ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA Legislação das Pessoas com Deficiência Lei nº 8.160 de 1991 e Lei nº 11.126 de 2005 - Símbolo Internacional de Surdez e Direito de Ingresso e Permanência, do Deficiente Visual, Acompanhado de Cão-guia Prof. Caio Silva de Sousa
Instituída pela Lei Federal nº 10.436/02, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é a língua materna da comunidade surda, no Brasil. A Libras consiste em um sistema linguístico de natureza visualmotora, com estrutura gramatical própria, que tem como origem a Língua Francesa de Sinais (LSF), e que é fundamental para a comunicação de pessoas surdas.
A NBR 9050 define acessibilidade como a possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaços, mobiliários, equipamentos urbanos e elementos. Assim, pode-se dizer que acessibilidade, além de proporcionar a população o direito de ir e vir, com segurança e o melhor grau de independência possível, ela garante a inclusão em todos os ambientes necessários.
Afinal, qual é a finalidade deste símbolo? Segundo a NBR 9050, esta representação indica que serviços, espaços, edificações, mobiliário e equipamentos urbanos são acessíveis a pessoas com deficiência (deficientes auditivos, visuais e cadeirantes, por exemplo) ou com mobilidade reduzida (idosos, gestantes e obesos, por exemplo).
Artigo 1º. É obrigatória a colocação, de forma visível, do "Símbolo Internacional de Surdez" em todos os locais que possibilitem acesso, circulação e utilização por pessoas portadoras de deficiência auditiva, e em todos os serviços que forem postos à sua disposição ou que possibilitem o seu uso.
Artigo 2º. O "Símbolo Internacional de Surdez" deverá ser colocado, obrigatoriamente, em local visível ao público, não sendo permitida nenhuma modificação ou adição ao desenho reproduzido no anexo a esta lei. Artigo 3º. É proibida a utilização do "Símbolo Internacional de Surdez" para finalidade outra que não seja a de identificar, assinalar ou indicar local ou serviço habilitado ao uso de pessoas portadoras de deficiência auditiva.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica à reprodução do símbolo em publicações e outros meios de comunicação relevantes para os interesses do deficiente auditivo, a exemplo de adesivos específicos para veículos por ele conduzidos. Artigo 4º. O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de noventa dias, a contar de sua vigência.
Esse símbolo normalmente é visto em locais que oferecem acessibilidade, algum tipo de ajuda ou acesso especial para deficientes auditivos. Também pode ser usado para identificar uma pessoa com deficiência auditiva.
Cão-guia é um tipo de cão de assistência. É um animal adestrado para guiar pessoas cegas ou com deficiência visual grave, ou auxiliá-los nas tarefas caseiras. Durante a condução dos deficientes visuais, o cão deve ter a capacidade de discernir eventuais perigos devidos a obstáculos ou outros, o que requer cães de inteligência bastante elevada com treino rigoroso e adequado ao seu trabalho de cão-guia.
Embora os cães possam ser treinados para se desviar de vários obstáculos, eles não são capazes de distinguir cores como verde e vermelho, não podendo interpretar um semáforo. Eles são treinados para observarem o fluxo da área a ser percorrida e daí sim realizar a ação desejada com segurança.
Os cães-guia são um companheiro imprescindível para o seu dono, que sem o seu trabalho de guia não poderiam ter a liberdade de sair de casa e de praticar as atividades diárias comuns. Os cães-guia são treinados por profissionais em entidades especializadas. A pessoa com deficiência visual usuária de cão-guia tem o direito de ingressar e permanecer com o animal em todos os locais públicos ou privados de uso coletivo.
Artigo 1º. É assegurado a pessoa com deficiência visual acompanhada de cão-guia o direito de ingressar e de permanecer com o animal em todos os meios de transporte e em estabelecimentos abertos ao público, de uso público e privados de uso coletivo, desde que observadas as condições impostas por esta Lei.
1º. A deficiência visual referida no caput deste artigo restringese à cegueira e à baixa visão. 2º. O disposto no caput deste artigo aplica-se a todas as modalidades e jurisdições do serviço de transporte coletivo de passageiros, inclusive em esfera internacional com origem no território brasileiro. Artigo 2º. (VETADO)
Artigo 3º. Constitui ato de discriminação, a ser apenado com interdição e multa, qualquer tentativa voltada a impedir ou dificultar o gozo do direito previsto no artigo 1º desta Lei.
Artigo 4º. Serão objeto de regulamento os requisitos mínimos para identificação do cão-guia, a forma de comprovação de treinamento do usuário, o valor da multa e o tempo de interdição impostos à empresa de transporte ou ao estabelecimento público ou privado responsável pela discriminação. Regulamento: Decreto Federal nº 5.904/06