Energia Nuclear. J.G. Marques IST/ITN. Perspectivas Energéticas para o Século XXI. Instituto para a Investigação Interdisciplinar, 12 Junho 2013 1



Documentos relacionados
Energia, tecnologia e política climática: perspectivas mundiais para 2030 MENSAGENS-CHAVE

Células de combustível

GERAÇÃO ELÉCTRICA SEGURA E COMPETITIVA Gás Natural e Carvão Limpo

ASPECTOS GERAIS DA ENERGIA NUCLEAR E A ESTRUTURA DO SETOR NUCLEAR NO PAÍS

I SENCIR SEMANA DE ENGENHARIA NUCLEAR E CIÊNCIAS DAS RADIAÇÕES ESCOLA DE ENGENHARIA UFMG

Uma visão geral do sector das energias renováveis na Roménia

Relatório da Visita de Estudo à. Central Termoeléctrica da CEM em Coloane. Escola Portuguesa de Macau Disciplina: Física e Química A

Energia nuclear em. Carlos Pimenta. Centro de Estudos em Economia da Energia, dos Transportes e do Ambiente

Produção de Energia Alternativa

Exploração sustentada de recursos geológicos Recursos energéticos

O RELATÓRIO DE ENERGIA ENERGIA 100% RENOVÁVEL ATÉ 2050

CICLO DE CONFERÊNCIAS ENGENHARIA EM MOVIMENTO

Energia e Desenvolvimento A situação de Cabo Verde: Evolução, Ganhos e Perspectivas

Empresas de diversos setores necessitam de produzir águas quentes no âmbito das suas atividades, como por exemplo:

Em 20 anos, Brasil poderá gerar 280 MW de energia do lixo

Disciplina: Fontes Alternativas de Energia

A ENERGIA SOLAR NA UNIVERSIDADE DE ÉVORA

ESCOLA DE COMANDO E ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO (ECEME) 4º Congresso de Ciências Militares

Colectores Solares para Aquecimento de Água

Energia Competitiva para o Nordeste: Energia Limpa e Renovável

RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO

Matriz de referência de Ciências da Natureza e suas Tecnologias

APROVEITAMENTO DO POTENCIAL HIDRELÉTRICO NACIONAL : Alternativas Após o Seu Esgotamento

Mobilidade eléctrica. Jorge Cruz Morais. Seminário Mobilidade Eléctrica Lisboa, 2 de M arço de 2011

ÍNDICE 1. QUEM SOMOS 2. A ENERGIA EM PORTUGAL 3. CONTRIBUIÇÃO DAS RENOVÁVEIS PARA O DESENVOLVIMENTO NACIONAL

Certificação e Monitorização de Edifícios Públicos Municipais em Cascais

Utilização Racional de Biomassa Florestal Mitos e Realidades

VAMOS FAZER MENOS LIXO: REDUÇÃO REUTILIZAÇÃO REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO E RECICLAGEM

USO DO GÁS NATURAL DE PETRÓLEO NA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Apresentação CEI. Perspectivas no mercado de energia fotovoltaica

rotulagem de energia eléctrica

PANORAMA ENERGÉTICO INTERNACIONAL

GRANDES BARRAGENS: ENERGIA VERDE OU ESVERDEADA?

Comentários sobre o. Plano Decenal de Expansão. de Energia (PDE )

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Escola de Engenharia Pós-Graduação em Gestão de Energia - Edição

CARTA ABERTA AO BRASIL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA 2015

PERSPECTIVAS MUNDIAIS DA TECNOLOGIA ENERGÉTICA 2050 (ESTUDO WETO-H2)

Universidade Eduardo Mondlane FACULDADE DE ENGENHARIA Departamento de Engª Mecânica

Conceitos Básicos sobre Gestão da Energia e Sustentabilidade

Elaborado pelos alunos do 8º A da Escola Secundária Infante D. Henrique:

Volatilidade e Mudanças Estruturais Impactos na Indústria de Petróleo

República de Angola MINISTÉRIO DA ENERGIA E ÁGUAS

Banco de questões n.º1

Profa. Dra. Vivian C. C. Hyodo

Fórum Permanente do Gás LP 7º Encontro

Status da Energia Nuclear no mundo Presente e Futuro. Ruth Alves - 29/11/2013 ABEN Associação Brasileira de Energia Nuclear

VII Jornadas Pascal. Energia: os desafios do futuro António Comprido Secretário-Geral da Apetro

Escola Profissional Desenvolvimento Rural de Abrantes. O consumismo de energia

2. Porque queremos diminuir a Pegada Ecológica? 4. Em que consiste a sustentabilidade ambiental?

Energia Primária da Biomassa e Reconversão do CO₂ em Energia. Autor: Eng. Raymond Guyomarc h Palestrante: Eng. Hely de Andrade SEE BRASIL

Fortaleza, junho de 2015

Reatores Nucleares - Conceitos

Apague velhos. Acenda uma grande. hábitos. idéia.

WORKSHOP PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA ENERGIA NUCLEAR NA MATRIZ ELÉTRICA DO BRASIL

ARTIGO TÉCNICO. Os objectivos do Projecto passam por:

Energia nuclear 1 INTRODUÇÃO 2 FISSÃO NUCLEAR. leve usa como combustível o urânio 235 (também chamado de urânio enriquecido) e como

Introdução. Projecto EDSF / APF. Manual de Boas Práticas na Utilização da Energia

ESPELHO DE EMENDA DE APROPRIAÇÃO DE DESPESA

Implicações para a Produção Descentralizada de Energia

Geração de Energia a partir de Cavaco de Madeira (Biomassa) Author: Michael Vahrenkamp / Marcio Teixeira Date: 25/11/13

SECTOR DA FABRICAÇÃO DE ARTIGOS DE BORRACHA E MATÉRIAS PLÁSTICAS

Ferramentas para a Gestão do Espaço Rural Gestão Agronómica e Energética em duas espécies distintas Capítulo 1 Introdução

Os combustíveis fósseis e as energias alternativas

Mudança do Clima. Luiz Gylvan Meira Filho

CAPÍTULO 28 A QUESTÃO ENERGÉTICA

Consumo e geração de energia equilibrados

POTENCIAL DA BIOENERGIA FLORESTAL

As Principais Fontes De Energia Presentes No Mundo

CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO

GERAÇÃO DISTRIBUÍDA E COGERAÇÃO COM GÁS NATURAL: BARREIRAS TECNOLÓGICAS E INSTITUCIONAIS

A VISÃO do ENERGYIN Motivos da sua criação & Objectivos

Soluções energéticas para o Brasil: principais desafios

Um guia para principiantes acerca de Energia e Potência

Geradores de calor ( Produção de calor )

CAPÍTULO 28 A QUESTÃO ENERGÉTICA. Professor: Gelson Alves Pereira 2ª Série Ensino Médio

Tecnologia Alternativa Combustíveis renováveis

ETENE. Energias Renováveis

Geração Elétrica Total. Cenário de Referência (2007)

O Mercado de Energia Eólica E e no Mundo

Energias Renováveis Tecnologias Integradas com o Sistema Nacional

FORNECEMOS EQUIPAMENTOS E LINHAS COMPLETAS PARA FABRICAÇÃO DE PELLET S PELLETS DE MADEIRA O COMBUSTIVEL DE AMANHÃ

Mais clima para todos

Conceito e Evolução da utilização da Energia

ALEXANDRE UHLIG Instituto Acende Brasil. EXPANSÃO DA GERAÇÃO NA ERA PÓS- HIDRELÉTRICA Guia para debates

Acumuladores de Calor

DISCUTINDO O FUTURO DA SUSTENTABILIDADE ENERGÉTICA NO BRASIL

Energia e Ambiente: duas faces da mesma moeda

Medida Solar Térmico 2009 Impulsionar a Eficiência Energética e a Economia Nacional

Perspectivas da Energia Solar e o Apoio do BNDES ao Setor

Projecto Bio-Escola Episódios de uma escola sustentável

Etanol, Bio eletricidade e Mudanças Climáticas

José Perdigoto Director Geral de Energia e Geologia. Lisboa, 20 de Junho de 2011

Mercedes-Benz destaca na Rio+20 as vantagens ambientais do uso de diesel de cana e biodiesel em caminhões e ônibus

Sumário executivo. Em conjunto, as empresas que implementaram

NUCLEARINSTALLATIONSAFETYTRAININGSUPPORTGROUP DISCLAIMER

Energia: prioridades para a Europa Apresentação de J.M. Barroso,

Tratamento de Chorume. Tecnologia :

ENERGIA Fontes e formas de energia Impactos ambientais. Prof. Dra. Carmen Luisa Barbosa Guedes

Energias Renováveis (ER) Sustentabilidade Económica e Ambiental

PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CIDADE DE SÃO PAULO

Transcrição:

Energia Nuclear J.G. Marques IST/ITN Perspectivas Energéticas para o Século XXI Instituto para a Investigação Interdisciplinar, 12 Junho 2013 1

Sumário Introdução Recursos Naturais Resíduos Radioactivos Tecnologia dos Reactores de Cisão Conclusões 2

Introdução Diversos estudos apontam sistematicamente para um aumento significativo das necessidades de energia a nível mundial. A Comissão Europeia estima que esta necessidade aumente para o dobro da actual em 2050, i.e., sete vezes mais do que o aumento da população. Ao mesmo tempo verificam-se como factores limitativos: Reservas finitas de combustíveis fósseis; Necessidade de redução de emissões de GEE. 3

Introdução Relação ente índice de desenvolvimento humano e consumo anual de electricidade per capita. 4

Introdução Hídrica 16.2% Outras renováveis 3.3% Carvão 40.6% Nuclear 13.4% Gás 21.4% Petróleo 5.1% Geração de electricidade a nível Mundial (OCDE, Key World Energy Statistics 2011). 5

Introdução Lewis Strauss, Chairman da Atomic Energy Commission dos EUA, disse num discurso em 1954: Our children will enjoy in their homes electrical energy too cheap to meter. Esta visão utópica pareceu poder tornar-se realidade na década de 70, depois do primeiro choque petrolífero, período em que se deu uma expansão significativa do uso da energia nuclear. Contudo, os acidentes de TMI (1977), Chernobyl (1986) e Fukushima (2011) têm conduzido a sucessivas mudanças de optimismo pessimismo, apenas parcialmente reversíveis. 6

Introdução Evolução do número de reactores ligados à rede e em operação (PRIS database, IAEA). 7

Introdução O ritmo de construção abrandou depois do acidente de TMI, apesar de terem sido terminados quase todos os reactores em construção. O acidente de Chernobyl actuou como um 2º travão, levando ao estabelecimento de políticas contra a energia nuclear. O número de reactores em operação tem-se mantido aprox. constante nos últimos 20 anos: Novos reactores compensam (numericamente) saídas; Construção sobretudo na Ásia; A potência total instalada tem aumentado. 8

Introdução Sucesso da energia nuclear de cisão dependente de três factores principais e da interligação destes. 9

10

Recursos naturais Canada 9% Kazakhstan 17% Russian Federation 4% USA 7% Niger 5% Uzbekistan 2% India 1.4% China 1.3% Brazil 6% Namibia 6% Australia 24% Distribuição geográfica dos principais recursos uraníferos identificados (NEA) 11

Recursos naturais Elemento de combustível para reactor PWR. Cada vareta de liga de Zr contém ~300 pastilhas de UO 2. 12

Recursos naturais Um reactor com 1 GWe requer aproximadamente 20 t de urânio enriquecido por ano. Para as produzir é necessário ~200 t de urânio natural, dadas as características do processo de enriquecimento. Não é realista extrair todo o U-235 do urânio natural, pois é necessário realizar um trabalho de separação, o qual tem um custo (não-linear). Para comparação, uma central a carvão requer 4x10 6 t de carvão por ano. Razão de 1:2x10 4, cerca de 100x inferior ao esperado se todo o urânio fosse usado. 13

Recursos naturais Recursos uraníferos seguros avaliados em 5.5 Mt, presumindo-se que existam mais 10.5 Mt. Adicionalmente, será possível recuperar 22 Mt urânio a partir de fosfatos (50-200 ppm de U). Consumo mundial tem sido de 60-70 kt por ano. Três cenários básicos, ao consumo actual: Urânio para 70-80 anos (recursos seguros); Urânio para 500 anos (todos os recursos); Urânio para ~20 mil anos (ciclo fechado; forte utilização do U-238). 14

Recursos naturais Duração previsível do urânio natural para três cenários de utilização. 15

Recursos naturais Com os reactores actuais é possível utilizar menos urânio natural, se conseguirmos: Realizar mais trabalho de separação durante o processo de enriquecimento; Cindir uma quantidade maior de urânio nos elementos de combustível (maior queima); Reciclar os elementos de combustível depois da sua primeira utilização. Estes três factores encontram limitações físicas, que passamos a analizar. 16

Recursos naturais Variação do trabalho de separação (SWU) e da massa de 17 urânio natural (M F ) para um enriquecimento de 4%.

Recursos naturais Variação dos custos do urânio e do trabalho de separação; este último tem aumentado apesar da transição generalizada de enriquecimento por difusão para centrifugação. 18

Recursos naturais Trabalho de separação pode ser aumentado para além do ponto óptimo (do ponto de vista económico) sem grande acréscimo de custo final. Custo do combustível ~15% do kwh. Se aumentarmos o trabalho de separação em 50% pode poupar-se cerca de 20% do urânio necessário por reactor. Número limitado de instalações para enriquecimento de urânio. Limitações associadas a não-proliferação de armas nucleares. 19

Recursos naturais Evolução da taxa de queima em reactores BWR e PWR desde a década de 80. O aumento deve-se essencialmente a progressos no fabrico dos elementos de combustível. 20

Recursos naturais Queima média de elementos de combustível pode aumentar 30-50%, até cerca de 60 GWd/tU. Limitação imposta por materiais: Formação de zona na periferia do combustível com queima acentuada; Corrosão da baínha do combustível. Limitação imposta por outros factores: Necessário enriquecimento inicial superior a 5%; Problemas de criticidade em toda a cadeia de produção de combustível e posterior armazenamento. 21

22

Ao aumentar a queima média do combustível também se reduz na mesma proporção o volume de resíduos radioactivos (num ciclo aberto). Composição típica do combustível irradiado: 96% de urânio; 1% de plutónio; 3% de produtos de cisão; Reciclagem: Resíduos radioactivos Recuperar U e Pu para novo combustível; Separar os produtos de cisão para vitrificação e armazenamento definitivo. 23

Resíduos radioactivos Composição típica do combustível após irradiação. Através do reprocessamento pode-se recuperar o U (enriquecimento médio de ~0.8%), o Pu (para combustível MOX) e separar os resíduos para armazenamento. 24

Resíduos radioactivos Radiotoxicidade relativa de três grupos de resíduos: produtos de cisão (PC); PC com actinídeos menores (AM); PC com AM mais plutónio. Separação reduz volume e tempo de 25 armazenamento em depósito geológico.

Resíduos radioactivos Armazenamento geológico usa conceito de imposição de barreiras múltiplas de retenção. 26

Resíduos radioactivos Os resíduos produzidos nos reactores naturais de Oklo (5.4 t produtos cisão + 1.5 t Pu) mantiveram-se na zona circundante dos reactores. O Pu migrou menos de 3 m a partir das zonas em que foi formado. 27

Resíduos radioactivos Opinião pública sobre depósitos geológicos: Problemática nos EUA (Yucca Mountain); Recusa em Itália; Aceitação na Suécia e Finlândia; Volume dos resíduos deve ser reduzido: Com ciclo aberto é necessário abrir um depósito com as características da Yucca Mountain, algures no Mundo, cada 3-4 anos, se a utilização de energia nuclear aumentar (estudo do MIT). Redução do tempo de armazenamento é desejável. 28

Resíduos radioactivos Para uma utilização mais racional dos depósitos geológicos é necessário: Separar os produtos de cisão do Pu e dos MA. Usar Pu em comb. MOX ( mix oxide, UO 2 +PuO 2 ). Cindir MA com neutrões rápidos. Transmutar produtos de cisão com T 1/2 grande. Transmutação: 99 Tc (T 1/2 =213 000 a) transformado por captura neutrónica em 100 Tc (T 1/2 =15.8 s), que decai para 100 Ru, estável. 129 I (T 1/2 =16x10 6 a) transformado em 130 I (T 1/2 =12.4 h), que decai para 130 Xe, estável. 29

Resíduos radioactivos Cisão dos MA requer neutrões rápidos: Cisão só ocorre com neutrões rápidos (tem limiar). Com neutrões térmicos só são transformados em outros elementos transuranianos, por activação. Reactores a neutrões rápidos: Mais complicados de construir e operar. Quantidade de MA no combustível inferior a 5%. Acceleration Driven Systems juntam acelerador e reactor. O acelerador fornece neutrões extra por reacções de espalação num alvo apropriado. Permite ter quantidades maiores de MA. 30

31

Tecnologia de cisão xxx. 32

Tecnologia de cisão Tecnologia de cisão fortemente marcada por opções tomadas nas décadas de 1940 e 1950: Programa de propulsão naval; Reactores compactos, moderados e arrefecidos a água. Vantagens dos reactores da 3ª Geração: Design simplificado e mais robusto; Maior uso de mecanismos de segurança passiva; Redução da probabilidade de fusão do núcleo; Medidas de mitigação em caso de fusão, para reduzir o impacto dos acidentes. 33

Tecnologia de cisão O European Pressurised Reactor (EPR) reflecte uma nova filosofia: no need for emergency evacuation outside the immediate vicinity of the plant, only limited sheltering, and no long-term restrictions in the consumption of food. É o primeiro reactor a incluir medidas para manter no edifício do reactor o material resultante da fusão do núcleo ( corium, mistura de urânio com outros materiais). Esta solução começou a ser adoptada em muitos dos reactores da 3ª Geração. 34

Tecnologia de cisão Água para remoção de calor Camada de material refractário para recolher o núcleo fundido Core catcher do EPR. 35

Tecnologia de cisão Reactor a água ebuliente da 3ª Geração (ESBWR) com depósitos múltiplos de água para manter o núcleo sempre coberto, sem necessidade de mecanismos activos. 36

Tecnologia de cisão Generator Steam Turbine Condenser Water-Filled Pool Below Ground Containment NSSS J. Nylander and M. Cohen Reactor modular (NuScale, 160 MW, 45 MWe); cada módulo tem turbina/gerador, podendo juntar-se o número de módulos 37 necessário para a potência requerida.

Conclusões Reactores de cisão baseados em tecnologia madura, com recursos naturais suficientes. Diversas soluções tecnológicas disponíveis, com claras vantagens relativamente às soluções de há 2-3 décadas. Com a actual frota de reactores: Possível aumentar queima do combustível; Possível diminuir o consumo de urânio natural; Reciclagem tem impacto sobretudo no armazenamento definitivo dos resíduos. 38

Conclusões Reactores da 4ª geração: Utilização em larga escala do urânio; Possível aumentar o nº de reactores de cisão. O nosso caminho: Substituir reactores antigos por reactores de 3ª Geração; Investir em novas soluções para tratamento de resíduos radioactivos; Completar o desenvolvimento de reactores de 4ª Geração (e de reactores de fusão) para enfrentar os desafios do século XXI. 39