DESTAQUES Bovespa sobe após ata do Fed e rumores Telefónica diz: não há urgência por consolidação Preço do minério pode ameaçar Vale Cielo diz que joint venture mira outros emissores Fitch analisa rebaixar empreiteiras Bônus da Petrobras estão caros, diz analista Para mais notícias em tempo real:
FECHAMENTO ANTERIOR (19/11/2014) ALTA 2,58 MÍNIMA 52.031 ABERTURA 52.061 MÁXIMA 53.402 FECHAMENTO 53.402 VOLUME 7.711.725.073 MAIORES ALTAS MAIORES BAIXAS AÇÃO PREÇO % AÇÃO PREÇO % OIBR4 1,41 8,46 CSNA3 6,38-3,92 ELET3 5,69 8,17 BRPR3 10,43-2,71 GFSA2 2,40 7,14 PCAR4 103,78-1,54 ECOR3 10,51 6,81 EMBR3 24,52-1,05 MRFG3 5,89 5,89 SUZB5 11,02-0,99 A Bolsa brasileira fechou em baixa nesta quartafeira. Segundo o analista Felipe P. Otero, da Ágora Corretora, Índice começa a indicar uma possível retomada para um sentido mais altista no curto prazo e a superação agora dos 53.435 pts pode indicar objetivos próximos dos 53.875 / 54.186 (MME 200) e 54.255 pts (MME de 50). Do lado inferior a perda dos 51.950 pts poderia anular a recuperação recente do índice e levar para objetivos em 51.200 /50.885 e 50.500 pts. Em seu gráfico semanal chega ao meio da semana formando um possível envolvente de alta sobre o candle da semana passada onde a superação da máxima da semana passada em 53.830 pts poderia sinalizar um ganho de força maior para o índice voltar para os 55.260 pts onde se encontra com sua MME de 200 períodos. Do lado inferior importante neste momento não perder os 50.500 pts, caso contrário pode sinalizar objetivos mais alongados em 49.020 e 47.100 pts BOLSAS INTERNACIONAIS Índice Pontos % Índice Pontos % Índice Pontos % Dow Jones 16.399 +0,12 Euro 2.970 +1,47 CAC 40 4.059 +1,72 S&P 500 1.904 +0,91 FTSE 100 6.323 +0,90 Shangai 2.339-0,72 Nasdaq 4.316 +1,35 DAX 8.839 +1,39 Nikkei 14.804-2,03 AGENDA 08:00 Sondagem Industrial 2
BOVESPA SOBE APÓS ATA DO FED E RUMORES A bolsa brasileira teve um dia de recuperação técnica, mas acelerou os ganhos no fim do pregão, embalada pela ata da última reunião do Federal Reserve e pelos rumores sobre a composição da nova equipe econômica de Dilma Rousseff. A ata do Fed mostrou que os membros da instituição continuam preocupados com a possibilidade de piora do cenário externo, o que pode desacelerar o ritmo de crescimento da economia americana no médio prazo. A sinalização reforçou a avaliação dos economistas de que o Fed deve manter os juros americanos baixos ao menos até meados de 2015. Na cena doméstica, a quarta-feira foi recheada de boatos sobre os postulantes ao comando do ministério da Fazenda. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, permanecerá no cargo, ao contrário das especulações que cogitavam sua ida para a Fazenda. O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, ainda estava entre os cotados para assumir o ministério, mas dificilmente isso ocorrerá. Assim, o Ibovespa fechou em forte alta, rompendo a linha dos 53 mil pontos, com bom giro financeiro. Entre as principais ações do índice, Petrobras e bancos foram desque. O chefe de análise da Alpes/Win Corretora, Bruno Gonçalves, acrescenta que o IPCA-15, divulgado nessa manhã, também aliviou os negócios na bolsa. O índice inflacionário desacelerou para 0,38% em novembro, de 0,42% em outubro, e ficou abaixo da média de 0,5% estimada pelo Valor Data. Operadores comentaram que a corretora do Banco Safra foi a maior compradora líquida da bolsa pelo segundo dia seguido. A movimentação somou R$ 243 milhões e seria reflexo da montagem de uma grande operação envolvendo compra de ações do Ibovespa à vista e venda de contratos de Ibovespa no mercado futuro. A operação total foi estimada em 15 mil contratos, ou cerca de R$ 800 milhões, segundo as fontes. Na ponta negativa do Ibovespa ficaram algumas exportadoras. Depois de alcançar os R$ 2,60 no começo da semana, o dólar já retornou à casa de R$ 2,57, o que desfavorece o resultado de empresas exportadoras, como Embraer. TELEFÓNICA DIZ: NÃO HÁ URGÊNCIA POR CONSOLIDAÇÃO O conselheiro e diretor-geral de estratégia da Telefónica na Espanha, Santiago Fernández Valbuena, disse nesta quinta-feira acreditar que a redução de operadores no mercado brasileiro seria positiva para o país. Desse modo, disse que a companhia não descarta adquirir uma participação na TIM Brasil. O executivo reconhece que um processo como esse é difícil, mas necessário num momento como esse. O executivo tem destacado a importância crescente da América Latina para o grupo Telefónica. É onde está 100% do nosso crescimento futuro, afirmou. E também onde está quase metade no nosso negócio. De qualquer modo, Valbuena destacou que o investimento na América Latina requer mais tempo que dinheiro, pois não se pode chegar e fazer negócios rapidamente. A companhia tem reiterado que o foco no momento é resolver a questão regulatória que envolve a compra da GVT para concluir o negócio. A Telefônica Brasil é fundamental para o projeto da Oi de fazer uma oferta pela TIM Brasil, dividindo a operadora com a Claro, do grupo América Móvil, e Telefônica Vivo. A subsidiária espanhola tem menos de 10% de participação de mercado no Nordeste, portanto, seria a solução para evitar a concentração de mercado na divisão da TIM e reduzir os problemas junto à Anatel. PREÇO DO MINÉRIO PODE AMEAÇAR VALE Os preços do minério de ferro atingiram, na quarta-feira, 19, seu valor mínimo desde junho de 2009. A cotação do insumo encerrou ontem US$ 70 a tonelada, queda de 2,9% em relação ao dia anterior e desvalorização de 48% desde o início do ano. A base de referência é o minério com teor de concentração de 62%, negociado no porto de Tianjin (China). Se essa trajetória de queda se mantiver, as minas de baixo custo, que são aquelas vistas como blindadas aos valores mais baixos do insumo - caso das minas da Vale - poderão ter sua rentabilidade colocada em xeque. 3
CIELO DIZ QUE JOINT VENTURE MIRA OUTROS EMISSORES O objetivo estratégico da joint-venture que Cielo e Banco do Brasil estão estruturando para atuar na gestão de cartões é trabalhar com outros emissores e bandeiras, segundo o presidente da adquirente, Rômulo de Mello Dias. "Um dos objetivos principais da nova companhia é estar aberta a novas emissões e não atuar somente com o Banco do Brasil", destacou ele, nesta quinta-feira, 20. O fechamento de parceria com outros emissores e bandeiras, de acordo com Dias, é um caminho para diversificação de receitas da joint venture. Possíveis acordos, segundo o executivo, podem ter formatos e precificação diferentes do adotado com o BB. FITCH ANALISA REBAIXAR EMPREITEIRAS A Fitch colocou todas as notas de crédito das empresas de construção pesada brasileiras em análise para possível rebaixamento. A ação reflete a preocupação com o impacto financeiro das denúncias de corrupção envolvendo contratos com a Petrobras. Segundo a agência de classificação de risco, à medida que as investigações federais avançam, os principais temores dizem respeito à alta concentração da carteira de pedidos dessas companhias com o governo. A agência prevê ainda maior rigor em contratos existentes e futuros com a petroleira e outros entes governamentais; a inabilidade de participação em contratos futuros com órgãos públicos; a redução no acesso ao financiamento por bancos privados, mercado de capitais e bancos públicos; desaceleração no ritmo de concessões ao setor privado, já que essas empresas frequentemente atuam como investidores, operadores ou construtores nesses processos; e, por fim, prováveis penalidade financeiras. Foram colocadas em observação com viés negativo: Camargo Corrêa, CCSA Finance Limited, Construtora Andrade Gutierrez, Andrade Gutierrez International, Construtora Norberto Odebrecht, Odebrecht Finance Limited, OAS, Construtura OAS, OAS Investments, OAS Finance, Construtora Queiroz Galvão, Galvão Participações e Galvão Engenharia. BÔNUS DA PETROBRAS ESTÃO CAROS, DIZ ANALISTA Os bônus da Petrobras estão caros quando se levam em conta o nível de endividamento e as incertezas provocadas pelo escândalo envolvendo a companhia, avalia Charles Grant, analista do "Grant's Interest Rate Observer", uma publicação quinzenal sobre o mercado financeiro. Grant chama a atenção para a relação entre a dívida bruta da Petrobras e o Ebitda que ficou em 5,3 vezes no segundo trimestre deste ano. No mesmo período, a russa Rosneft tinha um indicador de 1,84, e a mexicana Pemex, de 1,21. A comparação mostra o alto grau de endividamento da companhia brasileira em comparação com outras estatais. Se cotejados com empresas privadas como Royal Dutch Shell e Exxon Mobil, a Petrobras sai-se ainda pior. No terceiro trimestre, a dívida da Shell equivalia a 0,9 vez o Ebitda e a da Exxon, 0,4 vez. Outro indicador que mostra uma situação não muito confortável é a relação entre os lucros antes de juros e impostos e os gastos com juros. No caso da Petrobras, essa medida cobre 2,2 vezes as despesas financeiras. A Pemex tem um indicador um pouco inferior a 9 vezes e a Shell, de quase 16 vezes. 4
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