1.685,8 kg/ha/ano. Na bacia Alto da Colina a estação AC-I, apresentou para DBO 5 a carga de 30,4 kg/ha/ano, para coliformes fecais 5,4x10 11

Documentos relacionados
IV-028 ESTUDO COMPARATIVO DO LANÇAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA DRENAGEM URBANA EM DUAS BACIAS HIDROGRÁFICAS

Avaliação da Carga Poluente no Sistema de Drenagem de Duas Bacias Hidrográficas Urbanas

IX-011 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL DA BACIA ALTO DA COLINA

IX COMPARAÇÃO DA CARGA DIFUSA EM BACIA URBANA E RURAL

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA E DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA

AVALIAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS VEICULADOS EM SISTEMAS DE DRENAGEM URBANA

UTILIZAÇÃO DE AMOSTRADORES INSTANTÂNEOS DE ÁGUA PARA AVALIAÇÃO DA CARGA POLUENTE NA DRENAGEM PLUVIAL URBANA

ACÚMULO E CARREAMENTO DE METAIS NAS ÁGUAS DE DRENAGEM URBANA DE GOIÂNIA

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA FACULDADE DE ENGENHARIA DE ILHA SOLTEIRA

ANÁLISE AMBIENTAL E DA QUALIDADE DA ÁGUA DE NASCENTES DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO GRAMAME/PB

PROGRAMA ANALÍTICO E EMENTA DE DISCIPLINA DA PÓS GRADUAÇÃO

CARGAS DIFUSAS URBANAS DE POLUIÇÃO

Controle da Poluição POLUIÇÃO DIFUSA. Fontes de poluição das águas

V INFLUÊNCIA DAS CARACTERÍSTICAS HIDROLÓGICAS NA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RESERVATÓRIO DO ARROIO VACACAÍ-MIRIM

IX-006 CONCENTRAÇÃO DE SEDIMENTOS EM SUSPENSÃO EM UMA PEQUENA BACIA HIDROGRÁFICA EM URBANIZAÇÃO

Drenagem Urbana e Limpeza Pública. Liliane Frosini Armelin

Monitoramento da qualidade da água do córrego Mutuca Gurupi/TO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE INSTITUTO FEDERAL DE SERGIPE APLICAÇÕES DO SWAT. Marinoé Gonzaga da Silva

ESTUDO DA PRODUÇÃO DE CARGA DIFUSA PELO MÉTODO DA UNIDADE DE CARGA NA RODOVIA DOS TAMOIOS. ESTUDO DE CASO: BACIA CONTRIBUINTE DO KM 37 AO 38.

Manual de protocolos e coletas e análise de efluentes e rejeitos industriais

AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DA CODISPOSIÇÃO DE LODO SÉPTICO EM LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO NO TRATAMENTO DE LIXIVIADO DE ATERROS SANITÁRIOS

POLUIÇÃO DIFUSA RESUMO

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária PHD 2537 Águas em Ambientes Urbanos POLUIÇÃO DIFUSA

ANÁLISE QUANTITATIVA PRELIMINAR DE ESTUDOS DE MEDIÇÃO DE PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO NEGRO-RS

PROGRAMA ANALÍTICO E EMENTA DE DISCIPLINA DA PÓS GRADUAÇÃO

ANÁLISE DOS POLUTOGRAMAS PARA UM EVENTO CHUVOSO NUMA GALERIA DE DRENAGEM PLUVIAL

RELATÓRIO DE PROJETO DE PESQUISA - CEPIC INICIAÇÃO CIENTÍFICA

V SIMULAÇÃO DO FERRO, DO ALUMÍNIO E DO FÓSFORO NO RIO IBICUÍ UTILIZANDO O MODELO QUAL2E

Programa Analítico de Disciplina CIV442 Qualidade da Água

Monitoramento da qualidade da água da Bacia do Córrego Ribeirão Preto, SP. Érica Maia De Stéfani, Analu Egydio dos Santos

A influência da poluição atmosférica na qualidade das águas pluviais

ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA NO CÓRREGO ÁGUA BRANCA, ITIRAPINA-SP.

Tonimara de Souza Cândido1, João Henrique Miranda2, Marcos Vinicius Sanches Abreu3, Larissa Quartaroli⁴

Universidade Federal de Alagoas

MONITORAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO BENFICA COM VISTAS À SUA PRESERVAÇÃO

INFLUÊNCIA DO ph NO TRATAMENTO DE LIXIVIADO DE ATERRO SANITÁRIO POR PROCESSO DE STRIPPING DE AMÔNIA.

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DE CHICANAS NO DESEMPENHO DE LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO NO TRATAMENTO DE ESGOTOS DOMÉSTICOS.

Caracterização do esgoto sanitário coletado na cidade de Passo Fundo-RS

Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental

22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

SANEAMENTO AMBIENTAL EXPERIMENTAL - TH 758

Graduando em Engenharia Ambiental e Sanitária do Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM. (2)

II-019 ESTUDO COMPARATIVO ENTRE DOIS SISTEMAS DE PÓS- TRATAMENTO PARA REATORES UASB EM ESCALA REAL

EFICIÊNCIA NA ADERÊNCIA DOS ORGANISMOS DECOMPOSITORES, EMPREGANDO-SE DIFERENTES MEIOS SUPORTES PLÁSTICOS PARA REMOÇÃO DOS POLUENTES

TRATAMENTO DE EFLUENTE DOMÉSTICO DE LODOS ATIVADOS POR MEMBRANA DE ULTRAFILTRAÇÃO

PROGRAMA ANALÍTICO DE DISCIPLINA

disposição de resíduos, mesmo que tratados.

Gestão de Inundações urbanas. Dr. Carlos E M Tucci Rhama Consultoria e IPH - UFRGS

Avaliação da utilização de kits de potabilidade na determinação da qualidade da água do Córrego Mutuca no município de Gurupi/TO

Cargas externas de poluentes. Princípios da Modelagem e Controle da Qualidade da Água Superficial Regina Kishi, 10/23/2014, Página 1

II-173 A FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO COMO ORIGEM DA POLUIÇÃO DOS CORPOS RECEPTORES: UM ESTUDO DE CASO.

AVALIAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DO REGIME HIDROLÓGICO DO RIO CATU FRENTE À MUDANÇAS NO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

ESTUDO DE CASO DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA DE UMA PARCELA DO ARROIO DOS PEREIRAS (IRATI-PR)

DIAGNÓSTICO ATUAL E SIMULAÇÃO DA FUTURA QUALIDADE DAS ÁGUAS DO RIO DOS SINOS/RS

RECURSOS HÍDRICOS AVALIAÇÃO DA EXTENSÃO DE ZONAS DE MISTURA DE EFLUENTES PARA A PORÇÃO SUPERIOR DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO SANTA MARIA DA VITÓRIA

¹ Universidade Federal de Campina Grande

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental - PPGEAmb

7 Cargas na bacia. Carga = Massa / Tempo. Carga = Q x C. Cargas Pontuais Cargas Difusas. Fontes pontuais. Fontes difusas

XXI CONGRESSO LATINOAMERICANO DE HIDRÁULICA SÃO PEDRO, ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL, OUTUBRO, 2004.

Programa Analítico de Disciplina CIV347 Sistemas de Esgotos

RESÍDUOS SÓLIDOS e ÁREAS CONTAMINADAS. Profa. Dra. Wanda M. Risso Günther FSP/USP

DETERMINAÇÃO DO IQA DO ARROIO CLARIMUNDO NA CIDADE DE CERRO LARGO/RS 1 DETERMINATION OF THE IQA OF CLARIMUNDO RIVER IN THE CITY OF CERRO LARGO/RS

AVALIAÇÃO ESPAÇO TEMPORAL DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS DO RIO PARATI, MUNICÍPIO DE ARAQUARI/SC.

VAZÕES MÍNIMAS E VAZÕES DE REFERÊNCIA PARA OUTORGA DE DIREITO DE USO DE RECURSO HÍDRICO NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PIAUITINGA, SERGIPE, BRASIL

PLANOS DIRETORES DE DRENAGEM URBANA: PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS

INVESTIGAÇÃO DA EVOLUÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE POÇOS NA ZONA URBANA NO MUNICÍPIO DE SOUSA-PB ATRAVÉS DE PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS E MICROBIOLÓGICOS

ALTERAÇÕES ESPACIAIS E TEMPORAIS DE VARIÁVEIS LIMNOLÓGICAS DO RESERVATÓRIO DO MONJOLINHO (S. CARLOS)

Desempenho operacional de lagoas de estabilização do estado de Goiás, Brasil. Susane Campos Mota Angelim, SANEAGO Eraldo Henriques de Carvalho, UFG

COMPARAÇÃO DE DUAS METODOLOGIAS PARA DETERMINAÇÃO DO VOLUME DE DETENÇÃO EM PEQUENAS BACIAS URBANAS O CASO DE PORTO ALEGRE/RS BRASIL.

QUALIDADE DA ÁGUA: AVALIAÇÃO DE UM TRECHO DE UM CÓRREGO DO INTERIOR DE GOIÁS

Apresentação do plano de ensino Introdução a hidrologia

21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental

A IMPORTÂNCIA DA INSTALAÇÃO DE ESTAÇÕES FLUVIOMÉTRICAS E PLUVIÔMETRICAS PARA O ESTUDO DA HIDROLOGIA: CASO DA BACIA DO RIO JUQUERIQUERÊ

PHD-5004 Qualidade da Água

DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL EM UMA MICROBACIA URBANA

Retrospectiva sobre regimes hidrológicos e importância do planejamento urbano na prevenção quanto a eventos extremos

Recuperação de córregos urbanos: A importância da gestão participativa.

Graduandos em Engenharia Ambiental e Sanitária - Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM. (2)

ESTUDO DE ALTERNATIVAS VIÁVEIS PARA TRATAMENTO DE ESGOTO DOMÉSTICO EM MUNICÍPIOS DO ESTADO DE SERGIPE

CARACTERIZAÇÃO DO EFLUENTE RESULTANTE DO PROCESSO DE LAVAGEM DE PLÁSTICO FILME AVALIANDO APLICAÇÃO DE TRATAMENTO PELO PROCESSO ELETROLÍTICO.

II PÓS-TRATAMENTO DE EFLUENTES DE LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO ATRAVÉS DE PROCESSOS FÍSICO-QUÍMICOS OBJETIVANDO REUSO

Palavras-chave: Qualidade da Água, Uso e Ocupação do Solo, Bacia do Rio Piabanha. Keywords: Water Quality, Use and Land Cover, River Basin Piabanha.

AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE QUALIDADE DE ÁGUA (IQA) DE DUAS NASCENTES NO MUNICÍPIO DE ILHA SOLTEIRA-SP

II EFICIÊNCIA NO TRATAMENTO DE EFLUENTE DE FÁBRICA DE PAPEL POR LAGOAS E RESERVATÓRIO DE ESTABILIZAÇÃO

TÍTULO: DRENAGEM URBANA - PLANEJAMENTO E MÉTODOS CONSTRUTIVOS CONVENCIONAIS E ALTERNATIVOS

Medidas de Controle na Drenagem Urbana

Brenda Gonçalves Piteira Carvalho (AUTOR PRINCIPAL) Universidade Federal do Pará

Análise da qualidade da água. Parâmetros inorgânicos e físico-químicos. Coleta 4 - dezembro Contrato n

RELATÓRIO DE PROJETO DE PESQUISA - CEPIC INICIAÇÃO CIENTÍFICA

COMPOSIÇÃO DO ESGOTO AFLUENTE À ELEVATÓRIA DE ESGOTO DO UNA, BELÉM/PA.

ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DAS ÁGUAS DO CÓRREGO MOSCADOS EM MARINGÁ-PR

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária PHD2537-Águas em Ambientes Urbanos.

Estratégias de conservação de solo e da água em pequenas bacias hidrográficas. Jean PG Minella

MONITORAMENTO LIMNOLÓGICO E DA QUALIDADE DAS ÁGUAS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA PCH NINHO DA ÁGUIA PÓS-ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO

INFLUÊNCIA DA OCUPAÇÃO DO SOLO E DO EXCEDENTE HÍDRICO SOBRE A VAZÃO E TRANSPORTE DE SEDIMENTOS

Eixo Temático: Inovação e Sustentabilidade em Diferentes Setores CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS DO ARROIO CANCELA FRENTE À RESOLUÇÃO Nº 357/2005

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA DISPONIBILIZADA NO CANAL DO SERTÃO ALAGOANO

Transcrição:

6. CONCLUSÕES O presente estudo visou avaliar a carga poluente da água e de resíduos sólidos transportada pelo escoamento superficial urbano em duas bacias hidrográficas, localizadas no município de Santa Maria RS, onde os resultados encontrados foram comparados entre si, obtendo-se um prognóstico quanto aos fatores intervenientes, alterando variáveis como: precipitação, uso e ocupação do solo, características físicas da área e período de tempo seco antecedente ao evento. A qualidade da água foi analisada através de coletas em períodos de tempo seco e úmido, possibilitando a obtenção da carga poluente do escoamento superficial e a verificação da ocorrência da carga de lavagem. A quantificação e análise dos resíduos sólidos foram realizadas após os eventos de precipitação através de redes coletoras instaladas transversalmente ao eixo dos rios. A bacia hidrográfica Cancela apresenta área de 4,95 km², com população de, aproximadamente, 18.000 habitantes, sendo 56% de área urbana e 35% de sua área total impermeabilizada. A bacia Alto da Colina possui área de 3,34 km², sendo 22,3% área urbana e 77,7% rural, a bacia contém, aproximadamente, 2.000 habitantes e a percentagem de impermeabilização corresponde a 12% de sua área total. Na bacia Cancela obteve-se Concentrações Médias dos Eventos (CME) superiores às obtidas em tempo seco, indicando que o escoamento superficial afeta a qualidade da água do corpo receptor. As correlações entre os valores das CME obtidas entre os diferentes tipos de amostragens, coletas pontuais e amostradores automáticos, foram boas para os parâmetros DBO 5, coliformes totais e fecais; porém, para sólidos suspensos totais não apresentaram o mesmo comportamento. Isto comprova a eficiência dos amostradores automáticos de nível para estes parâmetros. A massa poluente transportada nos eventos mostrou tendência a aumentar com a intensidade média do evento e com o total precipitado, não existindo correlação com o período de tempo seco antecedente ao evento. A carga difusa obtida na bacia Cancela para DBO 5 foi 75,06 kg/ha/ano, para coliformes fecais de 6,5x10 11 organismos/ha/ano e para sólidos suspensos totais

114 1.685,8 kg/ha/ano. Na bacia Alto da Colina a estação AC-I, apresentou para DBO 5 a carga de 30,4 kg/ha/ano, para coliformes fecais 5,4x10 11 organismos/ha/ano e para sólidos suspensos totais 1.859,5 kg/ha/ano; a estação AC-II, de características rurais, obteve carga de DBO 5 igual a 24,6 kg/ha/ano, de coliformes fecais 2,0x10 10 organismos/ha/ano e para sólidos suspensos totais 2252,9 kg/ha/ano. Estes valores permitem avaliar a carga poluente contribuinte de cada bacia relacionada com as características de cada bacia. Na avaliação das curvas M(V) observou-se que os parâmetros DBO 5, coliformes totais e fecais, condutividade elétrica, turbidez, sólidos suspensos totais e voláteis permaneceram acima do bissetor, na maioria dos eventos, indicando a distribuição não uniforme da carga poluente sobre o volume escoado, tal comportamento não foi registrado nos parâmetros ph e temperatura. Os efeitos da carga de lavagem foram mais visíveis para os parâmetros DBO 5, coliformes totais e fecais, turbidez, sólidos suspensos totais e voláteis, não apresentando efeitos significativos para condutividade elétrica, ph e temperatura. A ocorrência do fenômeno mostrou-se variável entre os eventos e parâmetros. Eventos com características sazonais semelhantes apresentaram distribuições análogas no tempo, justificado pelos padrões das precipitações nas estações, seus efeitos mostraram pequena tendência em aumentar com as características da precipitação. A bacia hidrográfica Cancela mostrou-se suscetível à ocorrência da carga de lavagem para os parâmetros analisados, exceto para ph e temperatura. A bacia Cancela apresentou uma carga de resíduos sólidos igual a 8,41 kg/ha/ano ou 0,04 m³/ha/ano, onde sua composição apresentou 71,5% de matéria orgânica, 14,7% plástico, 0,4% metal, 4,9% isopor, 0,7% vidro e 7,8% outros do volume total quantificado. A bacia Alto da Colina obteve carga de resíduos de 3,22 kg/ha/ano ou 0,03 m³/ha/ano, e sua composição foi 62,9% matéria orgânica, 29% plástico, 1,3% metal, 1,1% isopor, 0,8% vidro e 5% outros. As diferenças encontradas entre as bacias estão relacionadas com as características próprias de cada bacia. As duas bacias apresentaram tendência crescente entre a quantidade de resíduos transportados com o volume escoado e com o total precipitado.

115 O volume de resíduos sólidos transportados durante os eventos de precipitação não apresentaram correlação com o período de tempo seco antecedente ao evento. A bacia hidrográfica Cancela mostrou boa relação entre carga de DBO 5 e volume de resíduos sólidos transportados, apesar da qualidade da água do corpo receptor ser afetada, principalmente, pelo lançamento de esgoto doméstico. As bacias hidrográficas estudadas apresentam processo de degradação da qualidade de suas águas devido às atividades antrópicas, como o crescimento da urbanização e populacional, despejo de esgoto e lançamento de resíduos sólidos nos corpos receptores.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALLISON, R.; CHIEW, F.; McMAHON, T. Stormwater Gross Pollutants IndustryReport. Cooperative Research Centre for Catchment Hydrology. Melbourne, Australia, Report 97/11, 1997. ALLISON, R. A., WALKER, T. A., CHIEW, F. H. S., O NEILL, I. C. AND MCMAHON, T. A. From Roads to Rivers Gross Pollutant Removal from Urban Waterways. Cooperative Research Centre for Catchment Hydrology, Report 98/3, 102 p., 1998. APHA, AWWA, WEF. Standard methods for the Examination of water and Wastewater. 20a ed., Public Health Association Inc., New York, 1998. ARAÚJO, P.R.; GOLDENFUM, J.A.; TUCCI, C.E.M., Avaliação Experimental de Pavimentos Permeáveis no Controle da Geração de Escoamento Superficial. In: VIII SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS HÍDRICOS ABRH Belo Horizonte, 1999. ARMITAGE, N.; ROOSEBOOM, S. The Removal of Litter from Stormwater Conduits and Streams: Paper 1 The Quantities Involved and Catchment Litter Management Options. Water S.A., v. 26, n. 2, p. 181-187, 2000. BERTRAND-KRAJEWSKI, J.; CHEBBO, G. & SAGET, A. Distribution of Pollutant Mass vs. Volume in Stormwater Discharges and the First Flush Phenomenon, Water Resource. v. 32, n. 8, p. 2341-2356, 1998. BRAGA, B.; HESPANHOL, I.; CONEJO, J.G.L.; BARROS, M.T.L.; SPENCER, M.; PORTO, M.; NUCCI, N.; JULIANO, N.; EIGER, S. Introdução à Engenharia Ambiental. São Paulo: Prentice Hall, 2002. BRANCO, S. M. A Água e o Homem. In: PORTO, R. L. L. (org.) Hidrologia Ambiental. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: Associação Brasileira de Recursos Hídricos, p. 3-25. (Coleção ABRH de Recursos Hídricos; v. 3), 1991.

117 BRANCO, S.M. Poluição: A Morte de Nossos Rios. 2.ed. São Paulo, ASCETESB, 166p,1983. BRITES, A. P.; GASTALDINI, M.C.; GARCIA, J.B.; GELLER, R.; JORGE, M.P.; HAGEMANN, S. Avaliação Dos Resíduos Sólidos Veiculados Em Sistemas De Drenagem Urbana. In: IV SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE QUALIDADE AMBIENTAL, Porto Alegre, 2004. CHIEW, F.H.S. e McMAHON, T.A. Modelling Runoff and Diffuse Pollution Loads in Urban Areas. Water Science and Technology, v.39, n. 12, p. 241-248, 1999. CHOE, J.S.; BANG, K.W.; LEE, J.H. Characterization of SurfaceRunof in Urban Areas. Water Science and Technology, v.45, n. 9, p. 249-254, 2002. DAYAL, G.; YADAV, A.; SINGH, R.; UPADHYAY, R. Impact of Climatic Conditions and Socio-Economic Status on Solid Waste Characteristics: a Case Study. The Science of the Total Environment 136, p. 143-153, 1993. DELETIC, A. The First Flush Load of Urban Surface Runoff. Water Resource. v. 32, n. 8, p. 2462-2470, 1998. DE LUCA, S.J.; MILANO, L.B.; IDE, C.N. Rain and urban stormwater quality. Wat. Sci. Tech. Kyoto, v.23, pp.133-140, 1991. FAZANO, C.B. e GONÇALVES, A.R.L. A ocupação dos fundos de vale em áreas urbanas. In: XIV SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS HÍDRICOS - V SIMPÓSIO DE HIDRÁULICA E RECURSOS HÍDRICOS DOS PAÍSES DE LÍNGUA OFICIAL PORTUGUESA - ABRH - Aracajú, 2001. FELLENBERG, G. Introdução aos problemas da poluição ambiental. São Paulo. EPU: Springer: Editora da Universidade de São Paulo, 1980. FOSTER, J. Variability of Roof Runoff Quality. Water Science and Technology, v. 39, n. 5, p. 137-144, 1999.

118 GARCIA, J.I.B. Monitoramento Hidrológico e Modelagem da Drenagem Urbana da Bacia Hidrográfica Urbana do Arroio Cancela. 165f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) Departamento de Hidráulica e Saneamento HDS Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2005. GOMES, L.A. & CHAUDHRY, F.H. Aspectos Qualitativos das Águas Pluviais Urbanas. In: 11 CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL, Fortaleza, 1981. GUPTA, K. & SAUL, A.J. Specific Relationships for the First Flush Load in Combined Sewer Flows. Water Resource. v. 30, n.5, p. 1244-1252, 1996a.. Suspended solids in combined sewer flows. Water Science and Technology, v. 33, n. 9, p. 93-99, 1996b. KIM, L., KAYHANIAN, M.; STENSTROM, M. Event Mean Concentration and Loading of Litter from Highways During Storms. Science of the Total Environment 330, p. 101-113, 2004. LARSEN, T., BROCH, K. and ANDERSEN, M. First flush effects in a urban catchment area in Aalborg. Water Science and Technology, v. 37, n 1, p. 251-257, 1998. LEE, J. H.; BANG, K. W.; KETCHUM, L.H.; CHOE, J.S.; YU, M.J. First flush analysis of urban storm runoff. Science of the Total Environmental 293, p. 163-175, 2002. LINE, D.E.; WHITE, N.M.; OSMOND, D.L.; JENNINGS, G.D.; MOJONNIER, C.B. Pollutant Export from Various Land Uses in the Upper Neuse River Basin. Water Environment Research, v. 74, n. 1, p. 100-108, 2002 MALDANER, R.; Avaliação de Metodologia para Estimativa de Produção de Sedimentos em uma Pequena Bacia Rural de Encosta. 117f. Dissertação

119 (Mestrado em Engenharia Civil) Departamento de Hidráulica e Saneamento HDS Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2003. MELLER, A. Simulação Hidrodinâmica Integrada de Sistema de Drenagem em Santa Maria - RS. 200f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) Departamento de Hidráulica e Saneamento HDS Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2004. MOTA, S. Planejamento urbano e preservação ambiental. Fortaleza: Edições UFC, 1981, 240 p. NEVES, M.G.F.P; TUCCI.C.E.M. G., Gerenciamento Integrado em Drenagem Urbana: Quantificação e Controle de Resíduos Sólidos. In: XV Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos / ABRH, Curitiba, 2003. NOVOTNY, V. Integrated Water Quality Management. Water Science and Technology, v. 33, n. 4-5, p. 1-7, 1996.. Diffusive Pollution From Agriculture A Workdwide Outlook. Water Science and Technology, v. 39, n. 3, p. 1-13, 1999. PAIVA, J.B.D. Padrão das Precipitações em Santa Maria-RS. In: XII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos ES, Vitória. 1997. PAIVA, E.M.C.D.; PAIVA, J.B.D.; COSTAS, M.F.T. & SANTOS, F.A. Concentração de Sedimentos em Suspensão em uma Pequena Bacia Hidrográfica em Urbanização. In: 21º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL, João Pessoa, 2001. PAZ, M. Estudo Comparativo da Carga de Lavagem em Bacias Urbana e Rural.. 161f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) Departamento de Hidráulica e Saneamento HDS Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2004.

120 PEREIRA, M.A.; MARQUES, C.S.A.; AGUIAR, E.M., Sugestões para uma proposta do uso de novas ferramentas tecnológicas de informação para um sistema de gestão ambiental ISO 14000. Engenharia Sanitária e Ambiental Órgão de informações técnica as ABES Rio de janeiro Vol. 8 n.1, 2003 Vol. 8 n.2, 2003. PORTO, M.F.A. Aspectos Qualitativos do Escoamento Superficial em Áreas Urbanas. In: TUCCI,C.E.M.; PORTO, R.L.L.; BARROS, M.T. Drenagem Urbana. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS/ABRH, 1995, V.5, p.387-414. PORTO, M. & MASINI, L.S. Avaliação Preliminar na Carga Difusa na Bacia do Rio Cabuçu de Baixo. In: I SEMINÁRIO DE DRENAGEM URBANA DO MERCOSUL, Porto Alegre, 2001. QDAIS, H.A.; HAMODA, M.F.; NEWHAM, J. Analysis of Residential Solid Waste at Generation Sites. Waste Management & Research 15, p. 395-406, 1997. SAGET, A.; CHEBBO, G.; BERTRAND-KRAJEWSKI, J. The First Flush in Sewer Systems. Water Science and Technology, v. 33, n 9, p. 101-108, 1996. TUCCI, C.E.M. Gerenciamento da Drenagem Urbana In: Revista Brasileira dos Recursos Hídricos/RBRH/ Associação Brasileira dos Recursos Hídricos Vol.7, n.1 Porto Alegre / RS: ABRH, 2002. p 5-27.. Inundações Urbanas In: TUCCI,C.E.M.; PORTO, R.L.L.; BARROS, M.T. Drenagem Urbana. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS/ABRH, 1995, V.5, p.15-31.. Modelos Hidrológicos. Porto Alegre: Editora da Universidade: UFRGS: ABRH, 1998. p. 537-656. (Coleção ABRH de Recursos Hídricos; v. 4).. Gerenciamento Integrado das Inundações Urbanas no Brasil. In: Revista de Gestão de Água da América Latina/REGA/v. 1, n.1, p. 59-73, 2004.

121 UMEZAWA, P.K. Previsão de deplúvio (washload) em rios de áreas elevadas. 217 p. Dissertação (Mestrado em Hidrologia Aplicada). Instituto de Pesquisas Hidráulicas - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1979. VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. 2. ed., Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais, 1996. 243 p. (Princípios do tratamento biológico de águas residuárias, v. 1).

ANEXOS

ANEXO A Planilhas de Coletas do Escoamento Superficial

TABELA 25 Dados das coletas realizadas durante o escoamento superficial na Bacia Hidrográfica Cancela 124

Continuação 125

Continuação 126

Continuação 127

Continuação 128