FACULDADE MERIDIONAL IMED CENTRO DE ESTUDOS ODONTOLÓGICO MERIDIONAL - CEOM CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENDODONTIA BRUNA BASEGGIO



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FACULDADE MERIDIONAL IMED CENTRO DE ESTUDOS ODONTOLÓGICO MERIDIONAL - CEOM CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENDODONTIA BRUNA BASEGGIO TRANSPORTE APICAL PROMOVIDO POR DIFERENTES INSTRUMENTOS ROTATÓRIOS DE NÍQUEL-TITÂNIO PASSO FUNDO 2012

BRUNA BASEGGIO TRANSPORTE APICAL PROMOVIDO POR DIFERENTES INSTRUMENTOS ROTATÓRIOS DE NÍQUEL-TITÂNIO Monografia apresentada ao curso de Pósgraduação da Faculdade Meridional/IMED de Passo Fundo-RS como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Endodontia. Orientador: Prof. Ms. Vomir Fornari PASSO FUNDO 2012

BRUNA BASEGGIO TRANSPORTE APICAL E SUCESSO POR DIFERENTES INSTRUMENTOS ROTATÓRIOS DE NÍQUEL-TITÂNIO Monografia apresentada ao curso de Pósgraduação da Faculdade Meridional/IMED de Passo Fundo-RS como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Endodontia. Aprovada em / /. BANCA EXAMINADORA: Prof. Ms. Volmir Fornari Prof. Prof.

À minha família, em especial à minha mãe Jovania. Ao meu namorado Felipe. A todos que passaram pela minha vida e de alguma maneira, direta ou indiretamente, contribuíram para esta conquista e construção da pessoa que sou hoje. A vocês, dedico esse trabalho!

AGRADECIMENTOS A Deus, por estar sempre presente em minha vida, dando-me força, paz e iluminando meu caminho. A todos os professores da especialização em Endodontia, por todo ensinamento transmitido. Ao Professor Volmir Fornari, pela orientação, ajuda, paciência, incentivo e correções do trabalho. A construção de um estudo está atrelada à participação de uma série de personagens com o mesmo intuito: a busca pela sabedoria. Obrigada pela orientação! A minha família, pela força que sempre me deram. Em especial a minha mãe Jovania, por todo esforço que sempre teve, por me apoiar nos momentos difíceis, por ter me transmitido amor, carinho, educação, por ter contribuído para meu sucesso e crescimento como pessoa, deixando muitas vezes de lado seus sonhos para acreditar nos meus. Obrigada pela confiança e pelo amor em mim depositados! Aos meus avós, Nelson e Decia, pelo carinho, amor, pela presença. Ao meu namorado Felipe, por todo amor, companheirismo, apoio, pela compreensão, pelos momentos de estresse e pela alegria com as minhas conquistas. Ainda que eu falasse a língua dos homens, e falasse a línguas dos anjos, sem amor eu nada seria. Obrigada por fazer parte da minha vida! Aos colegas de especialização Gisele Gigghi, Angela Limberger, Taís Pelisser, Andressa Lago Fior, Eduardo Berwanger, Milene Gusi e Cláudio Steinhorst, que foram companheiros em todas as horas. Em especial a minha colega Marisa Parisenti Badalotti, por estar novamente ao meu lado como dupla na clínica. Também aos colegas Aline Licks e Marco Vinícius Baccin que estiveram presentes na elaboração dos seminários e realização de cirurgias.

Aos amigos que compreenderam a minha ausência muitas vezes durante o decorrer do curso. Também àqueles que seguiram rumos diferentes, mas que sempre serão lembrados. À Bernardete Baseggio Mattei por ser a segunda família durante o período de especialização.

A única maneira de fazer um bom trabalho é amando o que você faz. Se você ainda não encontrou, continue procurando. Não se desespere. Assim como no amor, você saberá quando tiver encontrado. Steve Jobs

RESUMO A instrumentação do canal radicular é um desafio para o cirurgião-dentista, pois há pouca visão do campo operatório, reduzido sentido tátil e liberdade limitada do movimento do instrumento. Além disso, a anatomia com as curvaturas acentuadas de algumas raízes, torna-se um ponto crítico para o sucesso da terapia endodôntica. Na literatura, um dos acidentes mais citados durante o preparo do canal radicular é o transporte apical. Este faz com que a limpeza seja inadequada e, muitas vezes, torna as paredes do canal radicular mais finas, podendo levar a fraturas e perfurações. Para diminuir esse acidente, cada vez mais utiliza-se instrumentos de níquel-titânio, os quais são mais flexíveis e desviam menos a trajetória do canal original. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento bibliográfico sobre o transporte apical causado por diferentes instrumentos de níquel-titânio. Após análise, concluiu-se que os instrumentos de conicidade constante desviam menos que os instrumentos de conicidade progressiva, os instrumentos de conicidade.02 e.04 desviam menos que instrumentos de conicidades maiores e os instrumentos de níquel-titânio quando comparados aos de aço inox promovem um menor transporte apical. Palavras-chave: Endodontia. Instrumentos odontológicos. Preparo do canal radicular.

ABSTRACT The instrumentation of the root canal is a challenge for the dentist, because there is little vision of the surgical field, reduced tactile sense and limited freedom of movement of the instrument. Furthermore, the anatomy with the sharp bends some roots becomes critical to the success of the endodontic therapy. In the literature, one of the most cited accidents during root canal preparation is apical transportation. This causes the cleanup to be inadequate and often makes the root canal walls thinner, leading to fractures and perforations. In order to minimize this accident, nickeltitanium instruments are used increasingly, which are more flexible and have less deviation from the original root canal. The objective of this study was a bibliographical survey on the apical transport caused by different nickel-titanium instruments. After analysis it was concluded that the constant taper instruments deviate less than the progressive taper instruments, taper instruments of.02 and.04 deviate less than larger taper instruments and nickel-titanium instruments compared with stainless steel promote a reduced apical transport. Key Words: Endodontic. Dental instruments. Root canal preparation.

LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS CRT Comprimento real de trabalho CBCT Tomografia computadorizada Cone Bean EDTA Ácido etilenodiaminotetracético et al. E outros ou e colaboradores min - Minuto ml Mililitro mm Milímetro NaOCl Hipoclorito de sódio NiTi Níquel titânio n Número TC Tomografia computadorizada % - Por cento # - Diâmetro

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 10 2 3 REVISÃO DE LITERATURA... CONCLUSÃO... 12 23 REFERÊNCIAS... 24 APÊNDICE... 29

11 1 INTRODUÇÃO O objetivo do tratamento dos canais radiculares é prevenir doenças pulpares, tais como as periapicopatias e minimizar o desconforto do paciente (HIZATUGU et al., 2002). Para isso, os canais radiculares devem ser livres de microorganismos após a instrumentação biomecânica e, em seguida, hermeticamente fechados para evitar a reinfecção (SETZER; KWON; KARABUCAK, 2010). Conforme Kunert et al. (2010), vários estudos têm demonstrado que para se obter uma desinfecção eficaz durante o preparo biomecânico e químico, é necessário um aumento do diâmetro do terço apical do canal radicular. É difícil, porém, encontrar um equilíbrio adequado entre a preservação da anatomia do canal radicular e a desinfecção apical. A instrumentação do canal radicular é um procedimento exigente, devido, entre outros fatores, a pouca visão do campo operatório, reduzido sentido tátil e liberdade limitada do movimento do instrumento. Além disso, manter a curvatura do canal original é um fator crítico para alcançar o sucesso terapêutico no tratamento (IQBAL et al., 2010). Entre os erros que ocorrem durante o preparo do canal radicular, o transporte é o mais citado. O transporte apical pode resultar na limpeza inadequada, causando o acúmulo de detritos e microorganismos. Com isso, pode ocorrer a persistência de lesões quando presentes, como também deixar as paredes do canal radicular mais finas, levando ao risco de fraturas e perfurações (LANG, 2010; OZER; TURKEY, 2011). A utilização dos instrumentos de níquel-titânio está aumentando cada vez mais, pois eles permitem uma melhora no preparo apical devido ao aumento do diâmetro cirúrgico. Com instrumentos mais calibrosos, há uma limpeza mecânica mais eficiente da região apical e uma maior facilidade da solução irrigadora penetrar, resultando em um aumento da ação química. Além disso, eles possuem uma capacidade de corte excelente e uma grande flexibilidade, mantendo o trajeto do canal radicular na posição original e reduzindo assim a possibilidade de transporte apical (BRUNSON et al., 2010; KUNERT et al., 2010; IQBAL et al., 2010; OZER; TURKEY, 2011).

12 Setzer, Kwon e Karabucak (2010), relatam que a escolha do sistema utilizado influencia na permanência do canal original, principalmente em canais curvos. Peters (2004), relata que alguns fatores podem influenciar no transporte apical, como: tipo do instrumento, secção transversal, tipo do desenho e conicidade do instrumento. A conicidade ou taper é um dos principais fatores que promovem o transporte do canal radicular, pois a cada aumento do diâmetro do instrumento a sua flexibilidade é reduzida. Com a rigidez do instrumento aumentada, o mesmo não acompanha a trajetória do canal radicular (LANG, 2010; SETZER; KWON; KARABUCAK, 2010). Portanto, o cirurgião-dentista deve avaliar criteriosamente cada caso para saber qual instrumento deve ser utilizado. O objetivo deste estudo foi avaliar o transporte apical causado por diferentes sistemas de instrumentos rotatórios de níquel-titânio.

13 2 REVISÃO DE LITERATURA Iqbal et al. (2004) compararam o transporte apical e a perda de comprimento de trabalho entre instrumentos rotatórios de NiTi ProFile Séries 29% e ProTaper, no preparo de 40 mésio-vestibulares de molares inferiores, com graus de curvaturas variadas. No grupo 1, foi realizada a instrumentação com o sistema ProFile Series até o instrumento conicidade 06 no comprimento de trabalho. No grupo 2, foi utilizado o sistema ProTaper até o instrumento F3 no comprimento de trabalho. Em ambos os grupos foram seguidas as instruções dos fabricantes e realizada irrigação com 10 ml de NaOCl 2,5%. Foram feitas radiografias pré e pós operatórias e medido o transporte nos níves 0, 1, 2 e 4 mm do comprimento de trabalho. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas somente no nível D4, onde o sistema ProTaper apresentou maior transporte. Vanni et al. (2004) avaliaram o deslocamento apical produzido por diferentes instrumentos de NiTi acionados a motor. Foram utilizadas as raízes mésio vestibulares de 100 primeiros molares, divididas em cinco grupos. Grupo 1: sistema Quantec 2000 até o instrumento #9. Grupo 2: ProFile taper 04 até #35. Grupo 3: ProFile Series 29 concidade 04 até o instrumento #6. Grupo 4: Pow-R taper 02 até #35. Grupo 5: instrumento manual FlexoFile até #35. A irrigação foi realizada com 10ml de NaOCl 1%. Os autores concluíram que os sistemas rotatórios de NiTi produziram menores valores médios de deslocamento apical em relação aos instrumentos manuais. Jodway e Hulsmann (2006) avaliaram e compararam o preparo dos canais radiculares de 50 inferiores, com curvaturas entre 20 e 40, utilizando dois diferentes sistemas de NiTi. Grupo 1 foi instrumentado com o sistema NiTi TEE até o instrumento #30/.04 e no grupo 2 foi utilizado o instrumento K3 até #45/.02. Em ambos os grupos o preparo foi realizado de forma crown-down, com irrigação de 2ml de NaOCl 3%. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. Schafer, Erler e Dammaschke (2006) compararam a capacidade de modelagem dos instrumentos Mtwo, K3 e RaCe em 120 canais radiculares simulados, com curvatura variando entre 28 e 35 e comprimento de 13mm. Os canais radiculares foram divididos em 3 grupos, com vinte canais de 28 e 20 canais

14 com 35 de curvatura em cada grupo. Os grupos foram : A - Mtwo no comprimento total do canal até o instrumento #35/.04, B - K3 de forma crown down até o instrumento #35/.02, C - RaCe de forma crown down até #35/.02. Entre os instrumentos foi realizada irrigação abundante com água. Os autores concluíram que o sistema Mtwo respeitou melhor a curvatura original do canal, mas sem diferença estatisticamente significativa. Os mesmos autores, em 2006, compararam a limpeza e modelagem de três instrumentos rotatórios de NiTi durante o preparo de 60 canais de dentes extraídos, com curvaturas entre 25 e 35. Os dentes foram divi didos em três grupos de vinte dentes cada. Grupo A: Mtwo até o instrumento #35/.04. Grupo B: sistema K3 de forma crown down até o instrumento #35/.02. Grupo C: RaCe de forma crown down até #35/.02. Todos os instrumentos foram utilizados de acordo com as instruções do fabricante e com irrigação de 5ml de NaOCl 2,5%. O sistema Mtwo manteve a curvatura original do canal radicular significativamente melhor do que os outros dois sistemas. Yang et al. (2006) compararam a capacidade de modelagem dos instrumentos de conicidade progressiva em relação aos de conicidade constante em 40 canais simulados em forma de L e S. Os canais em forma de L tinham um comprimento de 17mm e curvatura de 40 e, os em forma de S, 18mm d e comprimento e curvatura de 36. No grupo ProTaper, os canais radiculares em forma de L foram instrumentados até F3 e, os em forma de S, até F2. No grupo Hero, os canais em forma de L foram instrumentados até #30/.02 e, os em forma de S, até #25/.02. A irrigação foi realizada com 5ml de NaOCl 2,5%. Em ambos os tipos de canais os instrumentos Hero mantiveram melhor a curvatura do canal original. Hartmann et al. (2007) compararam a ocorrência de transporte apical em canais mésio vestibulares de 60 molares superiores, com 19 a 22mm de comprimento e 20 a 40 de curvatura. Os dentes fora m divididos em três grupos (n=20): grupo 1 (técnica manual) - instrumentos de aço inox K-file, com a técnica crown down até o instrumento #30, grupo 2 (técnica oscilatória) - limas K-file acopladas a um sistema oscilatório, com preparo até o instrumento #30, grupo 3 (técnica rotatória) - sistema ProTaper até o instrumento F3. A irrigação foi realizada com 2 ml de NaOCl 2,5% alternado com 2ml de EDTA 17%. Foram obtidas imagens pré e pós operatórias com tomografia computadorizada, na secção a 3mm do forame

15 apical. A técnica manual produziu significativamente menos transporte do canal em comparação com as técnicas oscilatória e rotatória. Javaheri e Javaheri (2007) compararam o transporte apical e as mudanças na curvatura de 60 canais mésio-vestibulares de primeiros molares superiores, com curvaturas de 25 a 35, utilizando três tipos de in strumentos de NiTi: Hero 642, RaCe e ProTaper. Os dentes foram divididos aleatoriamente em três grupos e instrumentados em uma técnica coroa ápice, utilizando irrigação abundante com água. O grupo Hero 642 foi instrumentado até o instrumento #30/.06. No grupo RaCe foi realizada instrumentação até #25/.04 e, no grupo ProTaper, até o instrumento F3. Foram realizadas radiografias pré e pós operatórias e os autores concluíram que o grupo ProTaper apresentou uma diferença estatisticamente significativa, obtendo um maior transporte apical. Loizides et al. (2007) avaliaram e compararam os efeitos dos instrumentos rotatórios de Niti New Hero e ProTaper, em 22 canais mesiais de primeiros molares inferiores, com curvaturas em torno de 22,68, util izando microtomografia computadorizada. O grupo I foi instrumentado com o sistema New Hero até o instrumento Hero Apical conicidade 6 no comprimento de trabalho. No grupo II, foi utilizado o sistema ProTaper até o instrumento F3 no comprimento de trabalho. Em ambos os grupos foi utilizada irrigação com 2 ml de água destilada após cada instrumento. Após avaliar as imagens pré e pós operatórios, os autores observaram que o sistema ProTaper tem uma maior tendência para o transporte apical. Rodig, Hulsmann e Kahlmeier (2007) compararam o preparo do canal radicular mesial de 50 molares inferiores, com curvaturas entre 20 e 40, e comprimento de 19mm, utilizando instrumentos de NiTi ProFile 0,04 e GT rotatório. Os dentes foram divididos aleatoriamente em dois grupos e ambos foram instrumentados até #45/.04, sempre seguindo as instruções do fabricante e com irrigação de 2ml de NaOCl 3%. Foram realizadas radiografias pré e pós operatórias e fotografias das secções transversais a 3, 6 e 9mm do ápice. Os autores concluíram que os dois sistemas respeitaram a curvatura do canal radicular original. Sontag et al. (2007) analisaram o resultado do preparo de cento e cinquenta canais curvos artificiais e 60 canais radiculares mesiais de molares inferiores humanos, utilizando três sistemas rotatórios de NiTi. Os canais artificiais e humanos foram divididos em três grupos: grupo I (instrumentos K3 até #35/.04 alcançar o

16 CRT), grupo II (sistema Mtwo até #25/.07 atingir o CRT) e grupo III (Sistema ProTaper até F3 e em seguida ProFile #35/.04 no comprimento de trabalho). Nos canais artificiais foram realizadas imagens fotográficas e nos canais humanos radiografias digitais pré e pós operatórias para analisar os resultados. Os autores concluíram que nos canais artificiais os sistemas K3 e Mtwo apresentaram um transporte menor do canal. Enquanto no grupo dos molares humanos não houve diferenças estatísticas entre os instrumentos K3, Mtwo e ProTaper. Yang et al. (2007) compararam a capacidade de modelagem dos instrumentos de NiTi de conicidade progressiva em relação aos de conicidade constante, em 40 canais radiculares de molares inferiores, com curvaturas variando entre 30 e 40, com comprimento de 17mm. Os canais foram divididos em dois grupos: grupo A (instrumentado com sistema ProTaper até F3) e grupo B (Hero Shaper até o instrumento #30/.04). Ambos os grupos foram utilizados de forma crown down, seguindo as orientações dos fabricantes e com irrigação de 2ml de NaOCl 5,25%, seguido de 2ml de EDTA 17% e irrigação final com 2ml de soro fisiológico. Na região apical o sistema ProTaper teve um valor significativamente maior para o transporte apical. López et al. (2008) analisaram o nível do transporte apical em raízes mesiais de 60 molares superiores, com curvatura de 15 a 40. Os dentes foram distribuídos aleatoriamente em três grupos: grupo 1 - técnica crown down com instrumentos manuais Triple Flex até #40, grupo 2 - sistema rotatório K3 até o instrumento #40/.02 grupo 3 - sistema oscilatório com limas Triple Flex até o instrumento #40. A irrigação foi realizada com 2ml de NaOCl 1% e EDTA 17%. Os autores concluíram que os instrumentos de aço inox #35 e #40 causaram transporte apical significativo e o sistema K3 foi seguro, apresentando pouco desvio. Bonaccorso et al. (2009) compararam a capacidade de modelagem dos instrumentos ProTaper, Mtwo, BioRaCe e BioRaCe + S-Apex, em 40 canais simulados, com curvaturas em forma de S. No grupo A foi utilizado o sistema ProTaper até o instrumento F4; grupo B: Mtwo até o instrumento #40/.04; grupo C: sistema BioRaCe até #40/.04 e grupo D: S-Apex dos instrumentos #15 a #30, seguido por BioRaCe até #25/.06 e S-Apex #35-40. Para os grupos A, C e D foi utilizada a técnica crown down e para o grupo B a técnica do único comprimento. A irrigação foi realizada com água e foram feitas imagens de microscopia antes e após

17 a instrumentação. Os autores concluíram que os instrumentos ProTaper causaram transporte mais pronunciado do canal em comparação com os outros instrumentos. Pasternark Junior, Souza Neto e Silva (2009) avaliaram, por meio de tomografia computadorizada, o transporte do canal e a capacidade de centralização de instrumentos rotatórios RaCe, após o preparo de 27 raízes mésio vestibulares de primeiros molares superiores, com curvaturas entre 32 e 49. A primeira fase do preparo foi realizada até o instrumento #35/.02 no comprimento de trabalho. Em seguida, foram realizadas três tomografias: terço apical, médio e cervical. Após, foi realizado o preparo até o instrumento #50/.02 e realizadas novamente as tomografias. A irrigação foi realizada com NaOCl 1%. Após análise, os autores verificaram que não houve diferenças estatisticamente significativas no transporte apical e na centralização dos instrumentos. Unal et al. (2009) avaliaram se as mudanças no projeto dos instrumentos ProTaper interferiram na capacidade de modelagem de canais radiculares curvos. Foram selecionados dez dentes com curvaturas variando entre 25 e 41. Em cinco dos dez dentes, os canais mésio vestibulares foram instrumentados com ProTaper e os mésio linguais com ProTaper Universal. Nos cinco dentes restantes, os canais mésio vestibulares foram instrumentados com ProTaper Universal e os mésio linguais com ProTaper. Os preparos foram realizados de acordo com as instruções do fabricante até o instrumento F3 e com irrigação constante de NaOCl 5%. Foram realizadas imagens digitais pré e pós operatórias. Os autores concluíram que não houve diferença estatisticamente significativa no transporte entre os grupos. Vahid, Roohi e Zayeri (2009) compararam o tempo de trabalho, perda de comprimento de trabalho e efeitos do preparo em 96 primeiros molares superiores, com curvaturas das raízes mésio-vetibulares entre 15 e 45 e comprimento entre 9 e 12mm. Os dentes foram divididos em quatro grupos e a instrumentação foi realizada seguindo as instruções dos fabricantes e com irrigação de NaOCl 2,5%. O grupo 1 foi instrumentado com o sistema ProTaper até o instrumento F3. No grupo 2, foi utilizado o sistema ProFile até o instrumento #20/.06. No grupo 3, utilizaram o sistema FlexMaster até #25/.02 e, no grupo 4, os canais radiculares foram instrumentados com Mtwo até #25/.06. Os sistemas ProTaper e Mtwo tiveram uma diminuição significativamente maior da curvatura do canal em comparação com FlexMaster e ProFile.

18 Vaudt et al. (2009) investigaram o tempo e a capacidade de instrumentação de dois sistemas rotatórios de NiTi (Alpha System e ProTaper Universal) em comparação com instrumentos manuais de aço inoxidável, no preparo de 45 canais radiculares mesiais de molares inferiores com curvaturas variadas. Os canais radiculares foram divididos em três grupos: grupo 1, instrumentos manuais K e Hedstroem até #30/.02; grupo 2, instrumentado com Alpha System até o instrumento #30/.02; e grupo 3, sistema ProTaper até o instrumento F3. Foi realizada irrigação com 2ml de NaOCl 1% e realizadas fotografias pré e pós operatórias das secções coronal, média e apical. Os autores concluíram que o uso do sistema ProTaper e dos instrumentos manuais resultaram em um aumento do transporte do canal em comparação com o sistema Alpha, porém sem diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Ersev et al. (2010) compararam a eficácia de instrumentação de cinco sistemas rotatórios de NiTi: ProFile, K3, NiTi-TEE, Endo Wave e Hero Shaper. Foram utilizados cem canais simulados em forma de S, com comprimento de 12mm. Os espécimes foram divididos aleatoriamente entre os grupos e a instrumentação foi realizada com a técnica crown-down, sendo o preparo apical padronizado para o instrumento #25/.04. A irrigação foi realizada com 2ml de água destilada e final com 5ml. Após analisar as imagens digitais pré e pós operatórias, os autores concluíram que o sistema K3 apresentou melhores resultados. Gergi et al. (2010) compararam o transporte do canal radicular e a capacidade de centralização de dois instrumentos de NiTi com instrumentos convencionais de aço inoxidável, utilizando noventa canais com curvaturas severas (25-35 ). Todos os dentes foram examinados antes e após o preparo, através de tomografia computadorizada. No grupo 1, foi utilizado o sistema Twisted Files: até o instrumento #25/.08 até o comprimento real de trabalho (CRT). No grupo 2, utilizaram o instrumento Pathfile #1, #2 e #3 até o comprimento de trabalho. Em seguida, foi utilizado o sistema ProTaper até o instrumento F2 no comprimento de trabalho. O grupo controle foi preparado com instrumentos manuais pré-curvados K-Flexofile até o instrumento #25/.02. Realizaram irrigação constante de 3ml de NaOCl 5,25%, alternada com EDTA 17% ao fim do preparo. O sistema Twisted Files apresentou o menor transporte e a melhor capacidade de centralização.

19 Iqbal et al. (2010) avaliaram e compararam os instrumentos rotatórios de níquel-titânio GTX com seu antecessor Perfil GT, em relação ao transporte apical e comprimento de trabalho durante o preparo de quarenta canais mésio-vestibulares de molares inferiores extraídos. O grupo 1 foi instrumentado com limas ProFile GT, utilizando a técnica coroa- ápice até o instrumento #30/.04 atingir o comprimento de trabalho. No grupo 2, foram utilizados os instrumentos GTX, até o instrumento #30/.04 alcançar o comprimento de trabalho e a irrigação nos dois grupos foi realizada com NaOCl a 2,5%. Foram realizadas radiografias pré e pós operatórias e os autores verificaram que em relação ao transporte apical, não houve diferença entre os grupos. Karabucak et al. (2010) avaliaram o transporte apical e as mudanças no comprimento de trabalho após a instrumentação de 44 canais mesiais de trinta primeiros e segundos molares inferiores. No grupo 1, foram utilizados os instrumentos rotatórios EndoSequence até #25/.06 alcançar o comprimento de trabalho. No grupo 2, utilizaram os instrumentos Guidance até #25/.08 atingir o comprimento de trabalho. Em ambos os grupos foram seguidas as instruções dos fabricantes e utilizados os métodos coroa ápice, com irrigação de NaOCl 3%. Em seguida, foi realizada a dupla radiografia digital e verificaram que nenhuma diferença estatisticamente significativa foi encontrada na quantidade de transporte do canal e no comprimento de trabalho. Kunert et al. (2010) avaliaram a ocorrência de transporte apical nas raízes mésio-vestibulares de vinte e cinco primeiros molares superiores com ângulo de curvatura variando entre 23 e 31, preparados com i nstrumentos ProTaper Universal até o diâmetro cirúrgico F3 e F4 e irrigados alternadamente com 2 ml de NaOCl a 1% e EDTA a 17%. Foram realizadas imagens do canal radicular pré e pós operatórias. Das vinte e cinco raízes mésio-vestibulares avaliadas, onze apresentaram transporte apical em projeções vestíbulo lingual e treze em projeções mesio distal, após o uso do instrumento F3. Após a utilização do instrumento F4, vinte e duas raízes apresentaram transporte apical em projeções vestíbulo lingual e dezoito em projeções mesio distais. Com isso, os autores concluíram que os instrumentos F3 devem ser usados com cuidado em canais curvos e os instrumentos F4 devem ser evitados no terço apical.

20 Lang (2010) avaliou o transporte apical em canais radiculares curvo s de 20primeiros molares superiores, com tomografia computadorizada Cone Beam, após o preparo biomecânico com instrumentos de níquel-titânio de diferentes conicidades. As raízes mésio-vestibulares do grupo 1 foram instrumentadas com o sistema rotatório de NiTi Hero 642 conicidade.02. No grupo 2, utilizaram o sistema ProDesign, com múltiplas conicidades. Durante a instrumentação foi realizada a irrigação alternando NaOCl a 2,5% e EDTA a 17%. Para comparar o transporte apical produzido pelos diferentes sistemas rotatórios de NiTi, imagens de TC foram obtidas de secções transversais radiculares da região localizada a 1mm do forame apical, antes do preparo e após o diâmetro cirúrgico correspondente aos instrumentos #35/.02 e #45/.02 (grupo 1), #30/.04 e #40/.04 (grupo 2). A presença de desvio apical foi medida do desvio do centro do canal cirúrgico, a partir do canal anatômico. Após análise, o autor observou que não houve diferença estatisticamente significante no transporte apical entre os grupos. Moreira (2010) avaliou in vitro o transporte do forame apical de raízes mésiovestibulares de vinte molares superiores. O grupo 1 foi instrumentado com o sistema rotatório Hero 642 de conicidade constante e única até o instrumento #45/.02 e, no grupo 2, com o sistema ProDesign de conicidade constante e múltipla até o instrumento #40/.04. Foi realizada irrigação alternada com NaOCl a 2,5% e com EDTA 17%. Para avaliar a ocorrência de transporte apical e comparar a magnitude entre os diferentes grupos, foram feitas fotografias através de uma máquina acoplada em um microscópio óptico. Em seguida, as fotografias foram sobrepostas para avaliar o deslocamento. Ocorreu transporte do forame apical, porém sem diferença estatisticamente significante entre os sistemas. O aumento do diâmetro do preparo do forame apical e o aumento da conicidade do instrumento não influenciaram no transporte. Setzer, Know e Karabucak (2010) avaliaram o transporte apical de dois sistemas de instrumentos rotatórios e duas sequências de instrumentação rotatória híbrida em canais mésio-vestibulares de cento vinte e oito primeiros e segundos molares extraídos, com curvaturas de 30 a 60. Os d entes foram irrigados com NaOCl a 3%. O grupo PF foi instrumentado com ProFile Series 29%, utilizando a técnica coroa ápice com instrumentos de 6 a 2, até o instrumento 06 atingir o comprimento de trabalho. No grupo ES, os canais foram instrumentados com

21 EndoSequence até que o instrumento #35/.06 atingiu o comprimento de trabalho, utilizando o método coroa ápice. Já no grupo PFLS foi utilizada uma combinação híbrida de dois sistemas: ProFile Series (como descrito para o grupo PF) e após aumento apical com LightSpeed. Foram utilizados os instrumentos #35 e #50 até o comprimento de trabalho ser alcançado. O grupo PTLS foi instrumentado com ProTaper até que F3 alcançou o comprimento de trabalho e, em seguida, foi utilizado o instrumento LightSpeed. Os instrumentos foram descartados após o preparo de três canais. A técnica da dupla radiografia foi utilizada para medir o transporte apical. Os autores verificaram que não houve diferença estatisticamente significativa para o transporte apical entre os grupos em qualquer nível do comprimento de trabalho. Batouty e Elmallab (2011) compararam o transporte e as alterações na curvatura de 40 canais radiculares, com curvaturas variando entre 25 e 35. Os dentes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: K3 e Twisted File (ambos foram instrumentados até #30/.06). Foi realizada irrigação abundante com água após cada instrumento e foram realizadas radiografias pré e pós operatórias. Ao fim do estudo, os autores concluíram que o sistema Twisted File produziu transporte significativamente menor e preservou melhor o canal original. Freire et al. (2011) avaliaram o transporte de 30 canais radiculares de molares inferiores, com curvaturas entre 25 e 35, com comp rimento de 18mm, utilizando os instrumentos rotatórios de NiTi Twisted File e EndoSequence. Nos dois grupos a instrumentação foi realizada através da técnica crown-down (#30/.06, #25/.06 e #25/.04). A irrigação entre os instrumentos foi realizada com 3ml de NaOCl 1%, seguida por irrigação final com 5ml de EDTA 17% e 5ml de NaOCl 1%. A avaliação foi realizada através de imagens de microtomografia computadorizada pré e pós operatórias. Os autores concluíram que os dois sistemas apresentaram resultados semelhantes, sendo opções adequadas devido ao mínimo transporte do canal. Nordmeyer, Schmell e Hulsmann (2011), compararam o preparo de 50canais radiculares com curvaturas entre 20 e 40 e comprim ento de 19mm, utilizando instrumentos rotatórios de NiTi Flex Master e instrumentos de aço inoxidável Endo Eze AET em um motor oscilatório. Os dentes foram divididos aleatoriamente em dois grupos e realizada a instrumentação seguindo as orientações dos fabricantes, até o instrumento #45/0.2, com irrigação de 2ml de NaOCl 3%. Foram realizadas

22 radiografias pré e pós operatórias e os autores concluíram que o sistema Flex Master é mais seguro para a instrumentação de canais radiculares curvos. Ozer e Turkey (2011) compararam a ocorrência de transporte apical de canais mésio-vestibulares da raiz de 60 molares superiores, com curvaturas variando de 25 a 47, instrumentados com três sistemas rotatórios de níquel-titânio (NiTi), utilizando a tomografia computadorizada cone-beam (CBCT). Os dentes foram divididos em três grupos: ProTaper Universal (até o instrumento F3), Hero Apical 642 (até #30/.06) e FlexMaster (até #30/.06). Todos os canais radiculares foram instrumentados pelo mesmo operador. A irrigação foi realizada com NaOCl a 2,5%. Para os grupos Hero 642 e ProTaper Universal foram utilizados um instrumento para cada cinco canais radiculares. Já no Grupo FlexMaster foram utilizados um instrumento para cada canal radicular. Após análise, os autores observaram transporte em todos os grupos. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os instrumentos. Schafer et al (2011) compararam o transporte apical de instrumentos rotatórios de NiTi Mwto e EasyShape revestidos e não revestidos no preparo de 60canais radiculares de molares inferiores e superiores com curvaturas entre 25 e 35. Os dentes foram divididos em três grupos e ins trumentados de acordo com os fabricantes, até o instrumento #35/.04, sempre com irrigação de 5ml de NaOCl 2,5%. Foram realizadas radiografias pré e pós operatórias e os autores concluíram que todos os instrumentos mantiveram a curvatura do canal original. Yang et al. (2011) compararam os efeitos dos sistemas Mtwo e ProTaper Universal na geometria de dez molares inferiores, utilizando microtomografia computadorizada. O sistema Mtwo foi utilizado até o instrumento #30/.06 e o sistema ProTaper Universal até F3, sempre com irrigação de NaOCl 5,25% após cada instrumento. Os canais radiculares preparados com o sistema ProTaper Universal apresentaram valores significativamente maiores de transporte em comparação ao grupo Mtwo no terço apical. Nos terços coronal e médio não houveram diferenças. Alves et al. (2012) avaliaram as ocorrências de transporte apical e as alterações no canal radicular de 45 primeiros e segundos molares com curvaturas entre 25 e 35, produzidas por diferentes instrumen tos. Os dentes foram divididos em três grupos. No grupo M foi realizada instrumentação com limas manuais de aço inox tipo K até o instrumento #20, grupo MT foi instrumentado com o sistema Mtwo

23 até #20/.06 e no grupo PF utilizaram o sistema PathFile até o instrumento 3. A irrigação foi realizada após cada instrumento com 5ml de NaOCl 2,5%. Ao fim da instrumentação foi aplicado 1ml de EDTA 17% durante 3 min, seguido de irrigação final com 3ml de NaOCl 2,5%. Foram realizadas radiografias pré e pós operatórias e os autores observaram que não houve ocorrência de transporte do canal. Berutti et al. (2012) compararam a curvatura do canal após a instrumentação utilizando o sistema WaveOne de instrumento único e ProTaper. Foram utilizados 30 simulados e as amostras foram divididas em dois grupos (n=15). Nos dois grupos foi utilizado o sistema PathFile 1, 2 e 3 no comprimento de trabalho. Em seguida, no grupo um foi realizada a instrumentação com o sistema WaveOne de instrumento único no CT e no grupo dois com o sistema ProTaper (S1, S2, F1 e F2 no CT). Foram obtidas imagens digitais pré e pós operatórias e os autores concluíram que o sistema WaveOne manteve melhor a curvatura do canal original.

24 3 CONCLUSÃO Instrumentos de conicidade constante desviam menos que instrumentos de conicidades progressivas. Instrumentos de conicidades.02 e.04 desviam menos que instrumentos de conicidades maiores. Os instrumentos de níquel-titânio, de conicidades menores, quando comparados aos de aço inoxidável, promovem um menor transporte apical.

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28 VAUDT, J. et al. Ex vivo study on root canal instrumentation of two rotary nickeltitanium systems in comparison to stainless steel hand instruments. International Endodontic Journal, Oxford, v. 42, p. 22-33, 2009. YANG, G. B. et al. Shaping ability of progressive versus constant taper instruments in curved root canals of extracted teeth. International Endodontic Journal, Oxford, v. 40, n. 707-714, 2007.. Shaping ability of progressive versus constant taper instruments in simulated root canals. International Endodontic Journal, Oxford, v. 39, p. 791-799, 2009.. Effects of two nickel-titanium instruments systems, Mtwo versus ProTaper Universal, on root canal geometry assessed by micro-computed tomography. Journal of Endodontics, Baltimore, v. 37, n. 10, p. 1412-1416, Oct. 2011.

29 APÊNDICE Tabela 1- Estudos sobre transporte apical. Referência Tipo de estudo Amostra (n) Sistema Sequência Avaliação Conclusão Iqbal et al., 2004 Vanni et al., 2004 Jodway e Hulsmann, 2006 Schafer, Erler e Dammaschke, 2006 Schafer, Erler e Dammaschke, 2006 Yang et al., 2006 In vitro 40 dentes ProFile Series; ProTaper In vitro 100 Quantec 2000; dentes ProFile T0.04; ProFile Series 29 taper 0.04; Pow-R taper Até o instrumento taper.06; até F3 Até instrumento #9; até #35; até #6; até #35 0.02 In vitro 50 dentes NiTi TEE; K3 Até #30/.04; até #45/.02 In vitro 120 canais simulados Mtwo; K3; RaCe In vitro 60 dentes Mtwo; K3; RaCe In vitro 40 canais simulados ProTaper; Hero Até #35/.04; #35/.02; #35/.02 Mtwo; K3; RaCe Canais em L até F3 e em S até F2; em L até #30/.02 e em S até #25/.02 Radiografias pré e pós operatórias. Radiografias pré e pós operatórias. Radiografias pré e pós operatórias e fotografias transversais. Fotografias pré e pós operatórias. Radiografias pré e pós operatórias. Estereomicroscópio acoplado a uma camera. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas no nível D4. Os sistemas rotatórios de NiTi produziram os menores valores médios de deslocamento apical do que as limas de aço inox. Ambos os sistemas mantiveram bem a curvatura do canal. O sistema Mtwo respeitou a curvatura original do canal. Mtwo manteve a curvatura do canal original significativamente melhor do que os outros dois sistemas. Em ambos os tipos de canais os instrumentos Hero mantiveram melhor a curvature do canal original.

30 Hartmann et al., 2007 In vitro 60 dentes Aço inox K-file; Limas K-file acopladas a um sistema oscilatório; ProTaper Até #30; até #30; até F3 Tomografia computadorizada. A técnica manual produziu menos transporte do canal do que as técnicas oscilatória e rotatória. Javaheri e Javaheri, 2007 Loizides et al., 2007 Rodig, Huslmann, Kahlmeier, 2007 Sontag et al., 2007 Yang et al., 2007 López et al., 2008 In vitro 60 dentes Hero 632; RaCe; ProTaper In vitro 22 dentes Hero; Hero apical; ProTaper In vitro 50 dentes ProFile 0.04; GT rotatório In vitro 150 canais artificiais e 60 dentes K3; Mtwo; ProTaper In vitro 40 dentes ProTaper, Hero Shaper In vitro 60 dentes Instrumentos manuais Triple Flex; K3; sistema oscilatório com limas Triple Flex Todos os sistemas foram utilizados até o instrumento #30 Até #30/.04; até taper 6; até F3 Até #45/.04 nos dois grupos Até #35/.04; até #25/.07; até F3 Até F3; até #30/.04 Até instrumento #40 em todos os grupos Radiografias pré e pós operatórias. Microtomografia computadorizada. Radiografias pré e pós operatórias e fotografias das secções tranversais. Radiografias digitais pré e pós operatórias. Radiografias digitais pré e pós operatórias e fotografias transversais. Radiografias digitais pré e pós operatórias. ProTaper apresentou uma diferença estatisticamente significativa no transporte apical. ProTaper mostrou uma tendência maior para o transporte apical. Ambos os sistemas respeitaram a curvature do canal original. Nos canais artificiais, os sistemas K3 e Mtwo apresentaram um percentual menor de transporte do canal. Nos molares humanos não houveram diferenças significativas. O sistema Hero teve um transporte significativamente menor. Os instrumentos de aço inox causaram transporte apical significativo, enquanto o sistema K3 foi seguro.

31 Bonaccorso et al., 2009 Pasternark, Souza Neto, Silva, 2009 In vitro 40 canais simulados ProTaper; Mtwo; Bio Race; S-Apex seguido por Bio Race Até F4; até #40/.04 no segundo e terceiro grupo, até #25/.06 e S-Apex (35-40) Imagens de microscopia pré e pós operatórias. In vitro 27 dentes RaCe Até #50/.02 Tomografia após o preparo até #35/.02 e após #50/.02. ProTaper causou um transporte mais pronunciado do canal em comparação com os outros instrumentos. Não houveram diferenças estatisticamente significativas. Unal et al., 2009 Vahid, Roohi, Zayeri, 2009 Vaudt et al., 2009 Ersev et al., 2010 Gergi et al., 2010 Iqbal et al., 2010 Karabucak et al., 2010 In vitro 10 dentes ProTaper e ProTaper Universal In vitro 96 dentes ProTaper; ProFile; Flex Master In vitro 45 dentes Alpha System; ProTaper e instrumentos manuais de aço inox In vitro 100 canais simulados ProFile; K3; NiTi-TEE; Endo Wave; Hero Shaper In vitro 90 dentes Twisted Files; PathFile ProTaper; instrumentos manuais K- Flexofile Até F3 nos dois grupos Até F3; até #20/.06; até #25/.06 Todos os sistemas foram utilizados até o instrumento #30 Todos os instrumentos foram utilizados até #25/.04 Até #25/.08; até S2; até lima #60 In vitro 40 dentes GT; GTX Até #30/.04 nos dois grupos In vitro 30 dentes Endo Sequence; Guidance Até #25/.06, até #25/.08 Radiografias digitais pré e pós operatórias. Radiografias pré e pós operatórias. Fotografias pré e pós operatórias das secções coronal, media e apical. Imagens digitais pré e pós operatórias. Tomografia computadorizada. Radiografias digitais pré e pós operatórias. Radiografias digitais pré e pós operatórias. Não houve diferença estatisticamente significativa. ProTaper e Mtwo diminuíram significativamente a curvature do canal em comparação com os outros sistemas. O sistema ProTaper e os instrumentos manuais resultaram em um aumento do transporte do canal, porém não há diferença estatisticamente significativa. O sistema K3 apresentou melhores resultados. O sistema Twistes Files apresentou o menor transporte. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Não foi encontrada nenhuma diferença estatisticamente significativa.

32 Kunert et al., 2010 In vitro 25 dentes ProTaper Universal Até F4 Radiografias digitais pré e pós operatórias, após o uso do instrument F3 e após o F4. Instrumentos F3 devem ser usados com cuidado em canais curvos e os F4 devem ser evitados no terço apical. Lang, 2010 In vitro 20 dentes Hero 642 conicidade.02; Prodesign múltipla conicidade Moreira, 2010 In vitro 20 dentes Hero 642 conicidade.02; Prodesign múltipla Batouty e Elmallab, 2011 Freire et al., 2011 Nordmeyer, Schmell e Hulsmann (2011) Ozer, Turkey, 2011 conicidade In vitro 40 dentes K3; Twisted File In vitro 30 canais Twisted File; EndoSequence Flex Master; Endo Eze AET In vitro 60 dentes ProTaper Universal; Hero Apical 642; Flex Master Até #45/.02 e #40/.04 Até #45/.02 e #40/.04 Até #30/.06 nos dois grupos #30/.06, #25/.06 e #25/.04 nos dois grupos Até #45/.02; #45/.025 Até F3; #30/.06; #30/.06 Tomografia computadorizada. Fotografias através de uma câmera acoplada em um microscópio óptico. Radiografias pré e pós operatórias. Micro tomografia computadorizada. Radiografia pré e pós operatória. Tomografia computadorizada. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos. O sistema TF produziu transporte significativamente menor e preservou melhor o canal original. Os dois sistemas apresentaram transporte mínimo. O sistema Flex Master é mais seguro. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos.