Envelhecimento populacional e gasto com saúde pública: uma análise para o estado de São Paulo



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Transcrição:

0 Envelhecimento populacional e gasto com saúde pública: uma análise para o estado de São Paulo Autora: Giuliana Baraldo 1 Orientador: Fernando Henrique Taques 2 Resumo: Justificativa: O aumento da expectativa de vida com uma menor taxa de natalidade no Brasil converge para um rápido envelhecimento populacional, o que acarreta em uma mudança no perfil epidemiológico do país. A qualidade de saúde de uma população pode ser melhorada com programas de prevenção a algumas doenças e acompanhamento da população na assistência básica e primária. Objetivo: Analisar se o investimento em Saúde para os idosos acompanha o envelhecimento populacional no Estado de São Paulo no período de 1995 até 2010. Metodologia: Fonte de dados do Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (DATA- SUS) com gastos no período de 1995 até 2010, como: internações, número de óbitos acima de 60 anos de 1995 até 2010, gastos com cirurgia de catarata entre 1999 e 2006 e mortalidade por neoplasias maligna de mama, colo de útero e próstata, mortalidade por doenças do sistema respiratório entre 1996 e 2010, investimento em saúde para melhora da qualidade de vida como: número de doses de vacina aplicadas nos idosos desde 1998, quantidade de leitos do sistema único de saúde em 2010 e leitos de UTI, existente no Estado de São Paulo. Resultado: aumento do número e custo de internações da população idosa desde 1995, aumento do número de óbitos com aumento significativo da população acima dos 80 anos, o gasto com cirurgias de catarata oscila entre os anos e aumento da quantidade de mortalidade por neoplasias de mama, colo de útero, próstata e por doenças do sistema respiratório e o número de doses de vacinas aplicadas na população idosa desde 1998 aumenta a cada ano. 1 Aluna de graduação do curso de ciências econômicas da Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) São Paulo. 2 Economista e professor da Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) São Paulo.

1 Conclusão: O aumento do número de internações acima de 60 anos acarreta em um aumento significativo do custo das internações devido aos tratamentos de alto custo, o aumento de óbitos acima de 80 anos demonstra o aumento da expectativa de vida, o gasto com cirurgia de catarata oscila no período analisado o que pode ser explicado pelo fato de que campanhas visuais realizadas por hospitais escolas dependem de verba governamental e o coeficiente de mortalidade por neoplasias maligna de mama, colo de útero, próstata e doenças do aparelho respiratório evidencia a necessidade de campanhas de prevenção, adesão populacional as campanhas de vacinação desde o seu início em 1998. Palavras - chaves: envelhecimento populacional e custo com saúde do idoso. A finalidade deste trabalho é analisar o custo em saúde para os idosos acompanha o envelhecimento populacional no Estado de São Paulo no período de 1995 até 2010. Para Corrêa (2010) a saúde nunca ocupou lugar central nas políticas do Estado brasileiro, sendo sempre deixada na periferia do sistema, tanto no que diz respeito à solução dos grandes problemas de saúde que afligem a população quanto à destinação de recursos exclusivos ao setor de saúde. A Constituição Brasileira de 1988 garantiu à população brasileira um Sistema Único de Saúde (SUS), o qual é responsável pela assistência e atenção à saúde em todo território nacional, ou seja, o país compromete se diante da Constituição a promover e a zelar pela saúde da sua população. A regulamentação do SUS foi realizada através da Lei n. 8080 de 19 de Setembro de 1990 e a Lei n. 8142 de 28 de Dezembro do mesmo ano regulamenta a criação e as responsabilidades dos Conselhos de Saúde. As leis garantiram aos brasileiros acesso a um serviço público de saúde prestado por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais e a complementação do Serviço Privado. O envelhecimento populacional deve-se a dois fatores fundamentais: primeiro a taxa de fecundidade no país vem caindo desde 1960, conforme Carneiro et al (2013, pg. 7) a fecundidade reduziu em cerca de 70% (6,28 filhos para 1,90) e segundo pela expectativa de vida do brasileiro que aumentou em 25 anos desde 1.960, de acordo com o Censo de 2010. O aumento da expectativa de vida com uma menor taxa de natalidade no Brasil converge para um rápido envelhecimento populacional, o que acarreta em uma mudança

2 no perfil epidemiológico do país que passa a preocupar-se mais com as doenças crônicas como hipertensão, diabetes, cardiopatias, câncer, entre outras, do que com as doenças infecto parasitárias. Mediante esse novo perfil epidemiológico, Vianna, Piola, Barros (1996) relatam a importância da intervenção mais intensa sobre a hipertensão arterial, que está na base de um complexo de problemas, que gera custos importantes nos serviços curativos e de reabilitação. A prevalência das doenças crônicas-degenerativas é bastante expressiva entre os idosos, e entre as consequências da maior presença destas doenças, nesta população, destacam-se o maior tempo de internação hospitalar, a recuperação mais lenta e uma maior frequência de reinternações e de invalidez. Todos estes fatos determinam custos mais elevados dos tratamentos de saúde desta população em relação às demais faixas etárias. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 1998 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 80% da população idosa apresenta pelo menos uma doença crônica e 33% apresenta três ou mais agravos crônicodegenerativos de longa duração, limitações funcionais e necessitam de tratamento pautado na reabilitação (VERAS et al, 2001, pg.22; PEREZ, 2008, pg.31). É esperado que os idosos com uma melhor qualidade de saúde tenham um gasto com saúde menor em comparação aos que possuem uma saúde mais debilitada. A qualidade de saúde de uma população pode ser melhorada com programas de prevenção a algumas doenças, acompanhamento da população na assistência básica e primária. Conforme a Política Nacional de Atenção Básica do Ministério da Saúde: A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas, sob forma de trabalho em e- quipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações (BRASIL, 2006, pg.71). Uma das justificativas para o aumento dos custos para Veras et al (2001, pg.24) está na precariedade dos serviços ambulatoriais, a baixa resolutividade da maioria dos serviços de assistência primária e os escassos serviços domiciliares resultam, frequen-

3 temente, em um primeiro atendimento, já em estágio avançado do processo mórbido, dentro do hospital, o que aumenta os custos e diminui as chances de um prognóstico favorável. Diante disso, a compreensão do desenvolvimento de programas voltados à população idosa é importante para elucidar a melhora da qualidade de vida e o custo com a saúde dos idosos. De acordo com Anjos (2009) relata que uma análise dos gastos com medicamentos pelos idosos faz-se necessária para a compreensão de sua qualidade de vida. Para analisar o envelhecimento populacional e o gasto com saúde pública no Estado de São Paulo ou em qualquer unidade federativa da República é preciso:...olhar para questões vivenciadas pelas pessoas idosas, significa deparar-se em um contexto de diferenças sociais, culturais, econômicas e principalmente individuais. Um enorme desafio para a humanidade é garantir as pessoas envelhecer dignamente com saúde e qualidade de vida. Este processo esta sujeito a peculiaridades socio-culturais e econômicas (SILVA et al, 2011, pg.145). Uma parcela significativa dos idosos é de aposentados, os quais raramente deixam de possuir gastos com medicação para doenças como hipertensão e diabetes. Os programas de distribuição de medicação para a população idosa, custeado pelo governo federal auxilia na melhora da qualidade da saúde e vida dos idosos, pois o recurso antes destinado à medicação pode ser realocado para outros fins, deste modo há melhora na qualidade de vida dos idosos. Melhora na qualidade da saúde e de vida dos idosos, reflete diretamente no investimento em saúde pública no Estado de São Paulo. Para analisar alguns indicadores do custo com saúde do Estado de São Paulo, esse estudo utiliza-se como fonte de dados do Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS) com gastos no período de 1995 até 2010, como: internações, número de óbitos acima de 60 anos de 1995 até 2010, gastos com cirurgia de catarata e mortalidade por neoplasias maligna de mama, colo de útero e próstata, mortalidade por doenças do sistema respiratório, investimento em saúde para melhora da qualidade de vida como: número de doses de vacina aplicadas nos idosos desde 1998, quantidade de leitos do sistema único de saúde por 1000 habitantes e percentuais de leitos de UTI, existente no Estado de São Paulo no período de 2007 a 2010. O Estado de São Paulo possuía no ano de 2010, 594 unidades de serviços de saúde públicos e privados que atendem ao SUS e possui 103.149 leitos que atendem ao

4 Estado, sendo que desses 80.426 são de unidades hospitalares vinculadas ao SUS e dessas apenas 64.730 são disponibilizadas aos pacientes do Sistema Único de Saúde no Estado de São Paulo. Os leitos de UTI no ano anterior eram de 6074 e não sofreu grandes alterações no ano sequentes e já não sofria nos anos subsequentes. A análise das internações de idosos entre 1995 e 2010 no Estado de São Paulo é observada na tabela 1. Tabela1: quantidade de internações, valor das internações e valor médio com internação de idosos no Estado de São Paulo entre os anos de 1995 até 2010. Faixa Etária 60-69 anos 70-79 anos maior de 80 anos Ano Quantidade Valor (R$) Valor médio Quantidade Valor (R$) Valor médio Quantidade Valor (R$) Valor médio 1995 216.371 88.661.949,96 409,77 164.830 61.781.149,06 374,82 87.869 29.383.585 334,40 1996 196.108 87.992.954,60 448,70 153.436 62.568.681,85 407,78 82.215 29.227.220 355,50 1997 185.957 85.666.809,03 460,68 150.624 63.385.232,10 420,82 82.153 30.239.614 368,09 1998 182.150 104.974.022,09 576,31 150.411 78.738.491,35 523,49 83.897 39.605.533 472,07 1999 186.870 137.789.975,34 737,36 155.584 102.504.643,58 658,84 85.741 50.604.979 590,21 2000 188.326 139.252.744,65 739,42 157.515 105.691.479,00 670,99 86.328 51.239.652 593,55 2001 185.975 150.415.684,17 808,80 159.763 113.967.157,99 713,35 85.404 52.601.219 615,91 2002 187.382 166.478.538,74 888,44 162.418 128.103.629,34 788,73 88.569 60.570.415 683,88 2003 192.987 184.096.925,26 953,93 168.305 146.549.247,03 870,74 93.263 69.115.244 741,08 2004 195.959 206.471.133,44 1.053,64 172.948 165.418.161,71 956,46 99.354 79.038.804 795,53 2005 205.880 228.131.263,01 1.108,08 177.742 177.884.924,91 1.000,80 102.899 86.177.713 837,50 2006 206.276 231.226.205,69 1.120,96 181.520 184.045.737,40 1.013,91 106.625 91.713.366 860,15 2007 213.210 253.671.268,72 1.189,77 185.265 199.614.788,63 1.077,46 112.162 101.449.605 904,49 2008 203.383 233.363.434,57 1.147,41 171.160 182.488.563,92 1.066,19 106.609 95.719.833 898 2009 217.319 294.220.512,22 1.353,86 183.417 233.649.677,25 1.273,87 117.200 122.523.050 1.045 2010 235.615 329.234.635,30 1.397,34 195.762 252.155.913,65 1.288,07 127.464 136.254.522 1.069 Fonte: Datasus. Observa-se um aumento do número de internações de idosos nesse período, mais importante entre aqueles acima de 80 anos, acarretado pela melhora da qualidade de vida e aumento da expectativa de vida dessa população. O custo com internações aumentou em todas as faixas etárias, assim como o custo médio das internações, acarretadas pelos tratamentos de alta complexidade devido à mudança do perfil epidemiológico desses pacientes, com o aumento das doenças crônicas como hipertensão, cardiopatias, diabetes, problemas no aparelho respiratório, câncer entre outras. A alteração na expectativa de vida da população tem consequência direta no aumento do número de óbitos de idosos no período analisado, o que pode ser observado na Tabela 2.

5 Tabela 2: número de óbitos no período de 1995 até 2010 no Estado de São Paulo. 1995 1996 1997 1998 1999 Faixa Etária Quantidade Porcentagem Quantidade Porcentagem Quantidade Porcentagem Quantidade Porcentagem Quantidade Porcentagem Menor 1 ano 16.889 7,37% 15.867 6,70% 15.281 6,52% 13.879 5,96% 12.917 5,42% 1 a 4 anos 2.470 1,08% 2.367 1,00% 2.193 0,94% 2.187 0,94% 2.057 0,86% 5 a 9 anos 1.188 0,52% 1.169 0,49% 1.058 0,45% 1.014 0,44% 1.035 0,43% 10 a 14 anos 1.601 0,70% 1.664 0,70% 1.581 0,67% 1.357 0,58% 1.333 0,56% 15 a 19 anos 4.690 2,05% 4.954 2,09% 4.865 2,08% 5.039 2,16% 5.221 2,19% 20 a 29 anos 15.721 6,86% 15.719 6,64% 14.991 6,40% 14.577 6,26% 14.831 6,22% 30 a 39 anos 19.716 8,60% 19.834 8,37% 18.375 7,85% 17.501 7,51% 17.595 7,38% 40 a 49 anos 22.262 9,71% 22.918 9,67% 22.385 9,56% 22.415 9,63% 22.845 9,58% 50 a 59 anos 27.246 11,88% 27.798 11,73% 27.632 11,80% 28.179 12,10% 28.726 12,05% 60 a 69 anos 38.210 16,66% 39.927 16,85% 39.147 16,71% 38.642 16,59% 39.777 16,69% 70 a 79 anos 41.071 17,91% 43.570 18,39% 44.714 19,09% 45.161 19,39% 47.194 19,80% 80 anos e mais 37.007 16,14% 39.984 16,88% 40.857 17,44% 41.625 17,87% 43.491 18,25% Idade ignorada 1.220 0,53% 1.115 0,47% 1.144 0,49% 1.306 0,56% 1.337 0,56% TOTAL 229.291 100% 236.886 100% 234.223 100% 232.882 100% 238.359 100% 2000 2001 2002 2003 2004 Faixa Etária Quantidade Porcentagem Quantidade Porcentagem Quantidade Porcentagem Quantidade Porcentagem Quantidade Porcentagem Menor 1 ano 12.016 5,00% 10.540 4,44% 9.614 4,02% 9.369 3,88% 9.044 3,69% 1 a 4 anos 1.848 0,77% 1.721 0,73% 1.655 0,69% 1.626 0,67% 1.464 0,60% 5 a 9 anos 923 0,38% 911 0,38% 893 0,37% 852 0,35% 808 0,33% 10 a 14 anos 1.319 0,55% 1.237 0,52% 1.194 0,50% 1.063 0,44% 1.051 0,43% 15 a 19 anos 5.326 2,21% 5.312 2,24% 5.129 2,15% 4.640 1,92% 3.898 1,59% 20 a 29 anos 14.680 6,10% 14.022 5,91% 13.729 5,75% 12.900 5,34% 11.717 4,78% 30 a 39 anos 16.864 7,01% 16.314 6,88% 15.750 6,59% 14.971 6,20% 14.333 5,84% 40 a 49 anos 23.303 9,69% 23.293 9,82% 22.783 9,54% 22.911 9,49% 22.653 9,24% 50 a 59 anos 29.146 12,12% 29.218 12,32% 29.584 12,38% 30.400 12,59% 31.188 12,71% 60 a 69 anos 40.031 16,65% 39.066 16,47% 38.882 16,28% 39.663 16,42% 40.929 16,69% 70 a 79 anos 48.433 20,14% 48.593 20,48% 49.576 20,75% 50.819 21,04% 52.956 21,59% 80 anos e mais 45.431 18,89% 46.010 19,40% 49.154 20,58% 51.455 21,31% 54.495 22,22% Idade ignorada 1.160 0,48% 979 0,41% 935 0,39% 831 0,34% 754 0,31% TOTAL 240.480 100% 237.216 100% 238.878 100% 241.500 100% 245.290 100% 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Faixa Etária Quantidade Porcentagem Quantidade Porcentagem Quantidade Porcentagem Quantidade Porcentagem Quantidade Porcentagem Quantidade Porcentagem Menor 1 ano 8.444 3,55% 8.148 3,32% 7.850 3,19% 7.677 3,07% 7.575 2,94% 7.255 2,73% 1 a 4 anos 1.389 0,58% 1.447 0,59% 1.287 0,52% 1.255 0,50% 1.221 0,47% 1.158 0,44% 5 a 9 anos 838 0,35% 881 0,36% 789 0,32% 759 0,30% 727 0,28% 633 0,24% 10 a 14 anos 1.018 0,43% 1.004 0,41% 941 0,38% 897 0,36% 936 0,36% 937 0,35% 15 a 19 anos 3.427 1,44% 3.245 1,32% 2.908 1,18% 2.820 1,13% 2.630 1,02% 2.658 1,00% 20 a 29 anos 10.320 4,34% 9.999 4,08% 9.298 3,78% 9.081 3,63% 9.589 3,72% 9.026 3,39% 30 a 39 anos 13.344 5,61% 12.849 5,24% 12.455 5,07% 12.200 4,87% 12.482 4,84% 12.188 4,58% 40 a 49 anos 22.252 9,35% 22.021 8,98% 21.618 8,79% 21.982 8,78% 21.655 8,40% 21.411 8,05% 50 a 59 anos 31.239 13,13% 32.370 13,20% 32.868 13,37% 33.753 13,48% 35.049 13,59% 35.510 13,34% 60 a 69 anos 39.717 16,70% 40.683 16,58% 41.117 16,72% 42.365 16,92% 42.687 16,55% 44.889 16,87% 70 a 79 anos 51.208 21,53% 53.812 21,94% 53.666 21,83% 53.861 21,51% 55.421 21,49% 57.346 21,55% 80 anos e mais 53.988 22,70% 58.054 23,67% 60.399 24,56% 63.015 25,16% 67.136 26,03% 72.255 27,15% Idade ignorada 680 0,29% 802 0,33% 691 0,28% 769 0,31% 776 0,30% 840 0,32% TOTAL 237.864 100% 245.315 100% 245.887 100% 250.434 100% 257.884 100% 266.106 100% Fonte: Datasus

6 Ao analisar os óbitos do Estado de São Paulo por faixa etária percebe-se que o- corre um aumento expressivo entre os idosos com 80 anos e mais que passou de 37.007 em 1995 para 72.255 em 2010, um aumento de 195,24%, o que evidencia aumento da expectativa de vida dessa população. Entre as causas de morte dos idosos estão as neoplasias de mama, colo de útero e próstata e as doenças do sistema respiratório como: pneumonia, bronquite, asma, gripe, infecções agudas das vias aéreas e outras. A tabela 3 mostra o número de idosos que tiveram como causas do óbito essas doenças entre 1996 e 2010. Tabela 3: número de óbitos em idosos causados por neoplasias de mama, útero e próstata e doenças respiratórias. Neoplasias Ano Mama Útero Próstata Doenças respiratórias 1996 1223 285 1700 17547 1997 1219 301 1834 17225 1998 1238 314 1891 17559 1999 1353 370 1892 17991 2000 1379 438 1946 18623 2001 1448 425 2080 18284 2002 1467 348 2137 20583 2003 1455 337 2169 21349 2004 1496 348 2294 22739 2005 1596 356 2385 20138 2006 1622 356 2257 22707 2007 1636 372 2266 22880 2008 1693 335 2383 23218 2009 1692 374 2571 24437 2010 1864 369 2537 26615 Fonte: Datasus As campanhas de vacinação podem ser consideradas como investimento do Estado em saúde pública, pois previnem doenças que podem ocasionar internações hospitalares e atendimentos ambulatoriais. A tabela 4 mostra o número de doses de vacinas aplicadas nos idosos desde 1998, ano em que iniciou a campanha de vacinação de idosos.

7 Tabela 4: número de doses de vacinas aplicadas em idosos no período de 1998 até 2010. Ano 60 a 64 anos 65 a 69 anos 70 a 74 anos 75 a 79 anos 80 a 84 anos 85 a 89 anos 90 anos e mais 1998 - - - - - - - 1999 40.219 - - - - - - 2000 525.219 - - - - - - 2001 676.915 - - - - - - 2002 685.495 - - - - - - 2003 771.060 - - - - - - 2004 829.023 1.898.929 - - - - - 2005 835.317 1.957.063 - - - - - 2006 895.601 2.024.904 - - - - - 2007 917.561 2.080.645 - - - - - 2008 925.658 755.677 558.599 411.970 251.957 111.376 46.661 2009 1.093.004 806.733 623.796 455.553 290.455 131.732 54.726 2010 1.096.001 806.965 615.126 430.056 277.236 123.515 51.070 Fonte: Datasus Observa-se na tabela que ocorreu um aumento no número de vacinações entre 60 e 64 anos, porém esse aumento não foi observado nas demais taxas etárias, sendo que uma das causas pode ser o medo do idoso em tomar a vacina e ter alguma reação. Entre as consequências da vacinação tem-se: diminuição dos casos de gripes e pneumonias em idosos, assim como colabora para que não ocorram gastos com internação por essas doenças e por problemas respiratórios, além de casos de óbitos por essas doenças. Para Dip e Cabrera (2008) os principais motivos alegados para a não adesão as campanhas de vacinação para os idosos são o medo dos eventos adversos à vacina, a falta de credibilidade nela e a crença de que ela não seja necessária. A catarata é uma patologia que acomete indivíduos acima dos 60 anos que pode ser facilmente diagnosticada através de uma consulta oftalmológica e tratada com um procedimento cirúrgico através do qual se remove o cristalino opacificado e o implante de uma lente intra ocular no lugar desse cristalino. A recuperação no pós-operatório é extremamente rápida e na maioria das vezes o paciente percebe a melhora da acuidade visual (o quanto o paciente enxerga) no primeiro pós-operatório. A tabela 5 apresenta o custo com campanhas de catarata no Estado de São Paulo entre 1999 e 2006.

8 Tabela 5: Custo com campanha de cirurgia de catarata no Estado de São Paulo entre 1999 e 2006. Campanha de cirurgia de Ano catarata 1999 R$ 4.632.060,00 2000 R$ 1.961.805,36 2001 R$ 2.181.528,71 2002 R$ 1.506.830,42 2003 R$ 15.576.018,88 2004 R$ 28.196.825,51 2005 R$ 25.515.159,38 2006 R$ 3.983.742,03 Fonte: Datasus O custo com campanha de cirurgia de catarata não é constante e tampouco segue um padrão durante os anos, isso se deve ao fato de que essas campanhas normalmente são realizadas por hospitais escolas e dependem de investimento dos governos estadual e federal. Segundo Bittar, Mendes e Magalhães (2010) entre as razões para o crescimento das despesas com saúde está o envelhecimento da população, com a consequente modificação dos padrões de morbilidade (predomínio de doença crônico degenerativas), os avanços da tecnologia médica (novos exames, medicamentos e procedimentos), fatores socioeconômicos-culturais relativos à produção e ao consumo de produtos médicos por parte da população e a própria universalização das políticas de assistência, como a ocorrida no Brasil desde a criação do SUS, pela Constituição de 1988. O envelhecimento populacional deve ser tratado com políticas de saúde pública de longo prazo, que priorize as campanhas de prevenção à doenças crônicas, vacinação, implantação de uma rede de distribuição de medicamentos para todas as patologias e melhoria da assistência primária para evitar-se internações com tratamentos de alto custo e diminuição dos óbitos por falta de prevenção.

9 Referências Bibliográficas: ANJOS, G. L. Proporção dos gastos com medicamentos em relação à aposentadoria de idosos residentes em área urbana de Jundiaí, São Paulo. Revista de Geriatria e Gerontologia, Base Editorial.vl.3.pgs.109-116, jul/ago/set.2009. BITTAR, O. J. N; MENDES, J. D. V.; MAGALHÃES, A. Rede hospitalar no Estado de São Paulo: mapear para regular. SES/SP. São Paulo, 2010. BRASIL, Decreto nº 8080 de 19 de Setembro de 1.990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, DF, 19 set. 1990. BRASIL. Decreto nº 8142 de 28 de Dezembro de 1.990. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, DF, 28 dez. 1990. BRASIL, Presidência da República. Constituição da República Federativa do Brasil. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1998. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>.acesso em 03 mar. 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretariada Saúde. Portaria nº 648 de 28 de Março de 2006. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 29 mar. 2006. Seção 1. Pg.71. CARNEIRO, L. A. F.; CAMPINO, A. C. C.; LEITE, F.; RODRIGUES, C. G.; SAN- TOS, G.M.M; SILVA, A.R.A. Envelhecimento populacional e os desafios para o sistema de saúde brasileiro. São Paulo: IESS, 2013. Disponível em: <www.iess.org.br/envelhecimentopop2013.pdf>. Acesso em: 02 mar. 2014.

10 CÔRREA, O. T. D. A Política de Saúde no Brasil. in: ZUCCHI, P.; FERRAZ, M. B. (Org). Economia e Gestão em Saúde. 1ª Ed. São Paulo: Monale Ltda, 2010. DIP, R. M.; CABRERA, M. A. S. Vacinação contra a gripe como estratégia de promoção de saúde em idoso. Revista de Geriatria e Gerontologia, Base Editorial. vl.2. pgs.81-85.2008. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Atenção Básica. 4ª Ed. Brasília, 2007. PEREZ, M. A População Idosa e o Uso de Serviços de Saúde. Revista do Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ.ano 7. pgs.30-37, jan./jun.2008. SILVA, C. M.; CERRI, P.; FERREIRA, S. M. D.; MAGRINI, V. Ações Públicas voltadas para qualidade de vida do idoso. In: GUTIERREZ, L. G.; VILARTA, R.; MEN- DES, R.T., Org(s). Políticas Públicas. Qualidade de vida e atividade física. Campinas: IPES, 2011.pg.145. VERAS, R. P.; LIMA, M.A; ARAUJO, T. C. N.; ALVES, M. I. C.; SAYD. J.; FI- GUEIREDO, M.C.; VAENA, M. L. H. T.; IMBASSAHY, M. Velhice numa perspectiva de futuro saudável. Rio de Janeiro: UERJ/UNATI, 2001. VIANNA, S. M.; PIOLA, S. F.; BARROS, M. E. Política de Saúde no Brasil: Diagnóstico e Perspectiva. Brasília: IPEA, 1996.