Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes. 4.º trimestre 2018

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Transcrição:

Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes 4.º trimestre 2018

Lisboa, 2019 www.bportugal.pt Redigido com informação disponível até 27 de março de 2019. Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes Banco de Portugal Rua Castilho, 24 1250-069 Lisboa www.bportugal.pt Edição Departamento de Estabilidade Financeira Design Departamento de Comunicação e Museu Unidade de Design ISSN 2183-9646 (online)

Sistema bancário português 4.º trimestre de 2018 Estrutura de balanço O ativo total do sistema bancário aumentou 0,2% face ao 3.º trimestre de 2018, decorrente do aumento de 1% da carteira de títulos de dívida (em particular, títulos de dívida pública) e de 0,7% dos empréstimos a clientes, parcialmente compensados pela redução da carteira de participações financeiras (-0,1 pp do ativo) e dos ativos não correntes detidos para venda (-0,3 pp do ativo). O financiamento de bancos centrais manteve-se em 5,3% do ativo no 4.º trimestre, correspondendo ao valor mais baixo desde o 1.º trimestre de 2010. A posição de liquidez do sistema bancário manteve-se em níveis confortáveis, com um rácio de transformação de 88,9% e o rácio de cobertura de liquidez de 196,5%. Qualidade dos ativos O rácio de NPL manteve a tendência decrescente, registando, no final de 2018, um valor abaixo dos 10% (9,4%), o que configura uma redução trimestral de 1,9 pp. Esta evolução face ao trimestre anterior resulta de uma redução acentuada do stock de empréstimos non-performing das SNF em 3,8 mm e dos Particulares em 1,3 mm, permitindo atingir um rácio de NPL líquido de imparidades abaixo dos 5% (4,5%). Desde o máximo histórico, observado em junho de 2016, o rácio de NPL diminuiu 8,5 pp (SNF: -11,9 pp; particulares: -4,1 pp). Esta dinâmica reflete uma redução de quase 50% do stock total de NPL (SNF: -49%; Particulares: -46%), que corresponde a uma diminuição de 24,6 mm (SNF: -16,1 mm ; Particulares: -5,9 mm ). O rácio de cobertura por imparidades dos NPL diminuiu no trimestre 1,4 pp, para 51,9%, influenciado pela diminuição do rácio de cobertura dos NPL das SNF. Gráfico 1 Financiamento de bancos centrais e rácio de transformação Gráfico 2 Rácios de NPL Gráfico 3 Rácios de cobertura de NPL Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes 4.º trimestre 2018 3

Banco de Portugal 4 Rendibilidade Em 2018, a rendibilidade bancária avaliada através da rendibilidade do capital próprio (ROE) e do ativo (ROA) aumentou, face ao ano anterior, 3,7 pp e 0,3 pp, respetivamente, situando-se em 7,1% e 0,7%. O aumento do ROA foi determinado essencialmente pela redução expressiva de provisões e imparidades (0,6 pp do ativo), em particular para crédito. Esta conduziu à diminuição do custo do risco em 0,6 pp, para 0,4%. O produto bancário contribuiu negativamente para a evolução do ROA (0,4 pp), devido à redução dos resultados em operações financeiras, associada a perdas com vendas de crédito, e à dissipação do efeito base relacionado com o registo em outros resultados de exploração, no exercício 2017, das prestações relacionadas com o Mecanismo de Capital Contingente previsto nos contratos de venda do Novo Banco. A redução menos expressiva dos custos operacionais (1,9%), num contexto de queda do produto bancário, refletiu-se na redução da eficiência do sistema bancário, quando medida pelo rácio cost-to-income, o qual se situou em 60,3% (52,8% em 2017). Solvabilidade No 4.º trimestre de 2018, os rácios de solvabilidade diminuíram ligeiramente, com o rácio de fundos próprios totais e o rácio de fundos próprios principais de nível 1 (CET1) a situarem-se em 15,1% e 13,2%, respetivamente. Parte desta evolução deve-se à alteração da empresa-mãe, para efeitos de supervisão prudencial, do Grupo a que o Novo Banco pertence (passando a ser LSF Nani Investments S.à.r.l.). A redução dos ativos ponderados pelo risco conduziu à diminuição, em 0,7 pp, do ponderador do risco médio, que se situou em 54,4% no final de 2018. O rácio de alavancagem diminuiu ligeiramente para 7,3%, mantendo-se muito acima do mínimo de referência definido pelo Comité de Supervisão Bancária de Basileia (3%). Gráfico 4 Rendibilidade do ativo (ROA), do capital próprio (ROE) e resultado de exploração Gráfico 5 Rácios cost-to-income e custo do risco de crédito Gráfico 6 Rácios de fundos próprios e rácio de alavancagem Nota: RWA é a sigla em língua inglesa para ativos ponderados pelo risco. A exposição total inclui o ativo total, derivados e posições extrapatrimoniais.

Quadro 1 Indicadores do sistema bancário português (a) Sistema Bancário Português: desenvolvimentos recentes 4.º trimestre 2018 5