais serão legal e será conferida mediante termo escrito. interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor. Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve ser padronizado e esclarecer, Art. 48. As declarações de vontade constantes de escritos particulares, recibos e pré-contratos relativos às relações de consumo vinculam o fornecedor, ensejando inclusive execução específica, nos termos do art. 84 e parágrafos. de maneira adequada em que consiste a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de manual de Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura instrução, de instalação e uso do produto em linguagem didática, com ilustrações. Assim como no momento da comercialização, o Código de Defesa do Consumidor também estabelece leis relacionadas às práticas abusivas no contrato, como: cláusulas abusivas são consideradas nulas e o consumidor tem o direito de recorrer a um juiz; produtos e serviços que envolvam crédito ou financiamento devem informar previamente o consumidor sobre o valor, as taxas de juros, acréscimos previstos, quantidade de prestações e soma total a pagar.

CAPÍTULO VI Da Proteção Contratual VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negócio jurídico pelo consumidor; SEÇÃO II Das Cláusulas Abusivas IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora obrigando o consumidor; Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira unilateral; I impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços ou XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao consumidor; impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis; XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação, sem que igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor; II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos neste código; XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua celebração; III - transfiram responsabilidades a terceiros; XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de IV - estabeleçam obrigações consideradas normas ambientais; iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade; XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor; V - (Vetado); XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por benfeitorias necessárias. VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor; 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vontade que: VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem; I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que pertence;

II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual; V - soma total a pagar, com e sem financiamento. 1 As multas de mora decorrentes do inadimplemento de obrigações no seu termo não poderão ser superiores a dois por cento do III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor, considerando-se a natureza e valor da prestação. (Redação dada pela Lei nº 9.298, de 1º.8.1996) conteúdo do contrato, o interesse das partes e outras circunstâncias peculiares ao caso. 2º É assegurado ao consumidor a liquidação antecipada do débito, total ou parcialmente, 2 A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar dos esforços de mediante redução proporcional dos juros e demais acréscimos. 3º (Vetado). integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes. Art. 53. Nos contratos de compra e venda de móveis ou imóveis mediante pagamento em 3 (Vetado). prestações, bem como nas alienações fiduciárias em garantia, consideram-se nulas de 4 É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o represente requerer ao Ministério Público que ajuíze a competente ação para ser declarada a nulidade de cláusula contratual que contrarie o disposto neste código pleno direito as cláusulas que estabeleçam a perda total das prestações pagas em benefício do credor que, em razão do inadimplemento, pleitear a resolução do contrato e a retomada do produto alienado. ou de qualquer forma não assegure o justo equilíbrio entre direitos e obrigações das partes. 1 (Vetado). Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços que envolva outorga de crédito ou concessão de financiamento ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros requisitos, informá-lo prévia e adequadamente sobre: 2º Nos contratos do sistema de consórcio de produtos duráveis, a compensação ou a restituição das parcelas quitadas, na forma deste artigo, terá descontada, além da vantagem econômica auferida com a fruição, os prejuízos que o desistente ou inadimplente I - preço do produto ou serviço em moeda causar ao grupo. corrente nacional; II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de juros; III - acréscimos legalmente previstos; 3 Os contratos de que trata o caput deste artigo serão expressos em moeda corrente nacional. IV - número e periodicidade das prestações;

Caso tenha sido lesado em seus direitos básicos ou prejudicado por determinada situação, o consumidor tem direito a ser indenizado por quem lhe vendeu o produto ou lhe prestou o serviço. Tipos de reparação Em casos em que o consumidor for lesado em seus direitos, o tipo de dano a ser reparado pelo fornecedor pode ser: contratual, resultante do não atendimento de uma das cláusulas do contrato. aquiliano, resultante de um ato ilícito. Importante: de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, é nula a cláusula de contrato que desobriga o fornecedor do dever de indenizar.