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Transcrição:

À COMISSÃO ESTADUAL DE ACESSO À INFORMAÇÃO - CEAI Ref.: Pedido Acesso à Informação nº 591521412693 CONECTAS DIREITOS HUMANOS, já qualificada no pedido de acesso à informação em referência, representada neste ato por seu diretor adjunto, Marcos Fuchs, vêm, respeitosamente, com fundamento no artigo 15 da Lei Federal nº 12.527/2011 e no artigo 21, I do Decreto Estadual de São Paulo nº 58.052/2012, interpor o presente RECURSO em face da omissão da Corregedoria Geral da Administração ao recurso do pedido de informações solicitado à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, pelas razões que passaremos a expor. I TEMPESTIVIDADE De início, verifica-se que o presente recurso preenche o requisito da tempestividade, uma vez que o prazo para resposta da Corregedoria Geral da Administração encerrou-se em 02 de dezembro de 2014, sem que houvesse nenhuma manifestação por parte da recorrida, nem mesmo uma justificativa expressa da razão de não ter dado resposta ao pedido. É cediço que o Decreto estadual nº 58.052/2012 estabelece o prazo de 10 (dez) dias para interposição de recurso, como se vê em seu artigo 19: Art. 19. No caso de indeferimento de acesso aos documentos, dados e 1

informações ou às razões da negativa do acesso, bem como o não atendimento do pedido, poderá o interessado interpor recurso contra a decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua ciência. Nesse sentido, uma vez que o recurso ao pedido de acesso à informação foi protocolado em 27/11/2014, a resposta deveria ter sido apresentada até o último 02 de dezembro de 2014, nos termos do art. 20 do referido Decreto. Como não houve resposta, entende-se que a ciência da ora Recorrente ocorreu a partir do dia útil seguinte após transcorrer o prazo legal, 03/12/2014. No mais, o artigo 92 da Lei Estadual 10.177/1998, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Estadual e tem aplicação subsidiária (art. 2º), determina que os prazos serão computados excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, tornando-se válido apresentar o recurso até a data de 15 de dezembro de 2014. Portanto, a apresentação deste recurso obedece ao prazo de dez dias exigido pela legislação que disciplina o tema sendo tempestivo. II. DA AUTORIDADE RECURSAL COMPETENTE De acordo com o disposto no artigo 21 do Decreto Paulista nº 58.052/12, na hipótese de demanda de acesso à informação não atendida pela Corregedoria Geral da Administração, é concedido ao recorrente a possibilidade de interpor recurso à Comissão Estadual de Acesso à Informação, sendo tal órgão hierarquicamente superior à CGA no que se refere à legislação nacional de acesso à informação: Artigo 21 - Negado o acesso ao documento, dado ou informação pela Corregedoria Geral da Administração, o requerente poderá, no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua ciência, interpor recurso à Comissão Estadual de Acesso à Informação, de que trata o artigo 76 deste decreto. Desta forma, a apresentação do presente recurso à Comissão Estadual de Acesso à Informação encontra-se em conformidade com o Decreto nº 58.052/2012. 2

III OS FATOS No dia 26 de setembro de 2014, se valendo da Lei de Acesso à Informação Pública, as recorrentes enviaram à Secretaria de Segurança Pública pedido de acesso à informação relativo aos designados responsáveis da Polícia Militar pelas operações das forças policias durante as manifestações ocorridas durante o período da Copa do Mundo no Brasil (Doc. 01). Especificamente, foi solicitado o nome completo do comandante das operações nas seguintes nove ocasiões: 1. Manifestação Popular Copa sem povo, tô na rua de novo - ocorrida em 15/05/2014. Local de Início: Praça do Ciclista, Avenida Paulista Bela Vista. 2. Reivindicação Grevista Greve dos Metroviários ocorrida em 06/06/2014. Local: Metrô Ana Rosa. 3. Manifestação Popular Grande Ato 12 de Junho Não Vai Ter Copa ocorrida em 12/06/2014. Local: Metrô Carrão. 4. Reivindicação Grevista Greve dos Metroviários ocorrida em 12/06/2014. Local: Metrô Tatuapé. 5. Manifestação Popular Não Vai Ter Tarifa - ocorrida em 19/06/2014. Local de Início: Praça do Ciclista, Avenida Paulista Bela Vista. 6. Manifestação Popular 11º ato Se não tiver direitos, não vai ter Copa - ocorrida em 23/06/2014. Local de Início: Praça do Ciclista, Avenida Paulista Bela Vista. 7. Reunião Pública Ato Libertem nossos presos políticos - ocorrida em 26/06/2014. Local: MASP, Avenida Paulista Bela Vista. 8. Reunião Pública Ato democrático pela libertação dos presos políticos Fábio e Rafael - ocorrida em 01/07/2014. Local: Praça Roosevelt SP. 3

9. Reunião Pública Grande Formação de Quadrilha pelos Presos Políticos - ocorrida em 12/07/2014. Local: Praça Roosevelt SP. Ocorre que, transcorrido o prazo para resposta da Secretaria de Segurança Pública, nenhuma das solicitações foram atendidas. Diante de tal omissão, a requerente apresentou recurso à autoridade hierarquicamente superior no dia 07 de novembro. Transcorridos dez dias após o vencimento do prazo de resposta do Secretário de Segurança Pública, Sr. Fernando Grella, não houve nenhuma manifestação por parte do órgão. Não havendo outra alternativa, a recorrente apresentou recurso à Corregedoria Geral da Administração, em 27/11/2014, nos termos do art. 20 do decreto 58052/2012, tentando obter o seu direito de acesso à informação (Doc.02). Ocorre que, transcorrido o prazo para resposta, não houve qualquer manifestação por parte da CGA, razão pela qual se faz cabível a apresentação do presente recurso à Comissão Estadual de Acesso à Informação. As omissões à solicitação de acesso às informações configuram em flagrante violação à Lei de Acesso à Informação. Posto isto, visando dar cumprimento à legislação vigente faz cabível a propositura do presente recurso, para que o direito constitucional de acesso à informação finalmente seja efetivado. Assim vejamos. IV O DIREITO Existência de Direito Líquido e Certo de Acesso à Informação. O Direito à informação está previsto na Constituição Federal no art. 5º, XXXIII, que dispõe, in verbis: 4

Art. 5º, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. Tal dispositivo regula o direito de todo cidadão de ter acesso à informação. Este direito inclui tanto a obrigação de disponibilizar certas informações, independentemente de requerimentos, quanto a necessidade de garantia do acesso a informações solicitadas. A Lei de Acesso à Informação Pública (Lei nº 12.527/2011) foi promulgada com o intuito de regulamentar os dispositivos constitucionais supracitados garantindo, assim, o direito à informação, estabelecendo um novo marco paradigmático em que a transparência é a regra, e o sigilo, exceção. A recorrente se valeu dos procedimentos previstos tanto na Lei nº 12.527/2011 como no Decreto Estadual que a regulamenta 1. Destacamos o artigo 15 do Decreto Estadual nº 58.052/2012: Artigo 15 - O Serviço de Informações ao Cidadão - SIC do órgão ou entidade responsável pelas informações solicitadas deverá conceder o acesso imediato àquelas disponíveis. 1º - Na impossibilidade de conceder o acesso imediato, o Serviço de Informações ao Cidadão - SIC do órgão ou entidade, em prazo não superior a 20 (vinte) dias, deverá: 1. comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão; 2. indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso pretendido; 3. comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de informação. 1 Segundo o art. 45 da Lei n.º 12527/2011, caberá aos Estados, Distrito Federal e Municípios criar legislação própria que regulamente as regras específicas das normas elencadas pela Lei em questão. O decreto estadual nº 58.052/2012 foi promulgado a partir desta determinação, razão pela qual se utiliza dele neste pedido. 5

Como se vê, a ausência de qualquer tipo de resposta ao pedido de informação como no caso em apreço viola expressamente não somente a Lei de Acesso à Informação Pública, como também o próprio Decreto estadual regulamentador, promulgado justamente para especificar como o acesso à informação no Estado de São Paulo deve ser gerido. Pior, viola no cerne alguns dos princípios mais caros à Constituição Federal de 1988, como já exposto. Conclui-se, sem equívocos, ser cristalino o direito da signatária em obter as informações requeridas e, no mesmo sentido, é evidente o descumprimento das normas que disciplinam o tema por parte do órgão competente. V CONCLUSÃO E PEDIDO Diante do exposto, visando o estrito cumprimento da Lei de Acesso à Informação e dos princípios constitucionais do direito à informação (artigo 5º, inciso XXXIII) e da publicidade da Administração Pública (artigo 37, caput), requer-se que seja recebido e provido o presente recurso, para que seja determinado que a autoridade competente forneça, finalmente, as informações solicitadas. São Paulo, 11 de dezembro de 2014. MARCOS FUCHS Diretor Adjunto da Conectas Direitos Humanos rafael.custodio@conectas.org CPF: 049.823.058-97 6